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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

CRIANÇAS, A IGREJA HOJE


Chegando o dia 12 de outubro, o mundo adulto se lembra de que as crianças existem. Há bonitos discursos, o comércio tira seu proveito, movimentam-se as escolas. Também a igreja, que tem a responsabilidade de ensinar às crianças os preceitos do Senhor, estabelece programas especiais. Gosto de crianças. 

Pelo direito de ser criança


As crianças assistem filmes, novelas, jornais, desenhos animados com imagens macabras, jogos esportivos e algumas veem até propaganda política. E nas últimas semanas as crianças têm sido alvo de um explícito bombardeio sobre a polêmica em torno da chamada ideologia de gênero e expostas à uma precoce erotização sob a égide de um discurso falacioso sobre arte e cultura. 

Nesse contexto de permissividades, artistas de moral questionável têm se apresentado como os ditadores de comportamentos que esfacelam os princípios básicos da formação do caráter das crianças e destroem completamente as convicções que caracterizam uma família, segundo a criação de Deus. Então porque as crianças não poderiam assistir pregações?

Em toda a Bíblia há referências às crianças. Destacam-se as exortações sobre o cuidado que se deve ter em ensiná-las: 
"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e quando envelhecer não se desviará dele" (Provérbios 22:6).
Ao tempo do Antigo Testamento, as crianças já mantinham comunhão com Deus. Ainda que não fossem conscientes deste fato, elas gozavam da proteção divina. Deus ouviu a voz de Israel quando ainda era criança (Gênesis 21:17). Poupou a vida do menino Moisés na ocasião em que o Faraó mandou matar todas as crianças do sexo masculino (Êxodo 2). Samuel era ainda pequeno quando ouviu a voz de Deus e recebeu o seu chamado para o ministério profético e sacerdotal (1 Samuel 3)

A criança e a igreja


O Novo Testamento afirma que Jesus dispensava atenção e empregava tempo para atender as crianças: 
"Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais" (Mateus 19:14).
Uma Igreja que se preocupa com as crianças é uma igreja que se importa com o seu presente e que se preocupa com o seu futuro. As crianças são o futuro da Igreja, sim; mas também são o presente da Igreja. Elas adornam, animam e são parte viva do Corpo de Cristo. O louvor da boca dos pequeninos é maravilhoso! Os testemunhos muitas vezes trazem o pai, a mãe e não raramente toda a família para Jesus e para a Comunidade do Povo de Deus!

É o que ensinamos hoje às nossas crianças com nossas palavras e sobretudo com nossa conduta e testemunho, que vai marcar que tipo de pessoa, cristão e igrejas elas serão. O futuro se constrói agora. E pelo nosso trabalho e cuidado com nossas crianças podemos ter uma ideia do tipo de igreja que somos e do tipo que seremos amanhã.

Por isso é muito importante que nossa Igreja cuide ainda mais de nossas crianças. Cuidar, amando; cuidar, acolhendo; cuidar, educando; cuidar, disciplinando e corrigindo cuidar, estimulando e apoiando. Ser as Mãos de Deus que orientam o crescimento delas em estatura, sabedoria e graça Divina. 

Não se pode imaginar a quantidade de lições morais e espirituais que extraímos da vida de uma criança. Dentre as muitas, veremos algumas que são preciosas para a vida do cristão. Entre outras razões, porque elas têm muito a nos ensinar. Analise comigo algumas qualidades que lhes são peculiares e veja que grandes lições podem resultar para a vida cristã. O texto de Marcos 9:33-37 nos traz algumas delas.

  • Humildade

Jesus e seus discípulos estavam se dirigindo a Cafarnaum. No caminho, houve uma discussão entre os discípulos, sobre quem seria o maior. Jesus chamou os doze, e lhes disse: 
"Se alguém quiser ser o primeiro, será o último e servo de todos", v. 35. 
Seu ensino foi reforçado quando Ele disse: 
"Aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mt 18:4). 
Jesus estava ensinando que a grandeza no reino de Deus é o serviço humilde.

Ninguém discorda de que a criança em si é símbolo de humildade e simplicidade. Sua maneira de ser fala claramente sobre isto. Uma criança nunca procura ser maior, ou melhor, mas ser o que é: criança.

A vida cristã deve ser marcada por essa qualidade que é tão recomendada pela Bíblia Sagrada. Humildade é uma virtude com que manifestamos o sentimento da nossa fraqueza ou de nosso pouco ou nenhum mérito, e que faz parte de uma personalidade cristã sólida. Ela deve manifesta-se de maneira voluntária e constante em nossas atitudes, mantendo-nos numa posição de menor: 
"...cada um considere os outros superiores a si mesmo" (Filipenses 2:3).
Não se identifica uma pessoa humilde pela sua maneira de falar, vestir, etc. Isto não vem ao caso. Tampouco se pode dizer que uma pessoa bem vestida não seja humilde. De ambos os lados pode haver engano, tanto de uma falsa humildade como de uma aparente arrogância. 
"É necessário que Cristo cresça, e que eu diminua" (João 3:30).

  • Perdão

Ainda falando os discípulos sobre quem seria maior no reino dos céus, Jesus disse: 
"Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrarão no reino dos céus" (Mt 18:3).
"Tornardes como crianças" – o que venha a ser isso? Não quer dizer que temos que nascer de novo, isto seria impossível (João 3:4-5). Jesus está se referindo ao sentimento de perdão que existe em uma criança. De sua maneira de ser ou proceder quando é atingida, castigada ou rejeitada, perdoando com facilidade e naturalidade.

Quando uma criança é repreendida pelos pais ou por outra pessoa, ela chora, fica brava, mais logo volta a agir naturalmente. Não fica com ódio e mantém a mesma amizade e carinho de filho. Até mesmo quando há brigas entre elas, o espírito de perdão sempre prevalece. No momento de um desacerto, uma bate e quebra o brinquedo da outra, chora. Mas, dali a pouco, tudo fica bem. Parece que não aconteceu nada. A verdade é que a criança sabe perdoar, e com ela precisamos aprender.

Jesus tem razão em dizer que precisamos nos tornar como crianças para entrarmos no reino dos céus. Há situações na vida cristã em que este ensino de Jesus precisa ser vivenciado. A união, o amor, a compreensão e a comunhão no meio da igreja dependem de nossas atitudes.

E às vezes precisamos fazer como as crianças fazem entre si. É claro que Deus não quer que sejamos crianças espiritualmente, mas cristãos que tenham o sentimento de perdão. Há uma frase que diz: 
"Aquele que não sabe perdoar destrói com as próprias mãos a ponte sobre a qual um dia terá de passar". 
De fato, o caminho para o perdão é doloroso, mas quando ele é concedido, constrói-se uma ponte que servirá no amanhã.

Há pessoas doentes, infelizes ou amarguradas porque remoem fatos que ocorreram a anos em sua vida e não foram acertados. São feridas abertas.

Jesus estava transmitindo alguns ensinos éticos cristãos, quando lhe trouxeram algumas crianças para que Ele as abençoasse. Os discípulos não concordaram, mas Jesus disse: 
"Deixai vir a mim os pequeninos, pois dos tais é o reino dos céus" (Mt 19:13-15).
Será que podemos extrair alguma lição desse quadro quando as crianças estavam ao redor de Jesus? Claro que sim! O ambiente era o mais saudável possível, pois onde há criança o lugar é alegre e movimentado. Criança é sempre assim: alegre, feliz. Alguém disse que 
"o inferno é triste porque lá não há crianças". 
Elas são o sorriso de Deus para nós.

É natural presenciar a alegria no rosto de uma criança, independente da circunstância em que ela se encontra. Não há tempo ruim, problema, crise ou dificuldade para ela. A criança não quer nem saber se amanhã vai chover ou fazer sol. Ela só pensa em brincar, divertir e aproveitar a vida. Para ela, tudo é festa, é só alegria.

Jesus fala que devemos nos tornar como crianças. É evidente que não seria levar a vida na base de brincadeira, sem pensar em nada, à semelhança de uma criança. Devemos aplicar isso ao nosso relacionamento, e estabelecer um padrão de vida pautado na honestidade, sinceridade, fidelidade e responsabilidade.

No entanto, podemos ser como as crianças, que independem das circunstâncias para viverem alegres. A alegria é um verdadeiro bálsamo para a vida. Uma pessoa triste não tem ânimo pra realizar suas atividades. Ela pode até perder o sentido de viver. A alegria vinda de Deus é força (Neemias 8:10).

Que Deus nos ajude a sermos verdadeiramente como crianças, não num comportamento de infantilidade, mas readquirindo seus traços característicos, que fomos perdendo ao longo dos anos. Eles nos ensinam e nos capacitam a sermos verdadeiros cidadãos dos céus.

  • Pureza

Criança exala pureza. Ela não tem maldade naquilo que faz ou recebe. O grau e pureza existente na vida de uma criança é algo incalculável. Tornar-se como ela é tornar-se puro, é adquirir o senso de pureza que nela existe. É receber aquela capacidade que expressa uma vida limpa. É exatamente isto que Jesus quer nos ensinar.

Esta é uma das tônicas da Igreja que é candidata ao céu. Em sua oração sacerdotal, Jesus orou pedindo para que ela fosse pura e unida (Jo 17). Pureza e unidade caminham juntas, são coirmãs. A igreja que vive dentro do padrão de santidade, logicamente tem que ser uma igreja unida. Não se separa santidade de unidade ou vice-versa. Jesus disse que o mundo haveria de crer Nele, quando a sua igreja fosse pura e unida (17:23).

Conclusão


Não só as pertencentes à comunidade da fé, mas a todas as crianças que tivermos acesso e às quais, em nome e no poder de Deus, pudermos fazer o bem. Quem sabe começando pelas crianças que vivem na comunidade (ruas próximas, bairro, região, cidade, etc.) onde a nossa Igreja está localizada, inserida. 

Precisamos abrir o templo e todas as nossas dependências para prestar serviços à comunidade em nossa volta, à todas as crianças. Esses desafios devem ser do(a) pasto(a) e da liderança, mas devem ser sobretudo desafios de toda a Igreja de Jesus. De cada Grupo Societário, de cada Ministério, de cada pessoa. Ninguém pode afirmar que esse problema não afeta sua área de ação ou que não lhe diz respeito. Todos devem se envolver!

Agindo em favor das crianças e também de sua família, estaremos realmente trabalhando em favor da extensão do Reino de Deus. Assumindo a causa das crianças estaremos trabalhando em favor de um mundo melhor, em favor da própria Igreja; estaremos, enfim, assumindo e trabalhando em prol do Reino de Deus, a causa de Cristo. 

A igreja precisar tornar-se como uma criança para entrar no reino dos céus, despojando-se de toda imundície, pois o céu é lugar de pessoas puras. Os impuros não herdarão o reino de Deus, 1 Coríntios 6:9 e Hebreus 4:12. Deus sempre desejou que o seu povo fosse separado e diferente. Foi para isto que Ele chamou Abraão e escolheu Israel. Mesmo depois de entrar na terra prometida, Deus exigiu pureza dessa nação (Levíticos 20:7).

A Deus toda glória.

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E nem 1% religioso.

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