Total de visualizações de página

domingo, 26 de janeiro de 2020

O VOLUNTARIADO E O AMOR AO PRÓXIMO

"E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: 'Mestre, qual é o grande mandamento na lei?' E Jesus disse-lhe: 'Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo'" (Mateus 22:35-39, grifo meu).
Nunca foi tão preciso e possível colocar em prática estas palavras do Mestre Jesus como nos dias atuais. E estendendo a prática destas palavras além do entendimento religioso, no âmbito social, independente de questões referentes ao credo e à crença, mas visando o alcance de objetivos sociais, o voluntariado é a expressão mais contundente do altruísmo e a manifestação do amor ao próximo.

Passar a bola ou chutar para o gol?


E, ainda tendo como base os ensinamentos de Jesus, que, aliás, falou com propriedade, já que se doou em prol da salvação da humanidade, o amor ao próximo não deve ser algo feito em busca de algum tipo de benefício pessoal e também ser feito de maneira igualitária, ou seja, tenho de fazer ao outro exatamente da mesma maneira que faria a mim, se possível, até em nível superior, mas nunca inferior.

E é equivocado o pensamento de que só quem tem muito tem condições de oferecer ajuda. Na Bíblia temos o exemplo deixado pelos novos cristãos da Macedônia, citado pelo apóstolo Paulo em sua segunda epístola enviada à igreja de Corinto. 

O exemplo das igrejas da Macedônia


A liberalidade das igrejas macedônicas foi exercida a despeito da "profunda pobreza" dessas comunidades, e isso testifica da "graça de Deus" operando no coração delas. Paulo relaciona essa generosidade à verdadeira fonte e salienta aos coríntios que a graça divina é que inspira a generosidade, a doação e o sacrifício. Diz-se que os cristãos são mordomos "da multiforme graça de Deus" (1 Pedro 4:10). 

Além disso, pela graça de Deus, os cristãos são mordomos das coisas que possuem. A disposição em doar é uma atitude divinamente inspirada, e assim, uma evidência especial da graça divina. Um espírito liberal busca se manifestar espontaneamente em atos de benevolência, de voluntariado. Não requer encorajamento e muito menos precisa de "manifestações espirituais de fé", mas sim de atitude.

A perseguição e a pobreza tendem a reprimir o espírito e a prática da liberalidade. No entanto, a abundância de alegria combinada com pobreza é representada como inspirando generosidade. Tal era o espírito da igreja apostólica (Atos 4:32-37). 

A profunda pobreza deles superabundou em graça voluntária


Figuradamente falando, a pobreza dos macedônios era tal que eles tinham que raspar o fundo de um barril que estava quase vazio. 

A despeito da completa destituição de bens, eles transbordavam em auxílio aos que estavam em necessidade. A medida do louvor de Paulo aos cristãos macedônios não era à real quantidade doada, embora fosse considerável. O espírito que impelia a doação era o que Paulo destacava como digno de emulação (ver Marcos 12:41-44). 

A realidade das Igrejas da Macedônia


Paulo exaltou estas igrejas como dignas de emulação. Todas foram fundadas por ele: Filipos, Tessalônica, Bereia e talvez outras mais. A pobreza extrema da Macedônia na época devia-se a vários fatores. 

Três guerras desolaram a área: a primeira delas, entre Júlio César e Pompeu, a segunda, entre os triúnviros, Brutus e Cássio, seguindo o assassinato de César, e a terceira, entre Otaviano e Antônio. A situação dos macedônios era tão desesperadora que eles pediram redução de impostos ao imperador Tibério. Além disso, a maioria dos cristãos vinha das classes sociais mais baixas.

A importância do voluntariado


O voluntariado é o principal pilar do chamado "terceiro setor", que tanto colabora para o desenvolvimento da coletividade. Todas as obrigações são do Estado, e não fosse o terceiro setor, os recursos públicos não seriam capazes de cumpri-las.

O voluntariado não deve ser confundido com "assistencialismo", pois objetiva despertar as pessoas para os seus direitos e deveres como cidadãos e também para a força que passam a ter quando se organizam em solidariedade coletiva, a melhor forma de amor ao próximo.

Atualmente as transformações sociais, com as decorrentes reformas do Estado, embaralharam as tarefas estritamente públicas com as privadas, o que foi bom, pois o povo, destinatário de todos os esforços, é um só e deseja resultados — acima de tudo. Hoje, com esclarecimento até do Supremo Tribunal Federal (STF), o terceiro setor pode (e deve) colaborar em todas as áreas, sem exceção.

A atuação voluntária constitui uma das formas de realização de uma cidadania ativa e participativa, materializando solidariedade social. Portanto, deve ser estimulada pelos governos como meio de fortalecer a integração de classes, promover a igualdade, a inclusão e a promoção humana no caminho dos valores cristãos e no sentido da incansável busca de fraternidade universal.

O estímulo ao voluntariado como apanágio de cidadania ativa é necessário e relevante na busca de uma coletividade de mais harmonia, justiça e paz — menos egoísta, menos imediatista e menos individualista.

Tanto que ensejou a regulamentação da atividade por meio de Leis, em diversos países. No Brasil, por meio da Lei federal 9.608, em 1998, de autoria do então presidente Fernando Henrique Cardoso. 

Consciente da importância do voluntariado e de dar-lhe vigor e extensão, oferece pessoas, qualificadas academicamente ou não, mas todas com desejo de servir à comunidade e ao próximo, para prestar serviços nas dezenas de organizações sociais e filantrópicas nos mais diversos setores da sociedade.

Conclusão


Resultado de imagem para a omissão dos bons
Interesses venais de partidos políticos e pré-candidatos a prefeito acusam os voluntários de estarem "usurpando funções públicas", como se houvesse essa "reserva de mercado".

Tentam, mas "não passarão", igualar por baixo os excelentes voluntários que já temos e outros novos que se apresentam a cada dia, temerosos de que sua eficácia contraste com o corporativismo, a desídia e a indolência que ainda subsistem.

Pobre é a política dos que, em vez de se associar e colaborar com os que inovam, trabalham e crescem, ocupam-se apenas em desconstruir, criar embaraços e semear dúvidas.

Mas a melhor resposta para essas correntes do mal é trabalho, trabalho, trabalho. Calar-se-ão diante dos resultados sociais que semeamos e que estão sendo colhidos diante de quem tem olhos para ver e amor pelo próximo.

A Deus, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário