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quarta-feira, 6 de março de 2019

CIÊNCIA E FÉ: COMO ERA A TERRA ANTES DO GRANDE DILÚVIO?

Como era o Planeta Terra antes do Dilúvio?
"E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra (...). E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos (...). E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem" (Gênesis 7:17, 19, 21).
O tema deste artigo, tem sido de certa forma, muito negligenciado nos últimos dias. Talvez tenhamos reduzido essa extraordinária passagem bíblica a um “simples conto infantil”, sendo relegada repetidamente a decorações de festas de aniversário de crianças. 

É crescente o número de Cristãos que tem colocado as histórias do Gênesis no campo da mitologia bíblica, não dando crédito ao legado que as Escrituras deixaram como instrução para as gerações de todos os tempos, após o dilúvio. 

A história de Noé e o Dilúvio não é algo ultrapassado, não é um mito, não é um conto "infantil". Ao contrário, é uma passagem bíblica muito atual, e de grande destaque na narrativa bíblica, posto que o próprio Messias, Jesus Cristo, nos alertou de que em algum nível, a geração dos últimos dias seria comparada à geração de Noé (Mateus 24:38).

As especulações sobre o Dilúvio


Uns dizem que o dilúvio foi uma enchente parcial, outros, que isso nem se quer aconteceu. Por que? Porque DEUS viu que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente (6:5). Mas aos olhos dos homens as coisas estavam aparentemente em ordem, pois a respeito daqueles dias o próprio Senhor Jesus disse (Lucas 17:26,27).

Mas você já parou para fazer uma análise aprofundada do verdadeiro significado do evento do dilúvio, e qual é a mensagem que ela nos trás no presente século (e nos demais vindouros)?

A mensagem profética

O dilúvio e as águas do batismo


Acredito firmemente que foi a rebeldia humana, a maldade, os homicídios, o roubo, a corrupção sexual, que foram praticados de forma generalizada, que fez com que Deus se arrependesse de ter criado o homem, e terminado tudo em uma grande inundação. Aliás, quanto a isso, acho que há consenso geral (ou não?).

O Senhor escolheu lavar a terra do sangue que era continuamente derramado pela violência e corrupção de toda a sorte. Ele poderia ter iniciado um novo universo, mas escolheu lavar, e redimir, e reparar. Deus trabalha arduamente pela redenção do homem. Em Hebraico, esse processo é chamado de תקון עולם Tikkun Olam.

O Dilúvio (e todos os seus elementos componentes) como uma figura profética da redenção humana


O Eterno redimiu a Sua criação na terra fazendo-a passar por meio das águas do dilúvio. Essas águas já simbolizavam para o processo de purificação, para o arrependimento dos pecados por meio das águas do batismo.

O batismo simboliza a morte e o renascimento, pois assim como no princípio a criação emergiu das águas, assim uma pessoa, quando emerge das águas do batismo, se torna uma nova criatura, modificada, e com uma nova identidade espiritual.

Semelhantemente, durante a grande inundação, toda a terra voltou ao seu estado primordial, quando diz, ou seja,  
"a terra estava sem forma e vazia, e o espírito de Deus pairava sobre a face das águas" (Gn 1:2). 
Os sobreviventes na arca, são a representação de uma nova criação, como aqueles que são nascidos de novo, da água e do espírito (João 3).

Os Apóstolos tiveram uma interpretação similar para a história do dilúvio. Assim como as águas do batismo simbolizam o novo nascimento, aqueles que estavam na arca de Noé foram salvos pela água, e continuaram para renovar a vida na terra.

Entendendo esta interpretação profética, convido-o a uma análise sobre o prisma científico de como era a terra antes do dilúvio.

O planeta terra antes do dilúvio


Sabemos que havia uma vida muito mais exuberante, diversificada e abundante sobre a terra antediluviana do que depois. Isto é suportado pelos enormes depósitos fósseis de vida vegetal e animal com dimensões individuais e coletivas muito maiores de altura naquela época em relação a vida que conhecemos hoje, além dos enormes depósitos de carvão. Tudo isso dependeria de condições ambientais distintas das que o planeta apresenta atualmente.

Aqui, com base em estudos de renomados cientistas, biólogos e arqueólogos, tentaremos reconstruir brevemente as condições de um mundo anterior ao episódio bíblico do dilúvio, em consonância com que diz acerca deste tema o Dr. Henry Morris¹ presidente-fundador do Institute for Creation Research:
"Uma imagem do mundo antes do dilúvio é, em parte, especulação, porque não há como verificar isso cientificamente. 
Sempre haverá problemas, mas podemos tentar imaginar o que era o mundo pré-diluviano através do quadro bíblico e à luz dos recentes dados científicos que temos. 
Uma coisa que não devemos fazer é mudar ou distorcer o que a Palavra de Deus diz. Os dados geológicos estão sujeitos a diferentes interpretações, mas não podemos fazer isso com a Bíblia."

Maior concentração de oxigênio e pressão atmosférica


De acordo com o físico-químico Dr. Jonathan Sarfati²
"…existem evidências de condições atmosféricas diferentes pré-diluvianas que se apoiam, por exemplo, na concentração de oxigênio ou na pressão atmosférica bem maior do que hoje. Isso deveria ter efeitos benéficos duplicados nas câmaras hiperbáricas de hoje."
Ele acrescenta, os evolucionistas também propuseram maior concentração de oxigênio ou maior pressão atmosférica no passado.
Para o Dr. Morris¹
"…alguns pensam que, com toda essa água na atmosfera superior, no dossel de água, a pressão atmosférica na superfície terrestre teria sido intolerável. 
No entanto, não é bem assim. Parece concebível que este dossel de água poderia ter sido mantido mais ou menos em órbita, ou por meio das forças eletromagnéticas na atmosfera superior, sem necessariamente aumentar a pressão barométrica na superfície. 
Mas, mesmo que houvesse mais pressão, há muita evidência de que a vida prospera melhor sob as chamadas pressões hiperbáricas do que nas condições atuais de pressão".

Dossel ou canopla de água ao redor do planeta


Com base em alguns versos indiretos, muitos criacionistas entendem a existência de um dossel de vapor d’água que envolvia a terra até a primeira chuva cair durante o dilúvio. Gênesis 1:7 diz:
"Fez, portanto, deus o firmamento [atmosfera] e separou as águas estabelecidas abaixo desse limite [lençóis d'água, oceanos, rios], das que ficaram por cima [dossel]".
Gênesis 7:11 afirma que 
"...as comportas do céu se romperam", 
confirmando-nos a ideia de um manancial que estava anteriormente suspenso e recluso, até que rompeu-se e precipitou toda a água armazenada de uma só vez.

É sabido que a hipótese do dossel era usada antigamente para defender a ideia de que "toda a água" do dilúvio teria vindo dessa camada de vapor. Hoje essa ideia já não se sustenta mais e essa visão tornou-se dogma para muitos cristãos, especialmente devido o fato de o dossel não suportar [em modelagens matemáticas] a quantidade de água necessária para se cobrir todo o globo com uma inundação. 

Apesar de a hipótese da quantidade de água condensada nesse dossel ser um tópico à parte, fato é que a Bíblia realmente nos fornecesse indícios da existência de uma canopla de água, embora não mencione a sua dimensão.

Montanhas mais baixas


Para o mestre em Ciências Brian Thomas³ 
"…o fato de os animais chegarem a Noé, vindo de todas as regiões daquele único continente (Gn 1:9,10), também implica que eles não encontraram barreiras montanhosas intransponíveis, como os Himalaias, por exemplo. As rochas da Terra contêm tantos fósseis marinhos rasos que devemos imaginar vastos mares rasos naquela época, ao contrário da maioria dos oceanos profundos de hoje. 
Além disso, a julgar pelos números e tipos de plantas pantanosas e animais enterrados com dinossauros, a terra pré-diluviana deve ter tido grandes regiões tipo pantanal. No entanto, pelo menos, algumas terras altas tinham solo, pois Gênesis 4 indica terrenos adequados para gado, provavelmente gramado, e outras áreas que forneceram metais preciosos e minerais."
7 maiores montanhas da Terra na atualidade – Na Terra anterior ao dilúvio esta configuração era bem diferente, sem altas montanhas.

Ausência de chuvas


"Porque o Senhor não fizera chover sobre a Terra… Mas uma neblina subia da Terra e regava toda a superfície do solo… E saia um rio do Éden, para regar o jardim…" (Gn 2:5,6,10)
Como observa Everett Peterson4

"…na criação, Deus estabeleceu um sistema de irrigação subterrâneo em vez do atual superficial. Deveria também ter estabelecido um método distinto para o ciclo hidrológico.
 
De que forma? Hoje, com pressões atmosféricas altas temos bom tempo. Há alguns anos, quando severa seca assolou a Califórnia, as informações diziam que a sua causa era devido a uma linha de alta pressão ao longo da costa. 
Se a pressão atmosférica elevada impede a chuva, é provável então que a atmosfera original estivesse submetida a pressão maior do que as máximas atuais."

Oceanos rasos e o ciclo hidrológico


De acordo com o geólogo Max Hunter5
"…o ciclo hidrológico antediluviano pode ter sido muito diferente do de hoje. A 'névoa' que regava a terra (Gn 2:6) pode ter resultado da lenta exsolução da água do manto criado através da crosta fria. 
As Escrituras indicam que os rios existiam, mas devido a uma provável falta de atividade de tempestade, e porque sua origem era da 'névoa', as taxas de fluxo nesses rios teriam sido extremamente regulares. 
As águas do rio provavelmente não carregavam sedimentos, resultando em nenhuma sedimentação nos oceanos pré-diluvianos. Eles podem ter contido sais dissolvidos que foram derivados do manto e foram nutricionais para homens e animais."
Ele ainda sugeriu, com base na quantidade de água estimada para ter sido retirada do manto durante o dilúvio, que o volume de água antes do dilúvio pode ter sido cerca de 10% da água livre de hoje. Mais especificamente, ele postulou que 89% da água livre atualmente na superfície terrestre foi retirada do manto durante o dilúvio com "as fontes do grande fundo" e 1% foi precipitado do dossel pré-diluviano. Essa quantidade de água teria sido suficiente para proporcionar ambientes de profundidade adequados para todas as criaturas pré-diluvianas do mar.
A Terra antes do dilúvio provavelmente tinha oceanos rasos.

Uniformidade de temperatura em todo o planeta


Everett Peterson
4 nos diz que
"…uma chave importante com relação à temperatura na Terra recém-criada é o fato de que Adão e Eva foram criados despidos. De acordo com a manifestação de Deus de que toda a criação era 'muito boa', não poderia existir frio demasiado para fazê-los tremer, nem calor bastante para fazê-los suar, mas sempre, em todo o ano, durante o dia e à noite, a temperatura deveria permanecer na zona de conforto para corpos não vestidos. 
Desta forma, toda a superfície da Terra devia permanecer na 'zona de conforto'. […] Isso teria sido uma impossibilidade se as regiões polares permanecessem vários meses no escuro, como hoje em dia. 
A Terra, portanto, deveria ter seu eixo perpendicular à eclítica, obrigando cada dia a ter a mesma duração durante todo o ano, em qualquer latitude. Embora têm sido levantadas objeções à perpendicularidade do eixo da Terra em relação ao plano da eclítica."
O Dr. Morris¹ explica que
"…o fato de que a luz do sol, a lua e as estrelas brilhavam (Gn 1:15,17), indica que as águas superiores estavam na forma de vapor de água, não gelo ou nuvens. O vapor de água, é claro, é invisível e, portanto, totalmente transparente. Se isso for verdade, […] o efeito estufa em nossa atmosfera atual, por exemplo, teria sido tremendamente aumentado. 
O presente efeito estufa da atmosfera é fornecido pelo vapor de água, ozônio e dióxido de carbono na atmosfera presente. Provavelmente também havia muito mais dióxido de carbono na atmosfera antediluviana do que no presente."
Ele ainda acrescenta que o efeito estufa deixaria a Terra pré-diluviana uniformemente quente e leve. As diferenças latitudinais na temperatura teriam sido mínimas. Isso significaria também, uma vez que o vento é principalmente o resultado de diferenças latitudinais de temperatura, que só haveria movimentos suaves de ar. As grandes tempestades do mundo presente estavam completamente ausentes no mundo antediluviano.

Outro efeito desse "dossel de água", explica Dr. Morris¹ seria que inibiria como cobertor térmico, a passagem de raios ultravioletas, de raios cósmicos e outras radiações prejudiciais.

Mesmo a concentração do vapor de água atual na atmosférica faz isso de forma suficiente para tornar a vida possível na Terra. Isso tornaria o ambiente muito mais propício à longevidade. Os homens morreram antes do dilúvio, é claro, pela maldição do pecado sobre eles. Mas não foi até depois do dilúvio que houve uma redução na vida humana muito mais rápida devido o eventual colapso desse dossel [e uma redução da pressão atmosférica].

Conforme conclui o cientista atmosférico Dr. Larry Vardiman6
"… não acredito que existisse [chuva], pelo menos perto do jardim do Éden. Mas apenas o tempo dirá se os esforços de modelagem são bem sucedidos no suporte de um dossel antes do dilúvio. 
Se a modelagem não for bem sucedida, a chuva provavelmente caiu antes do dilúvio, pelo menos longe do Jardim do Éden. Independente de qual explicação seja a mais coerente, a precisão da Bíblia não está em questão. 
Qualquer combinação desses modelos seria consistente com o relato bíblico, ou talvez um conjunto alternativo de condições, que ainda não descobrimos, tenha conduzido o clima pré-diluviano."

Conclusão


Por fim, o que nos fica como mensagem é que os quarenta dias de chuva carregam, em si, a simbologia do dissolvimento espiritual, onde todos os sentidos e desejos carnais devem ser apagados. Esses quarenta dias e quarenta noites simbolizam a anulação total do "Eu", do ego, que passa pela morte e renascimento pelas águas.

É a simbologia da recriação do mundo, uma nova criação. Por isso Moisés e Jesus jejuaram por quarenta dias e quarenta noites, pois ambos eram precursores de uma nova criação.

A família é uma das prioridades do cristão. Devemos tomar cuidado com empreendimentos que possam destruir a família, o casamento e os filhos. Noé ficou marcado na bíblia por suas virtudes, embora não fosse infalível. Com ele aprendemos sobre fé, justiça, obediência e paciência. É com virtude e trabalho que se vence a crise. Nós venceremos da mesma forma, em nome de Jesus, com a ajuda de Deus.

Depois do dilúvio, o Senhor fez aliança com Noé. Por que não fez antes? Porque Noé precisava passar pelo dilúvio e ser aprovado naquela crise. Começaria então uma nova vida. Você está passando por uma crise? Não se desespere. Confie em Deus. Depois da chuva, viveremos um novo tempo na presença do Senhor.

[Fonte: Brasil Gospel Club; Raciocínio Cristão (por Origem em Revista). Referências citadas: 1. Morris HM. The pre-flood world. Palestra realizada no Seminário de Criação, Springfield, Illinois, em 8 de julho de 1968. Transcrição disponível em: http://www.creationmoments.com/content/pre-flood-world; 2. Sarfati J. Flood models and biblical realism. Journal of Creation 2010; 24(3):46–53.; 3. Thomas B. What Was the Pre-Flood World Like? Acts & Facts 2016; 45 (1). Disponível em: http://www.icr.org/article/what-was-pre-flood-world-like; 4. Peterson EH. A necessidade das camadas atmosféricas de calor. Folha criacionista 1983; 12(28):2-11; 5. Hunter MJ. The pre-Flood/Flood boundary at the base of the earth’s transition zone. Journal of Creation 2000; 14(1):60–74; 6. Vardiman L. Did It Rain Before the Flood? Answers magazine (01/01/2013), Disponível em: https://answersingenesis.org/bible-questions/did-it-rain-before-the-flood/.]

A Deus, o Pai, toda glória.
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         E nem 1% religioso.

2 comentários:

  1. Excelente tema viu meu nobre muito bom às vezes a gente fazer uma reflexão de como era a terra em eras remota éter uma visão diferente de tudo que hoje existe e a Bíblia tem ser linda de uma forma investigativa para que poder possamos formar ideias

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  2. Obrigado pastor Paulinho, fiz uma pesquisa bem minuciosa para composição do texto do artigo. Este é mais um tema que, infelizmente tem sido negligenciado pela Igreja e por isso a nova geração de cristãos ou o tem ignorado ou o tem interpretado com desvios e equívocos que alimentam ainda mais a quantidade enorme de heresias já existentes.

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