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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "LOVE OF MY LIFE", QUEEN

Muitas músicas nos marcam apenas por sua melodia, outras nos marcam pela profundidade e intensidade de sua letra, poucas são as que nos marcam por ambas. É o caso da belíssima canção 'Love of my Life', da icônica banda britânica Queen.

Embora seja difícil, a pessoa pode até não gostar do Queen, não considerar o Freddie Mercury (☆1946/✞1991 — escrevi artigo sobre ele aqui) o intérprete tão acima da média como é dito pela maioria, mas, independente disso, é quase improvável haver quem não goste de 'Love of my Life'.

Em mais um capítulo de nossa série especial de artigos Canções Eternas Canções, vamos conhecer como surgiu essa que se tornou uma das músicas românticas mais famosas e conhecidas na discografia da banda Queen. A história não é nova, mas é válido sim o registro.

Letra e tradução

'Love of My Life ('Amor da minha vida')'
Queen (Composição: Freddie Mercury)

Love of my life, you've hurt me
Amor da minha vida você me machucou
You've broken my heart
Você quebrou meu coração
And now you leave me
E agora você me deixa

Love of my life, can't you see?
Amor da minha vida, você não vê?
Bring it back, bring it back
Traga de volta, traga de volta
Don't take it away from me
Não tire isso de mim

Because you don't know
Porque você não sabe
What it means to me
O que isso significa para mim

Love of my life, don't leave me
Amor da minha vida, não me deixe
You've taken my love
Voce pegou meu amor
And now desert me
E agora me abandone

Love of my life, can't you see?
Amor da minha vida, você não vê?
Bring it back, bring it back
Traga de volta, traga de volta

Don't take it away from me
Não tire isso de mim
Because you don't know
Porque você não sabe

What it means to me
O que isso significa para mim
You will remember
Você se lembrará

When this is blown over
Quando isso acabar
And everything's all by the way
E tudo por certo

When I grow older
Quando eu crescer
I will be there at your side
Estarei ai ao seu lado
To remind you how I still love you
Para te lembrar como eu ainda te amo

I still love you
ainda te amo
Back, hurry back
Volte, volte rápido
Please, bring it back home to me
Por favor, traga de volta para casa para mim

Because you don't know
Porque você não sabe
What it means to me
O que isso significa para mim

Love of my life
Amor da minha vida
Love of my life
Amor da minha vida

Uma uma história, uma amor, uma canção, uma musa


A banda Queen lançou, em 1975, uma música que só estouraria depois, na gravação ao vivo feita em 1979: 'Love of my Life'

A música (cujo título significa 'Amor da minha vida') foi escrita pelo vocalista Freddie Mercury em homenagem a Mary Austin, com quem ele teve um longo relacionamento nos anos 70 e que manteve uma forte amizade até a sua morte, em 1991. 

Sim, a versão original da canção 'Love of my Life', foi lançada no 4º álbum da banda, o emblemático "A Night The Opera", em 1975, mas, não chamou muito a atenção, já que o carro chefe foi outro grande hit da banda, 'Bohemian Rhapsody' (escrevi artigo sobre ela ➫ aqui).

Uma linda história de amor


Mary Austin tinha somente 19 anos quando conheceu Freddie Mercury, que tinha 23, numa loja de roupas muito famosa na Londres de 1970. Brian May, Paul McCartney e Mick Jagger eram clientes da loja — iam muito lá para apreciar as belas jovens que frequentavam o local. Os pais de Mary eram deficientes auditivos e viviam uma vida simples.

Um dado curioso é que Brian May saiu algumas vezes com Mary, que evitava as investidas de Freddie. May reclamava que aquelas saídas entre ele e a moça nunca avançavam. Freddie foi insistindo até que, no seu aniversário de 24 anos, ela aceitou sair com ele.

Freddie ainda não era famoso e ainda tinha pouco dinheiro nesta época. Portanto, seus convites para sair com Mary nunca eram extravagantes. Mas Mary se apaixonou pelo cantor.

Segundo ela em entrevista, descobriu isso no dia em que o grupo se reuniu para escolher o nome da banda. Freddie insistiu muito que o nome fosse Queen e depois de muita discussão, convenceu a todos. Foi então que Freddie diz à Mary:
"a partir de hoje somos Queen e King, você e eu!".
Brian May sempre disse que, apesar de terem sido educados de forma diferente, Mary e Freddie sempre se entenderam bem. Reservados pareciam serem feitos um para o outro. 

Segundo Mary, quando ela foi assistir um show da banda a primeira vez, muitas pessoas rodeavam Freddie após a apresentação e ela resolveu ir embora, pois entendia que aquele era o momento dele. 

Freddie se desvencilhou da multidão, correu e segurou Mary, pedindo que ela ficasse. Mary entendeu ali que ele queria que ela fizesse parte daquilo tudo que estava acontecendo. Os dois então viveram 6 anos de um relacionamento aparentemente exemplar no mundo da música, ainda mais em tempos de amor livre.

A bissexualidade


Na turnê americana de 1976, Freddie teve um caso com o executivo da gravadora Elektra. Ao voltar para Londres, resolveu contar para Mary, tendo coragem de lhe revelar que era bissexual na verdade. 

Mary lidou bem com a revelação, mas decidiu que não queria mais viver aquele relacionamento. Freddie teve certa dificuldade para entender as motivações de Mary, e não a queria longe dele. Como já tinha ganho muito dinheiro àquela altura, comprou-lhe um apartamento e a convenceu a morar ali. 

Freddie a contrata para ser sua secretária e matriarca da família Queen. Mary era tudo em uma só pessoa: mãe, secretária, pessoa de confiança, confidente. E conselheira principalmente, por causa dos excessos da mente intranquila de Freddie.

Doença e morte


Mary com Mercury e Jin Hutton (no centro), seu último companheiro
Mary foi a primeira pessoa a saber da doença de Freddie (que era soropositivo) e cuidou dele até seus últimos instantes. 

Um dia Freddie decidiu enfrentar a morte e recusou-se a tomar a medicação, por saber que seu fim estava próximo, como nunca antes. 

A qualidade de sua vida tinha mudado tão drasticamente e ele estava sofrendo mais dores todos os dias. Ele estava perdendo a visão. Seu corpo cada vez mais fraco, enquanto que sofria com pequenos espasmos.

Momento icônico eternizado no Brasil


Uma das apresentações mais icônicas da história é, certamente, o show do Queen na primeira edição do Rock in Rio, em 1985. 

A banda liderada por Freddie Mercury se apresentou — nos dias 11 e 18 de janeiro  e o primeiro dia teve recorde de público: 300 mil pessoas.

Há exatos 36 anos, em 11 de janeiro de 1985 o Queen não sabia, mas o show transformaria os eventos musicais do Brasil, além de consolidar ainda mais o grupo, mostrando a capacidade de Mercury se conectar à plateia de uma forma única.

O dia foi marcado por exigências de Freddie Mercury, além do clima tenso entre os integrantes do Queen, que estavam brigados na época e pediram camarins separados. Mesmo assim — e apesar das duas horas de atraso da banda — o que ficou, definitivamente, na história, foi o show.

O setlist do grupo incluiu os maiores sucessos, como: 'Love of my Life', 'We Will Rock You', 'We Are the Champions', 'I Want to Break Free' e 'Bohemian Rhapsody'. Inclusive, o momento icônico do público cantando 'Love of my Life' ficou para a história — e foi eternizado pelo filme "Bohemian Rhapsody" (escrevi artigo sobre ele ➫ aqui).

A plateia ficou totalmente conectada com os músicos — que também se emocionaram com o público. Em 'Radio Gaga', as palmas acompanharam a canção com sintonia, e Mercury também fez o público brasileiro repetir os agudos surpreendentes.

Mesmo com muita chuva e lama, o show do Queen é considerado o mais icônico da história do festival — e isso elevou o nível do evento. Afinal, as próximas edições deveriam ser tão boas quanto (só que não, né?). Dessa forma, o Rock in Rio se estabeleceu como o grande festival de música do país, e teve a realização da segunda edição do evento, feita no estádio Maracanã em 1991.

Conclusão


Quando Freddie morreu, Mary herdou metade da sua fortuna, por sua vontade expressa em testamento, bem como ficou incumbida de guardar suas cinzas- que Mary jamais revelou onde estão.

Polêmicas sobre a fortuna Freddie deixou para a mulher boa parte de seus bens, começando pela mansão no estilo georgiano em que o cantor passou seus últimos anos em Garden Lodge (avaliada atualmente em quase R$ 100 milhões) e metade de sua fortuna, além dos futuros dividendos de direitos autorais. 

Freddie dividiu a outra metade do testamento com o companheiro Jim Hutton; seu assistente pessoal, Peter Freestone; e seu cozinheiro, Joe Fanelli. O restante do patrimônio foi rachado por igual entre a irmã e os pais. 

Mary seguiu sua vida pessoal após o término do relacionamento com Freddie. Ela teve dois filhos com o pintor Piers Cameron, sendo Freddie o padrinho de seu primogênito. Anos depois, se casou com o empresário Nick Holford e o relacionamento durou cinco anos.

Da para entender o porque de Mary ter sido a inspiração para esse grande sucesso do Queen, com essa linda história que foi tão bem traduzida em uma letra romântica, mas triste, embalada por uma melodia tão emocionante.
  • Curiosidade: Em 2001, a banda alemã Scorpions também fez sua versão da música, gravada em álbum acústico, ao vivo, em uma irretocável interpretação do vocalista Klaus Meine.
[Fonte: Memória do Rock, por Ivan da Luz (Whiplash.Net); Uol - Entretenimento, por Rodolfo Vicentini]

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