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segunda-feira, 7 de março de 2016

DE COSTELA À MULHER

"Eva não foi criada a partir da cabeça de Adão, para liderá-lo, nem de seus pés, para ser pisada por ele, mas sob seu braço, para ser protegida por ele, e de perto de seu coração, para ser amada" (Matthew Henry).
Amanhã, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Um motivo para se comemorar é que, em meio a toda boa criação que Deus fez, havia algo que não era bom: o homem estava só. Então, Deus nos agraciou com uma companheira, uma auxiliadora, uma mulher.

Tendo isso em vista trago neste artigo especial uma mensagem à todas essas mulheres maravilhosas que direta ou indiretamente, fizeram ou fazem parte da minha vida.

O Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia oito de março. Uma data especial para lembrar o quanto especial são aquelas a quem Deus deu o privilégio da geração da vida.

Origem da data


O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".

As mulheres na história de Deus


De uma forma geral, a mulher tem sido ao longo dos séculos, uma grande vítima do preconceito, da discriminação, e da violência.

A religião sempre as discriminou. Dentro do próprio judaísmo, a mulher era vista como incapaz de se ocupar com assuntos considerados "sérios".

As mulheres tinham o direito de apenas viver para os maridos e filhos, não podendo andar pelas ruas sem a companhia de um homem da família, muito menos de dirigir a palavra ou conversar com um homem em público.

A má interpretação das escrituras, sempre favorecia aos homens, em detrimento das mulheres. Muitos usavam, e ainda usam até hoje em algumas sociedades, da "lei" religiosa, acusando suas mulheres, para até mesmo assassiná-las, em busca de uma "justiça divina".

                   
Ainda há países em que as mulheres são submetidas à leis religiosas, que as oprimem fortemente. Praticamente seus lares se transformam em um tipo de prisão, e se forem às ruas, tem de usar suas "mini-prisões" particulares, a burca.

É notável a evolução dos direitos das mulheres nas sociedades ocidentais, mas ainda há muito a melhorar. Muitas mulheres já são exploradas na prostituição, desde a infância. Diversos são os casos de abuso infantil de mulheres, praticados pelos próprios pais ou membros da família.

Igualmente a violência doméstica é um mal que corrói as famílias brasileiras. Temendo por suas vidas, muitas nem sequer chegam a dar queixa de companheiros agressivos, que as maltratam e as escravizam por anos, sem receber punição alguma.

Jesus em seu trato com as mulheres, causava revoluções, quebrava paradigmas. O Mestre trazia a verdadeira e correta interpretação da lei, e seus discípulos, imersos na religiosidade, se escandalizavam ao ver o bom pastor conversando em público com a samaritana: "E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?" - João 4:27

                  

No Dia da Mulher, Muitas Ainda Sofrem Com Preconceito e Discriminação


Jesus rompeu com estas "prisões" em que os orientais haviam encerrado as mulheres. O Mestre demonstrou um profundo amor por essas almas tão desprezadas por aquela sociedade discriminatória: "E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele..." - Lucas 8:1-2

Jesus não as desprezava e nem fazia acepção de pessoas. O Mestre sempre as tratou como filhas. Na comitiva de Jesus, havia mulheres que foram curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Estavam pois elas, agradecidas e desejosas de demonstrarem o seu reconhecimento ao Salvador: "E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios." - Lucas 8:2

Junto com Jesus e seus discípulos, iam a curta distância, essas piedosas e santas mulheres. Levavam cestas com provisões e se revezavam na tarefa de servir ao Mestre e seus apóstolos: "E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens." - Lucas 8:3

Jesus pois em seu ministério, resgatou o papel da mulher na sociedade. O Mestre trazia consigo homens e mulheres, andando lado a lado, conforme no princípio, quando Ele mesmo formou a mulher, da costela de Adão, ou seja em princípio de igualdade: "Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar. " - Gênesis 2:21

Uma simbologia que indica que a mulher e o homem devem estar lado a lado, pois do lado foi tomada. Assim o Mestre os trazia em seu ministério, lado a lado, em harmonia, sem preconceitos religiosos, sem discriminação.

Jesus sempre ouviu as mulheres que o pediram. E as resgatou de situações desonrosas, para as transformar em mulheres santas. Ele nunca as discriminou: "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela." - Efésios 5:25

Conclusão


Parece perfeitamente normal que as mulheres criem associações e promovam atividades para defender a si mesmas ante os ataques e abusos de alguns homens ou de certos grupos de poder. Grupos de poder que promovem, por exemplo, a esterilização forçada de mulheres pobres, ou que exploram com violência mulheres jovens e crianças para levá-las à prostituição, ou que contratam trabalhadoras com salários mais baixos que os dos homens. Nessa mesma lógica, seria normal que os homens (varões) também organizem suas associações de defesa quando se sentissem agredidos por algumas mulheres ou por outros grupos sociais, políticos ou econômicos.

Mas o que poderia parecer estranho é que grupos de mulheres se organizem para defender os homens, ou que grupos de homens se unam para defender as mulheres. Ainda que para alguns isto pareça um conto das "Mil e uma noites", sem dúvida é algo que a humanidade já o faz durante séculos.

É verdade que o ser humano (homem e mulher) muitas vezes caíram no erro de depreciar o diferente, como quando alguns espanhóis na conquista das américas se perguntavam se os índios tinham alma, ou quando os gregos acreditavam que os escravos não mereciam quase nenhum direito, ou quando alguns "libertadores" da América matavam os colonos da "pátria mãe" como se se tratassem de ratos, sem deter-se em "escrúpulos" para distinguir os bons dos maus…

Porém também é verdade que outros seres humanos foram capazes de defender e de trabalhar em favor do "distinto", do "diferente". Eram homens e mulheres livres os que se lançaram a abolir a escravidão em muitos lugares do planeta. Eram brancos os que promulgaram leis para a proteção dos índios. Eram cristãos os que pediram maior respeito para com os que pertenciam a outras religiões. Por que não sonhar com um feminismo que nasça desse grupo de varões?

E se somos de Deus, devemos refletir o caráter de Cristo. Portanto vós homens, amai as vossas mulheres, respeitai as vossas filhas, para que possais experimentar do grande amor de Deus, que se entregou na cruz, também por aquelas a quem Ele sempre chamou de filhas.

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