Sou um saudosista assumido e, portanto, vivo fazendo minhas viagens nostálgicas por minhas memórias e lembranças. Inclusive não escondo de ninguém minha paixão pela década de 80 - chamada de "década perdida", perdida só se for para outros, pois eu não perdi absolutamente nada desses que foram os meus anos dourados. Os anos 80 para mim foram anos de descobertas (boas e más), de experiências (idem), erros e acertos, subidas e descidas. Apesar de estar trilhando por atalhos, distante do Caminho, dadas as devidas proporções, foram anos inesquecíveis. Os anos 80 foram os meus anos dourados e sim, eu tenho muitas saudades.
Anos 90, chegou a maturidade
Já a década seguinte também foi muito importante para mim. Já havia chegado à idade adulta, as coisas começaram a apertar: responsabilidades já! A consciência começou a se manifestar e as consequências dos atos já davam seus frutos, muitos deles amargos e intragáveis. No dia 21 de abril de 1996 minha vida tomaria um novo rumo. Começaria uma nova história "escrita pelo dedo de Deus". É quando começo a conhecer o Jesus sobre quem até então eu só ouvira falar.
Nessas duas décadas ainda eram marcantes as brincadeiras de rua. Queimada, rouba-bandeira, esconde-esconde, pique, bolinha de gude, handball, roda, pula corda, cabra cega, passa o anel ("Pera, uva ou maçã?" Essa era ótima. A maçã valia um beijo na boca da pessoa escolhida e a surpresa podia ser boa, ou não! Mas tudo feito com muita inocência.)...
Ao contrário de hoje, quando as crianças se isolam em seus quartos sob o domínio das mídias sociais e dos jogos eletrônicos cada vez mais sofisticados e avançados, todas as brincadeiras que eu citei anteriormente precisavam de grupos, o que proporcionava uma interatividade física, pessoal. Brigávamos, xingávamos (ao que eu saiba, ninguém ficou traumatizado por causa de bullying... aliás, não tinha isso nessa época), "ficávamos de mal", mas não demorava muito estávamos todos juntos novamente. Nada a ver com a frieza impessoal da interatividade virtual, onde os grupos podem até ser maiores em números, em comunicação, mas pífios e vazios em comunhão (na essência do termo).
Geração distância, geração distante
Hoje as brincadeiras infantis mudaram muito em relação ao passado. As crianças de hoje se divertem com computadores e vídeo games, fazendo com que as brincadeiras de antigamente não chamem mais a atenção. A informação hoje em dia é em tempo real, as informações, o aprendizado das crianças é mais rápido, não existem barreiras de tempo ou de distância para que qualquer um saiba o que está acontecendo. Tablets, Smartphones, X-Box, notebooks... Ok, ok, tudo é muito lindo e maravilhoso (E caro, muito caro!). Os tempos são outros, a realidade é outra. Evolução, senhor Leonardo! Assim caminha a humanidade. Que me perdoe a "geração on-line", mas antigamente era muito mais divertido.
Abaixo segue uma relação de brinquedos - que à sua época era disputado por todas as faixas etárias - que com certeza fizeram parte das listas dos "Noéis" nas décadas de 1980 e 1990. Para quem curtiu esses brinquedos, recorde comigo, para quem nunca os viu, eis a chance de saber um pouco como eram os brinquedos há uns vinte, trinta... anos atrás. Boralá viajar comigo no tempo?
Aquaplay - era fantástico manipular os bonequinhos mergulhados na água (e tinha muita variedade, como os da argolinhas, por exemplo).
Autorama - esse era para os amantes de automobilismo. Era um brinquedo onde pais e filhos interagiam em uma emocionante corrida de carros por controle remoto (observe que o brinquedo tinha o campeão dos campeões Ayrton Senna como garoto-propaganda).
Bonecos Galaxy Rangers - estes eram colecionados pelos fãs da famosa série de televisão Power Rangers. Amigos se encontravam para expor sua coleção, sendo o campeão aquele que tivesse um número maior de bonecos.
Carrinho Nuvem (da coleção Ursinhos Carinhosos) - esses eram os preferidos das meninas e decoravam os quartos delas com muito charme e inocência.
Castelo de Grayscull (da coleção He-Man) - mais uma coleção de bonecos masculinos originados no desenho que foi sucesso absoluto na década de 90. Quem conseguisse montar o castelo inteiro era o "rei" da turma de amigos.
Coleção de Bonecos Comandos em Ação - a maioria dos garotos da década de 80 colecionavam os bonecos que eram baseados no famoso seriado de televisão. Era muito bom quando a gente se encontrava para brincar de Comandos em Ação.
Comandos em Ação - Essa era a nave da série. Apenas um dos meios de transportes dos heróis que também tinham Jeeps, Pick Ups e outras máquinas turbinadas em sua frota.
Copos dos Trapalhões - Tudo bem que não eram itens para presentes, pois vinham de brinde, mas que todo mundo queria ter um, queria! Eu tinha a coleção completa.
Espada Justiceira [da Coleção] Thundercats - outro brinquedo originado em uma famosa série de animação na década de 90. Desse eu não gostava muito. Quando os garotos "lutavam" um contra outro e encostava as espadas, a luz vermelha acendia. Os meninos deliravam!
Flores Dançantes - essas eram muito engraçadinhas e apesar da simplicidade fizeram muito sucesso. Dava-se corda atrás e elas ficavam dançando. As músicas eram os hits da década de 90, como a famosa "Fricote", do Luiz Caldas, dentre outras.
Jamball - essa era o máximo para se jogar nas ruas. Grupos de amigos de todas as idades se reuniam nas ruas em campeonatos de jamball. Era uma gostosa e saudável farra!
Jogo Internacional Soccer para Super Nintendo - este é o "pai" dos jogos eletrônicos e já indicavam o que conhecemos hoje. A turma ia pouco a pouco saindo das ruas, campos e praças para se reunirem dentro de suas casas.
Kichute - não era um brinquedo e também não era necessariamente para presente, mas item indispensável nos uniformes escolares. Nada de tênis de marca. O chique era todo mundo ir com seu kichute pretinho básico para as aulas. As garras no solado eram uma "arma perigosa" nas brigas de rua e nos jogos de futebol, mas, ao que eu saiba, ninguém morreu.
Pogo Bol - era um pula-pula que nos desafiava a manter o equilíbrio. Eram muitos os tombos. Houve casos de braços, pernas e dentes quebrados, mas tudo bem, alguns "remendos" aqui e ali e estava tudo no lugar.
Lango-Lango - eram monstrinhos feios, mas muito simpáticos. Colecioná-los era febre no meio da garotada.
Latinha Dançante - no mesmo estilo das flores que falei acima, só que aqui era uma latinha de Coca-Cola. Também não era vendida. Era preciso colecionar uma quantidade X de tampinhas e mais uns cruzados (moeda da época) para trocá-los por uma. Outra diferença aqui eram as músicas. Ao contrário de MPB, as músicas eram hits internacionais, como "Hollyday", da Madonna e "Billie Jean", do Michael Jackson.
Maximus - carrinho de controle remoto que fazia alegria não só dos filhos mais dos papais também.
Meu Primeiro Gradiente [Júnior] - embrião do karaokê, onde a criançada podia soltar a voz acompanhados por play-backs em fita cassete. A garotinha da foto é a Simony.
Meu Primeiro Gradiente [Teen] - esse era para os adolescentes ouvirem, cantarem e embalarem suas reuniõezinhas de final de sábado. Quem tinha um "se achava".
Phantom System - esse também já conectava a garotada que começava a ficar mais e mais ligadas nos jogos eletrônicos.
Pula Pirata - nossa, esse era demais. Reunir a turminha na mesa e retirar as espadas sem fazer a cabeça do pirata saltar para fora era uma emoção. A cada espada retirada sem "o susto", era uma comemoração. Muito bom!
[O polêmico] Tamagotchi - 10 em cada 10 crianças e adolescentes tinha um Tamagotchi "para cuidar" (Este muitos pastores proibiram, pois diziam que era "coisa do demônio".). E o bonequinho digital era muito exigente: tinha hora para comer, para dormir, para brincar e reclamava quando não tinha seus desejos atendido.
Castelo Thundercats - mas uma coleção originada em série de animação que foi uma verdadeira febre na década de 90.
Ursinhos Carinhosos - eram uns amores. As meninas enfeitavam seus quartos com os bonequinhos que também foram originados pela série de animação que fez muito sucesso nos anos 90. Toda menina queria ter um.
Viagem Fantástica - coleção de brinquedos para montar tipo lego. Era muito gostoso e juntar as peças e ir montando até ver tudo prontinho. Além de interativo, era instrutivo.
Bom, por enquanto é só, mas em breve eu farei um outro artigo compartilhando minha nostalgia com meus leitores e seguidores do blog. Até lá!
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