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terça-feira, 16 de março de 2021

UM ANO DE PANDEMIA, O QUE APRENDEMOS? EVOLUÍMOS OU INVOLUÍMOS?


"Não abandones a sabedoria, e ela te protegerá; ame-a e ela cuidará de você. O começo da sabedoria é este: obtenha sabedoria, embora isso custe tudo o que você tem, obtenha entendimento" (Provérbios 4:6,7).
Aprender com Deus é algo maravilhoso. O Senhor usa todas as circunstâncias e situações e sempre nos ensina algo a mais quando aprendemos a descansar no Seu amor. O aprendizado com Deus, no começo, pode ser doloroso e nem sempre o compreendemos, mas só temos a ganhar com Ele.

É Jesus que nos ensina a sermos fortes para vencermos o mundo e continuarmos fiéis a Ele.

A Bíblia nos ensina que simplesmente não basta ter conhecimento. Basicamente, a sabedoria é conhecer os fatos sobre as coisas. Mas a sabedoria vem somente de Deus. A sabedoria tem três aspectos: conhecer a verdade de Deus, entender a verdade de Deus e como aplicar a verdade de Deus.

No entanto, a sabedoria não se limita a seguir "as regras". A sabedoria envolve agir de acordo com o espírito dos mandamentos de Deus, não apenas buscar uma fuga. Com a sabedoria vem a vontade e a coragem de continuar vivendo de acordo com a sabedoria de Deus.

Dito isto, vamos a uma breve reflexão sobre este um ano dessa já insuportável pandemia. O que ela nos ensinou?  O que de bom e mal poderá nos deixar? Enfim, qual será seu legado para a geração vindoura (se é que ela virá...)?

Um ano de Pandemia

Evolução ou involução?


Há um ano estamos vivendo tempos muito difíceis. Acredito que essa pandemia veio para "passar a humanidade a limpo".

Com essa crise sem precedentes, ao menos nessa geração, nos vimos a mercê de mandatários políticos no grau máximo de sua insanidade não só mental, mas também moral.

De negação à eficácia da ciência, transformando-a numa inimiga, ao invés de ter nela uma aliada, até o uso da triste situação como palanque para disputas políticas, ignorando completamente o número assustador de mortos — que, detalhe, não são apenas números que ilustram estatísticas, mas, vidas que foram interrompidas —, nossos ilustres gestores públicos vão erguendo sua bizarra "torre de Babel", trepados em andaimes de arrogâncias onde todos querem o protagonismo da fala, sem, contudo, que ninguém se entenda.

Enquanto se discute se invermectina e cloroquina "são superiores" às vacinas e qual vacina "é a melhor" (a da China — cruz credo, essa não! —, a da Rússia, a da Índia... quem sabe alguma vinda de Marte, Netuno ou de alguma galáxia espacial...?), o tal vírus, que já chegou mesmo a ser desacreditado ("Ah, será mesmo que isso existe?"), segue nem aí, galopando na sua pandemia sem entender esse pandemônio humano, onde os extremos fazem birra —negacionistas de um lado ("Aglomeração, já!") e terroristas do outro ("#Fique em casa!") —, segue sua missão de ser nada mais, nada menos que um invisível vírus em suas variantes, mutações e novas cepas (o que é isso mesmo?), procurando um organismo na brecha para fazer sua "lua de mel" e reproduzir.

No meio desse circo dos horrores estamos nós, uma população acuada, aterrorizada, desinformada (avalanche de fake news, teorias conspiratórias, discursos e opiniões de especialistas em tudo graduados em absolutamente nada, formados na universidade das redes sociais..., invadem nossa mente destruindo as migalhas de bom senso que ainda nos restam para manter o tão imprescindível equilíbrio). 

Bombardeada por noticiários que, de forma maçante, falam de um mesmo assunto, porém quase sem nenhuma sintonia, assustada com as imagens reais e perturbadoras da rede de saúde pública dos estados em colapso, tendo cerceado o nosso direito constitucional de ir e vir (aliás, a Constituição — que a priori é a "Carta Magna que rege a sociedade" — se tornou nada mais que uma fantasia nesse circo todo). Os que ainda têm trabalho, sem poder trabalhar, vendo nossos entes queridos morrendo sem ar, enquanto o dinheiro público que garantiria o oxigênio escapa pelos ralos da corrupção. 

Não se discute que as festas clandestinas e as insistentes e irresponsáveis aglomerações são uma bomba relógio, mas, o que dizer dos dinamites diários aglomerados no vai-e-vem dos ônibus lotados?

Enquanto isso, no picadeiro, fura-filas da vacina dão seu espetáculo de humor sem nenhuma graça. "Vacinas de vento" são injetadas em idosos ansiosos que podem vir a precisar de ar. 

Lockdown, palavra pomposa que nos assusta com sua apresentação no toque de recolher.

Tira a máscara! Ops!, digo, ponha a máscara! Creme hidratante não, a onda agora é o uso do álcool em gel. E quem disse que os cotovelos não eram importantes? 

Home office! Keep distance ☺⇔
("Não me toque!", em livre tradução)! Quarentena! Isolamento social! Empatia! Reinvenção!... Anote aí para não esquecer as palavras que irão fazer parte do seu vocabulário nesse "novo normal".

Conclusão


Ufa! E olha que já nos enganaram uma vez dizendo que tudo era uma "gripezinha" e que ia passar logo. Ah é? Cof, coof... Aaaatchim! Então, me dê uma aspirina, por favor!

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

sábado, 13 de março de 2021

PAPO RETO — QUAIS SÃO OS SEUS VALORES?

"Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça. Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis. Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo escreveu a vocês, com a sabedoria que Deus lhe deu. 

Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles. Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam" (2 Pedro 3:13-17).
Os valores formam um conjunto de características e princípios éticos de uma pessoa ou de uma organização, norteando aspectos morais e de conduta para estabelecer uma boa relação com a sociedade.

No caso pessoal, a filosofia que rege o modo como a pessoa age é definida pelos valores e, por isso, precisam ser respeitados ao mesmo tempo em que essa pessoa busca atingir seus alvos, sempre em linha com suas convicções.

Os valores de um cristão, pautados nos ensinamentos da Bíblia Sagrada, a carta magna onde os que se identificam como cristãos devem pautar o que dizem e fazem são inegociáveis, o que significa que não há a possibilidade de abrir exceções quanto aos princípios em que são aplicados.

Todas as áreas da vida do cristão precisam ter refletidos em suas ações os valores espirituais que foram pré estipulados. Assim sendo, a relação entre o cristão e a sociedade precisam ser realizados respeitando as regras morais.

Portanto, a identidade de um cristão é formada a partir de sua visão e valores. Esses dois aspectos servem para que seu testemunho seja sempre equilibrado. Isso acontece pelo fato de demonstrarem os caminhos que ele irá percorrer para alcançar a sua principal meta: a salvação.

Com que régua você mede os valores?


Estamos vivendo em uma época política, econômica e social em que virtudes, valores e princípios estão sendo questionados a todo tempo. Existe uma grande diferença entre princípios e valores, embora a sua efetividade seja tida apenas quando esses conceitos estão alinhados.

Os princípios, por exemplo, se relacionam a leis e a preceitos que são considerados universais. São eles que definem as regras pelas quais a sociedade deve se orientar. Por isso, em qualquer lugar do mundo em que você vá ou esteja, eles acabam sendo incontestáveis e são pilares, firmes como uma rocha, para a conduta humana. A liberdade, a paz, o respeito, a honestidade e o amor, por exemplo são princípios universais que fazem parte da nossa existência.

Já os valores costumam ser confundidos com os princípios, mas cada indivíduo tem os seus. São os valores que determinam a sua postura e suas escolhas diante das situações que a vida lhe apresenta. Eles costumam ser passados pela família e são normas ou padrões sociais, geralmente aceitos ou mantidos por determinado indivíduo, classe ou sociedade. São como uma régua com a qual você mede as suas escolhas para tomar as suas decisões e avaliar até que ponto está disposto a ir por elas.

Como há pessoas que se dizem justas de um lado, mas que de outro, são capazes de colocar a mão em algo que não lhes pertence? Como pode alguém se dizer cristão e flertar com o comunismo, cujo bojo doutrinário é essencialmente antagônico e frontalmente contrário a todos os ensinamentos do evangelho de Cristo?

A troco de quê?


Os valores se tornam frágeis se não tiverem os princípios como base. Eles precisam ser conjugados em consonância para que sejam efetivos. Do contrário, funcionam como dois pesos e duas medidas diferentes, sem estabelecer um padrão equilibrado de conduta humana. Por isso ainda se vê muitos que se "vendem" por interesses pessoais ou até por ambição. 

A prova disso é um dado da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado pelo Ministério Público Federal, em 2017, que aponta que o Brasil perdeu cerca de R$ 200 bilhões por ano em esquemas de corrupção. À época, se o dinheiro desviado fosse distribuído para a população, cada um dos brasileiros receberia mais de um salário mínimo em valores daquele ano.

Ainda hoje, por exemplo, o montante representaria mais do que os R$ 150 bilhões que o governo federal pode disponibilizar para auxiliar, de forma emergencial, aos trabalhadores brasileiros que foram atingidos pela crise gerada pela pandemia de Covid-19 e ainda "sobrariam" cerca de R$ 50 bilhões. Isso se não considerarmos que, de 2017 para cá, a corrupção tomou anualmente dos brasileiros valores iguais ou superiores aos registrados três anos atrás.

Quando nos deparamos com esse tipo de informação, nós nos questionamos como existem pessoas que são capazes de se corromper por dinheiro. Repetindo, como há pessoas que se dizem justas de um lado, mas que, de outro, são capazes de colocar a mão em algo que não lhes pertence?

Sob e sobre a justiça


Um homem cristão tem como avaliar exatamente o significado disso, pois encontra nos diversos livros da Bíblia ensinamentos sobre virtudes, valores e princípios para manter a sua conduta em qualquer momento de sua vida sem titubear.

Ser justo, fiel e trabalhador, honesto, honrado, guerreiro e servo de Deus são alguns deles. Com eles também é possível formatar a sua régua para medir os seus próprios valores.

Em tempo de Covid-19 e de corrida eleitoral, é preciso que a sua régua esteja alinhada para não escolher candidatos que destoam dos seus valores e princípios. Essa escolha pode ser fundamental para o seu futuro, da sua família e da nação e para que a corrupção e outros tantos problemas que assolam o País deixem de existir.

Conclusão


Dessa forma, as virtudes brotarão naturalmente. Não se esqueça: o que vale em casa vale também na rua, no trabalho, na igreja e na sociedade em geral. Coloque em prática os bons valores por todos os lugares onde passar.

[Fonte: Folha Universal, edição de novembro de 2020]

A Deus toda glória. 
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quinta-feira, 11 de março de 2021

A BÍBLIA COMO ELA É: DO TABERNÁCULO A CRISTO — 5) CONCLUSÃO

No quinto e último capítulo dessa série, vamos ter a conclusão dessa síntese sobre a figura profética do Tabernáculo apontando para Jesus Cristo e sua missão messiânica. 

Entendendo o contexto


Jesus, como sumo sacerdote de uma nova dispensação, abriu caminho para Santo dos Santos a todos os crentes, porque o véu de separação foi rasgado de cima abaixo, na ocasião da sua morte na cruz.

Apesar dos serviços no templo de Jerusalém terem continuado algum tempo depois da morte de Jesus, o rasgar do véu do santuário revelava que aquela forma de culto havia sido trocada por uma nova, a do novo pacto instituído no Seu sangue, como de fato ocorreu, com a destruição do templo em 70 d.C. pelos romanos, e desde então nunca mais existiu sacerdócio levítico com apresentação de sacrifícios, mesmo com o retorno dos judeus à Palestina.

O rasgar do véu do templo tipificava o rasgar do véu do novo e vivo Tabernáculo, que foi a carne de Jesus sendo rasgada na cruz. O seu próprio corpo é o tabernáculo perfeito no qual se cumpriu tudo o que era exigido para a expiação do nosso pecado, porque no seu corpo habitava toda a plenitude da perfeição das naturezas tanto humana, quanto divina. Corpo este que foi formado pelo Espírito Santo.

Assim, em relação ao tabernáculo terreno, não somente o primeiro tabernáculo (Lugar Santo) foi extinto, como também o segundo tabernáculo (Santo dos Santos), porque Cristo não exerce seu oficio sumo sacerdotal para a purificação do pecado de todos os crentes, num tabernáculo erigido por mãos humanas, mas no tabernáculo celestial, não feito por mãos, do qual aquele antigo era apenas uma figura (Hebreus 8:1,2).

Resumo do que vimos até aqui

  • 1º. Tabernáculo — Símbolo da presença de Deus
"E me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8). 
"E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória o unigênito do Pai cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
  • 2º. Cortina do Átrio (Pátio) — Símbolo da humanidade perfeita de Jesus.
"...o pátio terá cortinas de linho fino... E à porta do pátio haverá uma coberta [...] de azul, e púrpura, e carmesim e linho fino torcido" (Êx 27:9b).
Azul — Divindade
"Tomé respondeu e disse: 'Senhor meu e Deus meu'." (Jo 20:28).
Púrpura —  Realeza  (Ap 19:16) 
"E no vestido e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos Senhores" (Apocalipse 19:19).
Carmesim (cor vermelha muito viva) — Sangue
"E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados" (Ap 1:5).
  • 3º. Porta —  Jesus, O caminho.
"E a porta do pátio haverá uma coberta de vinte côvados..." (Êx 27:16a)
"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim salvar-se-á entrará, e sairá e achará pastagem" (Jo 10:9).
  • 4º. O altar —  Jesus, Sacrifício perfeito.
"Farás também o altar de madeira de cetim" (Êx 27:1).
"Se o sangue dos touros e bodes, a cinza duma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado (puro) a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?" (Hb 9:13,14).
  • 5º.  A pia de bronze —  Jesus, a água viva
"Fez também a pia de cobre com sua base de cobre" (Êx 38:8).
"E Jesus respondeu [assim como fez também à mulher samaritana (Jo 6:33-35]: 'Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.' Disseram-lhe pois: 'Senhor dá-nos sempre desse pão.' E Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim nunca terá fome'" (Jo 4:10).
  • 6º. O candelabro de ouro — Jesus, a luz do mundo.
"Também farás um castiçal de ouro puro..." (Êx 25:31).

O significado das 6 hastes do candelabro

  1. Guevura  —  Força, rocha.
  2. Irat Adonai  —  Sabedoria
  3. Ruach  —  O temor do Senhor
  4. Binah  —  Inteligência
  5. Etza  —  Conselheiro
  6. Daat  —  Entendimento, compreensão.
  • 7º. O altar do incenso  —  Jesus, nosso intercessor.
"E farás um altar para queimar incenso" (Êx 30:1).
"Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25).
  • 8º. A mesa dos pães  —  Jesus, o pão da vida.
"Também farás uma mesa de madeira de cetim... E sobre a mesa porás o pão da proposição [presença] perante a minha face continuamente" (Êx 25:23,30).
  • 9º. A Arca e o Propiciatório  —  Jesus, o Rei entronizado.
"E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono (...) Que com grande voz diziam: 'Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra e glória, e ações de graças...'" (Ap 5:11,12).

Conclusão


Os hebreus não eram muito propensos a representar Deus de forma visual; em vez disso, eles o representavam em palavras. Que melhor maneira haveria do que um retrato espiritual de seu Deus sendo revelado pelo próprio Deus em testemunho de "palavras"? 

Pois foi nesse "testemunho" nas tábuas de pedra que o caráter absolutamente moral de Deus foi revelado. Quando Cristo veio, esses tipos e sombras passaram. Todas essas sombras deram lugar ao verdadeiro templo (Jo 2:19-22). 

Jesus, que antes de se encarnar, era a Palavra de Deus no Antigo Testamento, tornou-se a Palavra de Deus que "tabernaculou" entre os seres humanos (Jo 1:14; Colossenses 2:9).

Agora, Jesus, o verdadeiro Guerreiro Divino, age efetivamente em nome do seu povo através da sua Palavra (1 Tessalonicenses 2:13). Jesus é, agora, nossa luz e guia (Jo 8:12). 

Voltando-se para o que um autor chamou de "Acrópole da fé cristã", observamos que o apóstolo Paulo declara que Cristo agora realizou um sacrifício que aplacou a ira, um sacrifício de expiação pelos pecados do seu povo (Romanos 3:25). O tipo deu lugar ao antítipo.

Relação dos capítulos anteriores:

A Deus toda glória. 
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domingo, 7 de março de 2021

A BÍBLIA COMO ELA É: DO TABERNÁCULO A CRISTO — 4) AS DEPENDÊNCIAS E O MOBILIÁRIO

Neste capítulo, vamos fazer uma análise das dependências e dos mobiliários do Tabernáculo, estudando os seus apontamentos proféticos. Moisés ia ao tabernáculo para determinar a vontade de Deus para o povo. Mais tarde, um templo (que não era portátil) foi construído pelo rei Salomão com o mesmo layout do tabernáculo.

O tabernáculo era diariamente usado como o meio em que o povo se relacionava com Deus. Incenso e outras coisas eram oferecidas a Deus juntamente com orações e louvores. Deus também estabeleceu dias específicos como o dia da expiação quando o povo e os sacerdotes fariam tarefas especiais ou sacrifícios especiais para Deus.

O tabernáculo se tornou o centro da comunidade israelita enquanto eles estavam no deserto. Quando eles acampavam, o lugar do acampamento de cada tribo era determinado pela localização do tabernáculo.

Os levitas ficavam em volta do tabernáculo e as famílias de Moisés e de Arão sempre acampavam ao leste, na frente da entrada. Mesmo na mudança, o tabernáculo permanecia central, com seis tribos na frente e seis tribos seguindo a trás.

Visões gerais do Tabernáculo



O Tabernáculo visto lateralmente


O Tabernáculo visto do alto


O Tabernáculo visto internamente


O Tabernáculo visão geral



Análise Contextual


O templo foi constituído por um pátio, o altar dos holocaustos, considerada sua maior peça, foi feita de madeira e coberta de bronze (Êxodo 27). Também compunham o Tabernáculo a bacia, ou pia de bronze, o lugar santo, o candeeiro, a mesa dos pães, o altar do incenso, o castiçal de ouro (candelabro, formado por sete lâmpadas), o véu, o Santo dos Santos, a Arca da aliança e o propiciatório.

Fora os elementos e os utensílios dispostos por dentro e por fora. Até as cores tinham um significado especial e faziam analogias com os evangelhos do Novo Testamento. Além disso, tinha as três entradas do templo, sendo todas cortinadas, que davam acesso ao átrio, lugar santo e ao santo dos santos. (26:36,37).

Todas as características, dimensões, materiais usados para a construção do altar dos holocaustos foram revelados por Deus. Cada detalhe e objeto falava da obra redentora de Jesus Cristo, o sangue do cordeiro e a expiação dos nossos pecados.

A descrição do tabernáculo na Bíblia começa com o quarto de dentro — o Santo dos Santos também traduzido como Santíssimo Lugar.

No entanto, quando começou a construção do tabernáculo, as partes de fora foram feitas primeiro. Dessa maneira é que vamos descrever o tabernáculo – de fora para dentro. A Bíblia deixa muito claro que a intenção é que esse fosse um lugar santo para se reunir. 

Todos os materiais usados eram raros e valiosos, indicando que qualquer coisa associada a Deus era para ser da melhor qualidade. As paredes da tenda eram feitas de madeira de acácia que cresce naturalmente no Oriente Médio.

Quando o tabernáculo era desmontado para ser movido, muitas famílias tinham trabalhos específicos.

O tabernáculo era cercado por um átrio cercado (27:9-21). A moldura da cerca era feita de acácia coberta por prata e descansava numa base de bronze. Cortinas de linho cobriam essa moldura de fora.

Elas eram penduradas em ganchos de prata de uma vara de prata. A entrada, na face leste do átrio, era coberta por cortinas bordadas com cores as cores azul, roxa e escarlate.

O Altar de sacrifício — Símbolo de redenção (Colossenses 1:12-16)

Nesse átrio estavam o lavatório e o altar. O altar se era o primeiro objeto localizado na entrada do átrio. Os pecadores não podiam entrar diante da presença de Deus, eles tinham que oferecer um sacrifício por seus pecados.

É claro que os cristãos acreditam que Jesus Cristo foi o sacrifício pelos pecados de todo o mundo, então podemos entrar na presença de Deus sendo humildes e pedindo perdão. Mas nos tempos do Velho Testamento, coisas — geralmente animais e grãos —  eram oferecidos a Deus como parte da redenção dos pecados.

Esse altar foi desenhado para queimar sacrifícios. O altar foi construído de madeira oca e coberto por bronze. Isso o tornava leve o suficiente, apesar de seu tamanho, para ser carregado em varas cobertas de bronze que passavam por argolas em bronze nas suas beiradas (27:1-8). 

Uma grelha de bronze ficava no meio do altar para permitir que o ar fluísse para dentro do fogo. Baldes para as cinzas, ganchos para a carne, as bacias para recolher o sangue e as panelas também eram feitas de bronze. 

Nos cantos do altar havia dois chifres também cobertos por bronze. Esses chifres podem ter sido úteis para amarrar os animais que seriam sacrificados, e eles também eram simbólicos. Como sinal de proteção uma pessoa em Israel podia ir ao altar e bater nos chifres.

Em tempos modernos, pessoas que se sentem ameaçadas ainda procuram um santuário numa igreja quando elas sentem que não há proteção ou justiça em qualquer outro lugar.

O Lavatório — Símbolo de purificação (Hebreus 9:13-15)


Entre o altar e a tenda da congregação do tabernáculo havia um lavatório ou pia de bronze (30:17-21). A sua localização — na entrada da tenda da congregação — evitava que as partes interiores do tabernáculo se contaminassem com poeira. Deus é santo, e ele exigia que os sacerdotes se limpassem antes de começarem a ministrar na tenda do tabernáculo.

O lavatório era feito de bronze e espelhos. As mulheres que serviam na entrada do átrio do tabernáculo doaram os espelhos.

O Lugar Santo — Símbolo de intimidade ([adoração] Efésios 3:10-12Hb 10:19,20)


O Lugar Santo era a primeira parte da tenda de dentro do tabernáculo. Os sacerdotes podiam entrar ali para fazer as suas rotinas diárias no lugar do povo de Deus. Dentro do Santíssimo Lugar havia três peças importantes de mobília.

A Mesa do Pão da Presença — Símbolo do alimento espiritual ([Jesus, o Pão da Vida] Jo 6:35)


Essa mesa era feita de madeira de acácia coberta de ouro (25:23-30). Quando o tabernáculo era transportado, a mesa podia ser levada em varas que passavam dentro de argolas de ouro nas pontas da mesa. Pratos,louças, jarras e tigelas de ouro eram colocadas em cima da mesa.

Provavelmente isso era relacionado com ofertas de bebida. Cada sábado, doze bisnagas de pão eram colocadas nessa mesa, simbolizando a provisão de Deus para as doze tribos de Israel.

O Candelabro de Ouro — Símbolo de luminosidade ([Jesus, a luz do mundo] Jo 8:12)

A base para as lâmpadas tinha sete hastes para segurar as lâmpadas (25:31-39). Elas queimavam só o mais puro azeite de oliva e tudo era feito do mais puro ouro.

As hastes tinham o formato da flor de amêndoa com botões e pétalas. É provável que as lâmpadas eram feitas para queimar continuamente.

O Altar do Incenso — Símbolo de intercessão ([Jesus, o nosso grande intercessor] Romanos 8:34; Hb 7:24,25)


O incenso era algo que soltava um aroma agradável a Deus (30:1-10). O incenso também simbolizava a oração, como ainda é nas igrejas episcopal, católica e ortodoxa. Diferentemente do altar de sacrifício no átrio, esse altar era feito madeira de acácia coberta de ouro, não bronze, e não era usada para sacrifícios.

No entanto, como no altar de bronze, havia chifres em cada canto e argolas e varas para carregá-lo. Neste altar o sacerdote queimava o incenso toda manhã e toda noite e todo ano no dia da expiação os chifres eram ungidos com óleo.

O Santo dos Santos — Símbolo da Nova Aliança (Mt 26:27,28)


No Santo dos Santos estavam:

A Arca da Aliança — A arca era uma caixa de madeira, como um baú, coberto em puro ouro (25:10-16) por dentro e por fora. A arca representava a presença de Deus com a nação de Israel. Uma arca era uma mobília religiosa comum naquela época no Oriente Médio, mas essa arca era diferente.

Na maioria das religiões pagãs, o baú continha uma estátua da divindade sendo adorada. Neste caso, a arca continha três itens que mostravam como Deus se relacionava com o seu povo: as tábuas com os dez mandamentos (a orientação de Deus), a vara de Arão (a autoridade de Deus) e uma jarra de maná (a provisão de Deus para necessidades diárias do Seu povo).

A arca era portátil como tudo no tabernáculo. Varas compridas de madeira cobertas de ouro passavam por argolas de ouro em cada canto. Essas varas não podiam ser removidas nunca conforme Deus assim havia instruído (25:15).

O Propiciatório — O lugar da expiação dos pecados era no tampo da arca. Era o lugar onde eles achavam que Deus estava assentado. Esse assento era um bloco de ouro puro que ficava em cima da arca (25:17-22). 

Desta maneira, Deus e sua misericórdia estavam acima da lei que ficava dentro da arca. Havia dois querubins que ficavam um de cada lado do bloco, olhando para o lado de dentro. 

Todo ano no dia da expiação (Levítico 23:26-32), sangue era espirrado no lugar da expiação no tampo da arca mostrando assim como o sangue do sacrifício se relacionava com a misericórdia de Deus.

Conclusão


Fazendo um paralelo profético entre as figuras do Velho Testamento e o Senhor Jesus, o estudo mostra o cumprimento da profecia no Novo Testamento, de que Deus habitaria e falaria com o seu povo em todo o tempo. Esta afirmação está registrada em João 14:23.

Pai, filho e Espírito Santo querem fazer morada na vida do homem, que traz salvação, perdão, socorro, livramento, e traz a verdadeira paz. Na verdade, todos que têm Jesus habitando em sua vida vivem a extraordinária profecia do Tabernáculo.

No Templo, a manifestação de Deus era feita para que o povo entendesse que era importante conhecer a graça, a misericórdia e o juízo de Deus. É a essência do amor de Deus pela vida do homem, revelada na vida, morte e ressurreição do Senhor Jesus e no derramamento do Espírito Santo.

  • Continua no próximo capítulo.
A Deus toda glória. 
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sábado, 6 de março de 2021

A BÍBLIA COMO ELA É: DO TABERNÁCULO A CRISTO — 3) AS CORES

Como dito nos capítulos anteriores, a mensagem profética do Tabernáculo além de apontar para a figura de Cristo em nós, também nos trás surpreendentes revelações escatológicas. Neste capítulo, vamos fazer uma análise das Cores do Tabernáculo e seus significados proféticos.

Tudo no Tabernáculo tem uma cor, seja o ouro, a prata, o cobre, as peles de animais, as pedras de engaste, ou a madeira. Pode ser que cada cor tenha um significado especial de Cristo, mas, há quatro cores que são especificadas, e são estas que queremos considerar agora. As cores são: Azul, Púrpura, Carmesim e a Branca do linho fino. Essas cores apontam a Cristo particularmente e a àquele que está em Cristo. Vamos analisar uma a uma.

Azul


Natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou homem celestial (João 1:18; 1 Coríntios 15:47,48; Hebreus 7:26). Ou seja, é um apontamento para a origem celestial de Cristo. Azul também é a cor dos céus, portanto aponta o caráter e a natureza de Cristo como Sumo Sacerdote. Para ser este supremo Sumo Sacerdote que ultrapassa o do Tabernáculo, necessita ser divino e celestial. Cristo é o Sumo Sacerdote divino (Hb 8:1).

Análise do contexto  — O sumo sacerdócio de Cristo


Existe um mistério grande sobre como Cristo foi tudo que necessitava ser como o perfeito Sumo Sacerdote (1 Timóteo 3:16) Mesmo que haja mistério acerca da divindade/humanidade de Cristo, não é por isso menos verdadeiro. 

O caráter, os atributos e as obras do nosso Salvador na posição de Sumo Sacerdote são maiores do que o nosso entendimento (Isaías 55:8,9). Quando trata-se de Cristo, nada é errado se Ele supera a nossa capacidade de entendê-lO.

Como Cristo veio dos céus, voltou aos céus e está hoje intercedendo pelos seus à destra do Pai (Romanos 8:34), os em Cristo têm uma vocação celestial (Hb 3:1), uma cidadania celestial (Jo 3:3-6; Hb 11:16), e uma herança celestial (1 Pedro 1:4).

Vendo que temos um Sumo Sacerdote celestial pelo qual somos aceito no Amado; vendo que temos uma vocação celestial; vendo que a nossa herança e cidadania está nos céus, que tipo de gente devemos ser neste mundo? 

Neste mundo somos peregrinos, passageiros. Tudo que vale a pena para o Cristão é celestial! Coloque seu tesouro lá; fixa o seu foco nEle em Quem temos todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais; desprenda das atrações desta terra que será destruída! Esta lição vem a nós pela cor Azul no tabernáculo.

Púrpura


Realeza, Soberania de Cristo, o "Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Marcos 15.17,18; Apocalipse 19:16). Púrpura é a cor dos reis, portanto essa cor manifesta a verdade que Cristo é o Soberano e tem toda a glória dessa posição Real. Cristo foi profetizado para ser o Príncipe da Paz e reinar 
"do trono de Davi, cujo principado e paz não haverá fim" (Is 9:6,7).
Cristo tem sido ungido pelo próprio Deus Pai:
"Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião" (Salmo 2:6).

Pode ser que Cristo não se manifestou já ao mundo a Sua glória como Rei, Ele é Rei e é Real e se manifestará "Rei dos reis, e Senhor dos senhores" (Ap 19:11,16).

Análise do contexto


Por termos um Salvador que é Senhor e Rei já nos céus, Quem aparecerá na Sua glória Real um dia e com Quem reinarmos um mil anos (Ap 20:6), convém que fujamos de tudo que é passageiro e mundano e que busquemos a piedade, segue a justiça, a fé, o amor, a paciência, a mansidão e guardemos (1 Tm 6:3-16).

Carmesim


Sacrifício (Levítico 14:4; Números 19:6; Hb 9:11-14, 19, 23, 28; Ap 5:9,10). A cor carmesim, pelas escrituras, e especialmente quando se refere ao Cristo, manifesta o Cristo Sacrificatório e a Sua humildade.

Análise do contexto


A cor carmesim, para os usos no Tabernáculo, foi conseguida do corpo da fêmea do "coccus ilicis" um verme (Sl 22:6, a palavra hebraica para escarlata e carmesim). Nisso entendemos que a cor carmesim no Tabernáculo aponta tanto à humilhação de Cristo quanto à Sua morte. A Sua humilhação é entendida de outra maneira também.

O nome "Adão", uma palavra babilônica, significa "vermelha" por ser feito da terra. Portanto, sendo que Cristo 
"esvaziou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:7,8).
O Divino sendo feito homem, “forma de servo” mostra a Sua humildade. Cristo sendo feito homem, mostra a Sua obra de ser o Sacrifício no lugar do homem que se arrepende e crê nEle.

Como o primeiro Adão foi feito alma vivente, Cristo, na qualidade do Único Salvador, e "o último Adão" foi feito "espírito vivificante" (1 Co 15:45). É Cristo o Sacrificatório, como o "Cordeiro de Deus", que tira os pecados de todos que se arrependem e crê nEle (Jo 1:29; 3:14-17).

Desde que a cor vermelha que faz parte das várias partes do tabernáculo (a Porta [Êx 26:36,37]; o Véu [26:31-33]) e das vestes do Sumo Sacerdote: do éfode (28:5,6) e do peitoral (28:15), entendemos que Cristo é tanto o Mediador idôneo que ministra o sangue do sacrifício quanto é o Sacrifício cujo sangue redime eternamente todos os pecados dos chamados que recebam a promessa da herança eterna (Hb 9:11-15, 24-28).

O fato que o carmesim fazia parte dos sacrifícios (Lv 14:4; Nm 19:6), entendemos que é o sangue de Cristo que lava-nos de todo o pecado (1 Pd 1:18,19; Ap 1:5).

Visto que é Cristo que foi feito pecado e por Quem os que creem nEle recebem a justiça de Deus (2 Co 5:21), convém que, de coração, confiamos nEle. Pois, em nenhum outro há salvação pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12).

Visto que é Cristo que foi feito pecado e por Quem os que creem nEle recebem a justiça de Deus, convém que pregamos Cristo a todo o pecador (2 Co 5:18-20)!

Branca (do linho fino)


Perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo (Sl 132:9Ap 7:9-17). A cor branca do linho fino é emblemática da perfeição, pureza, e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo.

Análise contextual


A cor branca refere-se ao efeito da obra de Cristo no lugar do Seu povo. Ele os faz perfeitos, santos e justos, propícios para serem na presença de Deus (Ap 7: 9-17; 19:7-9). Deus veste Seus sacerdotes de justiça, como são vestidos os sacerdotes do tabernáculo (Êx 28:39; Sl 132:9; Zacarias 3:3,4).

Não podemos pensar que tenhamos a justiça de Deus se estamos fora de Cristo. Temos que ser lavados pelo Seu sangue se esperamos ser redimidos da nossa vã maneira de viver (1 Pd 1:18,19). 

Entramos em Cristo pelo arrependimento dos pecados e fé no sacrifício de Cristo em nosso lugar. Nessa maneira o pecador é feito limpo, perfeito, puro e justo diante de Deus. Está nEle? Se arrependa e creia nEle já! De outra maneira as suas vestes sujas continuam e no fim, será lançado 
"nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mateus 2:13).

As Obreiras destas cores


As Mulheres Sábias fiavam com as suas mãos a lã, seda, linho fino e os pelos das cabras (Êx 35:25,26). Isso ensina que o material fundamental para os outros trabalhadores dependeria na obra destas mulheres (38:23; 39:1).

Verdadeiramente, o ajuntamento dos irmãos e a união dos irmãos na Casa de Deus pode ser em muito facilitada pela obra das mulheres sábias. Pela oração pelas suas famílias e as da Igreja, a sua parte na educação dos filhos na ausência dos maridos, a submissão que coroa os seus maridos, prepara o espírito da família, dá o exemplo de santidade, e providencia o material fundamental para os homens vocacionais construírem a casa de Deus (1 Tm 2:9-15; 1 Pd 3:1-9).

Conclusão


Em resumo, o conjunto destas cores pela Bíblia presentes em Filipenses 2:6-11:

  • Azul: v. 6 — "...Que, sendo em forma de Deus...",
  • Branca: v. 6 — "...não teve por usurpação ser igual a Deus...",
  • Carmesim: v. 7,8 — "...Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz."
  • Púrpura: v. 9-11 — "...Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai."
E nos Quatro Evangelhos
  • Mateus: Cristo — Rei / Púrpura
  • Marcos: Cristo — Servo Sacrificatório / Carmesim
  • Lucas: Cristo — Perfeito Homem / Branca
  • João: Cristo — Filho de Deus / Azul
O Tabernáculo em seus mínimos detalhes apontavam para o que mais tarde deveria vir Jesus Cristo. Aleluia, glórias a Deus, que sempre instruiu o seu povo, e não o deixou na obscuridade, em trevas, mas o conduziu na luz do evangelho. Amem!

[Fonte: Palavra Prudente, por Pr Calvin Gardner]
  • Continua no próximo capítulo.
A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

sexta-feira, 5 de março de 2021

A BÍBLIA COMO ELA É: DO TABERNÁCULO A CRISTO — 2) OS MATERIAIS

"Os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, quando estava para construir o tabernáculo; porque lhe foi dito: 'Olha, faze conforme o modelo que no monte se te mostrou'" (Hebreus 8:5).
Conforme foi dito no capítulo anterior, foi dito por Deus a Moisés que construísse um santuário (Êxodo 25:8), sendo-lhe revelado inclusive seu modelo no monte Sinai (25:1, 40). Era um Templo "portátil" e montavam-no todas as vezes que os Hebreus faziam acampamento.

Tudo foi feito como o Senhor Deus ordenara a Moisés. Seus construtores, Bezaleel e Aoleabe o fizeram em detalhes, minuciosamente (31:1-6). O Tabernáculo seria algo que homem algum jamais teria imaginado. Foi construído para que as verdades fundamentais no Novo Testamento fossem compreendidas. Cada detalhe e objeto falava da obra redentora de Jesus Cristo.

Sabemos que esse Tabernáculo era construído em três etapas, Átrio, lugar santo, e por fim lugar santíssimo também chamado de santo dos santos. Esses três estágios falavam do verdadeiro templo chamado Jesus, por isso Ele falou acerca de Si mesmo em três estágios: 
"Disse-lhe Jesus: 'Eu sou o caminho [1º estágio, o átrio], e a verdade [2º estágio, o lugar santo] e a vida [3º estágio, o lugar santíssimo (ou seja, a eternidade); ninguém vem ao Pai, senão por mim'" (João 14:6).

Os materiais e seus significados


Entendido isso, vamos, então, analisar o simbolismo profético dos materiais usados para a confecção do Tabernáculo. Estes materiais são relacionados exatamente como Deus havia especificado (nada mais e nada menos) porque cada um deles tinha significado simbólico específico, relativo ao verdadeiro Tabernáculo celestial e a Jesus Cristo. 

Em nada poderia haver o acaso ou a imaginação humana, porque se o Senhor vai morar e lançar a sua tenda entre [dentro de] nós, como homem, então o homem vai aproximar-se do modo d'Ele, e não há exceção. Os detalhes de sua construção seriam um padrão temporal, daquilo que Deus faria um dia permanentemente por meio de Jesus Cristo. 

O Tabernáculo se tornaria um modelo visível de como nós vemos a Deus por meio de Jesus. Olhemos os materiais a serem usados na construção do Tabernáculo e lembremo-nos que agora temos que examinar o simbolismo com um fundo hebraico. O Antigo Testamento está repleto de linguagem simbólica, que pode ser interpretada na luz do contexto da Bíblia hebraica.

Todos materiais usados no Tabernáculo constituem tipos perfeito nas aplicações e merecem destaque. Vejamos:

Madeira — Símbolo da humanidade incorruptível


Madeira de lei, chamada de cetim ou acácia — um tipo de madeira nobre, de lei — foi a usada para a construção. A Madeira simboliza a humanidade de Jesus. Todas as tábuas do tabernáculo e seus móveis eram feitos com essa madeira, exceto a pia (cobre) e o castiçal que era de ouro maciço. A árvore que dava esta madeira crescia no deserto e faz-nos pensar na humanidade do Senhor Jesus como diz o profeta Isaías:
"...raiz duma terra seca" (Isaías 53:2). 

Linho — Símbolo de pureza


O Linho Branco fala-nos da pureza e santidade de Jesus, homem perfeito. 

Cobre (ou Bronze) — Símbolo de juízo 


Era usado para revestir as colunas do pátio, suas bases e o altar para holocausto. A pia (ou lavatório) e os cravos (pregos) eram de cobre maciço. Este metal nos fala do juízo e julgamento do pecado. 

Prata — Símbolo de redenção


Este metal foi usado para confeccionar os ganchos de sustentação das cortinas e nos capitéis que as ornamentavam e as bases das tábuas. Simboliza o resgate, redenção pelo sangue de Jesus.

Ouro — Símbolo de divindade


Metal mais precioso empregado no Tabernáculo. Foi usado para recobrir a mesa dos pães, o altar do incenso, a Arca, e as cinco colunas que sustentavam o cortinado da entrada. De ouro maciço era o Candelabro, o Propiciatório (tampa da arca) e os dois querubins. Simboliza a glória de Deus, Sua realeza e divindade de Cristo.

Pelos de Cabras — Oferta pela maldição do pecado


As cabras eram comuns naqueles dias, e eles usavam o leite, a carne e a pele que era usada para muitas coisas como garrafas de água, etc., e o pelo delas que era muito longo, escuro e liso, era trançado e tecido em pano. Davi tinha cabelos como pelos negros de cabra.

A cabra era um animal sacrificial. A coberta de pelos de cabra era a primeiro cortina sobre o tabernáculo. Esta cor desbotada nos fala de Jesus na sua humildade e pobreza. Peles de cabra eram usados pelos pobres, e ao longo da Bíblia representa pobreza extrema (Lucas 9:58; Hb 11:37). 

Peles de texugo — Aparência exterior sem atrativo 


Peles de texugo eram a coberta final, a cobertura exterior que todos viam. Elas eram resistentes e duráveis e muito simples em sua aparência. Mas como isto fala de Cristo? Fala de Cristo como homem. 

Não havia nenhuma beleza externa no tabernáculo, e assim era Cristo quando Ele veio para a terra, quando Ele montou o Seu tabernáculo entre os homens. Como o profeta Isaías predisse em 53:1,2.

O que Jesus foi para os judeus? Nada mais que alguém que passou, uma pele de texugo dura. O que é Jesus para o mundo hoje? Nada mais que alguém que passou, uma pele de texugo dura. Mas para nós, os que abriram seus corações a Ele, Ele é muito, muito mais. Ele é o Único digno de louvor (Jo 1:10-14).

Óleo — A Unção do Espírito


O óleo era obtido ao esmagar os frutos da oliveira. Óleo, como nós sabemos, era o líquido usado quando eram ungidos o profeta, o sacerdote e o rei nos dias do Antigo Testamento. E em passagens como estas: 1 Samuel 16:13; Is 32:15 e 1 Jo 2:20.

Nós temos base bíblica para ver o óleo como um tipo do Espírito Santo. Na Bíblia a árvore da Oliveira é simbolo de muitas coisas: 
  • a) Beleza — Oséias 14:6 
"Estender-se-ão os seus galhos, e a sua glória será como a da oliveira, e sua fragrância como a do Líbano." 
  • b) Fertilidade — Salmo 52:8 
"Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente." 
  • c) Riqueza — Juízes 9:9 
"Porém a oliveira lhes disse: Deixaria eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores?" 

O Espírito Santo, então, como o óleo de oliva, é o que possui tudo aquilo o homem precisa para a vida e a piedade. Riqueza, fertilidade e beleza são todos Seus, em uma medida abundante. Jesus foi ungido por Deus como profeta, sacerdote e rei. Tudo o que Cristo fez estava cheio de riqueza, fertilidade e beleza, porque Ele é o templo do Espírito Santo e cheio de toda a plenitude (Jo 3:34). 

É interessante que as azeitonas não eram batidas ou apertadas, mas esmagadas. Assim Jesus foi esmagado no Jardim de Getsêmani (em hebraico, "Prensa de Óleo") e então, pela mesma ira de Deus em uma cruz romana, como as Escrituras dizem em Isaías 53:10.

O óleo da unção era restringido apenas para uso no tabernáculo, qualquer um que violasse a ordem seria morto. O óleo de oliva devia ser puro e nada mais que puro, porque representa o Espírito Santo de Cristo. A palavra o "Cristo" é a fórmula grega para o hebraico "Mashiach" (Messias) os quais significam "o Ungido", literalmente "o que é coberto com óleo". O óleo também foi usado para ungir o Santo Tabernáculo e a sua mobília, e iluminar o candeeiro de ouro.
  • Especiarias para o óleo e incenso (Doce e suave fragrância para Deus) — Havia três especiarias para serem adicionadas ao puro incenso e ao óleo (Êx 30:34).
a) Estoraque: Um pó das gotas de uma resina endurecida e fragrante encontrada na cortiça do arbusto de Mirra. A palavra significa "uma gota". 
 
b) Onicha: Um pó da cobertura córnea da concha de um molusco idêntico a um marisco encontrado no Mar Vermelho. Quando queimado, este pó libera um aroma penetrante. A palavra hebraica para "concha aromática". O Mar Vermelho é um bolsão de água morna isolada do Oceano Índico e é conhecido por suas subespécies peculiares de moluscos.

c) Gálbano: Uma resina pungente, castanha, que aparece na parte mais baixa do talo de uma planta de Ferula. Esta erva encontrada no Mar Mediterrâneo com talos espessos, flores amarelas, e verde como folhas de samambaia. Tem um cheiro almiscarado, pungente e é valioso porque preserva o odor de um perfume misturado e permite a sua distribuição por um período longo de tempo.

Nestas especiarias ou perfumes nós vemos a Jesus como o doce aroma, que traz alegria para o coração do Pai. Quando misturado com o óleo de oliva, nós vemos o iluminante e doce trabalho do Espírito de Cristo, e quando misturado com o puro incenso nós vemos a doçura da oração como um "doce aroma aspirado pelas narinas de Deus". Estes perfumes apropriadamente apontam à Cristo (Jo 8:29; 2 Coríntios 2:15,16; Ef 5:2). 

Conclusão

Deus em nós


O Tabernáculo era a expressão do desejo de Deus de habitar no meio do povo. Sem ele Israel não tinha como caminhar e nem como chegar à terra prometida. O templo era Deus em contato, o Senhor falando, se revelando e habitando com o seu povo.

Apesar do Tabernáculo ter sido usado no passado, ao estudarmos, concluímos que toda sua estrutura apontava profeticamente para a presença eterna de Deus no propósito de habitar no homem. Até porque, o modelo desse templo foi todo por revelação. Então, toda a sua construção, a forma seguia um projeto que veio da eternidade para a eternidade:
"O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória" (Colossenses 1:26,27).
  • Continua no próximo capítulo.
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