O sinônimo de impossível é o impraticável. Portanto, impossível é tudo aquilo que de forma alguma pode ser praticado. E os casos de amores totalmente impossíveis são aqueles em que duas pessoas se encontram por acaso e se apaixonam, mas depois descobrem que são parentes consanguíneos.
Os casos entre irmãos, por exemplo, é um tema que as telenovelas abordam frequentemente, mas também pode acontecer entre mãe e filho ou pai e filha, porém esses são casos mais raros até mesmo na ficção, embora não seja totalmente impossível de acontecer na vida real, principalmente, na atualidade em que a gravidez na adolescência parece ter se tornado normal, o que aumenta as chances de no futuro vir a acontecer ainda mais esses casos de amores impossíveis na vida real.
A lenda de Édipo
Édipo (em grego antigo Οἰδίπους ou Oidípous) é um personagem da mitologia grega. Famoso por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai de Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice.
Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.
Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como "Edipodos", o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos.
Édipo consulta o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio, que mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando se tratar de seus pais adotivos, foge de Corinto.
No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois Laio o mandou sair de sua frente.
Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem: "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".
Conseguindo derrotar o monstro, ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos.
Final trágico na lenda
Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio, se enforcando e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe.
Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.
Da lenda para ficção
A história está recolhida em Édipo Rei e Édipo em Colono de Sófocles. Vários escritores e teatrólogos retomaram o tema, que também inspirou Ígor Stravinsky (✩1882-✟1971)[1] para a composição de um oratório, o tema também foi abordado na música "The End", da banda estadunidense The Doors.
Também não podemos esquecer da influência que esse mito teve sobre Freud que deu nome ao complexo de Édipo para todos os meninos que são apaixonados pela mãe na infância.
Aqui no Brasil a história inspirou a trama principal da polêmica telenovela mística "Mandala", da autoria de Dias Gomes (✩1922-✟1999), exibida pela Rede Globo de Televisão, no chamado "horário nobre", entre outubro de 1987 e maio de 1988, que teve o então casal Vera Fischer e Felipe Camargo (foto), nos papéis de Jocasta e Édipo, respectivamente.
Da lenda, para (Pasmem!) vida real
Quando a gente pensa que já viu de tudo é surpreendido com algo que a gente pensou não ser possível ver. Uma história polêmica noticiada pelo tabloide inglês Daily Mail vem provocando controvérsia na internet por tocar em um tabu dos mais incômodos: o incesto.
Incesto (a partir do latim incestus) é a prática de relações sexuais entre indivíduos relacionados entre si, quer pela Aliança (parentesco por afinidade, casamento) ou por consanguinidade (parentesco de sangue ou biológico).
Ao longo da história e em diferentes áreas do conhecimento sócio-culturais tem prevalecido a proibição do incesto e a busca para novas ligações de parentesco fora do grupo social de origem (família de orientação), embora o grau de relacionamento em que proibido varia de acordo com cada contexto.
Essa regra é chamada de Exogamia, em oposição a endogamia. A grande maioria das legislações do mundo consideram, por qualquer motivo ou o tabu, o incesto como crime, embora é praticado com o consentimento mútuo entre adultos. Penalidades prescritas neste caso variam de castigo severo repúdio social sem maiores conseqüências para o indivíduo.
No caso específico, uma história de amor proibido entre uma mãe de 36 anos e o filho que ela deu para adoção quando bebê e só conheceu recentemente, com 18 anos de idade. Os dois podem ser presos se decidirem continuar a manter a relação.
Se culpados de prática de incesto em um julgamento no Novo México (Estados Unidos), Monica Mares (foto), 36 anos, e seu filho Caleb Paterson (foto), 19, podem pegar pena de 18 meses de prisão. Eles afirmaram que brigarão pelo direito de manter o relacionamento e que "arriscarão tudo" por esse objetivo.
Amor impossível ou falta de vergonha?
"Ele é o amor da minha vida e não quero perdê-lo. Meus filhos o amam, minha família inteira também. Nada pode nos separar", disse Monica, ao jornal. "Se eu for presa, cumprirei a pena e, ao sair da prisão, nós nos mudaremos para um estado que aceite nossa união", completou. Incesto é considerado crime em cinquenta estados americanos, mas a pena varia de lugar a lugar.
Mãe de nove crianças, Monica chegou a dizer que, se tivesse que escolher entre os filhos e o filho/namorado, ficaria com ele. Atualmente, o casal vive em casas separadas em Clovis, no Novo México, e estão proibidos de manter contato um com o outro.
O caso começou no fim do ano passado. Monica tinha apenas 16 anos quando deu a luz a Caleb, que foi adotado quando bebê. A mulher viu o filho pela primeira vez quando ele tinha 18 anos, no Natal, depois de terem entrado em contato via Facebook.
Rapidamente, eles se apaixonaram e mantiveram relações sexuais. "Foi amor à primeira vista", ela diz. "Depois dos primeiros encontros, abri o jogo e disse a ele que estava começando a me apaixonar. Ele disse que também estava, mas tinha medo", conta. "Mas você sairia num encontro romântico com sua mãe?", ela perguntou. E ele acabou aceitando o convite.
Os dois começaram a viver juntos e um dos filhos pequenos de Monica começou até a chamar Caleb de pai, mas a polícia foi chamada quando um dos vizinhos, após uma briga, decidiu denunciá-los. Eles foram acusados de incesto, soltos após pagamento de fiança e aguardam julgamento.
Caleb também afirma estar apaixonado. "Nunca tive ninguém que cozinhasse para mim, que me desse tanto carinho. Ela chegou e me deu tudo isso. Me apaixonei", disse. "Nunca vi essa mulher como minha mãe. É outro sentimento", resumiu. "Nunca imaginei que poderia haver algum empecilho à relação. Somos dois adultos. Temos direito a tomar decisões", afirmou.
Segundo advogados, o resultado do caso, se favorável ao casal, pode abrir um precedente legal nos Estados Unidos. O casal afirmou que, se preciso, pretende recorrer à Suprema Corte para ficar juntos.
Conclusão
"A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.
Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos.
(...) Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si." - Romanos 1:18-22,24 (ARA)
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