Dentro de um hospital, o Enfermeiro é o melhor aliado do Médico e o melhor amigo do paciente. Ele é responsável pela assistência dada, dentro dos hospitais e clínicas, a crianças, recém-nascidos, idosos, gestantes, etc. Eles são testemunhas oculares da vida e também da morte, do início e do fim das nossas histórias.
Quem diria que 2020 seria um ano tão conturbado, com direito a essa reviravolta que foi o novo coronavírus (causador da COVID-19)? E em meio a tanto caos, não sobra espaço para reconhecer e enaltecer o trabalho das pessoas que estão na linha de frente contra essa doença, ajudando a população com todas as forças, colocando a própria saúde em risco para salvar outras vidas.
Por isso, neste especial, homenageio os profissionais da área, que têm sido verdadeiros heróis nessa pandemia. Eles deixam em suas casas pais, cônjuges, filhos(as)... histórias e vão para infantaria, para o front da batalha contra essa enorme ameaça invisível que assusta todo o mundo.
Soldados vitimados na guerra
Em plena pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), o mundo está tendo que lidar com as inúmeras perdas humanas causadas pela Covid-19. Já são mais de 265 mil mortes em decorrência da infecção respiratória, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.
No Brasil, os óbitos já passam dos nove mil. Nesse cenário, os profissionais da Saúde — considerados como super-heróis desses estranhos tempos — sofrem ainda mais. Afinal, são eles que estão que na linha de frente do combate e, infelizmente, há também óbitos entre eles por conta da doença.
Nos hospitais brasileiros, a taxa de mortes desses profissionais, principalmente, dos enfermeiros (no masculino por causa do plural, mas quase 85% desses trabalhadores são do sexo feminino) é bastante alta. A letalidade da doença chega a 2,8%. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), até hoje (12), foram identificadas 85 mortes de enfermeiros em decorrência da COVID-19 no país.
Em análise desses números, a maior parte dos óbitos não estava associada à idade avançada, já que 69 deles tinha menos de 60 anos, sendo a mais jovem com 29 anos. Há ainda 14 mortes em investigação. Além disso, os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro lideram os óbitos no setor, com 27 casos fatais cada.
Para manter a transparência nesses números, o Cofen alimenta uma plataforma que monitora as mortes na área de enfermagem, relacionadas à Covid-19, em todo o Brasil, com o auxílio dos Conselhos Regionais. Para conferir, clique ➫ aqui. A ferramenta já contabiliza 2,9 mil casos reportados da Covid-19 entre enfermeiros no Brasil
E no mundo?
Em comparação com os dados brasileiros, os Estados Unidos, que são o país com maior número de casos e de vítimas fatais da pandemia, perdeu 46 profissionais de enfermagem, segundo entidades de classe.
Na Europa, a Itália (que é a segunda nação mais afetada, com mais de 29.000 óbitos), 35 deles foram entre os profissionais de enfermagem, segundo os dados da Federazione Nazionale degli Ordini delle Professioni Infermieristiche. Já a Espanha, que soma mais de 25.000 mortos, teve apenas quatro óbitos entre esses profissionais da saúde, de acordo com o Consejo General de Enfermería.
Esses dois países enfrentam a Covid-19 desde antes da sua chegada no Brasil, no final de fevereiro. Além disso, autoridades de saúde acreditam que as duas nações já passaram pelo pico de casos do novo coronavírus.
Quanto à China, onde tudo começou, foram relatadas 23 mortes entre enfermeiros, até o final de abril. Somando todos os casos já citados, é inegável que o Brasil não corresponda com a maior parte dos óbitos globais entre esses profissionais, o que não deixa de considerar os casos como preocupantes.
Problemas
"Um dos fatores [para a alta mortalidade] é que boa parte dos serviços de Saúde não afastou profissionais com idade avançada, acima de 60 anos, e com comorbidades. Eles continuam atuando na linha de frente da pandemia quando deveriam estar em serviços de retaguarda ou afastados",
afirma Manoel Neri, presidente do Cofen, para o jornal El País.
Dessa forma, o ideal seria que profissionais de enfermagem do sistema público e também do privado, que façam parte de grupo de risco, seja por idade ou por doença, fossem realocados para funções que não envolvam contato com pacientes de qualquer síndrome gripal, neste período. Mais tarde, essa decisão foi tomada pelo judiciário para os profissionais públicos.
Outro grave problema na rotina dos profissionais da enfermagem é a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
"Não apenas escassez quantitativa desses produtos, mas também a qualidade do material é questionável. Outra questão é o treinamento das equipes para usá-los: muitos profissionais se contaminam ou pelo uso inadequado do EPI, ou então na hora da desparamentação [retirada da máscara, luvas e avental]",
diz Neri.
Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), mais de 2.500 denúncias foram feitas sobre falta dos EPIs em estabelecimentos de saúde. Como máscaras descartáveis ou ainda capotes impermeáveis, os EPIs são fundamentais para evitar a contaminação pela Covid-19 daqueles que estão tratando os doentes.
Dia do Enfermeiro: histórias e curiosidades da profissão
Dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale (✩1820/✞1910), destacada enfermeira inglesa que criou a primeira Escola de Enfermagem da Inglaterra no Hospital Saint Thomas, em Londres, durante a era Vitoriana, um marco da enfermagem moderna no mundo.
Já no Brasil, além do dia do enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40 em homenagem a dois grandes personagens da enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e
Anna Nery (✩1814/✞1880), enfermeira brasileira e primeira enfermeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
De onde vem o nome Enfermeiro
A palavra Enfermeira(o) se compõe de duas palavras do latim: "nutrix" que significa Mãe e do verbo "nutrire" que tem como significados, criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX acabaram se transformando na palavra "Nurse", que traduzido para o português, significa Enfermeira.
A profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência à quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes. Durante séculos a Enfermagem forma profissionais em todo o mundo comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano.
Só no Brasil, são mais de 100 mil enfermeiros, além de técnicos e auxiliares de enfermagem que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país. Essas variações de cargos fazem com que mais profissionais se juntem ao setor e à novas possibilidades de trabalho nesta área.
Origem da Profissão
Desde os tempos do Velho Testamento a profissão de enfermeiro já era reconhecida por aqueles que cuidavam e protegiam pessoas doentes, em especial idosos e deficientes, pois nessa época, tais atitudes garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência. Nesta época e durante muitos séculos, a enfermagem estava associada ao trabalho feminino, caracterizado pela prática de cuidar de grupos nômades primitivos.
Conclusão
Com o passar dos tempos, as práticas de saúde evoluíram e entre os séculos V e VIII a Enfermagem surge como uma prática leiga, desenvolvida por religiosos como se fosse mais um sacerdócio. Sendo assim, tornou-se uma prática indigna e sem atrativos para as mulheres da época, pois consideravam o trabalho como um serviço doméstico, o que atestava queda dos padrões morais que a sustentavam, até então, o trabalho da enfermagem.
Mesmo com essa crise da profissão, a evolução do trabalho associados ao reconhecimento da prática, em meados do século XVI a enfermagem já começa a ser vista como uma atividade profissional institucionalizada e no século XIX, vista como Enfermagem moderna na Inglaterra.
A partir daí, foram catalogadas definições e padrões para a profissão e a ANA (American Nurses Association) define a Enfermagem como: uma ciência e uma arte, levando em consideração que o objetivo principal do trabalho é o de cuidar dos problemas reais de saúde por meio de ações interdependentes com suporte técnico–científico, bem como reconhecer o papel significativo do enfermeiro de educar para saúde, ter habilidades em prever doenças e o cuidado individual e único do paciente.
Parabéns a todos esses tão essenciais, porém, tão pouco valorizados, Profissionais da Saúde, heróis e heroínas no exercício não do seu trabalho, mas do seu sacerdócio.
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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