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domingo, 23 de junho de 2019

A IMPORTÂNCIA DA GLÓRIA DE DEUS

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"E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário (porque todos os sacerdotes, que ali se acharam, se santificaram, sem respeitarem as suas turmas, e os levitas, que eram cantores, todos eles, de Asafe, de Hemã, de Jedutum, de seus filhos e de seus irmãos, vestidos de linho fino, com címbalos, com saltérios e com harpas, estavam em pé para o oriente do altar; e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas). 
E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam, para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor; e levantando eles a voz com trombetas, címbalos, e outros instrumentos musicais, e louvando ao Senhor, dizendo: 'Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre', então a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do Senhor; E os sacerdotes não podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus" (2 Crônicas 5:11-14).
A Bíblia diz que é possível a todo crente ver a glória do Senhor. De fato, Deus diz que irá revelar a Sua glória a todos que O buscarem para vê-la. Por que nos é importante ver e compreender a glória de Deus? É porque a revelação da Sua glória tem o objetivo de equipar o povo para as tempestades da vida. Segundo Paulo, tal revelação 
"...tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados" (Atos 20:32).

A revelação da glória de Deus


O quê é exatamente a glória de Deus? Não é uma manifestação física, ainda que alguns cristãos pensem que seja. Não é um sentimento de êxtase que o toma ou uma luz sobrenatural que irrompe. Em termos simples, a glória de Deus é uma revelação da Sua natureza e atributos. Quando o Senhor escolhe nos mostrar a Sua glória, isso é revelação de o quanto Ele quer ser conhecido por nós.

Quando o Senhor enviou Moisés para libertar Israel, lhe disse 
"Vá, e diga que EU SOU te enviou". 
Mas não deu explicação de quem "EU SOU" era. Então Moisés diz, 
"Rogo-te que me mostres a tua glória" (Êxodo 33:18). 
Moisés tinha uma fome torturante de saber quem era o grande EU SOU, qual a essência de Sua natureza e caráter. Precisamos ter esse mesmo sentimento sendo renovado diariamente em nós.

Deus respondeu a oração de Moisés. Ele instruiu Moisés a se ocultar na fenda de uma rocha e aguardar o Senhor passar. Enquanto Moisés esperava não ouviu nenhum trovão, nem viu relâmpago, nenhum abalo de terra. Em vez disso, a glória de Deus veio a ele em uma simples revelação: 
'E, passando o Senhor por diante dele, clamou: 'Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão'"(34:6-7).

O propósito da glória de Deus


Veja, quando Deus revela a Sua glória ao povo, é com um propósito em mente. E Ele permitiu que Moisés visse a Sua glória para que este fosse transformado pela compreensão desta glória. A mesma coisa é real para nós hoje. Deus revela a Sua glória a nós para que possamos ser tranquilizados em nossa caminhada diária.

Jesus Cristo é a imagem expressa de quem Deus é. O Pai reuniu todo o Seu caráter no Filho. Quando o nosso Senhor se tornou carne, foi uma revelação plena da natureza de Deus – a Sua misericórdia, graça, bondade e prontidão para perdoar. 
"Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9). 
"Ele [Jesus], que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser [personalidade, natureza]" (Hebreus 1:3).

O mesmo se mantém hoje em todo aquele que recebe a revelação da glória de Deus. Nós que estamos em Cristo devemos ser transformados em uma expressão da natureza amorosa, perdoadora e misericordiosa de Deus. Paulo diz que o contemplar da glória de Deus tinha poder para transformar aquele que a contempla: 
"E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Coríntios 3:18).

Paulo acrescenta que devemos continuar buscando esta revelação da glória de Deus até que nos tornemos arraigados nela: 
"Estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus" (Efésios 3:17-19). 
Ele está dizendo, na verdade: "Continue buscando a glória de Deus até que a revelação irrompa em você!".

O primeiro efeito da glória de Deus é uma mudança em nosso relacionamento com Ele


Quando Moisés viu a revelação da glória de Deus – a Sua natureza e o Seu caráter maravilhosos – ele caiu de joelhos e O adorou. 
"E, imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou" (Êx 34:8). 
Moisés ficou tão tocado pelo que viu – o quão misericordioso, paciente e amoroso Deus é com Seus filhos, mesmo com os que O entristecem – que O adorou em reverência.

Moisés O adorou mesmo não estando cheio de esperanças quanto a Israel. Ele sabia que o povo se inclinava para a apostasia. Naquele exato momento, lá em suas tendas eles ocultavam pequenos ídolos de ouro que haviam trazido do Egito. Moisés deve ter pensado: "Como vou controlar este povo? Até quando vai durar a paciência de Deus com essa idolatria?".

Mas Deus não tinha intenção de destruir o povo. Tudo isso era um "teste de misericórdia" para Moisés. O Senhor estava perguntando: "Como você vai Me apresentar ao povo? Apenas como um Deus cheio de condenação? Ou misericordioso e longânimo e sempre pronto a perdoar?".

Essa foi a revelação da glória de Deus! E ela tranquilizou o coração de Moisés. Ele imediatamente orou, 
"Senhor, dissestes que perdoarias a iniquidade e a transgressão de milhares. Bem, cá estão estes milhares diante de Ti. Somos todos de dura cerviz e necessitados de misericórdia. Conceda-nos a Tua misericórdia. Perdoe os nossos tantos pecados!" (34:9).

Na revelação da glória de Deus está a essência da adoração


A revelação da glória de Deus deve ser a fonte de toda a nossa adoração. Deveríamos regularmente reivindicar a Sua glória, testificando "Senhor, sei que és santo e justo, que não toleras o pecado. Mas também vi a Tua glória, e ela me faz conhecer que a Tua disposição não é para me destruir. Tu não me condenas em minhas contendas. Caí tantas vezes que eu poderia já ter sido posto de lado à esta altura. Mas Tu continuas a me mostrar o quão amoroso e longânimo És comigo".

Minha experiência


Durante anos de ministério, experimentei períodos sérios da disciplina do Senhor - como uma vara me corrigindo. Numa destas vezes eu estava sendo caluniado terrivelmente. Depois de algum tempo fiquei fisicamente esgotado por esta batalha.

Um dia Deus me direcionou à oração de Jeremias: 
"Castiga-me, ó Senhor, mas em justa medida, não na tua ira, para que não me reduzas a nada" (Jr 10:24). 
As palavras de Jeremias se tornaram a minha oração diária durante aquele tempo de provação. Eu orava, "Senhor, corrija-me e julgue-me se assim for. Mas, por favor, não o faça em ira. Se eu ouvir mais uma palavra irada que seja, isso vai me destruir".

Toda vez que verbalizava esta prece, eu ouvia a voz do Senhor me cochichando: "Léo, se escolhi te corrigir, é porque te amo. Esta provação não é absolutamente julgamento Meu. Sou misericordioso, pleno de graça, amoroso e longânimo contigo. Agora, se aquiete e veja a Minha glória".

O conhecimento da Sua glória – da Sua natureza e caráter – me levou a um estado de total repouso. Na verdade, uma vez tendo tal revelação da glória de Deus, nunca mais precisaremos temer que Ele nos corrija em ira. Amado, todos que verdadeiramente adoram a Deus declaram a bênção de Suas promessas. Veem a Sua glória no amor que Ele tem por eles, e "se apropriam" desta glória para estabilizar sua alma conturbada.

Um segundo efeito de se ver a glória de Deus é uma mudança no semblante


"Viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, viam que a pele do seu rosto resplandecia" (Êxodo 34:35). 
O semblante de uma pessoa é a exteriorização do coração. Nesse verso, a face de Moisés simplesmente refletia a glória de Deus em sua alma.

Você pode se deleitar na presença de Deus se quiser. Mas é algo inteiramente diferente a Sua glória ser revelada em você. 
"Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse" (Gálatas 1:15,16).

Lei: glória transitória; Graça: glória permanente


A revelação que Moisés recebeu foi gloriosa, mas foi apenas algo que ia se desvanecendo. O esplendor em sua face e em seu coração era o resultado de ele haver tido um vislumbre da natureza de Deus. Mesmo assim, quando os israelitas o viram, eles souberam que ele havia tido uma experiência sobrenatural.

Hoje temos algo muito mais glorioso do que Moisés teve. Nós na verdade tocamos e apalpamos a glória de Deus. 
"O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida" (1 João 1:1). 
João está dizendo realmente, "Deus revelou a plenitude da Sua glória a nós em Cristo. Vimos a Sua glória encarnada em uma pessoa. E nós andamos com Ele e O tocamos".

Hoje não só vemos a plenitude da glória de Deus em Cristo, como ela também habita em nós – e refulge em nossos corações: 
"Porque Deus, que disse: 'Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo'" (2 Co 4:6). 
"Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens" (Tito 2:11). 
Quem é esta graça? É Jesus Cristo, cheio de misericórdia, bondade e amor. 
"Educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século" (2:12). 
Paulo está dizendo em essência, "Tal graça que em nós habita é a revelação da bondade de Cristo. Se você permanecer Nele, a revelação Dele lhe instruirá no viver santo. Te ensinará misericórdia, graça, ternura e perdão".

Um terceiro efeito de vermos a glória de Deus é uma transformação em nosso relacionamento com os outros


Uma vez que tenhamos recebido esta revelação da glória de Deus, não podemos continuar com nossas velhas maneiras de tratar os outros. Tudo precisa mudar. Paulo adverte, 
"Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou" (Ef 4:31-32).

Deus está dizendo através de Paulo, "Vocês viram a Minha glória e conhecem a Minha natureza – que sou pleno de graça, longânimo, pronto a perdoar. Quero que vocês expressem aos outros quem EU SOU".

Quando Jesus diz, "Seja misericordioso com os outros, como Deus foi misericordioso contigo", a palavra "misericórdia" vem do grego que significa "angústia, tormento". O sentido pleno é "levar para o seu coração a angústia e o tormento das dores da outra pessoa com a intenção de lhe dar conforto e alívio". Ser misericordioso quer dizer tomar a dor do outro. Isso inclui os que nos ofendem.

Conclusão


Isso é exatamente o que o Senhor faz por nós. Quantas vezes Jesus tomou a sua angústia e tormento causados pelo pecado, lhe dando consolação e perdão em troca? Quantas vezes Ele removeu as suas lágrimas e falou bondosamente com você através da Sua palavra? Ele faz isso por nós vez após outra.

Eu lhe pergunto: como não aceitar em nossos corações o tomar a angústia e o tormento de alguém que sabemos estar sofrendo? A palavra "compaixão" significa "ser afetado, tocado pela angústia e tormento dos outro - e estar resolvido a fazer alguma coisa quanto a isso".

Se você teve uma revelação da glória do Senhor, saberá o que significa provar do Seu amor, misericórdia e perdão. E você está sendo transformado por esta glória. Agora, Jesus diz, "Tome esta glória e faça-a brilhar no mundo ao seu redor. É hora de agir em amor, como o Senhor continuamente tem feito por você". Amém!
"Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (2 Co 4:6,7, grifo meu).

[Fonte: World Challenge, por David Wilkerson]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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