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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

DEUS É CRUZEIRENSE?

Muitas pessoas insistem em "misturar" Deus com esportes. Ou seja, os atletas cristãos atribuem a Deus suas vitórias. E eles estampam sua fé em camisetas e faixas. A cena dos jogadores orando antes das partidas na última Copa chamaram a atenção. E por falar em Copa, onde estava Deus quando o Brasil passou pelo vexame de ser goleado pela Alemanha? Acompanhando esse raciocínio, do lado Alemanha, claro, muito embora não se tenha registrado nenhuma demonstração de fé por parte dos jogadores alemães. Mas, enfim, se os atletas cristãos atribuem a Deus suas vitórias, à quem, então, atribuem suas derrotas?

O Cruzeiro Esporte Clube conquistou no último domingo, 23 de novembro, o segundo título seguido do Campeonato Brasileiro ao vencer o Goiás por 2 x 1 no Mineirão. Com a vitória, o clube marcou 76 pontos e já não pode mais ser alcançado pelo São Paulo, segundo colocado na tabela, com 69 pontos.

Ao final da partida que garantiu o título ao Cruzeiro, jogadores do time usaram uma camisa com os dizeres “A Deus Toda Glória”, e um bandeirão com a mesma frase foi estendido pela torcida nas arquibancadas do estádio.

Nas entrevistas coletivas, diversos jogadores fizeram menção a Deus agradecendo pelo objetivo alcançado. O Cruzeiro é um dos clubes que conta com um grande número de atletas evangélicos em seu elenco, incluindo o capitão, Fábio.

“O troféu é nosso e podemos comemorar. Nação azul comemora, Deus é bom. Desde a sexta rodada lutando contra tudo e contra todos. Deus abençoou, capacitou todos os jogadores que se empenharam até o final”, declarou o goleiro.

O armador Everton Ribeiro, considerado o destaque do time nesse campeonato, também agradeceu a Deus: “Mérito de todo mundo, que correu, se empenhou e trabalhou firme para tentar conquistar este título, e graças a Deus conseguimos com um jogo dentro de casa. Com a vaidade longe estamos conquistando tudo que estamos buscando, e está todo mundo de parabéns. Trabalhamos muito para realizar tudo isso e dar alegria para a torcida”, pontuou, segundo o Yahoo!.

O atacante Dagoberto, que é evangélico, não vinha sendo titular na reta final do campeonato, mas relembrou conquistas pessoais anteriores, quando foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR e São Paulo.

“É o quinto [título brasileiro como jogador]. Muito feliz. Muito gostoso, único. Acho que é um momento maravilhoso e temos que agradecer muito a Deus por estar se realizando. É um objetivo que nós tínhamos traçado lá em janeiro. Então, é comemorar. Temos que comemorar muito. Acho que conquistar, muitos conquistam um título, mas manter, conquistar o bicampeonato, da forma que é o campeonato [brasileiro], é difícil […] Acho que essa valorização que a torcida mostrou comigo, com todo mundo, eu agradeço muito, porque muitas vezes você não vai estar atuando dentro de campo da maneira que você deseja. Mas eu respeito muito a opção do treinador […] Sou um felizardo por ter Deus na minha vida. Agradeço muito a ele, uma família abençoada [que tenho]”, comentou o atacante.

O lateral direito Ceará também fez referências a Deus e ao esforço e boa vontade do grupo de atletas como fatores importantes para a conquista: “Nós temos fé, nós cremos e nós temos transmitido isso para os torcedores, para os telespectadores, para os admiradores do futebol, que é a nossa fé está em Deus. Nós cremos e trabalhamos. Não dá só para crer e ficar sentado no sofá ou entrar em campo e andar. Tem que crer e tem que fazer sua parte. E essa sintonia entre fé e trabalho tem nos concedido título e ficado na história de cada atleta e na história do clube também. Quatro títulos brasileiros na história do clube. Dois títulos pra esse grupo, desde de 2013. Nós comemoramos, celebramos e agradecemos a Deus, acima de tudo. É uma conquista coletiva e sem a família não somos nada”, pontuou.

Bandeirão
a deus toda gloria - faixa torcida cruzeiro

A enorme bandeira estendida pela torcida do Cruzeiro ao final do jogo foi ideia das esposas dos jogadores, que frequentemente se encontram para reforçar a amizade no elenco. Essas reuniões são aproveitadas com momentos de oração, conversas e estreitamento de amizades.


“A reunião de familiares fez com que surgisse a ideia. O bandeirão foi idealizado pelas esposas. Os jogadores sempre combinam os encontros quando há jogos em casa. As mulheres se reúnem mais vezes, depende dos números de jogos na semana. Não é uma rotina. Esses encontros são para fortalecer”, disse o zagueiro Léo ao site Superesportes.

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