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quarta-feira, 12 de março de 2025

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "AUTOR DA MINHA FÉ", GRUPO LOGOS

O maravilhoso cântico 'Autor da Minha Fé' se tornou um clássico no meio evangélico brasileiro. Sou suspeito para falar sobre esse cântico, pois ele para mim um dos lindos da hinologia cristã contemporânea.

Eu o considero perfeito sobre todos os aspectos: letra, melodia, mensagem e exegese. É uma obra irrepreensível, irretocável. Vamos conhecer a história da criação desse hino de louvor e adoração em essência, em mais um capítulo da minha série especial de artigos "Canções Eternas Canções".

Sobre o compositor


Pastor, cantor e compositor, Paulo Cesar da Silva — o Paulo Cezar do Logos, como é conhecido —, aos 75 anos de idade e com mais de quatro décadas de carreira — ou, conforme ele mesmo define, ministério —, é dos nomes mais conhecidos da música evangélica brasileira, de cuja evolução participa desde os anos 70.

Carreira


Foi naquela época que, ainda aluno do seminário Palavra da Vida, em Atibaia, São Paulo, formou um conjunto musical, já com a presença de Nilma, com quem acabou se casando. Nilma veio a falecer em 2020, após lutar contra um câncer.

A iniciativa entre amigos deu origem, em 1979, ao grupo Elo, que marcou uma geração de crentes. Alguns de seus álbuns, como "Calmo, Sereno e Tranquilo" e "Ouvi Dizer", viraram clássicos, e Paulo Cezar, com sua poesia, uma referência.

Era Elo


A trágica morte do talentoso instrumentista Jayro Gonçalves, o Jayrinho, acarretou o fim do Elo. Mas Paulo quis seguir adiante.
"Fui buscar consolo e inspiração na Bíblia",
conta.

E foi das Escrituras que surgiu a ideia para batizar o novo grupo.

Era Logos

"O nome Logos foi escolhido por significar a palavra viva e por ter tudo a ver com nosso ministério, onde a Bíblia tem centralidade absoluta",
diz o artista.

Com o Logos, Paulo Cezar legou ao público cristão 17 álbuns e pérolas como as canções 'Mão no Arado', 'Portas Abertas', 'Situações', 'Expressão de Louvor' e 'Autor da Minha Fé'.

Compositor da maioria das músicas do grupo, o artista defende um louvor com conteúdo — coisa que, segundo ele, já não é prioridade.
"A falta de conhecimento bíblico e os interesses comerciais estão na base da superficialidade",
resume.

Numa entrevista à revista Cristianismo Hoje, Paulo Cezar permitiu-se falar de coração aberto sobre o que pensa acerca da indústria musical, do próprio ministério e da Igreja. E não escondeu:
"Sonho com bons músicos, crentes de verdade, que rendam seus talentos ao Senhor e testemunhem com suas vidas o caráter de verdadeiros adoradores."
Perguntado como é o seu processo de composição, ele respondeu
"Eu componho após pensar: pensar na minha própria vida, na vida das pessoas, nas necessidades; e sempre trago essas coisas diante da Palavra de Deus, que me diz o que fazer, ou como ir adiante. 
Evidentemente que os talentos natos vindos do Senhor afloram e a excelência de quem quer adorar não permite a futilidade. Sei que, se eu for superficial e não verdadeiro, os resultados do que estou compondo serão também assim... 
No seminário onde estudei, embora não se tenha, especificamente, ensinado sobre os temas louvor e adoração, recebi as bases para ser um verdadeiro adorador. E é isso que, desde então, tenho procurando ser."

'Autor da Minha Fé'


Oh Pai, eu queria tanto ver
O meu Senhor descer vindo me encontrar
Eu posso até imaginar a refulgente glória
Do Senhor Jesus
Transpondo as brancas nuvens
No mais puro azul
Onde nem sul, nem norte existirá

E em meio a lágrimas, sorrisos de alegria
E de prazer
Eu que era cego, agora posso ver
Contemplar, contemplar enfim
Por isso eu canto glória

Glória, glória ao autor da minha fé
Glória, glória ao autor da minha fé

Oh Pai, eu queria tanto tanto ouvir
O som que vai abrir o encontro triunfal
Rever amigos que um dia em Cristo foram
Feitos meus irmãos
E agora sim podemos dar as mãos
Pois temos todos um
Somente um, um só Senhor

E eis o consolo que envolve a minha vida
O meu Senhor Jesus
Que foi morto sim, naquela cruz
Voltará, voltará enfim
Por isso eu canto glória

Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
O autor da minha fé (Aleluia)

Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
O autor da minha fé (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
O autor da minha fé (Aleluia)
Aleluia, Aleluia, Aleluia
O autor da minha fé

Como nasceu a canção


A faixa foi lançada pela primeira vez no LP "Ouvi Dizer" do Grupo Elo, em 1978, conforme conta o pastor e compositor Paulo Cézar da Silva, logo se tornou um dos grandes clássicos da música cristã no Brasil.
Nós morávamos junto ao Dr. Jairo Gonçalves, pai do Jayrinho, no mesmo quintal, em 1978, que por sinal era muito grande e tinha muitas fruteiras"
relembra saudosamente.
"Em um dia de sol com céu azul e nuvens brancas eu estava em baixo de um caramanchão coberto por um bonito pé de Maracujá; e ali, com meu violão e minha bíblia, meditava na primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses, capitulo 4. 
Naquele exato momento, por entre os espaços da vegetação que me cobria, o céu e as nuvens pareciam se misturar aos pensamentos… e quando passei pelo versículo 13 em diante, vislumbrei aqueles momentos marcantes que um dia acontecerão, segundo as promessas do Senhor.

Assim, uma melodia foi sendo construída em meio aos acordes… e aquela Palavra que enchia o meu coração ali, foi sendo também inserida no contexto, nascendo assim uma canção muito especial.

Então, não tive dúvidas em honrar ao meu Senhor com esse título, que é só dEle: O Autor da minha fé."

Contexto exegético


Conforme dito acima pelo compositor, esse belo e icônico cântico tem sua inspiração à partir do texto da primeira carta de Paulo destinada a igreja em Tessalônica, fruto da segunda viagem missionária do apóstolo. 

A grande questão que pairava nas mentes daqueles cristãos tessalonicenses era quanto as incertezas próprias do futuro. Quando Cristo voltará? O que devemos fazer enquanto isso? Nossos entes queridos que morreram, qual a situação deles? 
Nós os veremos novamente? 

A resposta do apóstolo Paulo foi o consolo que temos na ressurreição de Cristo, pois assim como Ele ressurgiu, os mortos ressuscitarão e juntar-se-ão como os vivos no glorioso dia do Senhor. 

O mesmo poder que operou em Cristo, operará na sua igreja, livrando-a do mal, das dores e sofrimentos deste mundo, e todos juntos o encontraremos nas nuvens numa celebração da vitória eterna. 

A mesma esperança e consolo mantemos hoje, e isto com base na fé que temos em Cristo, o autor e consumador da fé. Assim, o versículo 18 do capítulo 4 desta carta paulina nos exorta: 
"Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras"
da mesma forma faz o cântico atual que nos lembra desta verdade gloriosa!

Nesse cenário, uma medolia foi ganhando forma, sendo construída em meio aos acordes. 
"Aquela Palavra que enchia o meu coração ali foi sendo também inserida no contexto, nascendo assim uma canção muito especial"
diz o pastor e compositor.
 
"Então, não tive dúvidas em honrar ao meu Senhor com esse título, que é só dEle: O Autor da minha fé",

completa, explicando também o título do cântico.

Conclusão


Desde então, o cântico 'Autor da Minha Fé' tocou os corações de inúmeras pessoas ao longo dos anos, proporcionando consolo e força para enfrentar os desafios da vida. 

A mensagem de esperança e certeza de que o mesmo poder que operou em Cristo também opera em Sua igreja, livrando-a do mal e das dores deste mundo, ecoam nas vozes de todos que entoam essa poderosa canção.

Ela foi regravada por vários cantores e cantoras da música gospel:
Hoje, 'Autor da Minha Fé' continua a emocionar e inspirar, lembrando-nos da importância de confiar em Deus em meio às adversidades e nos encorajando a compartilhar palavras de esperança e consolo com aqueles que precisam.
[Fonte: Hinologia Cristã, original por Rev. Silas Silas Palermo]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
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