Como dito nos capítulos anteriores, a mensagem profética do Tabernáculo além de apontar para a figura de Cristo em nós, também nos trás surpreendentes revelações escatológicas. Neste capítulo, vamos fazer uma análise das Cores do Tabernáculo e seus significados proféticos.
Tudo no Tabernáculo tem uma cor, seja o ouro, a prata, o cobre, as peles de animais, as pedras de engaste, ou a madeira. Pode ser que cada cor tenha um significado especial de Cristo, mas, há quatro cores que são especificadas, e são estas que queremos considerar agora. As cores são: Azul, Púrpura, Carmesim e a Branca do linho fino. Essas cores apontam a Cristo particularmente e a àquele que está em Cristo. Vamos analisar uma a uma.
Azul
Natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou homem celestial (João 1:18; 1 Coríntios 15:47,48; Hebreus 7:26). Ou seja, é um apontamento para a origem celestial de Cristo. Azul também é a cor dos céus, portanto aponta o caráter e a natureza de Cristo como Sumo Sacerdote. Para ser este supremo Sumo Sacerdote que ultrapassa o do Tabernáculo, necessita ser divino e celestial. Cristo é o Sumo Sacerdote divino (Hb 8:1).
Análise do contexto — O sumo sacerdócio de Cristo
Existe um mistério grande sobre como Cristo foi tudo que necessitava ser como o perfeito Sumo Sacerdote (1 Timóteo 3:16) Mesmo que haja mistério acerca da divindade/humanidade de Cristo, não é por isso menos verdadeiro.
O caráter, os atributos e as obras do nosso Salvador na posição de Sumo Sacerdote são maiores do que o nosso entendimento (Isaías 55:8,9). Quando trata-se de Cristo, nada é errado se Ele supera a nossa capacidade de entendê-lO.
Como Cristo veio dos céus, voltou aos céus e está hoje intercedendo pelos seus à destra do Pai (Romanos 8:34), os em Cristo têm uma vocação celestial (Hb 3:1), uma cidadania celestial (Jo 3:3-6; Hb 11:16), e uma herança celestial (1 Pedro 1:4).
Vendo que temos um Sumo Sacerdote celestial pelo qual somos aceito no Amado; vendo que temos uma vocação celestial; vendo que a nossa herança e cidadania está nos céus, que tipo de gente devemos ser neste mundo?
Neste mundo somos peregrinos, passageiros. Tudo que vale a pena para o Cristão é celestial! Coloque seu tesouro lá; fixa o seu foco nEle em Quem temos todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais; desprenda das atrações desta terra que será destruída! Esta lição vem a nós pela cor Azul no tabernáculo.
Púrpura
Realeza, Soberania de Cristo, o "Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Marcos 15.17,18; Apocalipse 19:16). Púrpura é a cor dos reis, portanto essa cor manifesta a verdade que Cristo é o Soberano e tem toda a glória dessa posição Real. Cristo foi profetizado para ser o Príncipe da Paz e reinar
"do trono de Davi, cujo principado e paz não haverá fim" (Is 9:6,7).
Cristo tem sido ungido pelo próprio Deus Pai:
"Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião" (Salmo 2:6).
Pode ser que Cristo não se manifestou já ao mundo a Sua glória como Rei, Ele é Rei e é Real e se manifestará "Rei dos reis, e Senhor dos senhores" (Ap 19:11,16).
Análise do contexto
Por termos um Salvador que é Senhor e Rei já nos céus, Quem aparecerá na Sua glória Real um dia e com Quem reinarmos um mil anos (Ap 20:6), convém que fujamos de tudo que é passageiro e mundano e que busquemos a piedade, segue a justiça, a fé, o amor, a paciência, a mansidão e guardemos (1 Tm 6:3-16).
Carmesim
Sacrifício (Levítico 14:4; Números 19:6; Hb 9:11-14, 19, 23, 28; Ap 5:9,10). A cor carmesim, pelas escrituras, e especialmente quando se refere ao Cristo, manifesta o Cristo Sacrificatório e a Sua humildade.
Análise do contexto
A cor carmesim, para os usos no Tabernáculo, foi conseguida do corpo da fêmea do "coccus ilicis" um verme (Sl 22:6, a palavra hebraica para escarlata e carmesim). Nisso entendemos que a cor carmesim no Tabernáculo aponta tanto à humilhação de Cristo quanto à Sua morte. A Sua humilhação é entendida de outra maneira também.
O nome "Adão", uma palavra babilônica, significa "vermelha" por ser feito da terra. Portanto, sendo que Cristo
"esvaziou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:7,8).
O Divino sendo feito homem, “forma de servo” mostra a Sua humildade. Cristo sendo feito homem, mostra a Sua obra de ser o Sacrifício no lugar do homem que se arrepende e crê nEle.
Como o primeiro Adão foi feito alma vivente, Cristo, na qualidade do Único Salvador, e "o último Adão" foi feito "espírito vivificante" (1 Co 15:45). É Cristo o Sacrificatório, como o "Cordeiro de Deus", que tira os pecados de todos que se arrependem e crê nEle (Jo 1:29; 3:14-17).
Desde que a cor vermelha que faz parte das várias partes do tabernáculo (a Porta [Êx 26:36,37]; o Véu [26:31-33]) e das vestes do Sumo Sacerdote: do éfode (28:5,6) e do peitoral (28:15), entendemos que Cristo é tanto o Mediador idôneo que ministra o sangue do sacrifício quanto é o Sacrifício cujo sangue redime eternamente todos os pecados dos chamados que recebam a promessa da herança eterna (Hb 9:11-15, 24-28).
O fato que o carmesim fazia parte dos sacrifícios (Lv 14:4; Nm 19:6), entendemos que é o sangue de Cristo que lava-nos de todo o pecado (1 Pd 1:18,19; Ap 1:5).
Visto que é Cristo que foi feito pecado e por Quem os que creem nEle recebem a justiça de Deus (2 Co 5:21), convém que, de coração, confiamos nEle. Pois, em nenhum outro há salvação pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12).
Visto que é Cristo que foi feito pecado e por Quem os que creem nEle recebem a justiça de Deus, convém que pregamos Cristo a todo o pecador (2 Co 5:18-20)!
Branca (do linho fino)
Perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo (Sl 132:9; Ap 7:9-17). A cor branca do linho fino é emblemática da perfeição, pureza, e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo.
Análise contextual
A cor branca refere-se ao efeito da obra de Cristo no lugar do Seu povo. Ele os faz perfeitos, santos e justos, propícios para serem na presença de Deus (Ap 7: 9-17; 19:7-9). Deus veste Seus sacerdotes de justiça, como são vestidos os sacerdotes do tabernáculo (Êx 28:39; Sl 132:9; Zacarias 3:3,4).
Não podemos pensar que tenhamos a justiça de Deus se estamos fora de Cristo. Temos que ser lavados pelo Seu sangue se esperamos ser redimidos da nossa vã maneira de viver (1 Pd 1:18,19).
Entramos em Cristo pelo arrependimento dos pecados e fé no sacrifício de Cristo em nosso lugar. Nessa maneira o pecador é feito limpo, perfeito, puro e justo diante de Deus. Está nEle? Se arrependa e creia nEle já! De outra maneira as suas vestes sujas continuam e no fim, será lançado
"nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mateus 2:13).
As Obreiras destas cores
As Mulheres Sábias fiavam com as suas mãos a lã, seda, linho fino e os pelos das cabras (Êx 35:25,26). Isso ensina que o material fundamental para os outros trabalhadores dependeria na obra destas mulheres (38:23; 39:1).
Verdadeiramente, o ajuntamento dos irmãos e a união dos irmãos na Casa de Deus pode ser em muito facilitada pela obra das mulheres sábias. Pela oração pelas suas famílias e as da Igreja, a sua parte na educação dos filhos na ausência dos maridos, a submissão que coroa os seus maridos, prepara o espírito da família, dá o exemplo de santidade, e providencia o material fundamental para os homens vocacionais construírem a casa de Deus (1 Tm 2:9-15; 1 Pd 3:1-9).
Conclusão
Em resumo, o conjunto destas cores pela Bíblia presentes em Filipenses 2:6-11:
- Azul: v. 6 — "...Que, sendo em forma de Deus...",
- Branca: v. 6 — "...não teve por usurpação ser igual a Deus...",
- Carmesim: v. 7,8 — "...Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz."
- Púrpura: v. 9-11 — "...Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai."
E nos Quatro Evangelhos
- Mateus: Cristo — Rei / Púrpura
- Marcos: Cristo — Servo Sacrificatório / Carmesim
- Lucas: Cristo — Perfeito Homem / Branca
- João: Cristo — Filho de Deus / Azul
O Tabernáculo em seus mínimos detalhes apontavam para o que mais tarde deveria vir Jesus Cristo. Aleluia, glórias a Deus, que sempre instruiu o seu povo, e não o deixou na obscuridade, em trevas, mas o conduziu na luz do evangelho. Amem!
[Fonte: Palavra Prudente, por Pr Calvin Gardner]
- Continua no próximo capítulo.
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.
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