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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

FREUD E OS SUPER-HERÓIS — 3) O HOMEM DE FERRO

"Eu sou o homem de ferro" (Homem de Ferro, 2008). 
Não é preciso ser um cinéfilo de filmes de super-heróis para identificar o autor dessa frase tão icônica: Tony Stark. O personagem é um gênio, inventor, bilionário, também conhecido como o Homem de Ferro. 

Perfil psicológico


O Homem de Ferro é um dos super-heróis mais queridos do Universo Cinematográfico Marvel. No cinema, o personagem foi interpretado pelo ator Robert Downey Jr.

O personagem possui uma trajetória complexa, em que precisa lidar com os próprios defeitos e traumas do passado, os quais, às vezes, afetam a família, os amigos e colegas de trabalho dele.

Contudo, Tony Stark demonstra ter um impulso nato por atos heróicos — não podemos deixar de citar que ele salva o universo ao usar as pedras do infinito para derrotar Thanos de uma vez por todas, mesmo sabendo que isso iria custar a vida dele.

A peculiaridade desse personagem é que sua onipotência se transforma como uma luva contra os problemas do coração que Stark está enfrentando. Este empresário cortês, rico, bonito e inteligente é forçado a usar constantemente esse marcapasso complicado para se manter vivo.

O pano de fundo para iniciar as discussões sobre identidade do sujeito é embasada no entendimento de que compreender a identidade do sujeito significa compreender a relação indivíduo-sociedade existente. 

Essa identidade humana seria a construção, reconstrução e desconstrução constantes, no dia a dia do convívio social, na multiplicidade das experiências vividas.

Neste sentido, a identidade passa a ser concebida como uma busca pela emancipação, que neste caso será alcançada ou não, ou melhor dizendo, atualmente uma emancipação total do sujeito na sociedade é algo impossível, o que se pode ser observado no sujeito são os chamados fragmentos emancipatórios. 

Partindo da concepção de identidade como metamorfose, e acrescentando a ideia de mesmice e mesmidade, Ciampa apresenta o sintagma Identidade-Metamorfose-Emancipação, que aborda a identidade do sujeito como um processo contínuo de metamorfoses orientadas para a emancipação, para a busca de projetos de vida que o levem a uma condição de autonomia frente ao sistema.

Origem do personagem

A Guerra do Vietnã estava em pleno curso quando Stan Lee (✰1922/✞2018) e Jack Kirby (✰1917/✞1994) criaram o Homem de Ferro. Anthony (Tony) Edward Stark, o protagonista desta história em quadrinho, é o herdeiro da empresa de armas, Indústrias Stark (Stark Industries), fundada por seu pai Howard Anthony Stark. 

O personagem faz sua primeira aparição na 39ª edição da revista Tales of Suspense, em 1963 (Lee; Kirby, 1963a). Já nos filmes, Tony Stark tem sua estreia no filme "Homem de Ferro" (2008). 
Ao contrário da maioria dos super-heróis, Tony Stark não tem poderes sobrenaturais.
Além de seu gênio criativo, ele é um humano comum. É a tecnologia de sua armadura que o torna avassalador. Mas também compensa a insuficiência cardíaca de Tony.

O podemos aprender com o Homem de Ferro

    • Faça algo para corrigir os próprios erros — Stark comete diversos erros, mas busca consertá-los, seja quando criou a inteligência artificial Ultron ou quando hesitou em ajudar Hulk a voltar no tempo para recuperar as joias do infinito. 
    • Se tornar o mentor de alguém é um bom jeito de usar seu o tempo — Conforme lida com os próprios defeitos, Stark decide se aproximar de Peter Parker e se tornar uma espécie de mentor para o jovem super-herói. O personagem percebe a importância de passar adiante o conhecimento dele e oferecer novas oportunidades para a nova geração. 
    • É perigoso colocar a saúde mental de lado — Nem sempre o Homem de Ferro nos ensina algo valioso por meio de uma boa experiência ou um ato de altruísmo. O personagem enfrenta problemas de saúde mental nos filmes do MCU, mas evita buscar ajuda, o que prejudica as pessoas ao redor dele. 
    • Heróis também podem ter defeitos — Sem dúvida, a maior lição do Homem de Ferro, desmistificando o que está implícito no imaginário dos fãs, é que heróis também podem ter defeitos ou ter cometido erros no passado.

Conclusão

Verificou-se que o nascimento da personagem Homem de Ferro no filme "Homem de Ferro" (2008) em si se constituiu como uma metamorfose identitária, por ter provocado emancipações das outras personagens de Tony, como também um fator propulsor para o desencadeamento do processo de metamorfoses identitárias subsequentes tanto na personagem Tony Stark quanto na personagem Homem de Ferro ao longo dos quatro filmes. 

No decorrer das histórias, observou-se uma maior prevalência do fenômeno de mesmice em relação ao de mesmidade, uma vez que a personagem Tony Stark e a personagem Homem de Ferro encontram-se amalgamados, ou seja, uma relação simbiótica se desenvolve e que incapacita Tony em distinguir as personagens e de construir novas outras. 

No entanto, ao fim do Homem de Ferro 3 (2013), a retirada do Reator Arc por Tony acaba expressando um fragmento emancipatório, na medida em que ele se identifica (e é identificado) como o Homem de Ferro, não dispondo mais de um artifício que o identifique com tal personagem, pois esta já se encontra consolidada.
    • Continua no próximo capítulo.
[Fonte: Unicesumar original por Marian Monteiro Nagi e Leonardo Pestillo de Oliveira; Rolling Stone, original via redação]

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