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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

PAPO RETO - MENTIRA NÃO TEM PERNAS CURTAS, ELA NÃO TEM PERNAS

"Nada podemos contra a verdade, senão pela verdade" (2 Coríntios 13:8).
Pinóquio é um personagem da literatura infantil conhecido em todo o mundo. O livro com suas histórias foi escrito pelo autor italiano Carlo Lorenzini, mais conhecido como Carlo Collodi (1826-1890). 

Pinóquio é um boneco de madeira feito por um marceneiro chamado Gepeto. Ele fala, pensa e age como uma criança. Toda vez que inventa uma mentira, seu nariz cresce. Em italiano, pinocchio quer dizer "pinhão", a semente do pinheiro. Isso faz lembrar a ideia de vida em formação, de algo que está para brotar. Pinóquio erra o tempo inteiro durante sua trajetória, mas quer se endireitar para virar um menino de verdade.

O livro "As aventuras de Pinóquio", concluído em 1883, é uma mistura de romance e conto de fadas. Mas as peripécias do boneco mentiroso foram primeiramente publicadas em folhetins (ou seja, em capítulos num jornal), no periódico romano Giornale per i Bambini (ou Jornal das Crianças).

Fábula às avessas 


A história de Pinóquio é cheia de moral, mas é diferente das fábulas, que também trazem um ensinamento sempre. Nas fábulas, os personagens não são sempre avisados de seus erros e pagam pelo que fizeram no final. Por isso pode-se dizer que "As aventuras de Pinóquio" é uma fábula às avessas, já que o boneco erra diversas vezes, mas tem sempre a chance de consertar suas trapalhadas.

Depois de muito aprontar, ele realiza seu desejo de virar um menino e conclui: 
"Como eu era ridículo quando era boneco! E como estou contente de ter me tornado um bom menino".

A versão Disney 


Em 1940, o personagem ganhou vida num desenho animado de Walt Disney (☆1901-✞1966). Foi quando se tornou mais popular no mundo todo. Mas a história de Disney é um tanto diferente do original. Na animação, por exemplo, é uma baleia que engole o boneco e Gepeto, em vez do tubarão existente na versão de Collodi.

O certo e o errado

A "síndrome de Pinóquio" 


Você já ouviu dizer que a "mentira tem perna curta", mas o que você não sabe é que ela, na verdade, não tem é perna alguma, como um verme, a mentira rasteja.

Muitos dizem essa frase porque sabem que uma hora ou outra a mentira será revelada, mas a verdade é que muitas mentiras são contadas por anos e mais anos sem serem reveladas.

Não são raros os casos de pessoas que construíram uma vida, autoridade e grandes fortunas em cima de mentiras.

É verdade que toda a vida é destruída quando a verdade é revelada, mas existe um problema: nós precisamos esperar uma obra do destino ou um leve deslize para descobrir a verdade?

Não… E já explico o porquê.

Tenho a honra e a responsabilidade de ter nascido em uma família que – mesmo sendo imperfeita (como todas as famílias do mundo) e pobre (como a maioria das famílias brasileiras) – preza por valores como verdade, honestidade, honradez, simplicidade e crença no que é certo e para o bem, mesmo que este não seja o caminho mais fácil para prosperar. Assim tem sido desde "me entendo por gente", e me esforço para que assim continue, ao menos venho tentando fazer a parte cabível a mim.

"pós-verdade" X pela verdade


Tenho acompanhado as novas tendências globais e uma delas, em especial, me chamou muito a atenção: a criação da palavra "pós-verdade" e sua escolha como a "palavra do ano" no ano de 2016 pelo famoso dicionário Oxford. Primeiramente, pela natureza dos fatos, pois em princípio a palavra é no mínimo intrigante. Em segundo lugar, preciso entender como lidar com esta nova realidade do mundo moderno e como manter meus princípios inegociáveis em uma sociedade na qual as verdades não mais correspondem aos fatos, na qual a opinião simplesmente prevalece e ponto. Confesso que é uma tarefa nada fácil, hercúlea mesmo.

Que seja eterna, enquanto dure


Não se pode ser ingênuo. A mentira sempre existiu desde que o mundo é mundo – a própria Bíblia trás, tanto no Novo, quanto no Antigo Testamento, o registro de célebres mentiras e as consequências delas. Já ganhou guerras, já fechou acordos, já inspirou grandes movimentos e ideologias. Faz parte do dia a dia das pessoas. O que está acontecendo agora é diferente.

As redes sociais catalisaram o potencial que ela por si só já tinha. Virou uma arma poderosa. É a afirmação de que a mentira vale mais do que realmente pesa, mais até que a própria verdade, que é glamourosa e que recompensa! Afinal, a tal da "pós-verdade" pode ser entendida por alguns como uma evolução da verdade, o que de fato não é. Definitivamente, não é e não pode ser.

Ricardo Campelo Magalhães, consultor financeiro, escreveu: 
"Vivemos tempos curiosos, em que a verdade já não é o que era. À esquerda como à direita, a ciência da persuasão é hoje mais importante que o rigor dos fatos e conceitos frios como números e matemática". 
Atualmente, os fatos importam menos que aquilo em que as pessoas escolhem acreditar – ou seja, são tempos em que a verdade foi substituída pela opinião.

E como isso pode nos impactar? Reputações de pessoas, ministérios e empresas, construídas e mantidas a duras penas durante décadas ou mesmo séculos, podem ser arruinadas em minutos. Pessoas mal intencionadas, radicais em busca de poder e mercado, de forma fraudulenta, disseminam e tornam virais vídeos, notícias e documentários que acabam com produtos, serviços e pessoas.

No segmento religioso, é justamente o que fazem as seitas. Inventam suas doutrinas absurdas e saem disseminando sua lama em cima de fundamentos doutrinários seculares, atestados pelos apóstolos sob o comando dos ensinamentos do próprio Cristo, o Cabeça da Igreja (Colossenses 1:17,18). 

Estudos indicam que mais de 70% das notícias que hoje são colocadas nas redes sociais são falsas. Somado a isso, nos deparamos com pessoas que leem e analisam pouco e que, mesmo sem ler, compartilham como se verdade fosse, sem medir os possíveis impactos.

A mentira não tem pernas, principalmente pra quem sabe identificá-la


Realmente, a mentira não tem pernas, mas não porque uma hora ou outra a verdade será revelada. A mentira não tem perna porque o corpo não mente e demonstra vários sinais de que algo está sendo escondido.

Lendo o excelente livro "O corpo fala..." (escrevi artigo sobre ele aqui), aprendi que nosso corpo é uma máquina perfeita e funciona muito bem. Quando uma mentira é contada, ele não está no seu pleno funcionamento e passa a dar pequenos sinais de que algo não está certo. Isso acontece porque a mentira é social e não biológica.

Nós mentimos para ser aceito, obter vantagens, nos proteger e até mesmo proteger pessoas que amamos. Nós mentimos pelos mais variados motivos sociais.

Porém, como eu já disse, o nosso subconsciente não consegue mentir. Ele é uma máquina em funcionamento e entende essas mentiras como pequenas falhas. Por isso, vou te ensinar 7 sinais do corpo para descobrir mentiras.

7 sinais que vão te ajudar a identificar um mentiroso

  • 1) Emoções conflitantes – Um dos primeiros sinais de mentira são as emoções conflitantes. Quando a pessoa comenta sobre um momento triste, mas seu rosto não mostra tristeza, por exemplo, é sinal de que aquele momento não está registrado na sua lembrança ou não foi triste como conta. 
  • 2) Coceira no corpo – O seu subconsciente sente um forte incômodo quando está mentindo e dá alguns sinais físicos. Um dos principais é a coceira. Principalmente próximo à boca e nuca.
  • 3) "Boquinha da vergonha" – A "boquinha da vergonha" é um sinal muito característico, mas é muito rápido e precisa de muita atenção para detectar. É aquele rápido movimento de língua nos lábios, como se ela estivesse tentando escapar da boca.
  • 4) Movimento dos olhos – É possível descobrir muitas coisas através do olhar. Os movimentos deles mostram se a pessoa está buscando informações nas lembranças ou no constructo (Nossa mente utiliza o pensamento abstrato para elaborar ideias. Assim, através da abstração fabricamos conceitos que não se correspondem diretamente com a realidade observada.).
  • 5) Cobrir a boca – Esse é um claro sinal de defesa de um mentiroso. Cobrir a boca é sinal de se esconder, se proteger, enquanto está contando uma mentira. Costuma ser um gesto bem sútil e irracional.
  • 6) Falta de congruência – Lembra a clássica cena do Chaves falando "não", mas fazendo que "sim" com a cabeça? O seu corpo também faz isso quando está contando uma mentira. Você pode afirmar algo mentiroso, mas ele irá negar com a cabeça ou com a mão inconscientemente.
  • 7) Recuar o corpo – Esse não é um sinal claro de mentira, mas é um sinal evidente de desconforto, que é frequente em mentiras. Colocar o corpo pra trás, recuar da pessoa com quem está conversando.

Como não tem pernas, a mentira usa as pernas do mentiroso


Como você pode ver, realmente, a mentira não tem pernas, para não ter que rastejar, ela usa as pernas do mentiroso.

A mentira não tem perna porque um dia a verdade tem perna, mas porque, nem mesmo o melhor dos mentirosos, é capaz de controlar todos os sinais do subconsciente.

Qualquer pessoa mentindo, até mesmo uma mente psicopata, deixa sinais claros e evidentes de que a história que está contando não é verdade.

Eu listei alguns dos principais sinais neste artigo, mas não basta conhecê-los e achar que encontrará mentiras em todos. É preciso continuar estudando sobre o assunto e treinar diariamente. Mas, veja bem, mesmo sabendo que qualquer interpretação da realidade é subjetiva – e inevitavelmente não dá conta de toda a realidade –, isso não serve como desculpa para sair por aí contando mil e uma fábulas. 

A mentira consciente é aquela em que sabemos, temos a consciência plena de que estamos dando uma indicação contrária a essa realidade parcial que percebemos. Senão, não é mentira – é engano. A pessoa não mentiu, apenas enganou-se, e passou o engano adiante. 

Mas, quando mentimos, sabemos que estamos mentindo. Isso faz toda a diferença, por que é nesse momento que temos a possibilidade de escolher se queremos faltar com a realidade ou não.

Conclusão 


Seria uma grande mentira dizer que você nunca mais mentirá, pois você é um ser humano. E a mentira é um desses defeitos "excessivamente humanos" – como diria o célebre filósofo alemão Nietzsche (1844-1900). Mas, como ser humano, é possível cultivar o hábito de sempre se observar para constatar se sua relação com a verdade e com a mentira é saudável o suficiente para que você mantenha uma boa relação consigo mesmo. Sem se enganar.


Ao Deus da verdade, toda glória.
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