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sábado, 1 de setembro de 2018

REDES/MÍDIAS SOCIAIS NÃO SÃO IGREJA


"Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus" (Efésios 5:15,16).

Assim como em qualquer outro ambiente, o cristão é chamado a testemunhar de Cristo também nas mídias - e/ou como são mais chamadas - redes sociais. Com bilhões de usuários, redes como Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Whatsapp, Pinterest, Telegram e Tumblr dominam grande parte de nossa comunicação diária e, em muitos casos, também do nosso precioso tempo. Elas são ferramentas incríveis, mas podem ser campos-minados se não soubermos utilizar a cada uma da forma correta. Por este motivo, deixo aqui alguns conselhos para quem utilizar redes sociais. 

Muitas vezes somos levados por sentimentos de crítica, murmuração e queixas, mas não agimos de maneira prudente ao entrar nesse tipo de comentários nas redes sem antes pensar em algumas coisas: 
  • Minha intenção é glorificar a Deus e ajudar ao próximo? 
  • Meu comentário deve ser feito publicamente ou seria melhor falar com aquela pessoa em privado? 
  • Tenho conhecimento suficiente deste tema para estar opinando? 
  • É necessário que as pessoas saibam isso? 
  • Meu comentário pode ser mal-entendido? 
  • As pessoas certas serão atingidas? 
  • Vai envergonhar ou ofender alguém? 
  • O tom que estou usando é o apropriado?
Se você ainda estiver em dúvida, procure um irmão - real, físico e tangível - mais maduro pra lhe ajudar. Nem sempre a resposta do "pr. Google" é a ideal.

Oração ou "post" a Deus?


Devemos praticar as disciplinas devocionais da oração e da leitura da Palavra ao despertarmos pela manhã. O que fazemos nesse horário fala muito sobre nossas prioridades. Um momento na presença do Pai é mais importante que horas no Facebook ou WhatsApp.

Não sofra de neomania, uma vontade insaciável de ver o feed, ver novos posts, ver as notícias. Muitas vezes do que precisamos é da tranquilidade e renovação que só Aquele Livro Antigo pode nos dar.

As mídias sociais trazem vários desafios para aqueles cristãos que as utilizam. O desafio maior é manter estas posturas:
  1. Domínio próprio, para não desperdiçar tempo demais com as mídias sociais;
  2. Uma mente pura, para não se deleitar e nem compartilhar notícias, vídeos, postagens, e fotos que promovem a impureza;
  3. Sensatez, para não dar crédito a tudo que lê e vê – há muita desinformação e notícias falsas propositadamente plantados nestas redes de relacionamentos;
  4. Sobriedade, para não desnudar sua vida e de sua família em público, trazendo online para dentro de sua casa e de sua intimidade pessoas que você não conhece; tem muito crente mais preocupado com a quantidade de views, likes, curtidas e seguidores que recebe ou tem do que com os pensamentos de Deus a seu respeito (Jeremias 29:11-13);
  5. Paciência para lidar com comentários, opiniões e criticas de pessoas que não têm educação, bom senso, mancômetro ou qualquer condição de manter um diálogo ou participar de um debate de forma inteligente e cortês.
  6. Sabedoria, para não se precipitar em responder e reagir à provocações. Não há fim pacífico para brigas compradas com insensatos e contenciosos.
  7. Humildade para entender que apesar do livre acesso à internet permitir que todos escrevam textos e comentem o que quiserem, que isto não faz de você um um pastor, um mestre, um teólogo, um bom escritor ou um sábio em seus pronunciamentos.
Este último tópico é um dos mais desafiadores, pois não raramente há um bando de gente que não tem sequer um mínimo conhecimento da Palavra se achando mais sábios e inteligentes que Gamaliel. Dá um verdadeiro dó de se vê o abismo do ridículo que essa atitude arrogante e altiva precipita tais incautos.

Conclusão


As mídias/redes sociais devem ser usadas como ferramenta para a edificação e florescimento da vida do nosso próximo, seja ele cristão ou não. As vezes esquecemos que não estamos diante apenas de uma tela, de um monitor, mas de pessoas que passam por problemas e dificuldades assim como nós. O respeito a todos e a cordialidade deve ser nossa postura tanto pessoal como virtualmente. 

Não entre nos ciclos infinitos de negatividade ou pratique cyberbullying. O que escrevamos e publiquemos deve apresentar doses de vida, fé, esperança, simplicidade, sensatez e sabedoria. O apóstolo Paulo dizia que somos cartas abertas a serem lidas por todos os homens (2 Coríntios 3). Os crentes em Cristo devem ser abertos, genuinos e honestos. Não devemos querer mostrar que temos uma vida perfeita quando isso não é real.

Também tenha cuidado com as comparações com as pessoas que você conhece pelas redes, pois as aparências são enganosas. Aquilo pode não ser o que eles vivem e podem nos passar ideias falsas do que seja a verdadeira felicidade a ser desejada. Recentes pesquisas comportamentais já confirmaram que os ambiente virtuais são nos quais as pessoas mais mentem. Se queremos imitar a alguém, este alguém é Cristo e não aquele(a) influenciador(a) digital, cujas vidas, por mais ostentativas que são, nem sempre - arrisco afirmar que na maioria das vezes - expressam a realidade do que tais pessoas são.

Tenha em mente sua missão


Uma pequena declaração (traduzida do inglês) pode nos ajudar a ter em mente nossa missão nas redes sociais:
"Eu existo em mídias sociais para proclamar o evangelho, centrar minhas conversas em Cristo, amar os seguidores do Senhor, buscar ao perdido e orar por todos  —  tudo para a glória de Cristo Jesus" (grifo meu).
Como fazer isso? Postando mensagens centralizadas no Evangelho. Orar a Deus para lhe ajudar a falar sobre temas controversos e polêmicos, para que Cristo seja exaltado em sua atuação nas redes e para que os ensinamentos falsos sejam refutados. Mais do que nunca devemos lembrar do conselho do Paulo ao jovem pastor Tito:

"Evite, porém, controvérsias tolas, genealogias, discussões e contendas a respeito da Lei, porque essas coisas são inúteis e sem valor" (3:9, grifo meu).

Benção ou maldição?


Dentre os que criticam por criticar a Internet, encontramos aqueles que não sabem nem ligar o computador, são os analfabetos digitais, que censuram a rede sem saber do que estão falando. Aliás, isso já é chavão "quem não sabe fazer, vira crítico".

Elas, as mídias/redes sociais, são um pesadelo para os ditadores, porque igualam as pessoas, tiram o poder das mãos do tirano e divide com a sociedade. O mundo virtual é um mundo democrático. Ou seja, há um relacionamento horizontal e não vertical. Não há patrão e empregado, não há doutor e analfabeto, nem rico, nem pobre, aliás, há mais pobre do que rico. Todos têm voz igualmente, e, por isso, tira o sono dos tiranos.

Precisamos compreender que as mídias/redes sociais podem nos permitir fazer missões nas mais distantes regiões do planeta, sem sairmos da nossa sala. A Internet é um enorme púlpito que Deus colocou em nossas mãos, para alcançar milhões de pessoas, e assim cumprirmos o ide de Jesus: 
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15).
Só não substituí em absoluto a prática real do exercício ministerial e nem da comunhão do Corpo de Cristo, a [e na] Igreja. Enfim, portanto, o que é a rede social? Um "púlpito" para abençoar ou um pasquim para caluniar? A Internet não é do bem ou do mal. Quem é do bem ou do mal é quem a usa.

A Deus toda glória. 

Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso.

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