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sábado, 29 de novembro de 2014

ALIANÇA, O SÍMBOLO DE UM PACTO

A HISTÓRIA


Muito se fala a respeito do papel das alianças na união entre duas pessoas. Mas, afinal, qual a origem da aliança de casamento? Onde surgiu este hábito? Há milhares de anos o principal símbolo de fidelidade e compromisso é a aliança. O costume de usar a jóia surgiu no século 15, provavelmente, na França. A forma circular do anel, sem começo nem fim, significa que o amor nunca vai acabar.

O costume de usar a aliança no dedo anelar da mão está ligado à crença antiga. Acreditava-se que neste dedo existia uma veia que ia direto para o coração. Muitos povos também acreditavam que a aliança possuía poderes mágicos. Colocá-la no dedo de outra pessoa significa aceitar um tesouro exclusivo. Com a fragilidade dos relacionamentos e o declínio acentuado na moralidade, a aliança não tem recebido a importância dispensada a ela na caracterização dos relacionamentos. 

Na atualidade, poucos sabem sobre a importância histórica dada a esse par precioso. Aliança é um anel usado para simbolizar um compromisso e a união afetiva entre duas pessoas, em noivados e cerimônias de casamento. Elas são que mostram, de maneira tátil e visível que uma pessoa é casada. É um símbolo de beleza, status e principalmente de orgulho para a vida do casal. 

A palavra aliança, por si só, significa um acordo, um pacto entre duas partes. No contexto do casamento, as alianças celebram um acordo de cumplicidade, amor e fidelidade. Dessa maneira, esse simples objeto ganha um significado muito simbólico: representa um elo material entre duas pessoas emocionalmente envolvidas, as quais compartilham sonhos, alegrias e até mesmo os percalços da vida cotidiana.

Na verdade, dizem os historiadores que os Faraós do Egito foram os primeiros a usarem esse símbolo que na época significava eternidade. Era como uma promessa pública de honrar um compromisso ou um contrato. O anel, aliança, era também muito usado entre os gregos e os romanos, Entre os romanos e gregos anéis de ouro eram usados por  senadores e imperadores além dos sacerdotes de Júpiter, que usavam os Anéis Pastorais. Para os demais, apenas os de ferro. Tendo provavelmente outra origem um costume hindu de usar um anel para simbolizar o casamento.

No início a aliança era tida como um certificado de propriedade da noiva, ou de compra da noiva, indicando que a mesma não estava mais disponível para outros pretendentes. A partir do século IX, a igreja cristã adaptou a aliança como um símbolo de união e fidelidade entre casais cristãos. Assim, por meio de um anel de forma circular, ou seja, sem começo nem fim representa-se a o amor contínuo entre o casal.

Os antigos egípcios, em 2.800 a.C., foram os pioneiros de um dos maiores símbolos do compromisso atual.  Reza a lenda que o acessório circular – e, portanto sem ponta, sem fim – foi a maneira encontrada pelos apaixonados egípcios para simbolizar o amor infinito e que deveria ser carregado para a vida toda. As  alianças tinham um significado sobrenatural, pois se acreditava que uniam o casal com amor eterno. 

E é desse povo que vem a teoria mais aceita para a origem da aliança como conhecemos hoje. Elas eram provindas do antigo costume egípcio de colocar no dedo da noiva um anel que substituía as moedas em tempos em que elas ainda não eram cunhadas. Com isso demonstrava-se que ela estava sendo adquirida através da riqueza do seu marido.

Curiosidades históricas


1. Em 1217 o bispo de Salisbury, Richard Poore, publicou uma lei proibindo a troca desses anéis sob o argumento de que “nenhum homem deveria se utilizar disso para seduzir jovens virgens, através de celebrações dissimuladas, pois ele pode não estar realmente preparado para o matrimônio”. Se o jovem colocasse o anel na noiva em presença de testemunhas e publicamente declarado que a teria como sua esposa, a lei e a igreja tomariam o casamento como uma união real.

2. O Papa Inocente III declarou que deveria haver um período de espera que deveria ser observado entre o pedido de casamento e a realização da cerimônia matrimonial. É por isso que hoje existe um anel de noivado e depois a aliança de casamento.

3. Após a guerra civil inglesa os puritanos pregaram contra o uso das alianças, alguns proibindo até seu o uso em casamentos. O anel era obviamente uma joia e, por isso, um objeto diabólico.

4. Até o século XIII não havia aliança de noivado ou compromisso. Hoje em dia, a aliança tem quase o mesmo propósito. O que temos nas cerimônias atuais é a perpetuação de todas essas tradições, que tem por fim, trazer bons fluídos aos noivos. Os casais usam alianças de noivado ou alianças de namoro para mostrar para a sociedade que não estão mais disponíveis para novos pretendentes.

A CULTURA


Aliança para os Gregos -  Na Grécia,  as alianças de noivado e casamento eram usadas como selos e símbolos de posse e fortuna. Alguns deles serviam de chaves para os quartos onde os bens de um homem eram armazenados. No casamento, cópias delas eram dadas para as noivas, criando-se o costume de dar à esposa um anel. Sendo que esse não era dado na cerimônia, mas depois que a mulher fosse erguida sobre a entrada da casa. 

Presenteá-la com a chave demonstrava confiança e era um amuleto que reforçava que dali em diante eles dividiriam todas as suas posses. E o uso dos diamantes para alguns gregos, eles acreditavam que os diamantes eram estilhaços de estrelas que chegaram a Terra; outros, porém, criam até mesmo que essas pedras preciosas eram lágrimas dos deuses do Olímpio. Seja qual for a crença, nota-se que as alianças desempenham nas mais diversas culturas, a importante função de simbolizar a união entre um casal.

Aliança para os Romanos - Alguns relatos dizem também que os romanos acreditavam que no quarto dedo da mão esquerda passava uma veia (veia d’amore) que estava diretamente ligada ao coração, por isso seria neste dedo que a aliança de casamento deveria ser usada.

Aliança para Judeus - Há historiadores que dizem que os judeus já usavam a aliança como forma de matrimonio muito antes de os cristãos começarem a usá-la em suas cerimônias. No começo, a aliança também servia como um certificado de propriedade. A aliança nada mais era do que um contrato que dizia que o noivo havia comprado a noiva. 

Ou seja, ela não estaria mais disponível para nenhum outro pretendente. E este termo aliança, bérith em hebraico, possui o sentido de compromisso. E tem o sentido na cultura judaica de a função da ambivalência de unir e, ao mesmo tempo, isolar. No casamento judaico, as alianças são usadas no dedo indicador.

Aliança para os Cristãos - A partir do século IX a igreja cristã adotou a aliança como um símbolo de união e fidelidade entre casais cristãos. Nas lendas irlandesas, o anel serve como meio de reconhecimento, símbolo de uma força ou mesmo de um laço que nada pode romper. Na Inglaterra os documentos mais antigos falam de alianças núpcias feitas de ferro, aço, prata, cobre, bronze, couro e junco.

A TIPOLOGIA DA PALAVRA


A palavra “aliança” tem origem no latim alligare, e significa "compor”, “ligar-se a". Outro termo para aliança (bérith no hebraico) possui o sentido de compromisso ou de pacto, o anel nupcial. Este significado também é encontrado em duas palavras gregas: diathéke e synthéke. E nas latinas: foedus e testamentum. O anel serve essencialmente para indicar um elo, o signo de uma aliança, de um voto, a ambivalência desse símbolo provém do fato de que o anel une e isola ao mesmo tempo.

Por si só, significa um acordo, um pacto entre duas partes. No contexto do casamento, as alianças celebram um acordo de cumplicidade, amor e fidelidade. Dessa maneira, esse simples objeto ganha um significado muito simbólico: representa um elo material entre duas pessoas emocionalmente envolvidas, as quais compartilham sonhos, alegrias e até mesmo os percalços da vida cotidiana.

CONTEXTO ESPIRITUAL


Deus fez com o homem oito alianças. Fiz uma síntese de cada uma delas: 

1. Deu ao homem responsabilidade da multiplicação, povoar a terra e sujeita-la. Recebeu autoridade sobre toda vida animal. Seu trabalho era cultivar o jardim do Éden, comer de seus frutos, exceto o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Aliança edênica (Gn 1:25,30; 2:16,17);

2. Depois da queda do homem, Deus amaldiçoou a serpente, colocou inimizade entre ela e a mulher e entre satanás e Cristo. A mulher teria dores no parto e estaria sujeita ao marido. A terra foi amaldiçoada e o homem teria que cultivá-la. Ao final da vida o homem retornaria ao pó, donde veio. Aliança adâmica (Gn 3:14,19);

3. Deus prometeu a Noé nunca mais amaldiçoar a terra ou destruí-la, como sinal Deus criou o arco-íris. Esta aliança também incluía a criação de um governo humano com poder para aplicar a pena de morte. Deus estabeleceu a estações do ano, ordenou o repovoamento da terra. A partir de então, a carne passa a ser alimento. Deus amaldiçoou o filho de Cam, Canaã, e o condenou a ser servo de Sem e Jafé. Deus favoreceu Sem, colocando-o na linhagem do Messias. Aliança noética (Gn 8:20; 9:27);

4. Deus manisfesta-se por meio de um “fogareiro fumegante e uma tocha de fogo”. Esse fato é extremamente significativo já que o costume da época indicava que numa aliança as partes deveriam demonstrar seu compromisso com as condições daquela aliança. Deus, porém, não estipulou nenhuma condição para Abraão. Deus faria independentemente de quão piedosos sejam os descendentes de Abraão. 

Promessas de Deus para Abraão: uma grande nação (Israel); bênçãos pessoais para Abraão; um nome de destaque; fonte de bênçãos; promessas para os amigos e maldição para inimigos; bênçãos para as nações (cumprida por meio de Cristo (Gn 12.3); posse eterna da terra conhecida como Canaã; inúmeros descendentes (naturais e espirituais); pai de números reis e nações, por meio de Isaque e Jacó e um relacionamento especial com Deus. Aliança abraâmica (Gn 12:1,3; 13:14,17; 15:11,8; 17:1,8).

5. Dez mandamentos, regulamentações sobre a vida comunitária em Israel; decretos sobre a vida religiosa. Esta aliança é para Israel e não para os gentios, chamada “lei enferma pela carne - Rm 8.3a.” Nove dos dez mandamentos são citados no NT, exceção ao sábado. Aliança mosaica (Ex 19:5; 20:1,31; 18).

6. Deus prometeu a Davi o reinado eterno e a descendência de um trono real. Não havia dependência ou retidão de Davi nesta aliança. Cristo é o herdeiro legítimo ao trono de Davi por meio de Salomão, conforme registro na genealogia de José (Mt 1). Cristo é descendente de Davi por meio de Natã, genealogia de Maria (Lc 3). Seu reinado de mil anos na terra será incorporado ao seu reino eterno. Aliança davídica (2Sm 7:5,19).

7. Com Salomão a aliança era incondicional em relação ao reino eterno de Deus, mas condicional no que diz respeito aos descendentes de Salomão ocuparem o trono (1Rs 8:4,5; 2Cr 7:17,18). Cristo não pertence a linhagem de Salomão, caso contrário sofreria a maldição imposta a Conias(Jr 22:30). Aliança salomônica (2Sm 7:12,15; 1Rs 8:4,5; 2Cr 7:11,22).

8. Nova Aliança é sob a qual estamos caracterizada pela obra redentora de Jesus Cristo na cruz do calvário (Jr 31:31,34; Hb 8:7,12; Lc 22:20).

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