"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém." Mateus 28:18-20
Eu me converti na década de 1990, mais precisamente, no ano de 1996. Nessa época, o envolvimento dos crentes brasileiros na Obra Missionária era bem intensa e fervorosa. Eram comuns grandes denominações organizarem conferências, congressos e seminários voltados especificamente para Missões. E o interesse e envolvimento dos jovens em Missões também era algo a se destacar. Mas a realidade atual é bem diferente.
O acelerado crescimento numérico dos evangélicos no Brasil que já alcança 20,23% da população poderia ser um indício de que o País pode se tornar uma potência nas Obras Missionárias em todo o mundo, mas a realidade é que a obra missionária segue de forma bem mais lenta do que deveria. Apesar do conhecimento cada vez mais difundido das demandas missionárias levando à comoção e decisões pessoais, o trabalho é deixado em mãos de missionários de carreira e agências especializadas.
Enquanto a Igreja Evangélica no Brasil segue "deitada em berço esplêndido", na comodidade da indiferença, em países onde a pregação do Evangelho ainda é proibido, muitos irmãos arriscam suas vidas e, muitos as perdem, praticamente no anonimato. São missionários torturados, violentados, assassinados, queimados vivos, assassinados com requintes de crueldade simplesmente por não negarem sua fé em Jesus Cristo e persistirem na pregação do seu Evangelho da Paz. Daqui, quando vemos imagens como as que eu posto no artigo, ficamos comovidos e é o máximo que ficamos. É o máximo que conseguimos fazer.
De acordo com o pastor José Crispim Santos, promotor setorial da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira (CBB), a igreja brasileira está bem inteirada acerca dos desafios missionários da atualidade, mas as ações ainda não são suficientes para o tamanho deles.
“Há muitas agências missionárias divulgando o tempo todo, além da mídia que noticia fatos que demonstram o sofrimento humano, físico e espiritual ao redor do planeta. Nossa avaliação é que, diante deste cenário de grande carência espiritual, a Igreja tem dado sua contribuição – entretanto, isso é insuficiente, quando a missão é, de fato, tornar Cristo conhecido em toda a Terra”,
disse Santos à revista Cristianismo Hoje.
Mas a s lideranças cristãs continuam apostando no potencial do povo brasileiro. Devido à boa receptividade em todos os países, particularmente de religião islâmica e hindu. A análise é do diretor executivo das Missões Mundiais (JMM), pastor João Marcos Barreto Soares. Simpatia e espontaneidade são as características apontadas que fazem os brasileiros serem bem recebidos em várias partes do mundo, e o crescimento numérico acelerado dos evangélicos não é tão relevante diante desse aspecto.
O pastor Soares também questiona o potencial dos brasileiros:
“estamos preparados para isso? Temos feito tudo que podemos?”
Ele lembra, fazendo alguns cálculos de acordo com o número oficial de evangélicos batistas, de que as ofertas destinadas a missões mundiais e nacionais alcançaram um montante considerável, mas se dividido pelo número de crentes, o resultado é desanimador. São 66 centavos por semana destinados à obra missionária.
Outro aspecto destacado pelo diretor executivo da JMM é o número de missionários “per capta” – cerca de uma para cada 10 mil batistas brasileiros. E questiona:
“Será que temos nos esquecido de que há mais de 4 bilhões de pessoas que nunca ouviram falar de Cristo, que há pelo menos 2.200 povos que não conhecem a Palavra de Deus?”
A responsabilidade dos brasileiros também é lembrada pelo missionário da JMM no sul da Asia Gabriel Azam, que administra uma agência missionária com cerca de 100 obreiros. Ele cita o crescimento do islamismo no mundo e diz que os brasileiros tem a responsabilidade de alcançar os adeptos do Islã.
“Para esse grupo Deus separou o Brasil. Os muçulmanos não são receptivos aos americanos e aos ingleses, mas com relação aos brasileiros, todas as nações são amistosas. Isso não é um acidente. Deus preparou tudo isso”,
conclui.
O missionário conclama para que a igreja brasileira assuma a responsabilidade de levar o Evangelho.
“Precisamos admitir que é um pecado não levar o Evangelho aos muçulmanos – pelo uma vez na vida eles precisam ouvir”.
A presença missionária brasileira atualmente chega a 2300 missionários no exterior atuando em 50 países. Só a Junta de Missões Mundiais enviou 612 obreiros, distribuídos entre Europa, áfrica ocidental e sul, norte da áfrica, ásia e Oriente Médio a América Latina. O Brasil conta hoje com 45 organizações missionárias.
"Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá." Efésios 5:14
Fonte: Cristianismo Hoje e JMM
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