"Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade" (Provérbios 18:12).
A humildade, ao contrário do imaginário popular, consiste na falta de recursos, na pobreza ou na miséria. Está muito além das condições financeiras do ser humano. Ela é parte integrante do caráter do indivíduo não podendo ser mensurada pela aparência física, tampouco pelas palavras que as pessoas proferem. A pessoa humilde, como qualquer outro ser humano, não está imune aos erros. Mas existe uma diferença: quando os comete, assume-os e corrige-os.
As diferenças entre os humildes e os arrogantes
Os arrogantes, por sua vez, procuram justificar seus erros, lançando a culpa sobre seus colegas, não importando se isso pode lhes custar o emprego. Para aqueles, a repreensão pleos erros cometidos é um grande vexame e motivo suficiente para ficarem revoltados.
Os humildes não têm a mesma conduta, pois, quando são advertidos pelos superiores, não ficam retrucando, querendo se justificar. Antes, apreendem a orientação do chefe e mudam o seu procedimento.
Faça-se uma pergunta: "Eu sei realmente tudo?". Se sua análise for sincera, a reposta será "não". Somente pessoas arrogantes são capazes de considerarem-se supremas e infalíveis. Por isso, quando erram, não aceitam serem chamadas à atenção.
A importância e o valor da repreensão
A repreensão acontece para que possamos avaliar nossa conduta diante dos outros e de Deus nos nossos relacionamentos pessoais, interpessoais, ministeriais e profissionais e não deve ser avaliada com maus olhos. Pelo contrário, deve ser avaliada como uma oportunidade de amadurecimento e crescimento.
Se a repreensão for encarada com sentimentalismo (o que chamo de "pitis") e imaturidade, nos levará a achar que estamos sendo perseguidos e, certamente, desencadeará uma série de contratempos, confusões, conflitos, equívocos e constrangimentos.
A pessoa humilde nunca dá ouvidos aos comentários maldosos daqueles que desprezam o futuro promissor de quem investe e acredita realmente em sua capacidade de realização. Quem é humilde, não precisa de auto afirmação, já o arrogante não perde nenhuma oportunidade de auto afirmar. Ele não suporta críticas e se enaltece com qualquer elogio que receba, não por gratidão pelo reconhecimento de outros, mas por se achar sempre melhor que os outros em tudo. Tem um trecho de uma famosa canção MPB, do Caetano Veloso, que descreve isso muito bem:
"...Porque Narciso acha feio o que não for espelho..." ('Sampa' - Caetano Veloso - "Muito (Dentro da Estrela Azulada)", 1978, Philips-CBD Phonogran
- Narciso - Narciso é um personagem da mitologia grega, filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope. Ele representa um forte símbolo da vaidade, sendo um dos personagens mitológicos que foi muito citado nas áreas da psicologia, filosofia, letras de música, artes plásticas e literatura.
- Narcisismo - Na psicologia, o narcisismo é o nome dado a um conceito desenvolvido por Sigmund Freud que determina o amor exacerbado de um indivíduo por si próprio e sobretudo, por sua imagem. O nome do transtorno de personalidade, está associado ao mito de narciso uma vez que recupera sua essência egoísta de sobrevalorização de si. Ou seja, nos estudos da psicologia a pessoa narcisista preocupa-se excessivamente com si próprio e com sua imagem. Essa vaidade descontrolada e admiração excessiva por si próprio pode gerar outros problemas no indivíduo que geralmente necessita ser admirado e não admite que sua presença passe despercebida em determinado grupo.
Conclusão
Quando formos chamados atenção por um erro cometido, não significa que estamos sendo perseguidos. Pelo contrário, é mais provável que estejamos sendo corrigidos, por reconhecimento ao nosso potencial.
Os humildes usam a correção como um degrau para seu crescimento, para o seu desenvolvimento. Já os arrogantes não aceitam, resistem e não suportam nenhum tipo de correção, pois em suas perturbadas cabeças, como "não erram nunca", qualquer correção a eles é um absurdo, um abuso, perseguição, inveja, "levante do adversário". Mas, vejamos o que diz Deus em sua palavra:
"É para disciplina que persevera (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?" (Hebreus 12:7, cf. Pv 3:12).
E mais:
"Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados" (Hb 12:11).
Então, já fez sua escolha?
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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