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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

ESPECIAL - IDEOLOGIA DE GÊNERO: UMA BIZARRA COLCHA DE RETALHOS UNIDOS COM OS FIOS DA INCERTEZA - 1

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Vou dar início aqui a uma série de artigos sobre esse que tem sido um dos assuntos mais discutidos (e, devido a sua extensão e complexidade, também um dos mais polêmicos) tanto nas esferas religiosa, social, politica, psíquica, biológica e filosófica: A Ideologia de Gênero. 

Pretendo abordar um dos temas de maior destaque na sociedade hoje, obviamente, enfatizando o posicionamento cristão, sem, contudo, deixar de fazer uma abordagem mais abrangente. Veremos o que pretende essa ideologia relativista, quais são suas bases filosóficas, quais as suas consequências para a família e a sociedade, e como fazer oposição, à luz da Bíblia Sagrada, a esta sórdida tentativa de estabelecer uma nova revolução antropológica e sexual em nossos dias.

Mente de Cristo



"Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois 'quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?' Nós, porém, temos a mente de Cristo" (1 Coríntios 2:1,16 - grifos meus).
Como o cristão deve pensar acerca da Ideologia de Gênero? Antes, o que na verdade é ideologia de gênero? De acordo com os adeptos desta ideologia, sexo e gênero são coisas totalmente distintas. Para estes, o gênero de uma pessoa não é determinado de forma natural ou biológica, antes, é algo determinado pela sociedade. 

Não são os fatos biológicos que dirão se alguém é masculino ou feminino, mas a sociedade ou até mesmo a própria pessoa. Ou seja? Alguém pode nascer do sexo masculino, mas ser do gênero feminino, ou qualquer outra coisa que esta pessoa decida ser no futuro. Mas, partindo de onde realmente importa, o que a Bíblia, a Palavra do Deus que criou tudo e todos, tem a nos dizer? E como o jovem deve se comportar diante desse movimento?

Bases ideológicas


A Ideologia de Gênero remete historicamente ao marxismo do século 19 e mais especialmente ao movimento feminista de meados do século 20, mas que bebe em muitas fontes modernas e pós-modernas como o naturalismo (com ênfase na evolução das espécies), ao laicismo (com sua pretensa negação da influência religiosa em ambientes de poder público), ao freudismo (os postulados teóricos do psicanalista Sigmund Freud), ao ateísmo (a negação da existência de Deus) e principalmente o relativismo filosófico e moral, para o qual não há valores morais absolutos. A partir de 1949, com a publicação da obra "O Segundo Sexo", da autora francesa Simone de Beauvior, a ideologia de gênero, aliada ao feminismo, ganhou fôlego no mundo (especialmente entre acadêmicos e artistas).

Quase um século antes, porém, Friedrich Engels, baseado no teórico do socialismo Karl Marx, já havia tentado explicar a gênese da realidade familiar por um meio de um viés de liberdade sexual desraigada e casamento dissolúvel, conforme sua obra "A Origem da Família, a propriedade privada e o Estado". Segundo o pastor Douglas Baptista, a intenção do marxismo era 
"desconstruir o sistema patriarcal e promover a liberdade sexual. Por isso, afirma-se que a ideologia de gênero é desdobramento do marxismo que também pretende eliminar o modelo familiar monogâmico, patriarcal e heterossexual" (1). 
Portanto, a Ideologia de Gênero é só mais um dos muitos labores da agenda esquerdista/socialista, que pretende remover os valores judaico-cristãos tradicionais e impor novos conceitos de vida, sexualidade, casamento, família, sociedade e Estado, promovendo assim a frouxidão moral, a revolução sexual e a supressão do conservadorismo.

O que defende?


A principal tese defendida e proclamada pela Ideologia de Gênero é: sexo é uma coisa e gênero é outra coisa; e é o gênero, não o sexo (órgãos genitais e constituição física), que define os papéis sociais e a identidade social de cada pessoa. Enquanto a biologia nos ensina que existem dois gêneros ou sexos definidos em nossa anatomia (masculino e feminino/menino e menina/homem e mulher), a Ideologia de Gênero recusa a genética como fator determinante para definição da identidade social e sexual. 

Ideólogos do gênero, numa tentativa de estabelecer uma nova abordagem antropológica, entendem que a criança nasce "neutra" em seu gênero e em sua sexualidade (a despeito de seu corpo ser masculino ou feminino), não podendo ser chamada de "menino" ou "menina", já que ser isto ou aquilo será uma decisão dela quando alcançar consciência de si mesma. 

Para estes ideólogos, a distinção de gênero em apenas dois, masculino e feminino/homem e mulher, não passa de uma determinação ou opressão social (novamente, remetendo aos postulados de Marx contra a sociedade patriarcal), e que há outras dezenas, senão centenas de gêneros e orientações sexuais com as quais a pessoa pode se identificar.

Sexo ou gênero?


A palavra gênero sofreu um golpe semântico por parte dos ideólogos do gênero, que são também assassinos da família tradicional! Como diz o pedagogo Felipe Nery, 
"esta palavra [gênero] foi raptada" (2),
e novos sentidos estão sendo atribuídas a ela desde o último século. 

Conclusão da primeira parte


Adeptos da Ideologia de Gênero insistem em que somos ignorantes e preconceituosos sobre a distinção entre sexo e gênero. Todavia, esta distinção nem é científica, nem é aceita tradicionalmente no senso comum. Por que os gritos dos ideólogos do gênero deveriam suplantar as vozes dos cientistas da Biologia, da Genética, da Neurologia e também das famílias tradicionais?
  • Continua no próximo capítulo...
  • Escrevi mais sobre o tema ➫ aqui.
[Fonte: Gospel Prime; (1) Douglas Baptista. "Valores cristãos: enfrentando as questões morais do nosso tempo", CPAD, p. 19; (2) Felipe Nery é pedagogo e presidente do Observatório Interamericano de Biopolítica. Confira aqui: http://biopolitica.com.br/index.php/videos/34-a-implementacao-da-ideologia-de-genero-na-sociedade-brasileira-atraves-do-sistema-educacional-prof-felipe-nery]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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