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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O VALOR DA VERDADEIRA AMIZADE


"O amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo" (Eclesiastes 6:16).
No conturbado mundo de hoje a ausência da verdadeira amizade é uma das causas de inúmeros males.

É este laço sagrado que une os corações. Sobretudo dentro das comunidades cristãs deve reinar o acolhimento que gera uma confiança mútua. Nada mais gratificante do que viver entre amigos sinceros.

Quirógrafo das almas nobres, é a afeição que fundamenta o lídimo amor, sendo este a própria amizade em maior intensidade.

Desde a mais remota antiguidade o homem se interrogou sobre a essência da amizade. Filosofou sobre este aspecto da interação humana. Podemos dizer que a amizade é uma certa comunidade ou participação solidária de várias pessoas em atitudes, valores ou bens determinados. É uma disposição ativa e empenhadora da pessoa.

O valor da amizade foi revelado pela Bíblia: 
"O amigo fiel não tem preço..." (Salmo 6:15), 
pois 
"...ele ama em todo o tempo..." (Provérbios 17:17).
"Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante" (Ecl 4:9,10). 
"O amigo fiel é uma forte proteção; quem o encontrou, deparou um tesouro..." (6:14).  
A função psicossocial da amizade é, assim, de rara repercussão. Ela é fator de progresso, pois o amigo autêntico aperfeiçoa e educa pela palavra e pelo exemplo; é penhor de segurança, uma vez que o amigo leal é remédio para todas as angústias, dado que a amizade é força espiritual.

Entretanto, há condições para que floresça a amizade. Pode-se dizer que são seus ingredientes: a sinceridade, a confiança, a disponibilidade, a tolerância, a compreensão e a fidelidade. Saint-Exupéry (1900/1944) afirmou: 
'És eternamente responsável por aquilo que cativas' (em "O Pequeno Príncipe", 1943).
Na plenitude dos tempos Jesus apresentou-se como legítimo amigo. Ele declarou: “
"Já não vos chamo servos, mas amigos" (João 15:15)
e havia dito: 
"Ninguém dá maior prova de amor do que aquele que entrega a vida pelos amigos" (15:13). 
Rodeou-se de pessoas, às quais se repletaram dos eflúvios de sua bondade. Felizes os que O conheceram, como Lázaro, Marta, Maria, seus amigos de Betânia; os doze apóstolos; Nicodemos; Zaqueu; Dimas, a mulher samaritana, o "bom ladrão"; e tantos outros. É, porém, preciso levar a amizade a sério.

Conclusão


Disse, porém, Santo Agostinho (354-430 d.C.)
"A suspeita é o veneno da amizade".
Bem pensou, porque a amizade finda onde a desconfiança começa. O amigo é luz que guia, é âncora em mar revolto, é arrimo a toda hora. Esparge raios de sol de alegria, derramando torrentes de clarões divinos. Dulcifica o pesar.

Tudo isto merece ser pensado e repensado, principalmente nesses dias em que as pessoas estão se distanciando, se isolando, substituindo por monitores de dispositivos digitais o insubstituível contato dos olhos e por teclas frias e distantes o quente contato dos abraços.

É essencial, todavia, meditar também sobre o ensinamento bíblico: 
"Quem teme a Deus terá bons amigos, porque estes serão semelhantes a ele" (Ec 6:17).
  • Já escrevi mais sobre esse tema ➫ aqui.
A Deus toda glória.
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