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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

"UNPLANNED" ("NÃO PLANEJADO"): FILME CRISTÃO LEVANTA A QUESTÃO CONTRA A PRÁTICA DO ABORTO

"SENHOR, tu me sondaste, e me conheces... Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe. 
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. 
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. 
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia" (Salmo 139:1, 13-16).
Enquanto no Brasil e no mundo o debate sobre a legalização do aborto ainda esquenta e está longe de acabar, o cinema, em uma atitude ousada do diretor Cary Solomon resolveu entrar na polêmica. Com o "Unplanned" ("Não Planejado"), o diretor colocou o filme cristão no epicentro de uma discussão que acirra ainda mais as batalhas ideológicas e políticas entre os conservadores republicanos e os liberais democratas, respectivamente, direita e esquerda nos EUA.

Sobre o filme


Filme "Unplanned" ("Não Planejado"), que conta a história da ex-diretora da Planned Parenthood (Paternidade Planejada), Abby Johnson, foi um sucesso de bilheteria no Canadá. E ainda não tem previsão de estréia no Brasil.

O famoso filme, que fez sucesso no Canadá deve chegar aos cinemas latino-americanos em breve. O anúncio foi feito pelo Twitter da ativista norte-americana Abby Johnson, que inspirou o filme.

Johnson é a fundadora do grupo And Then There Were None (ATTWN), que ajuda funcionários da indústria do aborto a deixar o setor, além de dar suporte a mulheres que tiveram abortos e sofrem por isso. O grupo foi fundado em 2012.

Os países já confirmados para sua estréia são: República Dominicana (15 de agosto) e América Central (29 de agosto). De acordo com o post de Johnson, ainda não há data de lançamento para Argentina, México e Brasil. Mas eles estão trabalhando para trazê-lo nesses países.

Sucesso e polêmica


O filme "Unplanned" superou as expectativas nas bilheterias durante o fim de semana de estréia no Canadá, arrecadando mais de US$ 300 mil em 49 cinemas e até melhorando as bilheterias americanas em média por cinema.
"Agradecemos ao povo do Canadá por seu testemunho corajoso para a vida. O que Abby viu é o que o Canadá agora pode ver em primeira mão. Os canadenses estão vendo a realidade do aborto e o poder da redenção. Corações e mentes estão mudando"
disseram Cary Solomon e Chuck Konzelman, co-diretores do filme.

"Unplanned" conta a história da ex-diretora da clínica Planned Parenthood , Abby Johnson, que mudou de ideia sobre o assunto depois de testemunhar um aborto.

BJ McKelvie, presidente da Cinedicom, distribuidora canadense do filme, também ficou impressionado com os números iniciais. 
"É impressionante fazer parte desse movimento internacional. Contra todas as probabilidades, conseguimos levar o Unplanned ao povo do Canadá"
disse McKelvie.

Todo esse sucesso aconteceu, depois que a fita foi cancelada em dois cinemas no Canadá devido a preocupações de segurança. Precauções foram tomadas depois que os donos de salas de cinema receberam ameaças de morte.

A LifeSiteNews informou que os proprietários de salas de cinema contataram a polícia depois de receber ameaças consideradas reais, o que causou "medo por suas famílias".

Extremismo da esquerda norte-americana


O filme pró-vida também superou outro obstáculo nos Estados Unidos, é a classificação "R" da Motion Picture Association of America e os comerciais do filme que foram censurados nos principais canais de televisão do país. 
"A classificação 'R' significa que 'muitas adolescentes que podem obter legalmente um aborto real sem permissão dos pais serão proibidas de ver um filme que contém imagens simuladas de aborto sem permissão dos pais'", 
disseram ainda Solomon e Konzelman, apontando para os dois gumes da decisão. Com a companhia de um pai ou responsável, é possível que uma pessoa com 17 anos ou menos veja um filme "R". 
"Estamos ultrapassando as barreiras do que já tinha sido feito nessa escala para mostrar aos Estados Unidos exatamente o que o aborto é – e o aborto é perturbador, é violento"
disse Johnson em um comunicado.

Desde que deixou a Planned Parenthood, Johnson ajudou cerca de 500 ex-funcionários da indústria a deixar os seus empregos e partir para outra carreira – 7 deles médicos. 
"Ninguém vai terminar de assistir a esse filme e dizer: ‘Eu não sabia"
acrescentou ela. "Unplanned" estreou nos Estados Unidos no dia 29 de março.

O que é a Planned Parenthood


Criada em 1916 por Margaret Sanger, ícone do movimento feminista, a Planned Parenthood (Paternidade Planejada) começou como um centro de informações e consulta sobre sexualidade e contracepção para mulheres no Brooklyn. Hoje, é responsável pela metade dos abortos legais feitos nos Estados Unidos. Segundo o último relatório anual da PP, somente de 2015 a 2016, clínicas e afiliadas da PP realizaram 328.348 abortos. 

No site da entidade, é possível encontrar, em inglês e espanhol, detalhamentos sobre a prática e os diversos tipos de aborto – com medicamentos, até a 10ª semana de gravidez, e em clínicas, por meio de procedimentos médicos que afetam o nascituro, o mais indefeso e inocente dos seres humanos. Isso porque não há dúvida de que o aborto é a eliminação deliberada de um ser humano – humanidade cujo surgimento do indivíduo é atestado pela própria ciência, com código genético único, desde o encontro dos gametas masculino e feminino. 

Além dos abortos, a PP também afirma oferecer atendimentos na área de saúde preventiva e educação sexual. Apesar da alegação de que os abortos representam apenas 3% dos trabalhos da organização, os críticos apontam que esse número está longe da realidade. Para isso, mencionam as taxas de participação da entidade no mercado de citologia (0,97%) e exames de mama a nível nacional. 

A Live Action, uma das maiores organizações ativistas pró-vida nos EUA, diz que a Planned Parenthood é uma "corporação", "a maior cadeia de abortos no país", e afirma que o foco de sua atividade é "terminar as vidas de mais de 320 mil crianças americanas a cada ano". Os líderes do Partido Republicano e opositores do aborto como o atual presidente Donald Trump, o vice-presidente Mike Pence, e o congressista Paul Ryan declararam uma cruzada contra a PP. O mecanismo escolhido foi tentar privá-la de fundos com origem governamental.

O professor de Ciência Política da Universidade de Michigan Michael J. New assinala que um estudo do instituto científico Berna Group traz um ponto importante a se considerar na redução do número de abortos. 
"Ainda que não abracem, necessariamente, o rótulo pró-vida, os jovens estão se opondo cada vez mais ao aborto em diversas circunstâncias. Traduzir essa oposição ao aborto para uma ação política efetiva será um desafio importante para os ativistas pró-vida no futuro"
argumenta ele, em artigo para a revista National Review.

Conheça os que financiam a PP e que fizeram boicote ao filme


Empresas como o Burger King, a MAC Cosmetics, Starbucks, Coca-Cola, Grupo Unilever, entre outras, além de quase toda grande mídia americana, o Partido Democrata e seus membros, e organizações como a Fundação Rockfeller, Fundação Ford, Fundação Clinton, Open Society, Fundação Bill & Melinda Gates e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) apoiam e repassam recursos a Planned Parenthood. E, pasme, o famoso e icônico líder evangélico Martin Luther King Jr. também foi apoiador da PP.

Mesmo com todo esse boicote e censura explícitos, "Unplanned" está sendo exibido em mais de 1 mil salas de cinema nos Estados Unidos da América (EUA). A censura a produções culturais pró-vida não é novidade, tendo ocorrido o mesmo na França há alguns anos, quando uma campanha pedindo às mães para que não abortassem seus filhos com síndrome de Down foi proibida pelo governo francês, sob alegação de constrangimento às mães que fizeram tal procedimento.

Pelo direito de viver

Quando começa a vida? Mais uma vez, a Bíblia tem razão


Dentro do capítulo da dignidade humana, a questão do aborto merece considerações especiais diante de sua relevância e das consequências de uma mentalidade permissiva em relação a este tema. O nascituro é o mais indefeso e inocente dos seres humanos, e por isso necessita de uma proteção ainda mais enfática, pois é incapaz de, por si só, fazer valer os seus direitos.

Para além de qualquer outra consideração política, criminal, ideológica ou sociológica, é indubitável o fato de que o aborto é a eliminação deliberada de um ser humano, cuja humanidade – com o perdão da redundância – se baseia não em convicções filosóficas ou religiosas, mas na própria ciência, que atesta o surgimento de um novo indivíduo, com código genético único, desde o encontro dos gametas masculino e feminino. 
"Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano, ele não poderia tornar-se um, pois nada é acrescentado a ele"
afirmou o pediatra e geneticista francês Jérôme Lejeune, o descobridor da causa da síndrome de Down. De fato, após o instante da concepção não existe nenhuma mudança de caráter ontológico, nenhum "momento definidor" no qual um "não humano" passaria ao estágio de "ser humano". O que há são apenas estágios de desenvolvimento de um ser que é plenamente humano desde o seu início.

O que dizem os defensores do aborto


Para contornar esta observação irrefutável, defensores do direito ao aborto têm recorrido a teorizações sobre o que constituiria uma "pessoa", usando esse conceito como o definidor do momento em que alguém se torna sujeito de direitos. 

Arbitrariamente, define-se, por exemplo, que um ser humano se tornaria pessoa na hora do nascimento, ou a partir do ponto em que adquire consciência de si mesmo; antes disso, é um "ser humano" (numa concessão ao que afirma a ciência sobre o status do embrião e do feto), mas não é "pessoa"; por isso, não tem direitos e, consequentemente, poderia ser eliminado. 

Este pensamento se manifesta de forma mais cruel nas ideias do bioeticista australiano Peter Singer - considerado o ícone da filosofia atual -, que justifica inclusive o infanticídio, ato que, na forma do "aborto pós-nascimento", tem conquistado adeptos na comunidade científica.

Esse tipo de raciocínio, no entanto, não consegue esconder seu caráter completamente arbitrário – e, por ser arbitrário, sem relação nenhuma com a realidade objetiva, é algo facilmente manipulável na direção de qualquer extremo: desde aqueles, como o próprio Singer, que passam a conceder uma dignidade maior a um cão, a um golfinho ou a um chimpanzé que a um recém-nascido humano, até aqueles que retiram a dignidade de pessoas inclusive adultas por não se conformarem a um padrão de "perfeição". Não é coincidência que a já citada Margaret Sanger, a fundadora da Planned Parenthood, fosse adepta da eugenia.

A dissociação dos conceitos de ser humano e pessoa permite, em sua consequência mais dramática, a possibilidade de que grupos inteiros tenham sua dignidade intrínseca negada. Ao aceitar a premissa de que apenas alguns homens são pessoas e têm direitos, que razão impedirá um governante de restringir o conceito de pessoa um pouco mais, rejeitando comunidades ou etnias "indesejáveis"? Nenhuma. 

Ou se aceita a realidade, exigente mas verdadeira, de que a dignidade é um atributo inafastável de todo ser humano, sem quaisquer restrições, ou se abre a porta para a arbitrariedade mais perversa, consistente na seletividade interesseira daqueles que "merecem" a qualidade de pessoas.

Conclusão


Mas é imprescindível lembrar que uma defesa enfática da necessidade de proteger a vida humana desde a concepção não exclui de forma alguma uma atitude de compaixão para com o drama das mulheres que, pelas mais diversas razões, julgam não ter outra opção a não ser o aborto – na verdade, a defesa da vida exige esse olhar compassivo. Mas não consideramos que a solução para o problema seja tornar esta mãe responsável pela eliminação do próprio filho, um ato irreversível que muitas vezes deixa sequelas psicológicas profundas. 

As comunidades (e, na incapacidade delas, o Estado) precisam se mobilizar para acolher estas mães e mostrar que elas e seus filhos são amados, oferecendo-lhes oportunidades para que possam criar suas crianças com dignidade ou, se for o caso, facilitar o encaminhamento para a adoção. No suposto conflito entre interesses da mãe e da criança, uma sociedade responsável só poderá apresentar uma resposta: o respeito integral a ambos.

Alguns esquerdistas norte-americanos reagiram ao filme pró-vida "Não Planejado" ("Unplanned") alegando que isso poderia desencadear o terrorismo doméstico - alguém duvida que o mesmo ocorrerá aqui? No mês passado, a conta do Twitter associada ao filme foi brevemente suspensa, mas rapidamente restaurada após uma reação negativa. 

Agora, alguns esquerdistas afirmam que o filme vai radicalizar as pessoas do direito de realizar ataques violentos. Não. Comunicar opiniões pró-vida ou criticar declarações estúpidas feitas por democratas não significa que você esteja "incitando a violência" - ponto final. Este é apenas mais um esforço insensível para acabar com a dissensão e a diversidade de opinião, que a esquerda vocifera e exige em seus discursos, mas que odeia em sua prática.


Ao Deus criador da vida, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso.

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