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sábado, 11 de julho de 2015

À FLOR DA PELE

Sexo! Por incrível que pareça e à despeito de todas as evoluções da sociedade contemporânea, esse tema ainda é tabu no meio evangélico. Os chamados "pecados sexuais" são os que ainda "mandam" mais gente para o inferno. Eles conseguem sufocar, ou minimizar pecados tão "cabeludos" quanto, como os preconceitos, a hipocrisia, a mentira, a rebeldia, a desobediência, a ganância (entenda-se, o amor ao dinheiro)... Mas eu, como sou muito bem resolvido sexualmente e, apesar de ser conscientemente adepto por opção da abstinência, sei que sexo é sim uma delícia (se fosse ruim, ninguém gostaria tanto de fazer, e, sejamos sinceros, a maioria esmagadora gosta e muito de um bom "sapeca-iaiá", vou falar um pouco sobre o assunto.

Distorções diabólicas



Uma das armas do diabo é fazer um monte de boboca acreditar na mentira que ele espalhou de que sexo é pecado. SEXO NÃO É PECADO! O problema está no que se faz com ele, ou como, em quais circunstâncias ele é praticado. O sexo, sob a luz da Bíblia, foi feito para ser desfrutado plenamente NO CASAMENTO (e apenas no casamento). E aqui, não cabe especulações ou questionamentos e, ao menos a mim, absolutamente nada importa se alguém concorde ou não com isso. Eu fico com a absolutez da Bíblia e o resto para mim é só o resto. Essa história de "sexo livre" é distorção do diabo e quem segue a cartilha dele está assinando o passaporte para o inferno. A prática de sexo desenfreado seja em que "modalidade" for" é chamado pela Bíblia de obra da carne (Gálatas 5:19-21).

Extremos insaciáveis


O diabo trabalha sempre em cima dos extremos. Até a década de 50, ele trabalhou no extremo de que sexo era pecado. Foi o período da repressão sexual. Os pais não conversavam com os filhos a respeito do assunto. Nas escolas era terminantemente proibido qualquer menção. Às esposas não era permitido o direito de sentir prazer (ou seja, ela não podia em absoluto revelar qualquer sensação de prazer em seu curso sexual). Com a revolução social dos anos 60, as pessoas passaram a descortinar o outro extremo: "Tudo é permitido desde que você se satisfaça", é o período (cuja essência ainda vigora) do "liberou geral". Esta foi a geração do "Paz e amor". Sexo livre, drogas, relacionamento sem compromisso,, a filosofia hippie. E hoje em dia? Hoje temos a banalização da homossexualidade, os filhos chamados de "produção independente", o aborto, o adultério e o divórcio sendo encarados e praticados com uma boa dose de orgulho. Somente a Palavra de Deus apresenta o equilíbrio que traz segurança e realização plena ao homem.

Para que Deus criou o sexo?


Entendemos que Deus criou o sexo para procriação sim, de acordo com Gênesis 1:28, isso não se discute; mas também o criou para o prazer mútuo do homem e da mulher - Pv 5:18, 19. Isso prova que a mulher é um agente participativo e ativo no ato conjugal, deixando de ser apenas receptora passiva. Ou seja, as mulheres também têm o sagrado direito ao tesão. Elas também gozam.

A beleza e o desafio das diferenças

As diferenças física e emocionais entre homem e a mulher se incluem entre algumas das coisas que são inalteráveis desde que Deus criou o primeiro casal. O homem, quando se relaciona sexualmente, está buscando mais satisfação física, por ser ele um ser mais racional e teórico. A mulher, por sua vez, busca mais satisfação emocional, por ser ela mais sensitiva. Daí ser difícil para ela relacionar-se intimamente com o homem que durante todo o dia deixou de alimentá-la emocionalmente. Por isso, muitos homens não conseguem proporcionar às suas mulheres o prazer necessário (e acham que estão abafando por simplesmente "comparecerem"). É a típica e mixa rotina do "goza, vira para o lado e ronca". Querido, mulher nenhuma quer só isso.

O ato sexual é tido como uma oportunidade de ser amada, reconhecida, valorizada como mulher, proporcionando-lhe segurança quanto à atenção e ao amor do marido. Durante uma relação sexual, todos os cinco sentidos entram em ação. Para o homem o sentido da visão é que desenvolve um papel importante neste contexto. Já a mulher tem o sentido da audição mais aguçado. O marido que descobre este segredo poderá proporcionar para ambos momentos inesquecíveis, pois sua parceira, certamente irá corresponder à altura do que lhe impulsionar o sentido.

Fases da relação sexual


1. Preparação - A maioria das mulheres gosta de ser cortejada e conquistada. O marido deve ter o cuidado de não parecer apressado, grosseiro, rude, mecânico ou impaciente. Saber explorar as áreas erógenas (os tais tão alardeados "pontos G", ou seja, o local - ou os locais - do corpo onde se sente mais tesão) existentes no corpo tanto da mulher quanto do homem é uma arte que deve ser aperfeiçoa a cada relação ao longo da convivência conjugal. A fase da troca de carícias (chamadas de "preliminares") nunca deve ser apressada, pois é justamente nela que o homem irá "acender o fogo" de sua mulher. Aproveitem para gozar plenamente um com o outro. Enfatizo que esta fase não começa na cama. Ela deve começar de manhã. Palavras de carinho durante o dia ou uma carícia especial preparam o casal emocionalmente para o ato sexual à noite. O seja, o marido vai deixar a mulher na expectativa de uma deliciosa noite e ela irá se preparar para se entregar a ele completamente. Isso é lindo. Isso é fazer amor e não simplesmente "transar".

2. O clímax da relação - orgasmo

O termo orgasmo vem do grego orgé, que significa "excitação". É quando o homem ejacula e a mulher experimenta, além de sensações, as contrações rítmicas na vagina. Se o casal chega junto ao orgasmo, ele expressa, externa a cumplicidade de sua intimidade. Isso, certamente, é algo abençoado por Deus. Os casados têm mais um motivo para glorificar ao Senhor em ação de graças!

3. Relaxamento

É quando o organismo entra em processo de relaxamento. Depois que a relação sexual termina, as chamas de paixão e prazer aquietam-se (o tempo dessa "quietude" varia de casal para casal, há casais que parecem vulcões de tanto fogo). Que seja essa uma hora em que o marido demonstre ternura para com a esposa através de abraços, beijos e mais carícias amorosas (essas serão bem vindas em qualquer ocasião). O homem, sendo menos emocional, poderá adormecer imediatamente, como se não importasse mais com a esposa. A mulher, no entanto, continua a conservar o calor da relação e se sente mais propensa a atitudes de carinho, palavras de afeto, etc. Por isso, cabe ao homem fazer um esforço e não ir virando para o lado e adormecendo.

4. Isso pode, isso não pode

Outro problema é o que se refere ao que pode ou não pode no sexo. Olha, sinceramente, acredito que o que rola entre quatro paredes não é da conta de ninguém senão do casal. E digo mais, nem o próprio Deus se mete nisso! A Bíblia deixa claro que o sexo anal é reprovado pelo simples fato de o ânus não ser órgão sexual e fazer parte do aparelho digestivo. Ele é um órgão excretor - que põe algo para fora - e não receptor - que receba receba algo para dentro. Outra polêmica é a que se refere ao sexo oral. Os que o condenam dizem que, assim como o ânus, a boca também não é órgão sexual. Entretanto, ao passo de que a Bíblia seja clara sobre a pecaminosidade do sexo anal (Romanos 1), ela não faz qualquer referência sobre a suposta pecaminosidade do sexo oral. Quanto a isso, que o casal decida, lembrando sempre que os corpos de ambos são templo do Espírito Santo e que a violação do templo, isso sim, é configurado como pecado (1 Co 6:15-20). Uma coisa é certa, nem padre, nem pastor... nem o papa tem direito de ditar regras sexuais aos cônjuges. 

Então...


Concluímos que o sexo - NO CASAMENTO, E APENAS NO CASAMENTO - é uma benção e não tem nada de pecaminoso. Por isso, que os casados desfrutem plenamente de todas as delícias do sexo. E, por favor, não sejamos ridículos, sexo não tem nada de espiritual, e, portanto, por mais crente que seja o casal, o sexo é CARNE PURA, ou seja, só envolve sentimentos carnais. O detalhe espiritual que é de extrema relevância, diga-se, está nos princípios bíblicos daqueles cujas mentes já foram renovadas pela Palavra da Fé e que, consciente da de sua liberdade, jamais a usará como desculpa ou suposta prerrogativa para a libertinagem (Jo 8:32, 36a; Gl 5:1, 13)! Sugiro aos cônjuges a leitura de 1 Coríntios 7.

Nota justifivativa


Em tempo, o uso do termo "tesão" é gramaticalmente lícito e conveniente dentro do contexto do tema discorrido no artigo. E, apesar de por questões éticas, o uso do termo seja inconveniente e desconfortável em determinados ambientes (o que absolutamente NÃO É o caso aqui), não se trata de palavra chula ou de um "palavrão", cujo significado consta nos dicionários como: 

(latim tensio, tensão):
Substantivo masculino - 1. Rijeza, 2. [Figurado] Força, intensidade. 3. Ímpeto, 4. Embate violento. Substantivo masculino ou feminino - 1. Desejo sexual masculino ou feminino, 2. Entusiasmo, ânimo, 3. Ereção do pênis, 4. Pessoa que inspira desejo sexual.

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