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quinta-feira, 4 de julho de 2019

ESPECIAL ORAÇÃO - 2) A ORAÇÃO COMO UM ESTILO DE VIDA


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"E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía" (Jó 42:10).
Embora possamos ter prazeres e alegrias na vida, não deixaremos de enfrentar dificuldades e problemas. Nosso desafio é buscar ou criar soluções. É importante, porém, aprender que estamos envolvidos por duas dimensões, natural e espiritual, sendo a oração um meio de contato entre elas.

A história de Jó nos mostra esta visão dialética do universo. A vida do personagem se dá na dimensão natural, onde pode ser avaliada pela esposa e pelos amigos, gerando uma série de conclusões erradas. Paralelamente, existe o mundo espiritual, onde Deus e satanás conversam antes que os fatos ocorram no mundo físico (1:6-12). 

Oração não é doutrina, é um estilo de vida


Como vimos no artigo anterior, ao longo dos séculos, cristãos sinceros têm usado o recurso da oração para nutrir comunhão com Deus e obter dEle orientação para a caminhada diária. Para um cristão é de suma importância ter a oração como estilo de vida. Quando ele a pratica, não como algo esporádico, passa a ter comunhão com o Senhor. Isto é, se torna mais sensível, em relação a palavra de Deus e mais íntimo da Pessoa do Espírito Santo.

Davi compreendia bem a importância da oração como estilo de vida. No Salmo 55 versículo 17 está escrito 
"De tarde, de manhã e ao meio-dia, oro e clamo, e ele ouve a minha voz". 
Como rei, com tantas ocupações, Davi tinha por costume orar três vezes ao dia. E muitos cristãos - me arrisco a afirma que a maioria de nós -, com poucos afazeres (se comparado a todas as responsabilidades de um rei) - muitos sem praticamente nenhum -, não encontram mais tempo para orar. Intrigante, não?

Daniel também entendia a grande importância de uma vida, que tem a oração como estilo. Nem o Decreto (lei) proibindo de orar ao Senhor, seu Deus, lhe deteve. Daniel 6:10 está escrito: 
"Ora quando Daniel soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa, no seu quarto cima, onde estavam abertas as janelas para o lado de Jerusalém, e três vezes ao dia se punha de joelhos, orava e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer".

"Orava e dava graças diante do seu Deus"


Na oração como ações de graças - uma das mais raras de se fazer -, há um poder extraordinário. Daniel diante daquela circunstância podia estar apreensivo, porém ele orava dando graças. O apóstolo Paulo, em Filipenses 4:6-7, diz 
"Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (grifo meu).

O exemplo de Jesus Cristo


Jesus Cristo é nosso maior e melhor exemplo de uma vida de oração. Podemos aprender muitas coisas com Ele como Seus discípulos, mas eu quero destacar apenas três aspectos de Sua vida de oração.
  • Em primeiro lugar, Jesus orava a Deus como Seu Pai, e usava o termo abba, mostrando que Ele se considerava um filho querido de Deus. Aprendemos com isto que precisamos ter intimidade com Deus. Muitas orações não passam de monólogos friamente formais justamente porque não conhecemos nosso Pai, não temos familiaridade com o Deus a quem falamos.
  • Em segundo lugar aprendemos a dependência humilde e submissão obediente de Jesus a Seu Pai. Isso é evidenciado em texto como Mateus 26:53, João 18:11, e Lucas 22:42. A atitude de humilde submissão e dependência é fundamental para aceitar a vontade de Deus, especialmente quando Suas respostas às nossas orações não são exatamente aquilo que esperávamos.
  • Em terceiro lugar, Jesus nos ensina Seu conhecimento da Palavra de Deus. Seja no deserto da tentação, ou no diálogo com fariseus, e mesmo na instrução aos Seus discípulos, Jesus Cristo demonstrou pleno conhecimento da Escritura, e esse conhecimento certamente se constitui na base de Seu relacionamento com o Pai. Não é possível orar com correção, e submeter-se à vontade de Deus, se não conhecermos Sua Palavra. Orações poderosas são sempre sustentadas em claro conhecimento da Bíblia Sagrada.

Conclusão


Por esta causa, precisamos sempre orar, buscando uma solução espiritual, uma ajuda divina. Não devemos pedir apenas a solução, mas sobretudo a sabedoria para enfrentar o problema, pois não sabemos quanto tempo ele pode durar. O propósito de Deus está acima de tudo. Através da oração reconhecemos e demonstramos nossa dependência do Senhor.

Eu, pelas misericórdias de Deus, posso falar da minha experiência com o Espírito Santo através das minhas orações como estilo de vida (aliás, devo tristemente confessar que hoje oro bem menos do que antes e do que é necessário). Nos meus vinte e poucos anos de vida cristã, quantos livramentos, quantas respostas o Senhor tem me dado. Nos momentos mais difíceis da minha vida, da minha família, do meu ministério e na minha saúde.

A oração é o meio que a igreja possui para interferir na história. Daniel se viu diante de problemas internacionais. A Babilônia havia conquistado o mundo conhecido da época, inclusive o território de Israel. O que Daniel fez? Orou ao Senhor e recebeu a revelação dos planos divinos até o fim dos tempos (9:1-3).

Vença a carne - a única capaz de te impedir de orar (o diabo não tem absolutamente nada a ver com isso, ele já foi vencido na cruz do calvário). Ore agora: por si mesmo, pelo irmão ao seu lado, por sua família, vizinhos, parentes, amigos, pela igreja e pela nossa nação. Finalizo afirmando: A oração é a "chave" que abre os céus para a nossa vida!

[Fonte: Convenção Unida Internacional, por Pr. Carlos dos Santos; Biblia.com]

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso. 

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