O comunismo é uma ideologia política e econômica que defende a igualdade social e o fim da exploração das classes mais baixas. Surgiu como protesto contra as más condições de trabalho dos operários nas fábricas. Seu defensor mais conhecido foi Karl Marx (☆1818/♰1883). O comunismo tem sim pontos positivos mas seu ensino vai frontalmente contra os princípios da Bíblia.
História do comunismo
Comunismo tem como característica uma sociedade sem distinções, conceito contrário ao capitalismo. Veja a história deste movimento.
Se partirmos do ponto de vista histórico, o comunismo é uma ideologia que tem como fundamento a criação de uma sociedade sem distinções, onde não haja classes sociais e que todos sejam tratados da mesma maneira. Seguindo esse conceito, os meios de produção, tais como fábricas, fazendas, minas, entre outros, deixariam de ser privados passando a ser públicos. O estado não mais interferiria na vida da população.
Segundo vários autores, as primeiras sociedades humanas eram todas comunistas. Quando as tribos, por exemplo, ocupavam um determinado espaço, território, os recursos naturais existentes eram de propriedade de todo o grupo, compartilhado entre eles para a sua sobrevivência. Só depois, quando a agricultura passou a ser desenvolvida, é que se passou a ver a terra como um objeto de desejo, de interesse, pois quem plantava achava que tinha mais direito sobre a terra do que aquele que colhia.
A partir daí, passou-se de ver as coisas como algo comum a todos, se tornando uma propriedade privada. As cidades começaram a crescer, e a mão de obra escrava fez com que esse sonho de viver uma sociedade comunista passasse a se tornar cada vez mais distante. O modo de produção baseou-se na mão de obra, uma característica típica de Grécia e Roma, por exemplo.
Com o feudalismo, tipicamente registrado na Idade Média, a terra passou a pertencer a uma única pessoa, o chamado Senhor Feudal. Os servos trabalhavam cultivando-a apenas em troca de uma parte dessa produção.
Karl Marx e o comunismo
Mesmo já sendo algo desejado há muito tempo, a palavra comunismo só veio ser usada pela primeira vez na história em 1827, quando Robert Owen (☆1771/♰1858) fez referência a socialistas e comunistas.
Ele foi o primeiro que achou que o valor de uma mercadoria deveria vir agregado não ao valor em dinheiro que lhe é atribuído, mas sim, ao trabalho que é empregado em sua elaboração. Ele propôs que fosse criado um sistema de cooperativas, onde poderiam atacar violentamente o sistema capitalista. As expressões usadas por ele, socialismo e comunismo, ficaram sendo usadas como sinônimo durante todo o século XIX.
A Revolução Inglesa trouxe uma nova experiência que deu impulso para práticas comunistas. Nesse período ganhou conhecimento um grupo chamado "diggers", que significa "cavadores". Eles eram responsáveis por plantar em lotes públicos e depois fazer a distribuição dos alimentos entre a população inglesa. Estava sendo aplicado o preceito de comunismo, onde tudo é de todos.
Partindo para a análise econômica e política do comunismo, Karl Marx tratou de detalhar essa evolução entre as classes sociais. Ele fez ligações com o capitalismo, diferenciando os recursos e explicando a evolução da sociedade, conseguindo dar uma explanação mais clara que seus antecessores no que dizia respeito à acumulação de capital através da mais-valia.
Enquanto todos viam o comunismo como um ideal, Marx enxergava diferente, ele acreditava que esse era um movimento real, que estava se manifestando nos movimentos dos operários. Ele queria que a classe operária derrubasse a burguesia, suspendesse o poder do estado e conseguisse fazer um processo de estatização dos meios de produção. Ele defendia que o Estado deveria ser abolido, e que o correto era um "autogoverno dos produtores associados".
A Revolução Russa
Um grande marco da história do comunismo aconteceu no ano de 1917, com a Revolução Russa. Através dessa revolução foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), e também foi decretada "a propriedade privada da terra abolida para sempre", determinando que a terra que até então pertencia aos aristocratas passaria a ser dos comitês de camponeses sem nenhuma compensação.
Também foi feita a determinação de que os operários assumiriam o controle das fábricas. Em 21 de dezembro de 1991 chegava ao fim a URSS, com a criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), uma organização formada por Rússia, Ucrânia, Bielo-Rússia, Cazaquistão e Uzbequistão.
Outros nomes que também marcaram a história do comunismo
Quais os princípios do comunismo?
A História é uma luta de classes – Há sempre um grupo de pessoas mais poderosas que exploram as menos poderosas. Depois, os grupos com menos poder se revoltam contra a opressão. No fim, a ordem é estabelecida outra vez, com um novo grupo dominante que explora os outros. E a História se repete.
A economia controla tudo – Quem tem mais dinheiro tem mais poder, influencia mais a política e tem mais chance de ganhar ainda mais dinheiro. Os mais pobres ficam presos em um ciclo de pobreza que vai piorando, porque os mais ricos controlam tudo e os exploram cada vez mais. O mercado livre é o grande responsável pela desigualdade social.
- A religião é uma invenção dos opressores — A religião mantém as classes mais baixas contentes em sua situação degradante, prometendo uma vida melhor na eternidade. Os comunistas são ateus.
- O Estado deve controlar a economia — Para garantir uma distribuição justa dos recursos entre todos. Empresas privadas são gananciosas demais.
- Os operários devem tomar o poder — Os operários são os mais interessados na justiça social, portanto são os mais indicados para estar no poder e controlar a economia. Eles devem chegar ao poder, por qualquer meio possível.
Comunismo cristão?
Comunismo cristão é uma tese teológica e política baseada nos conceitos básicos do comunismo e da religião cristã. Trata-se de uma forma de pensamento filosófico que possui a visão de que os ensinamentos de Jesus Cristo, baseados no amor ao próximo, vão ao encontro com as ideias do comunismo. Desta maneira, Jesus, quase dois mil anos antes, teria construído uma sociedade igualitária, similar ao pregado pelo comunismo como um sistema social ideal.
Fundação do comunismo cristão
Não existe uma concordância universal sobre a data exata da fundação do comunismo cristão, mas muitos comunistas cristãos acreditam que determinadas evidências da Bíblia apontam que os primeiros cristãos, incluindo os Apóstolos, teriam criado a sua própria sociedade comunista nos anos posteriores à morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Esta fórmula, que concilia o comunismo e o cristianismo, é vista como uma forma radical do socialismo cristão, com alguns pontos passíveis de polêmica entre seus simpatizantes, especialmente os conceitos como o materialismo.
Os comunistas cristãos podem concordar ou discordar com várias partes do marxismo, sendo que eles certamente discordam das ideias ateias frequentemente sustentadas como representativas da maioria dos marxistas.
Princípios que ligam o marxismo e o cristianismo
A organização inicial da igreja cristã apoiava-se em princípios comunais e nos ensinamentos de Jesus. Os apóstolos e os seus discípulos vivam em condições de igualdade, com a prática de uma fé em que o indivíduo trabalhava para construir algo maior, um bem de todos.
Tal imagem é bastante similar aos estudos de Marx sobre a evolução social e econômica do ser humano, e a sua descrição das sociedades primitivas, que teriam vivido o pleno comunismo, sem exploração e acumulação de riquezas.
Desta maneira, um dos princípios essenciais que ligam marxismo e cristianismo é a preocupação com o bem comum. A semelhança entre as duas estruturas é observada quando se pensa que o cristianismo nos primeiros tempos, especialmente o vislumbrado nos Atos dos Apóstolos, na Bíblia, se aproxima ao pensamento comunista.
Os comunistas cristãos concordam com alguns dos aspectos econômicos do marxismo, como a ideia de que o capitalismo explora a classe trabalhadora, além de compartilhar de alguns dos objetivos políticos, como, por exemplo, a substituição do capitalismo pelo socialismo, que, em um futuro mais distante, deveria ser substituído pelo comunismo.
No geral, o comunismo cristão teve sua evolução independente do Marxismo. O Magistério da Igreja Católica condenou qualquer forma de comunismo e capitalismo irrestrito, afirmando que tais políticas não seriam conciliáveis com a doutrina católica.
O Comunismo concorda com a Bíblia?
Não, o comunismo não concorda com a Bíblia. O comunismo erra:
Sobre religião – a religião tem sido usada por opressores mas não surgiu por esse motivo. A religião é uma resposta à nossa necessidade de comunhão com Deus (Eclesiastes 3:11). O pecado nos separou de Deus e bem lá no fundo todos sabemos que falta essa comunhão.
Sobre a economia – a economia tem muito poder mas o que gera opressão é o pecado. Não há nenhum sistema econômico que vai funcionar perfeitamente onde há pecado.
Sobre a solução — dar todo o poder ao Estado não vai resolver o problema da justiça social, simplesmente vai causar outro ciclo de opressão dos mais poderosos sobre os mais fracos. Quem tem todo o poder acaba abusando dele, mesmo se é operário, por causa do pecado (1 Timóteo 6:9,10). A solução é uma mudança de coração por Jesus, para nos libertar do pecado e do amor ao dinheiro.
Conclusão
Não, um cristão não pode ser comunista verdadeiro. Os comunistas são ateus, não acreditam em Deus. É verdade que existe opressão e devemos lutar contra ela. Mas não é preciso ser comunista para querer justiça social ou ser anti-capitalista.
Os comunistas acreditam que podem criar uma sociedade justa e boa sem Deus. A Bíblia diz que isso é impossível, porque a bondade e a justiça vêm de Deus. Onde Ele é rejeitado, reina o pecado (Romanos 1:28). O comunismo também ensina que se pode usar qualquer método para atingir uma sociedade igualitária, porque a moralidade é relativa. Se é preciso fazer uma revolução ou matar pessoas, é justificado pelo bem maior da sociedade. A Bíblia ensina que há regras morais universais, instituídas por Deus. Os fins não justificam os meios e pecado não vai trazer justiça (Provérbios 14:34).
Os princípios do comunismo estão todos interligados, não dá para ser comunista e só aceitar algumas partes. Isso já não é comunismo. Um cristão pode ser ativista e lutar para melhorar a sociedade mas deve fazer tudo em amor, seguindo Deus e de acordo com seus princípios. Só o poder de Jesus em nós pode realmente mudar a sociedade.
Os primeiros cristãos eram comunistas?
Não, os primeiros cristãos não eram comunistas. O comunismo defende que a riqueza deve ser distribuída à força. Os primeiros cristãos vendiam o que tinham para partilhar com todos voluntariamente (Atos dos Apóstolos 4:32-35). Ninguém era obrigado contra sua vontade. Essa generosidade surgiu pelo poder do Espírito Santo nos seus corações, que lhes ensinou a amar os outros sem egoísmo. A igreja primitiva entendeu que a riqueza não resolve os problemas, só Jesus é a solução. Assim, respondendo a pergunta do título: não, não tem nenhuma compatibilidade entre o cristianismo e o comunismo.
[Fonte: Uol Educação — https://educacao.uol.com.br/, Info Escola — http://www.infoescola.com/, Sua Pesquisa — http://www.suapesquisa.com/]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.
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