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sábado, 30 de abril de 2022

ESPECIAL — POR FAVOR, ENTENDAM: PASTORES TAMBÉM SOFREM! — PARTE 4

 

3. PRESCRIÇÕES TERAPÊUTICAS

Tendo sido analisados os estudos estatísticos e as prováveis causas, é mister apontar alguns elementos prescritivos para aqueles que desejam evitar ou se livrar do quadro clínico com burnout.

Como a natureza deste artigo não contempla a ciência médica nem os conhecimentos farmacológicos, as recomendações aqui não incluirão o uso de medicamentos apropriados.

Somente um profissional da área médica estaria habilitado para orientações nesse sentido. Portanto, o que compete a este artigo é listar outros fatores terapêuticos e indicar que um profissional sério da área médica seja consultado para a obtenção de produtos com a finalidade de se chegar ao tratamento necessário de acordo com a síndrome em questão.

Antes, porém, de listar sugestões e orientações terapêuticas comuns àqueles que lutam em prol da manutenção da vitalidade na lida ministerial, é fundamental que os pastores se disponham a "pedir ajuda".

Isso parece ser extremamente difícil, pois admitir a vulnerabilidade pessoal pode ser acompanhada de vergonha, sentimento de frustração e exposição a julgamentos de terceiros.

Quando um pastor pede ajuda ele tem a sensação de estar desnudo! Fazer isso diante do Senhor é mais fácil, mas diante dos olhos de outros? Realmente isso abala a honra de qualquer indivíduo.

Para muitos, o só pensar nesse processo é suficiente para eliminar tal atitude da lista de possibilidades. Todavia, o desgaste e o burnout são a falência da resistência pessoal e o orgulho acaba sendo um dos maiores obstáculos para a melhora do quadro. A esse respeito, o Dr. Midgley comenta:
"Algumas vezes podemos sentir estar em meio a uma neblina tão densa que precisamos da ajuda de alguém “de fora” para nos ajudar... Encontrar alguém que possa pregar as verdades do evangelho à nossa situação será um benefício enorme; também, poderemos ainda ter que buscar, junto ao aconselhamento, ajuda de algum profissional secular, bem como medicação" (27).
Além do mais, todo pastor que deseja ser bíblico em seu comportamento, deverá se lembrar que o apóstolo Paulo não se sentia envergonhado de pedir ajuda para suas necessidades. Várias vezes ele escreveu a diferentes igrejas dizendo:
"Irmãos, orai por nós" (cf. 1 Tessalonisences 5:25Efésios 6:19,20 e Colossences 4:3).
Dessa maneira, se o obreiro em necessidade quiser manter a aparência de alguém totalmente competente e em completo controle sobre suas fragilidades, ele nunca pedirá ajuda.

No entanto, se ele quiser ser visto como humano, carente da graça de Deus e dos instrumentos que o Senhor dispôs em seu corpo, a Igreja, para socorrê-lo em momentos de carência, ele pedirá ajuda!

Pastor também é ovelha

Chamados por Deus para apascentar, os líderes Ministeriais também precisam ser cuidados, tendo apoio da família, da igreja e de outros pastores


Muitas vezes tidos como "super-heróis", os pastores, afinal, também podem ser considerados como ovelhas? Sim, os líderes ministeriais estão sob o cajado do Senhor. E mais, eles têm fragilidades, dificuldades, medos, precisam de ajuda e da família e de compartilhar suas experiências a fim de desenvolver com plenitude seu trabalho.

Segundo o líder nacional do Ministério de Apoio para Pastores e Igrejas (Mapi), Gedimar de Araújo, pastor é "gente como a gente". 
"Ele é ovelha quando enfrenta crise no casamento e não tem um grupo de apoio para receber ajuda. Também é ovelha quando enfrenta crise financeira e não pode se abrir com ninguém com medo de ser julgado. É ovelha quando fica emocionalmente fragilizado por problemas na igreja.

É ovelha quando se sente incapaz e mal preparado para um desafio ministerial novo. O único problema é que ele não pode se mostrar frágil para o rebanho, pois tem medo de perder o respeito ou de ser trocado por outro".
Ariovaldo Corrêa, coordenador do Mapi, afirma que o homem atrás do púlpito é uma ovelha, porém que nem sempre permite ser cuidada.
"Em virtude de suas necessidades, vulnerabilidades e lutas, o pastor é uma ovelha que corre riscos. Ele tem todas as fragilidades de uma ovelha comum, porém, sua situação é agravada pela sobrecarga (pensa que precisa se sacrificar pela igreja), pela vulnerabilidade (procurando se mostrar sempre forte, acaba não se protegendo como deveria) e pelo orgulho (por ser um líder, tem dificuldade em fazer amizade, trocar experiências e principalmente se abrir com outros colegas)".
De acordo com o pastor Jorge Linhares, presidente da Igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte, o pastor precisa ser pastoreado. 
"Com um mentor, ele torna-se melhor do que é, fica mais eficiente. Fazendo uma citação bíblica, enquanto Davi era pastoreado por Samuel, ele se tornou um matador de gigante. Grandes líderes que deixaram de ter mentores caíram"
disse. 

Gedimar afirma que por duas vezes a Bíblia, no Novo Testamento, ordena aos sarcedotes que cuidem de si mesmos antes de cuidar da igreja. 
"Porém, essa determinação é negligenciada pela maioria dos líderes, trazendo consequências terríveis para eles, para a família, para a igreja e até mesmo para o mundo.

A primeira passagem é em Atos 20:28, que diz: 
'Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a Igreja de Deus, que Ele comprou com o Seu próprio sangue'. 
Perceba que é um mandamento sequencial, cuide de si e do rebanho. A segunda passagem é 1 Timóteo 4:16: 
'Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes'".
Em geral, as dificuldades enfrentadas pelos líderes no dia a dia não são compartilhadas. De acordo com Gedimar, há "fortalezas" que os pastores erguem e que acabam reforçando sua solidão. 
"A autossuficiência, pois acreditam que não precisam de outras pessoas; o coração endurecido por feridas, por ter presenciado muito sofrimento ou pelos muitos estudos; o perfeccionismo, a fim de manter altas exigências para si mesmo e para outras pessoas; a entrega exagerada, quando perde sua individualidade; e a passividade, que o mantém livre das responsabilidades"
enumera.
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
Apesar da flexibilização no uso da máscara, onde o uso do acessório já não é mais obrigatório nos ambientes abertos em muitas regiões da Federação, o bom senso e a concientização individual, ainda é uma premissa para a segurança e a proteção coletiva.

Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia.

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