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quarta-feira, 25 de maio de 2016

ESPECIAL FAMÍLIA - FILHOS CRENTES, PAIS DESCRENTES

Vimos no tópico anterior, qual a postura dos pais crentes que têm filhos descrentes (e/ou que não professam a mesma fé). Neste tópico, veremos o inverso. Como devem agir os filhos crentes, cujos pais ainda não são convertidos?

A família foi instituída por Deus. Esse fato está explícito logo no primeiro livro da Bíblia (Gênesis). Deus criou o homem (Adão), posteriormente à mulher (Eva), e depois os dois geraram filhos, resultando assim na instituição familiar. Todavia, o Senhor não projetou as famílias para viverem de uma maneira desregrada e dissoluta, Ele estabeleceu princípios e normas para serem obedecidos pelos membros que as compõem. Esses princípios estão expostos por toda a Bíblia, vemos na lei moral de Deus o quinto mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá" (Êxodo 20:12). 

Mais na frente, no Novo Testamento, o apóstolo Paulo instrui à igreja de Éfeso em como proceder dentro do lar: nas relações entre marido e mulher (Efésio 5:22-33), bem como entre pais e filhos (6:1-4).

No entanto, desde a queda de Adão, no pecado original que fora transmitido para toda a raça humana, a instituição familiar também foi afetada, e os preceitos estabelecidos por Deus passaram a ser transgredidos e deturpados. A família que não está submissa ao senhorio de Cristo e, conseguintemente desobediente aos ensinamentos da Escritura Sagrada, certamente desembocará numa estirpe sobremodo desestruturada. 

É demasiadamente comum vermos lares destruídos e/ou problemáticos, devido à influência do mundanismo, e à incredulidade dos membros da família (ou parte deles) na palavra de Deus como regra normativa para à vida familiar.
"Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe ensinou." - Provérbios 6:20
Os nossos pais foram pessoas escolhidas por Deus para nos instruir, eles são as lideranças dos nossos lares, o Senhor os usa para que eles possam nos ensinar o que há de melhor (as exceções são devidas a uma série de motivos que não tem nada a ver com a vontade de Deus).

Uma grande parcela dos jovens acha que são "donos dos seus narizes", que podem viver conforme a sua vontade, mas as coisas não funcionam bem assim. Devemos sempre respeitar pai e mãe, apesar de algumas vezes não concordarmos com as suas opiniões.

Mas como agir quando os meus pais não me deixam fazer o que eu tenho vontade? Gritar, chorar, se jogar no chão? Não! Por mais que a nossa vontade seja contrária à deles, devemos sempre obedecê-los, tudo o que eles falam é para o nosso bem, e o Senhor fala através deles. Eles por possuírem experiência, sabem as coisas que os filhos estão vulneráveis por ainda não ter maturidade e quem dirá Deus que criou o céu e a terra.

Filhos abençoados, pais nem tanto


Apesar de todos os obstáculos que o diabo coloca no caminho dos jovens, alguns demonstram a pureza de coração para se submeterem ao Senhor na sua juventude (Eclesiastes 12:1). Devemos agradecer a Deus pelos jovens fiéis.

Alguns desses jovens se encontram sozinhos nas suas famílias, sem nenhum apoio dos seus pais. Pais incrédulos ou afastados de Deus não guiam os filhos no caminho de Deus e podem até atrapalhar a jornada do jovem discípulo. Nestes casos, o filho é obrigado ser obediente aos pais?

Deus ordenou as relações humanas pela definição divina de diversos papéis. Estes papéis não determinam o valor de uma pessoa diante do Senhor, nem identificam superioridade moral ou espiritual. Os princípios de Deus governam relacionamentos entre seres humanos nesta vida, e devem ser respeitados por todos.

Antes de considerar a situação de filhos e pais, vamos examinar as instruções de Deus sobre algumas outras relações humanas. Desta maneira, ficará mais fácil compreender a vontade dele para os filhos de pais descrentes.

● Submissão aos oficiais do governo. 


O Novo Testamento foi escrito durante o domínio do governo romano e seus imperadores pagãos e cruéis. Pedro falou para os cristãos sujeitarem-se às autoridades do governo (1 Pedro 2:13-17). Paulo ensinou a mesma coisa (Romanos 13:1-7).

● Submissão aos senhores no trabalho. 


Os cristãos sempre devem ser bons funcionários, mesmo quando os seus superiores não forem pessoas boas e justas (1 Pedro 2:18-20).

● Submissão ao marido. 


As mulheres devem ser submissas aos maridos. Mesmo se o marido for descrente, a mulher deve obedecê-lo (1 Pedro 3:1-2).

● E os filhos? 


Com estes exemplos, torna-se fácil entender que filhos de pais incrédulos ainda devem ser submissos. A instrução dada em Efésios 6:1-3 - "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, porquanto isto é justo. 'Honra a teu pai e tua mãe'; este é o primeiro mandamento com promessa, para que vivas bem e tenhas vida longa sobre a terra." - aplica-se geralmente aos filhos, tanto de pais cristãos como de pais descrentes.

● Uma exceção importante. 


Em todos esses casos, devemos lembrar que a autoridade de Deus ultrapassa qualquer autoridade humana. Se uma pessoa em posição de autoridade mandar fazer algo que contradiz as ordens de Deus, os seus subordinados devem desobedecer aquela instrução e fazer o que Deus manda. O mesmo apóstolo Pedro que ensinou submissão ao governo recusou obedecer uma ordem dos líderes em Jerusalém, dizendo: "Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:29).

Conclusão


Quem nunca desobedeceu aos seus pais por algum motivo e depois chegou à conclusão que eles estavam com a total razão? Isso já deve ter acontecido com a maioria dos jovens, e depois nos questionamos: "Por que eu não obedeci aos meus pais?". É melhor ouvirmos e fazermos o que eles dizem, para mais tarde não sofrermos com as conseqüências da desobediência.

Mas, e se os meus pais não for um exemplo de vida para mim? Todos nós somos seres humanos e não somos perfeitos, os nossos pais também falham, porém o nosso pai celestial é perfeito e nunca falha. Ele está conosco todos os dias das nossas vidas e nunca nos abandonará, devemos sempre obedecer a Deus.

A melhor maneira de sabermos o que o nosso Papai do céu quer para nós, é buscar a sua presença, lendo/estudando/praticando a Bíblia e conversando/orando (se relacionando) com Ele todos os dias, expondo as nossas dificuldades, pois ele nos ama de tal maneira que sempre está disposto a nos ajudar.

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