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sábado, 17 de junho de 2017

CONHECENDO OS BENEFÍCIOS DA REVERÊNCIA COM OBEDE-EDOM

“O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta” (1 Samuel 2:7).
Conhecer a Deus e não reverenciar as coisas sagradas pode ser tão perigoso quanto ignorar Sua presença. A irreverência às coisas sagradas - um dos grande problemas generalizado no meio cristão atual - pode trazer prejuízo e morte. Ao passo que a reverência produz benefícios e crescimento espiritual. E o que aprendemos com essa brilhante passagem bíblica que conta a história de Obede-Edom e sua família (1 Crônicas 13:10,12,13; 2 Samuel 6:11).

A história de Obede-Edom é riquíssima, ela apresenta a transformação de um homem que aparece do nada, e que é favorecido pela presença da arca em sua casa. Ela mostra um contraste gigantesco do agir de Deus, onde uns em nada são abalados, e outros são extremamente transformados e abençoados.

Princípio de reverência


Reverência é um conceito que tem a sua origem etimológica no vocábulo latino reverentĭa. Trata-se de uma prova de devoção, submissão ou de respeito para com outra pessoa. A palavra reverenciar expressa a ação de exprimir um grande respeito por alguém ou alguma coisa, como resultado das qualidades que apresenta ou por suas virtudes que também são dignas de elogio e valorização.

Embora normalmente a ação seja direcionada para a veneração de questões que estão ligadas ao espiritual, também costumam aplicar a palavra ao tentar expressar a grande admiração que pode despertar uma mulher ou um homem por causa de sua beleza física. 

Enquanto isso, no campo da religião, o termo em questão é de particular importância, uma vez que se refere ao culto que um fiel, um crente de uma determinada doutrina religiosa se rende ao sagrado, ou seja, entende-se o sagrado sendo certas figuras, objetos, personalidades, entre outros.

A arca da aliança e a presença de Deus


A arca da aliança era feita de Acácia, a madeira mais nobre e mais resistente, e de ouro, o metal mais precioso, símbolos da eternidade e da glória de Deus. Em toda batalha travada por Israel, a arca ia adiante como um símbolo de que Deus estava presente e que garantiria a vitória.

A trajetória da arca do Senhor


Durante muitos anos a arca foi para o povo israelita um símbolo da presença de Deus, era como se o próprio Deus estivesse em pessoa entre eles, a pelejar suas guerras. Essa mesma arca havia sido levada pelos filisteus, após a morte de Eli (1 Sm 4:10-18). Posta no templo, a arca trouxe grande terror ridicularizando seu deus Dagom, que diante dela teve sua cabeça e braços decepados. 

O povo também foi punido com hemorroidas e uma praga de ratos, tendo que fabricar ratos e hemorroidas de ouro para aplacar a ira do Senhor. Por onde a arca passava trazia terror, até que, finalmente, chegou à casa de Abinadabe, e lá se estabeleceu por um período de vinte anos, após consagrarem Eleazar, seu filho, como guardião da arca (5:1-12; 6; 7:1-2).

Davi e a arca do Senhor


Durante o tempo que a arca ficou na casa de Abinadabe, Deus preparou o jovem Davi para reinar em Israel, e após a sua ascensão, ele resolveu buscar a arca e levar a Jerusalém. Segundo a Lei, a arca deveria ser conduzida nos ombros dos sacerdotes, e jamais em carro de bois (1 Cr 15:15). Davi anelava por Deus, queria sua presença, queria que Jerusalém fosse inundada de graça. 

No entanto, ele agiu da mesma forma que os filisteus; ele a puxou numa carruagem. Se ao menos observasse o currículo de Abinadabe saberia que em vinte anos ele apenas guardou a arca e nada mais. A morte de Uzá é uma prova que a irreverência mata, e mesmo que houvesse boas intenções, seguir o modelo errado é sempre incorrer em juízo (1 Sm 2:6,7).

O toque irreverente de Uzá


Uma razão pela qual temos a dificuldade em compreender a morte de Uzá é que nós próprios temos “o ponto de vista de Uzá” a respeito de Deus. Pois, tendemos a reduzir o Senhor a um símbolo de boa sorte, numa caixa. Uzá conhecia a pena de morte, era um levita, um coatita especificamente encarregado de tomar conta da arca (Números 4:4-20). 

Tratar as coisas sagradas com leviandade é como tocar na arca, Uzá foi irreverente, não santificou o nome do Senhor. Uzá cresceu olhando para a arca, para ele a arca era apenas uma religiosidade, um culto como outro qualquer. Durante vinte anos nada aconteceu em sua casa, nada aconteceu em sua vida, não existe registro algum de que aquela presença possa ter alterado alguma coisa em sua família.

A arca na casa de Obede-Edom


Abalado pela morte de Uzá, Davi temeu e disse: 
“Como trarei a mim a arca de Deus?” (1 Cr 13:12). 
Sua preocupação era: se Deus está matando o que vamos fazer? Então, guiado por Deus, ele conduz a arca para a casa de Obede-Edom e volta com sua comitiva frustrada para Jerusalém.

Obede-Edom, um homem especial para Deus


A tragédia que trouxe morte para Uzá produziu vida para Obede-Edom. Parece que Deus havia tomado uma decisão: 
“Ele nem habitaria na casa do sacerdote e nem tampouco habitaria com o rei”. 
Era como se estivesse enojado com o sistema e a maneira cega que lhe conduziam. Deus resolveu habitar na casa de alguém sem “status”, alguém que estava fora de alcance para todos. Deus deixou de habitar com os nobres, para transformar aquele que para todos era um anônimo. Obede-Edom significa: servo de Edom. Os edomitas eram descendentes de Esaú, os quais Deus mandou exterminar da terra e os amaldiçoou. A tragédia favoreceu toda a sua casa, um exemplo de graça onde jamais houve uma perspectiva de mudança.

Obede-Edom assumiu os riscos da presença de Deus


Quando ninguém queria arriscar-se num compromisso tão radical com Deus, ele abre as portas de sua casa e decide ser o modelo que aquela nação precisava. Obede-Edom teve coragem, pois qual homem que assistindo ao funeral de alguém fulminado pela arca a colocaria em sua casa? Obede-Edom arriscou sua vida e a de sua família, e, é exatamente isso que acontece quando a presença de Deus entra em nossa casa. 

Nós corremos risco (Salmo 44:22; Romanos 8:36). Evangelho nunca foi fácil, sempre trouxe marcas, perseguição, e sangue (Marcos 13:12). Hoje é que as coisas mudaram. Não se sabe mais quem é ou quem não é; quem realmente serve ou quem apenas guarda a arca. Tudo está tão misturado; tão comum, e tão fácil, que a graça se tornou engraçada para muitos.

Obede-Edom teve a rotina de sua vida alterada


Obede-Edom não somente arriscou, mas teve a rotina de sua vida alterada. É impossível Deus entrar em uma vida e as coisas continuarem do mesmo jeito. Foram três meses apenas, mas três meses que marcaram a história. Poderíamos até conjecturar dizendo que: 
  • no primeiro mês houve a restauração da vida sentimental de Obede-Edom, pois sua mulher engravidou e gerou filhos; 
  • no segundo mês aconteceu a restauração financeira, onde seu gado e sua hortaliça produziram absurdamente; 
  • no terceiro mês sua vida espiritual deu uma guinada, e ele desejou deixar tudo para seguir o caminho da arca. 
A morte de Uzá foi a porta de entrada para Obede-Edom, e a benção na casa de Obede-Edom foi a causa de um avivamento em Jerusalém (2 Sm 6:12).

Obede-Edom, um homem sedento pela presença de Deus


Enquanto Davi se preocupa em descobrir a maneira correta para trazer a arca para Jerusalém, a notícia da prosperidade de Obede-Edom se estende por toda a cidade (2 Sm 6:12). Porém, Obede-Edom toma uma grande decisão, deixar tudo para seguir a arca por onde quer que ela fosse, e se torna uma figura de destaque na história de Israel.

O crescimento espiritual de Obede-Edom


Para Obede-Edom a presença de Deus era mais importante do que os milagres derramados sobre sua vida. Ele segue para Jerusalém, abandona sua residência, deixa tudo e se torna porteiro do Santuário (1 Cr 15:17,18). Ele queria ficar perto da presença, mesmo que fosse pelas frestas da porta; com o desejo de entrar mais nessa presença ele se tornou músico (15:19-21); em seguida é visto como um guardião da arca ele anelava por mais e mais de Deus (15:24); de guardião ele se tornou um ministro de adoração, liderado por Asafe (16:4,5); de repente, o incansável adorador que era liderado por Asafe, deixa de ser somente um ministro de adoração e se torna um líder de sessenta e oito pessoas (16:37,38).

Obede-Edom, um homem de confiança do rei


O mesmo Davi que designou a arca para a casa de Obede-Edom, também o promoveu como homem de confiança do tesouro do Santuário (2 Cr 25:23,24). Segundo alguns estudiosos, o tesouro do Santuário do Senhor que estava sob a responsabilidade de Obede-Edom corrigidos para os nossos dias chegaria a cerca de três bilhões de dólares. A grande lição da presença de Deus na vida desse homem está em como se conduzia diante d’Ele. Para Obede-Edom sua maior riqueza era estar na presença de Deus. Que esse seja o caminho para um avivamento em nossos dias.

Os marcos da gratidão de Obede-Edom


Eu disse no começo que mesmo na penumbra da solidão daquela estrada, nos dias frios ao lado de uma esposa fria, vivendo na pobreza e na miséria ele clamava ao Deus do céu e da terra, e isso ele mostra no seu fruto, pois veja que foram seus filhos depois que a glória do Senhor entrou em sua casa.

Desde aquele dia em que a arca do Senhor passou a fazer parte da vida de Obede-Edom, ele jamais deixou de ser um homem ligado ao Senhor, e para cada momento vivido, um filho expressava o conteúdo de sua amizade com Deus. Vejamos seus nomes (1 Cr 26:4,5): 
  1. Semaías – Ouvido por Jeová; 
  2. Jozabade – Jeová quem me deu; 
  3. Joá – Jeova é meu irmão; 
  4. Sacar – Ordenado; 
  5. Natanael – Meu amigo é Deus; 
  6. Amiel – existe recompensa; 
  7. Issacar – Portador do salário; 
  8. Peuletai – Salário. 
Toda a geração de Oberde-Edom foi alcançada pelo Senhor, e todos se destacaram nas páginas Sagradas como como valentes e de força para o ministério (26:6-8).


Adoração: o segredo de Obede-Edom


Certo dia, quando Obede-Edom estava na roça, ele ouve um sons como de muitos cavalos, e na porta da cozinha um grito chamando por ele, era a sua esposa. Obede-Edom vem correndo largando tudo para traz e ao chegar era o rei Davi que quase não acredita no que vê, era tanta prosperidade, e ainda tinha filhos correndo pela casa.

Davi olha para Obede-Edom e diz ter ficado sabendo que Deus tinha abençoado tudo quanto ele tinha, e Obede-Edom diz ser verdade, e o rei Davi completa dizendo que iria levar a Arca do Senhor, e Obede-Edom naquele momento diz algo ao rei com todo coragem, preste bem atenção:
“Rei meu! A Arca do Senhor vai contigo, mas eu irei junto da Arca.” 
Obede-Edom tomou uma decisão e com certeza sua esposa concordou. Eles iriam deixar tudo para estarem perto da presença do Senhor. Esse é o segredo de Obede-Edom ele está sempre perto da presença de Deus. Outrora, um escravo edomita, pobre inimigo de Israel, descendente de Esaú, que negou a benção, e natural da cidade de Gate, de onde veio o inimigo gigante de Israel, mas agora um rico fazendeiro próspero e abençoado que deixava tudo para traz para andar junto da presença do Senhor. Veja a vida de Obede-Edom.

1. Primeiro ato de um adorador


Em 1 Crônicas 15:17,18, vemos que Obede-Edom se tornou um porteiro do Santuário do Senhor. Ele amava tanto a Shekinah que pediu ao rei Davi que o deixasse ficar perto da Arca, e então ele se faz um porteiro, que agora ainda que pelas frestas das portas ele contemplasse a Presença de Deus. Hoje muitos querem tomar lugares de pastores, querem subir nos púlpitos pisando em seus irmãos, ao invés de começarem pelo começo, obedecendo os princípios.

2. Segundo ato de um adorador


Em 1 Crônicas 15:19-21, são enumerados e contados agora os músicos que tocavam diante da Arca do Senhor e lá aparece Obede-Edom entre eles. Ele que era um “Zé ninguém” agora pediu para ser um músico, aprendendo a tocar uma harpa. Creio que pelo esforço possa ser até o rei Davi que o tenha ensinado.

Não despreze sua função, ainda que lhe pareça a menor, pois o crescimento só virá através de sua fidelidade ao Senhor.

É por isso que Jesus disse que o Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Saiba de uma coisa, você não precisa que seu pastor te veja que seu líder te veja, mas todos nós precisamos somente que o Senhor nos veja o adorando.

3. Terceiro ato de um adorador


Agora em 1 Crônicas 15:24, mais uma vez Obede-Edom é visto, só que agora não como um músico que tocava diante da Arca do Senhor, mas agora ele é um guardião da Arca do Senhor. Ele está a todo tempo perto daquilo que mudou de uma vez por todas a sua vida, a glória do Senhor.

Muitos te discriminam por ter vindo de uma terra pobre, ou por que seu sobre nome não é conhecido, mas isso não importa. Se chamar Obede-Edom, era agora um orgulho e não mais uma vergonha.

Seja você mesmo, mas seja um adorador da glória do Senhor, pois no momento certo Ele, o Senhor te exaltará, e te colocará em local de destaque.

4. Quarto ato de um adorador


Veja 1 Crônicas 16:4,5, que agora se colocaram alguns Ministros para adorarem e levarem todos a adorarem, e entre os ministro aparece ele, Obede-Edom, que deixou de ser um guardião da Arca e passou a ser um Ministro de adoração, liderado por Asafe.

Veja a persistência de um adorador que realmente ama a glória do Senhor, e se importa com ela, e talvez você mude sua vida e procure abraçar o segredo que mudou a vida de Obede-Edom.

5. Quinto ato de um adorador


1 Crônicas 16:37,38, agora o incansável adorador que era liderado por Asafe, deixa de ser somente um Ministro de adoração e passa a ser um líder de sessenta e oito pessoas (68), você entendeu? Aquele por quem não se dava nada, agora é grande na presença da obra e da SHEKINAH DO SENHOR, mas como eu agora conheço a Obede-Edom, sei que ele não pararia aqui, pois o verdadeiro adorador é insaciável. Venha e ainda que você seja um “Obede-Edom” onde você está, levante e busque a Presença de Deus.

6. Sexto passo de um adorador


2 Crônicas 25:24, a confiança de um adorador não tem preço, pois vemos que Obede-Edom se tornou um tesoureiro do ouro e da prata que pertenciam ao Santuário. Dentre todas as pessoas ali junto ao rei Davi, o escolhido para controlar o tesouro do santuário foi Obede-Edom, e pasme você no que vou lhe informar agora. Segundo estudos o tesouro do Santuário do Senhor que estava sob a responsabilidade de Obede-Edom corrigidos par nossos dias chegaria a cerca de S$3.000.000.000,00 (três bilhões de dólares).

Conclusão


Da mesma forma que muitas pessoas estão abrindo suas portas para a presença de Deus, e sua sede por Ele tem produzido mudanças generalizadas, alguns estão enveredando pelo caminho de Abinadabe, não passando o temor divino aos seus filhos, e permitindo que morram não somente de forma espiritual, mas literal (Provérbios 22:6). É tempo de buscar ao Senhor (Isaías 55:6).

Quero que com esta mensagem que você caro irmão leitor saiba que não importa para Deus sua condição social, cultural e financeira ou quantos diplomas você tem na parede de sua casa, mas o que importa para Deus é um coração sedento da sua Presença.

No começo Obede-Edom não era ninguém, parecia esquecido, mas os olhos de Deus que percorre toda terra estavam sobre ele e sua amada esposa.

Quando eu chegar ao céu quero dar um forte beijo em Obede-Edom, e elogiá-lo por ter sido um tão grande adorador da glória do Senhor. Mas saiba de uma coisa, eu e você também podemos ser como Obede-Edom, basta desejarmos a presença de Deus em nossas casas, em nossas vidas. O segredo foi revelado.

A Deus toda glória.
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