SUPERAÇÃO, QUANDO OS DESAFIOS SE TORNAM OBJETIVOS

Superar, essa palavra diz muito! Sim superação, há momentos na vida em que é preciso superar perdas ou derrotas seja qual for o motivo se superar é um desafio para qualquer um. Na palavra de Deus deixa uma mensagem de superação, pois no mundo que vivemos a desigualdade nos afronta sem exceção racial, condição social ou religiosa.

Mas Deus é perfeito. Quando Jesus se deparava com desafios o Pai logo lhe dava uma solução e é assim que devemos iniciar, entendendo como Jesus vencia os desafios uma vez que ele também esteve entre nos e sofreu das mesmas privações e condições como qualquer homem de carne e osso.

Sabemos que se orarmos Jesus nos responde e nos dá o que precisamos. Basta buscá-lo de todo coração, mas nós não nos conformamos e queremos fazer do nosso jeito; contudo, Jesus nos ensinou no Getsêmani como orar pedindo ao Pai para que faça a sua vontade não a nossa.

Esse é o segredo pois quando fazemos a vontade de Deus sabemos que é o melhor a fazer e que por mais que as adversidades estejam nos afrontando sabemos que isso produzirá em nós o que Deus deseja e poderemos vencer as adversidades e superar os desafios da vida e não apenas isso, mas aperfeiçoando-nos pra melhor agradá-lO.

Vivemos em uma quadra da história onde o mundo, e a vida humana tenta sobreviver e superar em meio ao caos e as calamidades que são noticiadas todos os dias em nossos telejornais. Essa presente realidade mostra também que as tragédias a dor e o sofrimento da vida não escolhem padrões de etnia, classe social, cor da pele nem seguimento religioso.

A vida e suas dificuldades às vezes nos traz surpresas nada agradáveis, uma inesperada enfermidade uma injusta demissão, uma catástrofe natural que mata centenas de inocentes, são varias adversidades que torna a existência um desafio cada vez maior.

A fé em Deus tem um importante papel na vida das pessoas porque diferentemente dos pensadores e filósofos que buscam repostas pra tudo a pessoa que vive da fé busca saciar os anseios de sua alma mas ainda assim a fé não impede de que coisas ruins aconteçam a nós que cremos em Deus.

Diante disso temos que encontrar forças pra superar certas contingências que a vida nos propõe e a força maior de superação. E o que precisamos encontramos na Palavra de Deus. Ela trás relatos de homens que mesmo sendo fiéis a suas crenças também passaram por várias tribulações, e infortúnios na vida. 

Temos o clássico e célebre exemplo de Jó  que teve sua vida sua família devastada pelo mal  e mesmo em momentos de questionamento não abandonou a Deus. Em atitude inversa vemos em nossos dias pessoas que quando as circunstâncias da vida é desagradável muitas delas abandonam a fé, desistem, retrocedem, param. 

A superação é a principal arma contra as diversas surpresas que a vida oferece, temos que superar a perda de entes queridos, fracassos emocionais, perdas de empregos, mas a força e a motivação não encontramos em nós mesmos. Pois somente Jesus pode ajudar-nos a superar. Quando a vida parece injusta em vez de abandonarmos a fé. Jesus Cristo foi obediente até a morte e morte de cruz. E nos mostrou com essa atitude que podemos vencer e prometeu estar conosco em todos os momentos até nos mais difíceis (Mateus 28:20), todos vamos passar por momentos ruins mas em Cristo podemos superar e nunca podemos esquecer que a vida não se resume apenas a esse período, o Deus que é fiel prometeu restaurar tudo um dia e nos dar uma eterna alegria se pensarmos assim como Paulo como fala ao romanos Romanos 8 os desafios da vida vão ser superados por meio da fé em Cristo. 

Superando as limitações e desafiando o tempo

Ou seja, todos os dias somos desafiados a superar as adversidades. Uma vida de fé é uma vida de superação. E superação foi o que eu vi na vida de uma senhorinha muito especial que tive o privilégio de conhecer e que tem uma linda história de superação. A primeira vez que vi a dona Eva foi em um evento comemorativo, uma ministração na sede do Centro de Treinamento Bíblico Rhema onde eu estudo. 

Foi lá que descobri também que ela é a mãe de uma irmã e colega de classe que também tem o mesmo nome, Eva. E fiquei sabendo mais ainda: a dona Eva era aluna do primeiro ano no seminário teológico. A alegria e disposição daquela simpática senhorinha me despertou mais do que atenção. Através dela Deus falou muito ao meu coração sobre a importância da superação, da persistência e da coragem.

Em tempos onde vemos jovens tão desanimados. Tão acomodados, não querendo saber de nada com Deus. Jovens dentro da igreja com mentalidade mundana e de espiritualidade rasa, que não abrem e nem têm interesse em aprender a Palavra, sem perspectivas, sem planos, sem projetos... sem fé. Ver uma senhora em tenra terceira idade, mesmo com as limitações naturais do tempo, tão interessada em aprender mais com o Senhor e do Senhor e com um ânimo de leoa é algo que alimenta a nossa fé. 

Pois bem, com isso me senti incentivado em fazer uma entrevista com a dona Eva. Conversei com a Eva filha que intermediou a entrevista que vou compartilhar com os seguidores do Circuito Geral. Garanto a vocês que foi uma experiência maravilhosa. A entrevista foi realizada na casa da Eva – que também tem uma família abençoada – que nos recebeu – a mim e meu amigo André, o Gaúcho que fez a gentileza de me acompanhar - com excelência e foi um tempo de comunhão em um clima familiar contagiante. Minha entrevistada foi de uma lucidez e clareza nas respostas que é algo a se destacar. 

Vamos à entrevista:

CIRCUITO GERAL: Qual o nome completo da senhora e qual sua idade?

• DONA EVA: Eva Margarida da Silva, 72 anos.

CG: A senhora nasceu e cresceu aqui mesmo em Belo Horizonte?

• Sim, aqui mesmo, em Belo Horizonte, no bairro Milionários.

CG: Me fale um pouco da sua família.

• Eu me casei e tive oito filhos, quatro moças e quatro rapazes, que me deram 18 netos e tem mais uma netinha a caminho que será mais uma bênção, mais uma alegria para a família. Minha família é muito abençoada, meus filhos estão todos casados, na presença de Deus e eu sou muito feliz com minha família, mais uma riqueza de Deus na nossa vida.

CG: A senhora tem quantos anos de casamento?

• 50 anos.

CG: E quantos anos de convertida?

• 25 anos.

CG: Dona Eva, o que a senhora acha do cenário da igreja atual?

• Vejo que há muitas oportunidades para se aprender mais [a Palavra] e que não idade para o conhecimento. Não tem limite para a gente caminhar e aprender. Eu acho que é sempre melhor. Está sempre melhorando a vida da gente.

CG: O que levou a senhora a aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador?

• Foi quando meus filhos ainda na adolescência foram para a igreja e uma de minhas filhas, chamada Helena, foi a primeira e eu vi muita diferença nela e ela foi quem evangelizou os irmãos levando-os nas programações da igreja. Eu também sempre ia com eles e gostei muito, aprendi muito e estou até hoje.

CG: Nestes anos todos na presença de Deus, a senhora certamente já teve muitas experiências com Ele. Nos conte uma experiência pessoal marcante com Deus.

• Quando meu marido adoeceu [o marido da dona Eva ainda não é convertido, mas é um senhor muito simpático], ficamos muito preocupados com ele. Eu e meus filhos começamos a orar. Ele fazia exames e os médicos não achavam nada nele. Isso aumentava ainda mais a preocupação e nos reuníamos às madrugadas pedindo a Deus uma resposta em oração (...). Deus abriu as portas de um hospital e voltamos com ele para o hospital sentindo muitas dores. Então os médicos fizeram os exames e constataram que ele estava com pedras na vesícula (...). Ele foi internado, fez a cirurgia e correu tudo bem. Hoje ele está curado. 

Eva mãe e Eva filha

CG: Qual é a opinião da senhora com a igreja hoje em comparação com a igreja de 25 anos atrás?

• Eu acho que as igrejas cresceram demais. Estão cada vez mais enchendo. Há muitas pessoas à procura da Palavra de Deus e soluções para os problemas delas. Entretanto, as pessoas não estão tendo muito compromisso com a Palavra de Deus. Não estão tendo sinceridade. As igrejas estão tendo um inchaço mas não há qualidade.

CG: Dona Eva, como a senhora ficou sabendo do [Centro de Treinamento Bíblico] Rhema?

• Eu frequentava a igreja do pastor Ricardo e um dia o pastor Marcelo [Carvalho, diretor do CTBR em Minas Gerais] foi ministrar lá (...). Então ele falou sobre o Rhema e abriu oportunidade para quem quiser conhecer e posteriormente participar do centro de treinamento. Dois filhos meus fizeram o Rhema e uma de minhas filhas perguntou se eu não gostaria de fazer. Eu disse a ela que sim, apesar da minha idade (não sabia se iriam me aceitar). Fiquei cheia de expectativas e quando foi no final do ano [de 2014] minha filha trouxe os formulários de inscrição (...). Então eu disse que estava sim interessada em aprender mais, ter mais conhecimento da Palavra. Minha filha então fez minha inscrição e eu fui. Me receberam muito bem. Tanto a equipe do Rhema, quanto os professores e os colegas de turma são todos maravilhosos. Eu estou gostando muito e não quero parar.

CG: A senhora em momento nenhum viu alguma dificuldade por causa de sua idade?

• De jeito nenhum! De jeito nenhum! Eu estou amando os estudos do Rhema e quanto mais eu vou, mais me dá vontade de ir e eu não quero perder nem um dia de aula. 

CG: Então quer dizer que seus filhos a incentivaram?

• Sim. E eu também quero dar uma força para despertar o interesse daqueles que ainda não vieram a fazer o Rhema. E como viram a minha disposição, os que não fizeram estão todos animados a fazer o ano que vem.

CG: Na sua turma no Rhema Barreiro, a senhora é, digamos, a mais “experiente”?

• Pela minha idade sim, eu tenho muita experiência. E dou muita força para aqueles jovens que estão lá. Eles me tratam com muito amor e carinho. E eu acho que passo para eles muita força e muita vontade de ir mais além do eles imaginam.

CG: Certamente a dona Eva tem sim muita experiência de vida a nos passar e experiências são um legado que jamais nos pode ser tirado. E por falar em experiência, como tem sido a sua no Rhema?

• Maravilhosa. Tenho aprendido muito, tenho crescido muito [no conhecimento da Palavra da Fé] e não quero parar não. Quero continuar enquanto existir vida em mim. Enquanto Deus me permitir. E não quero parar não. Quero avançar mais.

D. Eva e suas netas

CG: Quais são as expectativas da senhora para sua formatura do primeiro ano que já está chegando aí? Vai ter festa (Risos)?

• Meu filho está querendo fazer uma festa para mim. 

CG: Já posso me sentir convidado (Risos)?

• (Risos) Pode, pode sim.

CG: Gente, a minha cara de pau não tem limite, viu (Risos)? Como fica o coração da senhora em relação à formatura?

• Eu fico muito feliz e com o se eu tivesse me formando a primeira vez. 

CG: Amém! E é justamente esse o sentimento que devemos ter, né dona Eva?

• Sim... E eu não tenho nem palavras.

CG: Dona Eva e em 2016 o segundo ano?

• Sim.

CG: E a senhora já resolveu o pretende fazer após se graduar no Rhema?

• Eu pretendo pregar a Palavra da Fé para todas as pessoas onde eu tiver a oportunidade, para os meus netos. Já temos mensalmente um culto familiar, cada mês na casa de um filho, sendo que a abertura e o fechamento são na minha casa. Ou seja, estarei sempre pregando a Palavra de Deus não só para minha família, mas para os amigos que são convidados para irem ao culto em minha casa. Minha intensão é essa, pregar a Palavra para minha família e para quem mais eu tiver a oportunidade. Em visitas aos hospitais e ajudar aquelas pessoas que às vezes estão em dificuldades, a gente está sempre ali pronto a ajudar, colocando em prática a Palavra.

CG: Ou seja, nada de parar, né dona Eva?

• Não. Nada.

CG: Estou até com vergonha, viu dona Eva? A gente vê tanto empecilho, com tanta coisa por se fazer muita alma para ser salva, não é mesmo dona Eva?

• Isso tem muita alma para ser salva e a gente precisa estar preparado para fazer o que Jesus mandou: ir por todo o mundo e  pregar o Evangelho. Então a gente não pode perder tempo e estar sempre disposto a pregar a Palavra de Deus.

CG: E pregando com conhecimento melhor ainda, né?

• Com conhecimento e firmado na Verdade, né?!

CG: Neste tempo em que vemos satanás investindo contra a família, e que há tanta desestruturação, vejo que a família da senhora é alicerçada na Palavra, mantendo a tradição do culto familiar. Que recado a senhora daria para famílias – até mesmo de cristãos – que estão sendo vitimadas pelos ataques de satanás?

• Eu acho que se toda família reunisse os filhos – começando pela casa dos pais – e realizasse o culto familiar mensalmente serviria de exemplo para os mais novos. Eu não quero que os cultos familiares parem na minha casa. Mesmo quando eu não estiver mais aqui, eu quero que os cultos continuem a ser realizados. Que meus filhos também não parem com os cultos nas casas deles.

CG: Ou seja, a senhora irá deixar isso como um legado e a senhora espere que as próximas gerações, os netos, bisnetos, tataranetos, se Jesus não voltar, eles continuem com o culto familiar?!

• E eu aconselho as famílias que façam os cultos em suas casas. É muito bom e une a família e há o aprendizado da Palavra de Deus, trazendo crescimento... é muito bom. Deve ser uma herança. Minha família é uma benção. É unida nesse propósito. Uns pregam, outros cantam e também há o trabalho específico com as crianças. Para mim é uma benção. É como uma igreja em minha casa.

CG: Vale a pena, né dona Eva. Com Deus sempre vale a pena?

• Vale a pena a gente seguir os passos de Jesus. 

CG: A senhora já sabe qual é o seu chamado ministerial?

• Eu acho que para a intercessão. Eu estou sempre orando pela família e por quem me pede. E também para levar a Palavra às pessoas que Deus tanta ama. Eu sou muito abençoada e tenho recebido muitas bênçãos de Deus. 

CG: A senhora tem cara de intercessora. Vou dizer que a senhora tem cara de leoa. Sim, pois os intercessores são como leões guerreando ali através da intercessão. Bom,  foi um prazer fazer essa entrevista com a senhora. Aprendi muito. É gratificante a gente ver que nesses dias tão difíceis, onde a instituição familiar tem tido sua estrutura abalada, uma pessoa como a senhora, com sua vida e sua família firmadas em Deus.

• Eu me sinto com Deus muito forte e quero continuar, não quero parar e quero também encorajar a todos os meus filhos e lá no Rhema a todos os que estão estudando comigo, os colegas que amo muito; que eles não desistam, que continuem caminhando e levando a Palavra de Deus a todos os que precisam.  O amor de Deus é grande demais e quanto mais a gente desfruta do amor de Deus, mais a gente quer.

CG: Amém! Dona Eva, o que a senhora diria para o diabo se ele chegasse para a senhora e dissesse: “A senhora não pode!”?

• Eu vou falar que eu posso todas as coisas nAquele que me fortalece. Em Deus eu posso todas as coisas.

CG: Bom, para terminar essa deliciosa entrevista, que foi um delicioso e edificante bate-papo, dona Eva, diga quem é Deus para a senhora?

• Deus para mim é tudo. É minha razão de viver. Minha riqueza, meu ouro. Ele é tudo na minha vida e sem Ele eu não sou nada. Eu quero continuar e nunca quero deixar meu Deus por nada. Não largo Deus por nada. Nem por muito ouro. Por nada, nada. Ele é tudo na minha vida e com Ele eu sou tudo.

D. Eva e eu

CG: Dona Eva, foi um prazer ter conversado com a senhora. Obrigado por ter me concedido essa entrevista. Foi um privilégio para mim poder bater esse papo com a senhora. Eu aprendi muito. A minha oração é que Deus a fortaleça cada vez mais e que continue usando a senhora para abençoar muitas vidas. Muito obrigado mesmo.

• Obrigada pelas palavras. As portas da minha casa estão abertas para a hora em que você quiser fazer uma visita eu é quem agradeço a oportunidade e também a todas as pessoas que me apoiaram, me incentivaram eu agradeço de coração a todos e eu quero dizer que eu amo muito a todos vocês.