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sábado, 19 de outubro de 2024

CANÇÕES ETERNAS CANÇOES — "EVERY BREATH YOU TAKE", THE POLICE

Algumas canções são marcantes por si sós. São tipo aquelas que mesmo que você, por um motivo ou outro não goste, não aprecie, mesmo assim, não consegue ficar indiferente ao ouvir seus primeiros toques, seus acordes iniciais.

Essas músicas se tornam clássicas umas vezes pelo sucesso alcançado, outras vezes por terem causado polêmicas e algumas vezes por terem sido a trilha sonora de momentos marcantes, no contexto pessoal e/ou histórico.

Não raramente, principalmente em se tratando de músicas internacionais, ouvimos, cantarolamos, dançamos, gostamos... de determinada música, sem ao certo sabermos o seu verdadeiro significado e a história que há por trás delas. 

Este é o propósito dessa minha série especial de artigos, "Canções Eternas Canções": contar as histórias existentes por trás de músicas que se tornaram clássicas.

Neste capítulo, veremos como surgiu uma das canções que, além de ter feito enorme sucesso na década de 1980, se tornou, sem dúvida alguma, um dos grandes hits na carreira do trio britânico The Police: 'Every Breath You Take'.

Sobre o trio


Antes de falarmos sobre a música, vamos conhecer um pouco sobre o trio The Police. Na segunda metade dos anos 70, em plena explosão da new wave, nasceu em Inglaterra uma das bandas mais icónicas da historia da música britânica, os The Police. 

Mas, comecemos pela formação da banda. Por volta de 1976, em Newcastle, Stewart Copeland (baterista) conhece Gordon Sumner, mais conhecido pelo nickname de Sting (baixista e vocalista), num concerto que este dava com a sua banda jazz-rock de nome Last Exit.

Tendo ficado impressionado com as capacidades de Sting, trocaram contatos na perspectiva de se virem a encontrar para partilhar o que os unia, a música. Sting (no meio), Copeland (à direita) e Sumers (à esquerda) formaram, então, em 1977 aquele que veio a definir o conceito de power trio entre as bandas: o Police. 

  • Curiosidade

(O nome dado pelo baterista, Copeland, como uma referência zombeteira ao pai dele, que foi chefe da Equipe de Ação Política da CIA. e depois se aposentou para cria sua própria CIA. privada.)
Os três músicos tentaram formar uma banda punk, mas eram bons demais para isso e criaram um estilo próprio que mescla o rock, o reggae e o pop.

Antes de formarem o grupo/trio Sting (Gordon Sumner) era professor e Stewart já se enveredava pela música. O grupo começou tocando em pubs londrinos e fazia dinheiro na noite. Antes de Summers, o grupo tinha Padovani como o mestre das baquetas, mas por conta de desentendimentos os músicos foram trocados.

Rumo ao sucesso


A banda assinou um contrato com a A&M e lançou 'Roxanne', seu primeiro single em 1978, no mesmo ano o primeiro álbum "Outlandos d'Amour" fez uma caminhada lenta até o top 10 do reino unido. O segundo disco, "Reggatta de Blanc", com 'Mensage in a Bottle' já fez um caminho mais veloz, mostrando que o topo das paradas era o habitat natural do grupo.

Em 1981 o Police recebeu o prêmio de melhor grupo britânico no primeiro Brit Awards. No mesmo ano 3 Grammys vieram, Sting e Copperland fizeram alguns trabalhos solo e o Police só voltou a ficar junto em 1983.

Mesmo com o intervalo, tensões que cresciam entre os membros pareciam cada vez maiores. No trio niguém se dava bem mais como no início e em 1984 a banda chegou ao seu fim.

Houveram algumas reuniões, seja para shows e grandes espetáculos quanto para animar os convidados do casamento de Sting. Em 2007 a banda retornou para fazer uma turnê de comemoração dos 30 anos de lançamento de seu primeiro single. O tour se encerrou em 7 de agosto no Madson Square Garden e segundo o baterista o trio nunca mais subirá aos palcos novamente. 

Uma pena, já que, sem dúvida alguma, o The Police, é um dos grandes nomes da música internacional, sendo até hoje lembrado pelos mais saudosistas, dentre os quais, se inclui este que vos escreve.

Agora sim, conheçamos a

História da Música

'Every Breath You Take'

Every breath you take
Every move you make
Every bond you break
Every step you take

I'll be watching you
Every single day
Every word you say
Every game you play
Every night you stay

I'll be watching you
Oh can't you see
You belong to me
How my poor heart aches
With every step you take

Every move you make
Every vow you break
Every smile you fake
Every claim you stake
I'll be watching you

Since you've gone
I've been lost without a trace
I dream at night
I can only see your face
I look around
but it's you I can't replace

I feel so cold
and I long for your embrace
I keep crying baby
baby, please

Oh can't you see
You belong to me
How my poor heart aches
With every step you take

Every move you make
Every vow you break
Every smile you fake
Every claim you stake
I'll be watching you

Every move you make
Every step you take
I'll be watching you

Tradução

'A cada suspiro que você der'

A cada suspiro que você der
A cada movimento que você fizer
A cada elo que você quebrar
A cada passo que você der
Eu estarei te observando

A cada dia
A cada palavra que você falar
A cada jogo que você jogar
A cada noite que você ficar
Eu estarei te observando

Oh, você não vê
Que você pertence a mim?
Como meu pobre coração dói
A cada passo seu
A cada movimento que você fizer
A cada promessa que você quebrar

A cada sorriso que você fingir
A cada pedido que você fizer
Eu estarei te observando
Desde que você se foi
eu estive perdido sem uma pista

Eu sonho à noite
e só consigo ver o seu rosto
Eu olho ao redor
mas é você que eu não posso substituir
Sinto-me com tanto frio
e eu desejo seu abraço

Eu continuo aqui chorando, querida
querida, por favor
Oh você não vê
Que você pertence a mim?
Como meu pobre coração dói
A cada passo seu

A cada movimento que você fizer
A cada promessa que você quebrar
A cada sorriso que você fingir
A cada pedido que você fizer
Eu estarei te observando

A cada movimento que você fizer
A cada passo que você der
Eu estarei te observando
A canção 'Every Breath You Take', lançada originalmente em 1983 pela banda The Police, é um dos casos mais interessantes de interpretação errônea sobre o real significado e a mensagem que ela pretendia passar. 

Muitos pensam em se tratar de uma linda história de amor, mas não foi bem isso que o vocalista e compositor da canção, Sting, revelou anos mais tarde em uma entrevista para a BBC Radio 2, chegando a dizer que se divertia quando ela era escolhida para tocar nas cerimônias de casamento: 
"É uma canção fruto da experiência de ciúme e possessividade. Uma canção sinistra, perversa, disfarçada em um contexto romântico."
A musa inspiradora foi a sua primeira esposa, a atriz Frances Tomelty, com quem se casou em 1976, dois anos após se conhecerem nos bastidores de um musical natalino chamado "Rock Nativity", onde ela interpretava a Virgem Maria e ele tocava na banda Last Exit. 

Tiveram dois filhos, Joseph e Kate, mas logo após o nascimento de Kate, Sting abandonou o casamento de 6 anos e foi morar com a vizinha, a também atriz, Trudie Styler, que se tornaria a sua segunda esposa, e juntos, teriam quatro filhos.

'Every Breath You Take' ganhou um Grammy Awards como melhor canção do ano de 1983, além de permanecer no topo da Billboard Hot 100 durante oito semanas, e no UK Singles Chart durante quatro semanas.

Amargas lembranças


Andy Summers, guitarrista do The Police, refletiu sobre o tumultuado processo criativo por trás de 'Every Breath You Take', single do álbum de 1983 "Synchronicity", que chegou ao topo das paradas americana e britânica e se tornou um dos maiores clássicos da história da música.

Segundo Summers, essa é uma canção que 40 anos após seu lançamento ainda lhe dá muita dor de cabeça. Falando ao podcast The Jeremy White Show, o guitarrista revelou que os créditos de composição dessa música geraram uma discórdia ainda em andamento entre ele e o vocalista Sting.
"É um [tema] muito polêmico que está muito vivo neste momento. Essa música iria para o lixo até eu tocar nela. E acho que isso é absolutamente uma composição”
comentou Summers ao ser questionado por que não foi creditado como autor da canção.

Ele não quis entrar em detalhes sobre o estado atual do desacordo com Sting, mas disse que 
"vamos ver o que acontece no próximo ano [referindo a 2024]"
e comentou que os fãs devem ficar ligados na imprensa sobre o caso.

'Every Breath You Take', portanto, como vimos, surgiu de uma ideia que Sting teve após sua separação da atriz irlandesa Frances Tomelty. O vocalista estava buscando uma direção sonora quando Andy, então, acrescentou um arranjo de guitarra que se tornaria uma espécie de marca registrada da banda e inspiraria toda uma geração. Mesmo assim, motivo do imbróglio que ainda se arrasta, mais de 4 década depois, não foi creditado como coautor.

Conclusão


A música foi a sétima mais tocada nas rádios brasileiras em 1983 'Every Breath You Take', faz parte do álbum "Synchronicity", de 1983, quinto e último disco de estúdio do The Police, está na lista dos 200 álbuns definitivos no Hall of Fame do rock and Roll.

Por mais que seja interpretada como uma canção romântica, o baixista chamou atenção para o fato de que a maioria das pessoas a entenderam ao contrário: 
"Essa música é muito, muito sinistra e feia. As pessoas, na verdade, a entenderam errado como sendo uma doce canção de amor, quando, na verdade, está mais para o contrário."
Em uma entrevista mais antiga, essa de 1991 para o The Independent, ele contou como a música surgiu:
"Eu acordei no meio da noite com aquele verso na cabeça, [então] sentei no piano e a escrevi em meia hora. A música em si, é genérica, segue a linha de centenas de outras, mas a letra é interessante. 
Ela soa como uma confortante canção de amor, [mas] não me dei conta na época de como ela é sinistra. Acho que eu devia estar pensando em Big Brother, em vigilância e controle. 
Nenhuma liberação de emoção ou alteração no ponto de vista do narrador. Ele está preso em seu círculo obsessivo. Claro, eu não tive consciência de nada disso. Para mim, eu estava só escrevendo uma música de sucesso — tanto que se tornou uma das canções que definiram os anos 80"
concluiu.

No final do ano passado, o clipe de 'Every Breath You Take' ultrapassou a marca de um bilhão de views no YouTube. Independente do quão sombria seja a história dessa belíssima música, e das polêmicas autorais que a envolvem, o fato é que ela merecidamente recebe meu seleto carimbo de
[Fonte: Antena 1, original por Vinícius Novaes; Whiplash, original¹ por Marcelo Araújo e original² por André Garcia ; 89FM]

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sábado, 28 de setembro de 2024

VOCÊ SABE O VERDADEIRO SIGNIFICADO BÍBLICO DO ALTAR?

"Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio nos céus cerca de meia hora. Vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus; a eles foram dadas sete trombetas. Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e ficou em pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos. Então o anjo pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto" (Apocalipse 8:1-5).
Se tem um assunto que é um tanto quanto controverso no meio cristão, em todas as suas vertentes, é o que se refere ao altar. Algumas dessas controvérsias chegam ao cúmulo da heresia, quando fogem completamente dos ensinamentos bíblicos sobre o tema. 

Tem gente, não pouca, que comete o pecado da adoração não no, mas do altar. Isso mesmo, tratam o altar como se ele fosse um deus. Só pra começar a, como dizem, "quebrar os biscoitos" da crença religiosa, o que se tem nas congregações hoje, não são altares e sim púlpitos! São a mesma coisa? Claro que não! Vejamos:
  • Altar — no original hebraico mizbe'ah (de uma palavra que significa "matar, um lugar elevado onde era feito um sacrifício").
  • Púlpito — O púlpito é uma plataforma elevada, localizada lateralmente na igreja, onde o sacerdote ou orador faz os seus discursos aos fiéis. A palavra púlpito vem do latim pulpitum, que significa "palco" ou "plataforma". Nas igrejas cristãs o púlpito, geralmente é uma estrutura autônoma ou adossada a uma coluna, feita em vários materiais e de forma normalmente poligonal. Serve para o pregador se dirigir à assembleia de fiéis reunida na congregação.
Viram? A diferença não é abissal só na etmologia das palavras, mas em seus significados, propósitos e essências.

ALTAR | hb. מִזבֵַּח - (mizbeach)

O Altar no Grego >>> θνσισστήριογ = Thusiasterion


O altar era um local sagrado onde os sacrifícios eram oferecidos a Deus como forma de adoração e expiação de pecados. O altar é mencionado em várias passagens bíblicas — tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento — como um lugar de encontro com o divino e de reconhecimento da presença e do poder de Deus na vida do povo. 

É também visto como um símbolo de entrega, sacrifício e consagração a Deus, representando a aliança e comunhão entre Deus e seu povo. A importância do altar na história bíblica é evidenciada pela sua presença em diversos relatos de eventos significativos da fé judaico-cristã.

Thusiastérion, é a transliteração do grego, tem o significado de 
"um lugar de sacrifício; um altar, sacrificar", 
segundo o Dicionário Grego do Novo Testamento de Strong. A ocorrência de thusiastérion ou altar, nos escritos gregos do Evangelho é de 23 vezes.

Em hebraico, a palavra altar significa "lugar de matança". Em grego, significa "lugar de sacrifício". Em latim, vem de altare, de altus, que significa "plataforma elevada". Entendido os significados do termo, vamos ao que nos diz a Bíblia.

Está escrito!


O primeiro altar hebraico que encontramos na história bíblica foi construído por Noé depois que ele saiu da arca (Gênesis 8:20).

A Bíblia nos diz mais: os primeiros homens fizeram sacrifícios de animais e oferecimentos de frutos a Deus Criador sobre altares. Com o passar do tempo, como vemos no livro Levítico, o povo de Israel oferecia cordeiros e outros animais como sacrifícios a Deus, como forma de reconhecer a sua divindade e expiação pelos pecados.
  • Em outras culturas (pagãs), no Altar se sacrificavam crianças em homenagem ao seus deuses (Moloque). No "'cristianismo católico" no altar consagram-se hóstias e elementos eucarísticos.
  • No "cristianismo evangélico" eles chamam púlpito de altar, oferecem todo tipo de objetos e dinheiro como "sacrifício" a Deus. Lá apresentam recém nascidos, e colocam objetos para serem consagrados pois para eles o altar é santo.
Fazendo um comparativo, a ideia de altar é a mesma! Como discípulos sabemos que os sacrifícios da Antiga Lei eram uma prefiguração do sacrifício de Cristo Jesus no altar da cruz. Na Nova e Eterna Aliança, Cristo se fez sacrifício, reconciliou definitivamente o homem com Deus, ao oferecer-se em sacrifício.
Portanto não existe mais Altar físico na nova aliança, nosso altar é nosso coração, qualquer outra coisa praticada e chamada de ALTAR É HERESIA!

"Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?" (João 5:47).

Vamos refletir?


Um altar é qualquer estrutura sobre a qual são feitas ofertas, como sacrifícios, para fins religiosos. Geralmente era uma plataforma elevada com uma superfície plana. Há mais de quatrocentas referências a altares na Bíblia. A palavra altar, como já vimos, é usada pela primeira vez em Gênesis 8:20, quando Noé construiu um altar para o Senhor depois de sair da arca. No entanto, a ideia já estava presente em Gênesis 4:3,4, quando Caim e Abel trouxeram seus sacrifícios ao Senhor. Eles provavelmente apresentaram suas ofertas em algum tipo de altar, embora a palavra altar não seja usada nessa passagem.

Um altar sempre representou um local de consagração. Antes de Deus dar Sua Lei a Moisés, os homens faziam altares onde quer que estivessem, com qualquer material disponível. Um altar era geralmente construído para comemorar um encontro com Deus que teve um impacto profundo sobre alguém. 

Abrão (Gn 12:7), Isaque (26:24,25), Jacó (35:3), Davi (1 Crônicas 21:26) e Gideão (Juízes 6:24) construíram altares e adoraram depois de terem um encontro único com Deus. Um altar geralmente representava o desejo de uma pessoa de se consagrar totalmente ao Senhor. Deus havia trabalhado na vida de uma pessoa de tal forma que ela desejava criar algo tangível para memorializar esse fato.

Durante os tempos de rebelião e idolatria de Israel, os altares do Senhor caíram em ruínas. O profeta Elias, ao confrontar os profetas de Baal no Monte Carmelo,
"reparou o altar do Senhor, que havia sido derrubado" (1 Reis 18:30). 
A restauração do altar por Elias foi significativa, dado o paganismo desenfreado de sua época. 

Além disso, apesar do fato de viver em um reino dividido, o profeta simbolizou a unidade do povo de Deus em sua construção: 
"Ele pegou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual viera a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome; e com as pedras edificou o altar em nome do SENHOR. Depois, fez em redor do altar uma cova, onde se podia semear duas medidas de semente" (1 Reis 18:31,32). 
Foi sobre esse altar reconstruído que Deus fez chover fogo e envergonhou os adoradores de Baal (versículos 38,39).

Às vezes, o próprio Deus ordenava a construção de um altar depois de ter libertado alguém de forma milagrosa (Deuteronômio 27:4-7; Êxodo 30:1). Esse altar seria um memorial para ajudar as gerações futuras a se lembrarem das obras poderosas do Senhor. Como a expiação é obra de Deus, a Lei especificava que um altar feito de pedras deveria ser feito com pedras naturais, não cortadas, 
"pois, se usares o teu cinzel nele, tu o profanarás" (Êx 20:25).
Quando Deus deu instruções para o tabernáculo, Ele também deu instruções detalhadas sobre o tipo de altar que o pátio deveria conter (27:1-8). Nesse altar, o povo fazia os sacrifícios que Deus aceitava como expiação por seus pecados. 

Ele deveria ter quatro saliências semelhantes a chifres, uma em cada canto. Tinha de ser grande o suficiente para conter sacrifícios de touros, ovelhas e cabras. No templo que Salomão construiu, o altar era feito de ouro puro (1 Rs 7:48).

No sentido mais amplo, um altar é simplesmente um local designado onde uma pessoa se consagra a alguém ou a alguma coisa. Alguns cristãos criam seus próprios "altares" para adoração pessoal como lembretes visíveis de Romanos 12:1, que diz para que
"...apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo...".

O CORAÇÃO


Todo coração humano tem um altar invisível onde se trava a guerra entre a carne e o espírito. Quando entregamos áreas de nossa vida ao controle do Espírito Santo, estamos, na verdade, colocando essa área no altar diante de Deus. 

Pode ser útil visualizar o altar de Abraão, onde ele ofereceu seu filho Isaque ao Senhor (Gn 22:9). Podemos perguntar ao Senhor quais áreas de nossa vida Ele está exigindo que ofereçamos a Ele. 
Portanto, podemos simbolicamente colocar isso no altar e abrir mão. Não precisamos de uma superfície plana; podemos entregar nossa vida a Deus no altar de nosso coração a qualquer momento.

Conclusão

Jesus Cristo é o significado do Altar do Holocausto


Mas o altar do holocausto, e os sacrifícios oferecidos nele, simplesmente prefiguravam o holocausto perfeito e definitivo que Deus providenciaria para resolver o problema do pecado. Ao interpretar o Salmo 40, o escritor de Hebreus escreve sobre como Deus não se deleitou com holocaustos e ofertas pelo pecado (10:5-8).

Então ele aponta para a obediência de Cristo em cumprir o propósito imutável de Deus, quando no Calvário Ele expiou o pecado de seu povo através do sacrifício de seu próprio corpo. Os sacrifícios no altar do holocausto eram oferecidos dia após dia pelos sacerdotes, mas jamais puderem remover permanentemente os pecados.

Porém, Jesus ofereceu, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, e agora está exaltado à destra de Deus. Ele redimiu, purificou e justificou, de uma vez por todas, todos aqueles que estão unidos com Ele pela fé. Estes, e somente estes, através do altar do holocausto de Cristo onde seu sangue foi derramado, podem se aproximar de Deus com confiança (10:9-22).

Pense nisso!

Para contextualizar, vejamos:

  • Jesus é comparado a um cordeiro imaculado em (1 Pedro 1:18,19) e a um cordeiro morto em (Apocalipse 5:6).
  • Isaque, que provavelmente era um jovem na época de seu sacrifício, agiu em obediência a seu pai (Gn 22:9); antes de Seu sacrifício, Jesus orou: 
"Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39). Isaque ressuscitou figurativamente, e Jesus na realidade:

"porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou" (Hb 11:19); 
Jesus "foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15:4).

Muitos séculos depois da ordem de Deus para Abraão sacrificar Isaque, Jesus disse: 
"Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se" (Jo 8:56). 
Esta é uma referência à alegria de Abraão ao ver o carneiro preso no matagal em (Gênesis 22). Esse carneiro foi o substituto que salvaria a vida de Isaque. Ver aquele carneiro era, em essência, ver o dia de Cristo, o Substituto de todos nós.
O altar do sacrifício do Antigo Testamento prenunciava CRISTO e o seu sacrifício perfeito e definitivo. Ele é o holocausto final que conduz os pecadores à presença de Deus (Hb 10:19,20).
A figura do altar como lugar de comunhão foi cumprida plenamente em Cristo. Por causa de Sua obra redentora, os remidos são feitos reis e sacerdotes para Deus (Ap 5:10; 1 Pd 2:9). Agora, a vida do crente é o altar de Deus, ou seja, por meio de Cristo, através do Espírito, o próprio Deus habita no crente. A Bíblia diz que somos o templo do Espírito Santo (1 Co 6:19).

Então o nosso altar de adoração deve estar sempre renovado. Ele deve estar sempre queimando com a presença purificadora, santificadora, vivificadora, iluminadora e orientadora do Espírito Santo (1 Tessalonicenses 5:19). O sacrifício expiatório final já foi feito por Cristo, e pelos méritos dele resta-nos somente oferecer nossa vida como sacrifício vivo de gratidão ao Senhor (Rm 12:1).
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em SACRIFÍCIO VIVO, SANTO E AGRADÁVEL A DEUS, que é o vosso culto racional".
"Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei)" (Hb 10:4-8).
"Mas vós sois a geração eleita, O SACERDÓCIO REAL, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pd 2:9).

  • Todas as referências bíblicas supracitadas são da versão Almeida Corrigida Fiel (ACF). 

Sobre o tema altar, acho que o assunto está encerrado, né? Ou tens algo a contrapor? Se sim ou se não, tenha liberdade de manifestar-se nos comentários.

[Fonte: Apologeta, texto original, acessado em 26/09/2024; Pregações e Estudos Bíblicos; texto original por Israel Reis] 

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PRONTO, FALEI! — "EFEITO DEOLANE E MARÇAL": O FENÔMENO DO PODER DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS

    • Sim, eu sei que já abordei este tema aqui em várias outras ocasiões, mas, dada à sua relevância, se faz plausível sua predominância.
A invenção da internet revolucionou a comunicação, acelerando e modificando o processo de transmissão e recepção de informações. Seu nascimento deu-se no século XX por volta de 1969, e desde então ela vem passando por modificações. 

Devido ao seu espaço interativo, houve um encurtamento na distância entre os indivíduos, no entanto, os diferentes suportes de mídias, acarretados através das redes sociais, desenvolveram uma viabilização de novos meios de negócios. 

Dessa maneira, o mercado do consumo, especialmente os meios publicitários, atentos a essa realidade, buscam utilizar técnicas que sejam atrativas e capazes de aliciar desejo nos usuários. Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto!

Influenciadores digitais, nem sempre úteis, porém, indiscutivelmente necessários


Sim, eis aí um enorme paradoxo. Na atualidade é comum notar o grande número de influenciadores digitais. Isso se tornou uma forte tendência na internet, tendo em vista que grande parte dos consumidores estão presentes nos meios digitais.

Afinal, os influenciadores digitais têm o papel de recomendar um determinado produto e/ou serviços na internet, logo, os consumidores conseguem ter acesso a essas informações nas redes sociais, sendo possível, inclusive, saber a opinião sobre o estabelecimento e serviços. Portanto, os tais influencers possuem um grande poder nos dias de hoje. 

A inclinação por esse tema motivou-se pelo grande crescimento do que acredita-se ser a "nova profissão" ou a "profissão do século XXI" 
— inclusive, são muitos jovens que estão abandonando as carreiras acadêmicas tradiocionais e se aventurando no mundo da influência digital —,
os digital influencers, que vêm adquirindo grande peso na sociedade atual, em razão do estreitamento interpessoal, os influencers tornaram-se uma grande ponte entre marcas e produtos para com o seu público-alvo, uma vez que no ciberespaço5 o usuário estabelece o que vai consumir, buscando conteúdos e interagindo, não sendo mais o sujeito passivo que recebia os programas impostos pelos veículos tradicionais de comunicação. 

Além disso, vale ressaltar que os indivíduos da sociedade contemporânea tendem a preocupar-se com o ter, fugindo de sua realidade social, buscando práticas que mais se assemelham as classes dominantes, na sociedade de consumo, as pessoas são bombardeadas por signos e ideologias propagadas pelo marketing das corporações privadas. 

As pessoas procuram algo que lhes representem enquanto indivíduos e os influenciadores oferecem, de certo modo, o que esse público necessita, em virtude da "falsa aproximação" transmitida a partir do seu veículo de comunicação que, no caso mais específico, são as redes sociais Instagram e Tik Tok.

Estudos comprovam o quão poderosos são os influencers, sobre seus seguidores



Pesquisas recentes apontam que cerca de 90,8% dos usuários de internet no Brasil são usuários das redes sociais. Os estudo foram feitos com 1,1 mil pessoas com 15 anos ou mais, de todos os gêneros, estratos sociais e regiões do País. Estes levantamentos consideraram usuários que acessam no mínimo duas mídias sociais e que seguem digital influencers.

Interessantíssimas, essas pesquisas confirmam algumas impressões, mas também demoliram "verdades absolutas". O primeiro dogma a cair por terra foi um suposto sentimento de desconfiança relativo à natureza do trabalho dos influenciadores. 

Sim, os seguidores, de fato, os veem como produtores e disseminadores de conteúdos relevantes, orgânicos ou patrocinados. Tanto faz. É que, por receio em não ter engajamento — ou até mesmo perder seguidores, era comum entre os creators não sinalizar entre as postagens quais eram patrocinadas. Medo bobo. Segundo os entrevistados nas pesquisas, basta somente, no post, informar que se trata de um publi. Reforça a transparência. E os seguidores adoram isso.

Quem são, onde estão?


Diferentemente de artistas de TV ou cinema, os chamados digital influencers não estão em grandes canais tradicionais, não têm contrato ou são a cara de um canal de TV. Em vídeos e textos produzidos, editados e publicados por eles mesmos, eles são o símbolo máximo de uma nova forma de produzir e consumir conteúdo.

Pablo Marçal (13 milhões de seguidores) e Deolane Bezerra (21 milhões) são fenômenos digitais que desafiam políticos e policiais sobre como tratar esse tipo de comportamento nas redes sociais de acordo com o ordenamento jurídico, embora isso já tenha sido objeto de cientistas de dados que entenderam o mecanismo.
Mas como tratá-los? Marçal, na política, e Doelane, na Polícia, são capazes de reverter a acusação formal de modo a que a audiência mude de lado.
Então, como os políticos ou as instituições devem tratar Marçal? Um novo outsider na corrida eleitoral. E como a Polícia de tratar Doelane? Uma senhora que declara um patrimônio aparentemente incompatível com sua renda oficial, que ela afirma sustentá-lo.

O cientista chefe do CESAR Centro de Estudos Avançados do Recife, centro de pesquisas e inovação, sem fins lucrativos, situado em Recife, Silvio Meira, responde com uma velha pergunta do mundo da computação.

"Quem paga o que, para quem, por que e como, para quem fazer o que, para quem, onde, quando, por que e como?"
 
para responder com uma advertência básica:

Plataformas, diz ele, são o principal esteio de sustentação de modelos de negócios digitais ou intensivos em efeitos ou performances digitais. 

E como há quase tantas definições de modelos de negócios quanto modelos de negócios propriamente ditos, podemos definir que um modelo de negócios responde à pergunta: Negócios.

Segundo Meira, isso não é um fenômeno causal decorrente do uso das redes sociais. Há raízes estruturais, complexas e difíceis de tratar. Um número cada vez maior de estudos mostra que o comportamento humano em redes sociais acontece como ativismo coordenado, cascatas de informação, bandos de assédio. 

Ele é muito similar ao comportamento emergente de grandes grupos de pássaros, peixes, formigas. Eles agem como unidade coesa, sem líder ou direção hierárquica.

Nada acontece espontaneamente


Isso quer dizer, na prática, que o comportamento de grupos em rede é determinado pela estrutura da rede, que molda o comportamento da rede, que molda a estrutura e assim por diante. Não acontece espontaneamente.

Segundo o diretor executivo da consultoria de análise de dados Bytes, Manoel Fernandes, com tantas "verdades" disponíveis na Internet, as pessoas passaram a escolher as versões mais compatíveis com a sua visão de mundo.
"Marçal e Deolane são reflexos desse comportamento no qual o contexto é substituído pelo corte do vídeo."
Muitos dos seguidores que assistem os digital influencers o veem como referências de comportamentos, inspirações, verdadeiros exemplos. 

E essa forma, quando um publipost6 é feito expondo tal produto, serviço ou marca específica, já se torna o suficiente para que os seguidores os busquem gerando assim a identidade do consumo nesses indivíduos. 

Todavia, sabendo que os influenciadores digitais são formadores de opiniões, em suas contas no Instagram, eles expõem seus estilos de vida e geram interação entre seus seguidores. No entanto, grande parte destes não possuem a mesma classe social que o influencer. Portanto, o que motiva esses indivíduos continuarem seguindo-os e buscando comprar o que é publicado por esses atores?

Pessoas que são marcas


Um influencer é uma marca. Diferentemente de atores ou mesmo músicos, que interpretam personagens ou mudam com o tempo, o influencer coloca seu estilo de vida em jogo. Por este motivo, diferentemente de quando se contrata uma celebridade para ser o porta-voz da sua marca, ao trabalhar com o influencer se está lidando com uma via de mão dupla.

Por isso, ao pensar em um influencer é necessário pensar em um parceiro. A marca cresce com a audiência do escolhido. O canal cresce com a presença e o patrocínio da marca. Comprometer um influencer com incoerência de proposta é comprometer seu negócio e sua vida pessoal, uma vez que os dois se confundem.

Por outro lado, o público da sua marca vai levar muito a sério quem é a personalidade de internet financiada. Exatamente por passar uma personalidade verdadeira, os bloggers, youtubers e tik tokers são cobrados publicamente por seus posicionamentos em diversas questões. E isso pode afetar sua marca.

Conclusão


Em um mundo onde cada vez mais é necessário se expor para existir, as pessoas parecem não conseguir mais criar empatia com personagens em novelas, filmes ou programas de auditório. 

Os influencers se apresentam como gente com a gente, com rotinas, problemas, fragilidades e opiniões. Parecem verdadeiros. Somando isso ao apelo desses personagens junto às novas gerações, eles vêm se tornando os garotos-propaganda de um mundo hiperconectado.
  • Falei mais sobre este tema nos artigos abaixo:




[Fonte: JC-Jornal do Comércio/PE, texto original por Fernando Castilho, acessado em 28/09/2024]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
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  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

BÍBLIA ABERTA — A ALEGRIA DA SALVAÇÃO

Essa conhecida parábola narrada por Jesus, contém várias curiosidades e contrastes que abrem nossos olhos para grandes verdades espirituais concernentes a perdição e a salvação.

Nesse jogo de palavras precisamos entender que, dentro do contexto da narrativa,  "perdido" quer dizer pecado, e a palavra "achado" quer dizer salvo. O filho mais novo via o pai como um homem bom (por isso quis voltar para ser seu empregado), mas o filho mais velho o via como carrasco (porque achava que trabalhava como um escravo sem poder ao menos festejar com seus amigos). 

O filho mais novo tinha consciência da sua perdição, e voltou para a casa, mas o filho mais velho ainda não, e nem quis entrar numa festa que também era para ele.

Analisando a experiência de Davi


Antes de darmos sequência ao entendimento da parábola, é salutar que nos remetamos à experiência vivida pelo rei Davi, dentro do mesmo contexto, respeitadas as especificidades temporais. 

Houve um momento em que Davi havia perdido a alegria de viver, estava sendo consumido pelo remorso e pela culpa e a sua oração foi apenas uma, dizendo assim: 
"Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário" (Salmo 51:12). 
Restitui-me a alegria, o prazer, o gozo da salvação, foi o pedido do rei.

É possível perceber quando um casamento está doente pelo fato de um dos cônjuges se entristecer no momento de voltar para a casa. Isso pode ser um dos motivos de os bares estarem quase sempre muito cheios.

Algumas pessoas que ainda não tiveram um encontro com Cristo; em vez de irem para a casa ao fim de um dia de trabalho, preferem ir para os bares, e permanecem lá até um horário em que não mais encontrarão com aquele(a) que as aborrecem, pois, certamente, já estará dormindo.

Tudo isso porque a casa deixou de ser prazerosa, e escolhem ficar ao lado dos colegas do que com a família. E por quê? Porque a alegria na família terminou para elas.

Se perdemos a alegria, ir aos cultos passa a ser enfadonho, automático, ofertar torna-se algo terrível, mas, quando o nosso coração passa a viver o contentamento da salvação, a alegria extravasa não somente em palavras, mas por meio dos atos. 

Em toda a nossa vida haverá um brilho no olhar, e só de ouvirmos o nome "Jesus", a adoração será intensa e a leitura da Bíblia um prazer. A reunião de culto será sempre uma experiência renovadora.

Redefinindo o pecado


Voltando à análise da Parábola do Filho Pródigo, muitos filhos se rebelam contra Deus desobedecendo suas regras, como o filho mais novo, outros se rebelam obedecendo, como o filho mais velho. Algumas pessoas obedecem aos mandamentos e são religiosas não por causa da piedade, mas com interesses pessoais, que de alguma forma tentam controlar Deus estabelecendo um jogo de trocas "santas".

Acreditam que por serem religiosas merecem coisas boas. Tanto o filho mais novo, como o filho mais velho amavam mais a riqueza do pai do que ele em si. Ambos queriam controlar as coisas do pai. E isso nos mostra que pecado é se colocar no lugar de Deus, e não apenas errar o alvo. Existem duas maneiras das pessoas se colocarem no lugar do Salvador.

Uma é seguindo suas próprias regras e a outra e usando as regras morais para se autopromover. Jesus está nos mostrando que um homem que nunca violou a lista dos maus comportamento morais pode estar tão perdido espiritualmente quanto o mais imoral de todos os homens.

Timothy Keller, pastor de uma igreja em Nova York define a vida com Cristo assim:
"O Evangelho representa uma espiritualidade completamente diferente. Não é religião nem falta dela, moralidade ou imoralidade, moralismo ou relativismo, conservadorismo ou liberalismo".

Redefinindo a perdição


O filho mais velho, que era obediente, também estava perdido. Assim como o mais novo carecia do amor do pai. O mais novo estava aberto para receber essa graça, mas será que o mais velho também? Ou será que sua "retidão" o impedia de experimentar o amor do pai? 

O único pré-requisito para receber a graça de Deus é reconhecer a falta dela. Enquanto o ser humano não reconhecer a necessidade da graça de Deus sobre sua vida estará perdido. O nesse caso o irmão mais velho poderia estar ainda mais distante do que o irmão mais novo. 

O farisaísmo do irmão mais velho não dá origem apenas ao racismo e ao classicismo, mas pode acabar criando um espírito julgador que não perdoa. O filho mais velho não conseguia perdoar seu irmão mais novo por ele ter desgraçado o nome da família e ter diminuído a riqueza deles. 

É impossível perdoar alguém quando você se sente superior a essa pessoa. Se o filho mais velho conhecesse seu próprio coração, teria dito: sou tão egoísta e causo tanta dor ao meu pai da minha própria maneira, quanto meu irmão da sua. Não tenho direito nenhum de me sentir superior. Então ele teria a liberdade de dar o seu irmão o mesmo perdão concedido pelo pai.

A alegria da salvação!


O espírito do irmão mais velho vive presente dentro das religiões. Irmãos mais velhos vivem a vida correta por causa do medo, não por alegria e amor. A festa não é apenas para o filho mais novo, mas para todos que estão perdidos e podem ser achados. 

Precisamos saber se não somos o "filho mais velho", hoje. Seus sintomas podem aparecer: quando a crítica alheia devasta seus sentimentos, quando a noção do amor de Deus é apenas abstrata, quando necessita da aprovação dos outros para reforçar sua autoimagem, quando seus erros o atormentam mesmo depois de ter se arrependido, e principalmente a falta de paixão pela oração.

Porque quando você ama o Pai deseja ardentemente estar com Ele e conversar por todo o tempo. O interessante é que o pai vai ao encontro de ambos os filhos e expressa amor por eles. Isso nos mostra que não é o arrependimento que gera o amor, mas o contrário.

Jesus sempre ofereceu amor primeiro, antes de alguém lhe oferecer qualquer coisa. Jesus não é farisaico com os fariseus, nem orgulhoso com os orgulhosos. Ele ama as pessoas com espírito libertário e também as religiosas. O pai ama os dois filhos mesmo que sejam tão diferentes.

Como viver a alegria da salvação? É preciso perseverança. Perseverança é a nossa condição de estarmos seguros em Cristo Jesus até que Ele volte, ou até que tenhamos o privilégio de irmos ao encontro dEle. É sempre, todos os dias, e não apenas aos domingos.

Deus é perseverante, é constante. Ele não mudará jamais as suas promessas, e, sim, cumpre cada uma delas, está escrito que 
"...nem uma promessa falhou de todas as suas boas promessas..." (1 Reis 8:56).
Muitas vezes, achamos que as promessas do Senhor estão demorando a serem cumpridas, mas Deus não retarda as suas promessas, ainda que o tempo dEle seja diferente do nosso. Não adianta você querer ser avô hoje se seu filho tem apenas 8 anos de idade, ou seja, há um tempo de maturação. 

Todas as promessas do Senhor têm o "sim" e o "amém", mas existe também o tempo do Senhor. Tome posse desta declaração para a sua vida, para a sua família: 
"Porque eu, o Senhor, falarei, e a palavra que eu falar se cumprirá e não será retardada" (Ezequiel 12:25). 
"Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um 'i' ou um 'til' jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra" (Mateus 5:18).

Conclusão


Mas neste capítulo Jesus contou três parábolas. Um pastor perdeu uma ovelha, porém não desistiu dela. Saiu a sua procura e quando achou deu uma grande festa. Uma mulher perdeu uma moeda, mas procurou até encontrá-la, e quando achou festejou com seus vizinhos. 

Nesta parábola esperava-se que alguém saísse a procura do filho mais novo, perdido, para salvá-lo. Quem deveria fazer era o filho mais velho, mas ele não fez. Devemos ser o irmão mais velho no sentido de ir buscar os filhos perdidos do nosso pai. 

Mas ainda que falhemos temos um outro irmão que jamais falhará, Jesus. Nosso verdadeiro irmão mais velho pagou nossa dívida na cruz. Deu a sua vida pela nossa. Ele bebeu o cálice amargo para que pudéssemos beber o cálice da alegria da salvação.

Deus nos guarda em meio à tribulação. Todos nós estamos sujeitos a passar por tribulação, por um tempo de provas. E muitas vezes diante da prova muitos têm tendência a desanimar. É muito fácil perseverar num tempo cheio de abundância, mas o desafio é perseverar também no tempo de tribulação.

Deus cumpre o que promete. Mas a confiança não deve estar na nossa capacidade de fazer obras que nos mantém salvos, mas a nossa perseverança na capacidade de vivermos com Jesus. É confiarmos que Deus não nos enganará de maneira alguma, pois não Ele não é como os seres humanos.

Do início ao fim do livro de Jó parece que há somente provas e tribulações. Quando olhamos para a vida dele, vemos que perseverou até o fim, e tudo que perdeu foi restituído em dobro, até mesmo a quantidade de filhos (Jó 42:10-17).
    • No momento em que abrimos o nosso coração e proclamamos Jesus como Senhor e Salvador, Ele entra na nossa vida e recebemos salvação. Viva essa realidade! Deus os abençoe!
Fonte: Primeira Igreja Batista de Itaperuna, original acessado em 17 de setembro de 2024.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

domingo, 1 de setembro de 2024

POSITIVIDADE TÓXICA: O PODER PSICOLÓGICO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS

  • No texto deste artigo, vou abordar o poder dos tais influencers, sob o prisma psicanalítico.
Os influenciadores digitais tornaram-se referência ao exercer a função de profissionais formadores de opiniões. Uma recente pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência apresenta dados que comprovam o poder exercido por eles:
  • cerca de 52% dos brasileiros seguem pelo menos um digital influencer
Já quando questionados se costumam comprar produtos e serviços indicados pelos influenciadores, 50% dos internautas entrevistados responderam positivamente, os itens que foram mais citados são:
  • roupas (26%), 
  • maquiagem (24%), 
  • comida (23%), 
  • eletrônicos (21%), 
  • perfume (19%) e 
  • sapatos (17%).  
Conteúdo com informação relevante, ideias e pensamentos parecidos com os meus, interagir com os seguidores e compartilhar ideias sem impor como verdade foram as razões mais relatadas com relação aos motivos para seguir os influencers

Esses dados demonstram de forma real a ação publicitária dos influenciadores dentro das casas, agora não é mais necessário ligar a televisão para receber o anúncio de uma loja ou marca, basta conectar-se às redes.

Eu tenho a força!

A influência está diretamente associada ao poder, para alguns pesquisadores como John French (professor de História da Duke University, nos EUA) e Bertran Raven (Acadêmico americano — ✰1926/✞2020) a influência pode ser definida como uma "mudança psicológica", isso inclui mudanças em opiniões, atitudes, objetivos, necessidades, valores, assim como em outros aspectos do campo da psique humana. 

Ao pesquisar sobre influenciadores digitais, questionei-me acerca do poder que eles exercem no público ao influenciá-lo, e por quais razões estes aceitam com receptividade o conteúdo proporcionado pelos influenciadores.

Quais são as técnicas psicológicas utilizadas por influenciadores digitais?

Atualmente qualquer pessoa pode torna-se um influenciador digital. Por exemplo, para fazer o marketing de uma determinada marca, você não precisa mais ser um artista de televisão. Fato que mudou totalmente o conceito de celebridade que conhecíamos antes

Antes de tudo, a capacidade do influenciador é medida, basicamente, por sua habilidade de engajar o público. Porém, não é tão simples quanto parece. Se quer entrar neste mundo, segue algumas dicas importantes:

  • escolha um nicho;
  • defina uma estratégia de conteúdo;
  • nunca compre seguidores;
  • converse com seu público, dê atenção.

Portanto, podemos assimilar que influenciadores são empreendedores, aproximando pessoas e negócios para seu público.

Existem alguns tipos de "Influência Interpessoal", ao analisar, conclui que os influencers se encaixam na categoria "Influência direta", ou seja, eles declaram abertamente qual é seu estilo de vida, suas virtudes e principalmente, suas ações publicitárias, onde sugerem produtos ao público por meio de "publis" patrocinadas por marcas, lojas e afins. 

Já as razões para que exista esse poder de influência podem ser determinadas por algumas características como: autoridade, carisma, liderança, beleza, atração pessoal, entre outros.

Como eles influenciam no comportamento dos seguidores?

Contudo, os ditos influencers podem ser vistos pelo seu público como uma referência de comportamento. Então, seus seguidores acabam reproduzindo aquilo que a personalidade digital, ainda que subliminarmente, indica como o ideal para ter uma "vida perfeita".

Sobretudo com os jovens, o influencer tem relação diária, repercutindo em seus comportamentos. Como, por exemplo, imitando estilo de vidas, que, muitas vezes, é apenas uma edição da realidade, causando em seu público a ilusão de vida ideal.

O que é positividade tóxica?

A "vida perfeita" dos influenciadores digitais e o impacto na saúde mental

Você já reparou como a maioria dos influencers sempre estão lindos e felizes? Eles vivem, muitas vezes, em uma redoma de medo, frustração, buscando a todo momento sua reafirmação.

Porém, sabemos que é improvável que esta vida maravilhosa de fato exista. Corpos sarados, estilo de vida saudável, viagens incríveis, carros novos, casas incríveis e alegria infinita; é possível isso tudo de uma só vez? Sabemos que não!

Desse modo, se deve entender que a felicidade, real e autêntica, é aquela intrínseca ao ser, a que lhe é inata. Ou seja, embora possa ser demonstrada, ela não tem a necessidade de ser ostentada a todos.

Diante de um discurso positivo, pessoas se sugestionam e entram em uma espécie de pressão para atingirem a vida feliz.

As pessoas tendem a serem eternas insatisfeitas, tanto com questões físicas quanto emocionais. Mas esquecem que a felicidade pode ser adquirida de formas diferentes para cada um. Tudo depende de percepções e propósitos individuais.

Em off

Os fatores citados acima são determinantes no grau de influência, da mesma maneira que a proximidade exerce papel crucial para efetivar a influência, quanto mais próximo o indivíduo sente que está do influenciador, maior o grau de "mudança psicológica", isto é, quando o público passa a acompanhar por completo a vida de alguém, é estabelecido um vínculo, e mesmo que este seja superficial, a tendência de aceitar e/ou consumir as indicações do influenciador se torna muito maior.

Por outro lado, o excesso de exposição causa consequências tanto para o público, quanto para o influenciador.

O Discurso de Ódio, é o primeiro problema evidente, conviver com haters e ataques diariamente causa danos psicológicos aos influenciadores, podendo acarretar em quadros de depressão, ansiedade e até mesmo situações irreversíveis. 

Para o público, são apresentados padrões de beleza inalcançáveis, vidas supostamente perfeitas, incentivo ao consumismo, deturpação de ideais e valores, alienação, entre diversos outros fatores, tudo isso disponível na palma da mão.

Neste sentido, o caminho é usar suas redes sociais de maneira racional. Ou seja, de maneira prudente, para que as redes sociais sejam uma opção para seu lazer. Neste aspecto, que também não interfira em suas atividades fundamentais em seu cotidiano.

Portanto, não negligencie seus princípios e o que, de fato, é importante em sua vida. Então, traga o equilíbrio para os seguintes aspectos do seu cotidiano:

  • família;
  • relacionamentos amorosos e sociais;
  • atividades físicas;
  • trabalho e estudo;
  • ter disciplina para distribuir seu tempo;
  • encontrar diversas formas de satisfação pessoal;
  • se permita a novas experiências;
  • aceite o novo e se desafie sempre.

Influenciadores digitais também podem sofrer

Àquele que pode ser sua referência como pessoa, na verdade, pode estar precisando de ajuda urgentemente. Tendo em vista que se encontra em uma competição desenfreada entre os influencers, com uma angústia constante sobre números de curtidas e visualizações.

Em resultado, acabam sempre esperando por uma aprovação, com a necessidade de se autoafirmar a todo instante. Então, caso as críticas surjam, entram em um estado de depressão, ansiedade, tristeza e medo de rejeição.

Conclusão 

A influência é perigosa, e se não for usada adequadamente, pode gerar transtornos inimagináveis. A tendência é que esse movimento de influência permaneça consolidado na sociedade nos próximos anos, nesse cenário, a importância da responsabilidade social dos influenciadores é necessária não apenas com relação a questões comerciais e econômicas, mas também sobre o poder exercido nas diversas faces da influência interpessoal.

Diante do exposto, chegou a hora de usar a internet ao seu favor, para aprimorar sua saúde física e mental. Desse modo, não mais assumir a forma de outra pessoa, como um modelo perfeito a se seguir e espelhar. Caso contrário, não irá se construir corretamente como indivíduo.

[Fonte: Unicentrooriginal, por Chelsea Brito; ReP - Repositório de Produção USPoriginal, por Luciano Victor Barros Maluly Rafael Duarte Oliveira Venancio; Psicanálise Clínicaoriginal, acessado em 09/01/2024; Núcleo do Conhecimentooriginal por Liliane Alcântara de Abreu. Todas as fontes acessadas em 09/01/2024]

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