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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

"FELIZ ANIVERSÁRIO, JESUS!"

"Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via. E toda a multidão se admirava e dizia: 'Não é este o Filho de Davi?' Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: 'Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios'. 
Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: 'Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?'" (Mateus 12:22-26 - grifo meu) 
Essa é uma passagem no ministério terreno de Jesus bastante conhecida por nós, principalmente a parte que eu intencionalmente destaquei. Vemos uma situação que, dados os devidos contextos, ainda não mudou. 

Três grupos de pessoas seguindo a Jesus - os discípulos (que, nesta passagem, estão ocultos), a multidão, como sempre em busca de sinais e maravilhas e os fariseus, representando os religiosos ignorantes e cegos em seu entendimento espiritual, quando Jesus realiza a cura espetacular e surpreendente de um indivíduo que, devido a atuação demoníaca, era cego e mudo. 

Ao verem a realização do milagre na vida desse moço, logo começaram as especulações sobre "quem era, afinal, o autor da obra". Logo a multidão envolta em suas dúvidas, foi onde? Aos religiosos perguntar quem, afinal, era Jesus. E a resposta dos religiosos não podia ser mais estapafúrdia, mais absurda. E, então Jesus destaca o quão mal é a divisão ao mesmo tempo que enfatiza a importância da unidade - até mesmo o reino do inimigo é unânime em seu propósito.

Pois é. O que vemos hoje no meio do seguimento evangélico/gospel é justamente a mesma coisa: uma explícita divisão! E isso é evidente em muitos fatos que ocorrem nesse meio, tantos que não há como enumerá-los aqui. Mas um que fica evidente surge anualmente nesse período do ano: afinal, crente pode/deve ou não comemorar o Natal?
  • Em um extremo há aqueles que condenam a comemoração do Natal, por considerá-lo uma festa pagã. E tome estudos sobre todos os simbolismos dos enfeites natalinos, da origem do Papai Noel e afins. Os mais "entendidos" do assunto, dão detalhes minuciosos ao afirmarem que o natal é, na verdade, uma festa em comemoração a um tal de "deus sol". Eu, como não sou entendido em absolutamente nada disso (e não quero ser, diga-se de passagem), nem me arrisco a entrar nesses detalhes. 
  • No outro extremo, há os que defendem a comemoração do Natal com direito a tudo: cantatas, decoração com muitos enfeites e luzes, árvores, trocas de presentes, ceias e tudo o mais que envolve e caracteriza a tradicional festa.
Mas, todo o extremo é perigoso e nocivo. Por isso, o desafio de quem não quer se envolver nessa inútil e periférica confusão é o equilíbrio nas Escrituras. Por falar nisso, vejam o que disse o apóstolo Paulo, em toda sua sabedoria, aos seus jovens discípulos, os pastores Timóteo e Tito:
"...parem de dar atenção a mitos e genealogias intermináveis, que causam discórdias em lugar de propagarem a obra de Deus, que tem como fundamento a fé" (1 Tm 1:4 cf Tito 3:9,10).

Comemorar ou não o "aniversário de Jesus"?


Quando o fim do ano se torna próximo, muitas pessoas começam a fazer a contagem dos dias de forma regressiva, usando o natal, a data para o aniversário de Jesus como referência, "…faltam 60 dias para o Natal…".

É curioso o fato de pensarmos no Natal, em 25 de dezembro, como o dia do aniversário de Jesus, pois provavelmente Ele, como bom judeu, não celebraria o Seu nascimento.

Porque os judeus não comemoravam aniversários?


Os Judeus do primeiro século não tinham por costume celebrar o dia em que nasceram. As festas bíblicas, e o cumprimento dos mandamentos previstos da Lei, eram objetivos maiores que a sociedade Israelita tinha em mente, quando pensavam em celebrações.

Além disso, eles associavam a comemoração de aniversários, como um costume do Egito, conforme lemos no Gênesis, que Faraó comemorava o dia do seu nascimento:
"E aconteceu ao terceiro dia, o dia do nascimento de Faraó, que fez um banquete a todos os seus servos…" (Gênesis 40:20)
Jesus era Judeu, por esse motivo, cresceu nesse ambiente onde a comemoração anual de aniversários pessoais ficava relegada ao segundo plano.

O "aniversário" de Jesus


Mas mesmo que o aniversário de Jesus não fosse algo que tradicionalmente seria comemorado com festas, no estilo que fazemos atualmente, provavelmente não deixaria de ser um dia especial na vida dEle e dos demais Judeus.

O dia do aniversário dos Judeus, era um dia geralmente dedicado ao jejum e à oração. Os Judeus mais fervorosos em sua fé (como Jesus era), praticavam ainda mais a caridade, o amor e ajuda ao próximo. Eles entendiam esse dia como uma oportunidade de ajudar mais as pessoas.

Eles acreditavam que nesse dia poderiam servir de canal de bençãos, por que Deus tinha uma benção especial para os aniversariantes, e procuravam "distribuir" essas bençãos aos seus parentes e amigos mais próximos. Ou seja, o oposto da nossa cultura onde o aniversariante é quem recebe presentes.

Essa crença surgiu da interpretação do texto do livro dos Salmos, no capítulo 2, versículo 7:
"…o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei"
Se bem que esse salmo é uma profecia que fala do "aniversário" de Jesus, mas os demais Judeus aplicavam para todos, como se no dia da "geração", do nascimento de cada um deles, Deus tivesse uma atenção especial e individual.

Comemorar ou não comemorar, eis a questão

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).
Como podemos ver, o "aniversário de Jesus" não era considerado como uma data de festa, ao menos não nos moldes que fazemos nos dias de hoje, porém havia sim um sentimento de reflexão nesse dia, e um sentimento de que Deus criou cada um com um propósito único.

Os "outros aniversários de Jesus"


Por meio das tradições Judaicas, muito provavelmente Jesus teve outras datas comemorativas, que tem de alguma forma ligações com o Seu aniversário. Vejamos:
  • 1) Aos oito dias de nascido, Jesus foi circuncidado, o que era motivo de festa na Sua família. 
  • 2) Depois Jesus foi levado ao Templo, em Jerusalém, onde foi apresentado, e oferecido a oferta pelos varões nascidos em Israel, o que era outra oportunidade de haver festa. 
  • 3) Outra data comemorativa está registrada na Bíblia, no Novo Testamento, quando o Evangelho de Lucas nos informa que aos doze anos, Jesus, juntamente com Sua família, foi à Jerusalém.
"E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa" (2:42).
Os Judeus comemoram os doze anos do menino, com uma festa semelhante a festa de um aniversário. É a partir desta idade que o menino Judeu passa a ter a sua "maior idade espiritual", ou seja, ele passa a ter a responsabilidade de cumprir os mandamentos da Lei de Deus, prescrita na Torá.

É feita uma festa chamada de Bar Mitzvah para os meninos. As meninas fazem o Bat Mitzvah. Os aniversariantes fazem a aliyah, ou seja, sobem à Bimah, ao "púlpito" para ler a Parashá (uma parte da Lei).

A Bíblia proíbe ou condena a comemoração de aniversários?


A resposta é NÃO! Nem o seu, nem o de Jesus. 

Como vimos até aqui, sem precisar "forçar a barra" e isolar versículos dos seus textos e respectivos contextos, é que tudo está associado mais às questões culturais que específica e/ou essencialmente espirituais. E, se você quiser ser culturalmente alinhado com os ensinamentos bíblicos, então prepare-se: 
  • 1) A Bíblia relata que Abraão deu uma festa, quando Isaque foi desmamado:
"E cresceu o menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado" (Gn 21:8).
Obviamente, se o patriarca, considerado o "pai na fé", assim o fez, é porque essa prática era comum à sua cultura.
  • 2) Os Judeus também fazem festa aos três anos de vida, quando o cabelo do menino é cortado pela primeira vez. Tal hábito está essencialmente ligado à cultura, sem ter absolutamente nenhuma implicação espiritual.

Conclusão


O aniversário de Jesus não era comemorado devido às tradições e o ambiente religioso em que Ele cresceu, porém não há nenhuma proibição bíblica que impeça a comemoração de aniversários, nem dEle e nem de quer que seja.

Muitos, no dia 25 de dezembro, comemora o "nascimento de Jesus", entretanto a que se saber que essa comemoração é deveras simbólica, isso porque: 
  • 1) Jesus é o Eterno, Ele é Deus que se fez como um de nós, e veio cumprir a missão da salvação da humanidade (1 Pedro 1:19,20; Apocalipse 22:13). 
  • 2) Já está mais que comprovado por dados e fatos históricos que, provavelmente, Jesus não nasceu no mês de dezembro (e, tudo o que se tem sobre a data real de seu nascimento são meras especulações, conjecturas, sem que nada a esse respeito possa ser de fato comprovado, justamente, por causa do que já citei acima, não haver registros sobre em que data nasceu o Salvador e isso, tem uma indicação profética, pois, Jesus nasce para alguém, quando esse alguém O recebe em sua vida).
O fato é que Jesus já existia muito antes de haver mundo. Portanto, que o aniversário de Jesus Cristo, seja lá em que dia ou mês tenha sido, possa servir como um dia de reflexão sobre a nossa salvação, e sobre o amor de Deus que não poupou a Si mesmo, mas se entregou por nós na cruz - e aqui não vou, nem "sob tortura", entrar em delongas sobre questões de paganismo, simbologias (como os referentes aos enfeites natalinos, culto ao tal "deus sol"...), pois, como eu disse anteriormente, já tem muita gente "mais entendida" falando sobre isso, é só você fazer uma rápida pesquisa ao "mestre Google" e... "boa viagem!"

Que venhamos também a praticar a caridade, a ajuda, o amor ao próximo (e isso todos os dias). Que haja orações, intercessões, pregação do evangelho (e isso todos os dias). Lembre-se que o "aniversário de Jesus" não é desculpa para bebedeira e glutonaria.

Temos que estar atentos ao verdadeiro significado do Natal, ou seja, do nascimento de Jesus... para cada um de nós, pois, afinal, não seria possível celebrar sua morte e ressurreição se Ele não tivesse nascido.

A Deus, toda glória. 
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domingo, 22 de dezembro de 2019

PAPO RETO - "LIVRE-ARBÍTRIO": O QUE PREVALECE, MINHA VONTADE OU A DE DEUS?

Quem nunca ouviu falar em "livre-arbítrio"? Debatida nas esferas teológicas, filosóficas e até psicológicas, a palavra é conhecida, mas seu significado, seu conceito, pode ser desconhecido pela maioria das pessoas, que a utilizam assim mesmo. O conceito dessa palavra é tão importante que, quando não entendido corretamente, pode causar grande — e tem causado muita — con­fusão. 

Foi o que ocorreu na época da Reforma Protestante. Depois de ter afixa­do nas portas da catedral de Wittenberg suas 95 teses, Martinho Lutero precisou debater com Erasmo de Roterdã sobre livre-arbítrio. Ele até escreveu um livro muito conhecido intitulado "A Escravidão da Vontade", no qual argumentou contra a Igreja Católica Apostólica Romana e ex­pôs as ideias bíblicas sobre livre-arbítrio.

O entendimento luterano


Para Lutero, era impossível conciliar o verdadeiro evangelho da graça de Deus com a ideia de livre-arbítrio pregada e crida na Igreja Católica. Por causa disso, Lutero foi excomungado e tratado como herege, mas, apesar disso, ele abriu as portas para um movimento de retorno às Escrituras, o que permitiu a compreensão desse tema tão importante, à luz da Pa­lavra de Deus.

Antes de começarmos, é bom esclarecermos algumas coisas. Em todo debate sobre "livre-arbítrio" a primeira coisa que você deve fazer é perguntar "qual sua definição de livre-arbítrio?", afinal não podemos esquecer que até a definição do tal arbítrio é livre. 

Piadas nerds-reformadas à parte, é bom deixar claro, pois algumas pessoas quando ouvem que o homem não tem "livre-arbítrio" logo pensam que se fala que o homem não tem vontade, que é um robô. O cerne da questão aqui não é se o homem tem uma vontade ou não. Lógico que tem! E essa vontade não é coagida, manipulada. O que alguns chamam de livre-agência — ou seja, eu sou o agente dos meus atos (aí entra o princípio da lei da semeadura) — para não confundir. 

Veja Calvino usar o termo "livre-arbítrio" nesse último sentido: 
"Desse modo, pois, dir-se-á que o homem é dotado de 'livre-arbítrio': não porque tenha livre escolha do bem e do mal, igualmente; ao contrário, porque age mal por vontade, não por efeito de coação."
Isto posto, entendamos, então, o que, afinal, é o tão debatido — e um tanto quanto controverso e equivocado — "livre-arbítrio". Aliás, um assunto, quanto mais debatido, mais atalhos encontra para os equívocos e as controvérsias, eis instaurada a confusão.

O que é "livre-arbítrio" de acordo com a Bíblia?


Popularmente, "livre-arbítrio" é entendido como a possibilidade do homem de fazer escolhas de forma "livre", ou seja, o homem pode fazer o que quiser — sendo ele, portanto, o "árbitro de si mesmo" —, e isso o tornaria livre de qualquer influ­ência, até mesmo de Deus. É como se o Senhor não tivesse nada a ver com as nossas decisões diárias. 

Porém, o termo "livre-arbítrio" sob a óptica da teologia e da filosofia é muito técnico e restrito. Aqui neste artigo, não tenho a pretensão de esgotar o assunto, o que me interessa é a identificação do "livre-arbítrio" relacionado à Soberania de Deus na salvação e como deve ser entendido à luz das Escrituras.

Pois bem, podemos dizer então que "livre-arbítrio" é a capacidade que o homem tem de fazer escolhas que podem ser contrárias ou não à sua natureza. O termo "arbítrio" diz respeito a julgar, isto é, o homem "teria" a capacidade de avaliar se vai tomar uma decisão contrária à sua natureza ou não, por isso o termo "livre". Usei o verbo no futuro do pretérito ("teria"), porque, na realidade, segundo a Escritura, nenhum homem tem "livre-arbítrio". O único homem que teve "livre-arbítrio" foi Adão e, mesmo em seu estado de pureza, ele ainda teve a capacidade de fazer o que fez, quanto mais nós.

É importante entender que o homem foi criado segundo a imagem e seme­lhança de Deus, ou seja, em retidão e perfeita santidade. 
"Eis o que tão so­mente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias" (Eclesiastes 7:29; cf. Gênesis 1:27; 2:7; 3:6; Salmo 8:5; Mateus 10:28; Romanos 2:14,15; Colossenses 3:10). 
Quan­do o homem pecou, perdeu a condição de "arbitrar" sobre sua vontade, perdeu a possibilidade de escolher entre estas duas alternativas: praticar a vontade de Deus ou pecar.

Liberdade é o mesmo que "livre-arbítrio"?

"Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão" (Gálatas 5:1).
Então, a questão é se a vontade do homem é livre para… Para o quê? Quando entramos nessa pergunta, em minha opinião, o debate sobre "livre-arbítrio" pode ocorrer em duas esferas e, apesar de conectadas, haverá maior progresso se nos restringirmos a uma. As esferas são: salvação e providência. 

Quando pensamos em providência, estamos lidando com questões como determinismo, compatibilismo ou libertarismo ou seja qual a relação entre a soberania divina e a responsabilidade humana (se você quer estudar isso, mergulhe no estudo de uma boa teologia sistemática; na verdade, de várias).

Mas não é isso que Lutero debateu. A questão maior do livro que ele escreveu, anteriormente citado, é sobre o papel da vontade na salvação. Ou seja, o homem pode igualmente inclinar sua vontade para o bem ou para o mal? Para o pecado ou para Deus? O homem pode buscar a Deus à partir de sua própria vontade natural? O homem tem uma capacidade própria, ainda que pequena, de voltar-se para Deus?

O teólogo Robert C. Walton, no livro "História da Igreja em Quadros", mostra quatro posições que fluíram do debate de Pelágio com Agostinho sobre esse assunto:
  • Pelagianismo: o homem nasce essencialmente bom e é capaz de fazer o necessário para a salvação;
  • Agostinianismo: o homem está morto no pecado; a salvação é totalmente pela graça de Deus, que é dada apenas aos eleitos;
  • Semipelagianismo: A graça de Deus e a vontade do homem trabalham juntas na salvação, na qual o homem deve tomar a iniciativa;
  • Semiagostianianismo: A graça de Deus estende-se a todos, capacitando uma pessoa a escolher e a fazer o necessário para a salvação.
Lutero estava defendendo a posição agostiniana e Erasmo, segundo o que Lutero aponta, parece flutuar entre as outras opções, principalmente o pelagianismo e semipelagianismo.

Uma observação final, apesar de ter implicações no debate entre calvinismo e arminianismo, este debate só aconteceu quase 100 anos depois do debate entre Lutero e Erasmo.

Um resumo: O "livre- arbítrio" nada é senão um escravo do pecado, da morte e de satanás


Após essa longa introdução, vamos a um resumo do primeiro capítulo. Para Lutero, 
"as Escrituras são como diversos exércitos que se opõem à ideia de que o homem tem um 'livre-arbítrio' para escolher e receber a salvação. Porém, basta-me trazer à frente de batalha dois generais — Paulo e João, com algumas de suas forças"; 
e é isso que ele faz. Ele mostra, em 19 argumentos, como Romanos (em especial, os capítulos 1, 2, 3 e 8) e o Evangelho segundo João (em especial, os capítulos 1, 3, 6 e 16) destroem a ideia do "livre-arbítrio. Em minha opinião, o principal argumento é que o "livre-arbítrio" só condena o homem.

Lutero argumenta que se é fato que o homem pode inclinar sua vontade tanto para o pecado e se perder, quanto para Deus e ser salvo, então o tal arbítrio não tem feito um bom trabalho, pois Romanos 1:18 diz que a ira de Deus se revela contra toda perversão de todos os homens. Se existe realmente o "livre-arbítrio", ele não parece ser capaz de ajudar os homens a atingirem a salvação, porquanto os deixa sob a ira de Deus.

Sim, o homem tem uma vontade, mas essa vontade está loucamente apaixonada pelas trevas (Jo 3:19). O homem natural não busca a Deus e não entende as coisas de Deus (Rm 3:11; 1 Coríntios 2:14). Como Paulo diz claramente em Romanos 8:5-7 (NVI, grifo meu): 
"Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. 
A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo."
Ou seja, em si mesmo, o homem, que é carnal, tem uma mente voltada contra Deus e não pode se submeter à lei de Deus (leia a parte em negrito novamente). Só pela ação do Espírito é que o homem se volta para Deus.

Além de impotente, pois não consegue justificar ninguém diante de Deus, o "livre-arbítrio" é ignorante e cego, pois precisa ser ensinado através da lei. O homem precisa ser ensinado pela lei o que é pecado e a sua necessidade de Cristo (7:7). Como afirmei acima, o homem carnal não consegue entender as coisas de Deus (3:11; 1 Co 2:14).

Por fim, nem vir a Cristo esse tal arbítrio consegue!


Na passagem de João 6:44, Jesus Cristo diz: 
"Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer". 
Isto não deixa qualquer espaço para o "livre-arbítrio". E o Senhor Jesus passou a explicar como alguém é trazido pelo Pai: 
"Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim" (v. 45). 
A vontade humana, por si mesma, é incapaz de fazer qualquer coisa para vir a Cristo em busca de salvação. A própria mensagem do evangelho é ouvida em vão, a menos que o próprio Pai fale ao coração e traga a pessoa a Cristo. 

Obrigado por nada, "livre-arbítrio"!

Mas se Deus deu a Lei, o homem pode cumpri-la!


Um argumento típico em favor do "livre-arbítrio' é: "mas se o homem não tem capacidade de cumprir a lei de Deus, por que ele a deu? Se Deus fala para você obedecer, então você tem uma capacidade natural, em você mesmo, para obedecer!" (uma visão bem pelagiana – herética, diga-se de passagem) Lutero responde com maestria esse argumento: ignorância do propósito da Lei!

O argumento a favor do "livre-arbítrio" é que a lei não nos teria sido dada se não fôssemos capazes de obedecê-la. Erasmo, por repetidas vezes você tem dito: 
"Se nada podemos fazer, qual é o propósito das leis, dos preceitos, das ameaças e das promessas?" 
A resposta é que a lei não foi dada para mostrar-nos o que podemos fazer. Nem mesmo a fim de ajudar-nos a fazer o que é correto. Paulo diz em Romanos 3.20: 
"…pela lei vem o pleno conhecimento do pecado". 
O propósito da lei foi o de mostrar-nos no que consiste o pecado e ao que ele nos conduz — à morte, ao inferno e à ira de Deus. A lei só pode destacar essas coisas. Não pode livrar-nos delas. O livramento nos chega exclusivamente através de Cristo Jesus, que nos é revelado através do evangelho. 

Virando a mesa na questão do "acepção de pessoas"


Quando alguém afirma que Deus concede graça salvadora somente para os eleitos, alguém rapidamente diz que "Deus não faz acepção de pessoas" (tirando o texto fora do contexto, claro). Mas o interessante é que Lutero vira a mesa e diz que são aqueles que afirmam que Deus concede graça salvadora somente àqueles que pelo "livre-arbítrio" o escolhem é que caem nessa acusação, afinal Deus escolheu aqueles que o escolheram, ele fez acepção entre aqueles que usaram bem a sua vontade e aqueles que não.

Contudo, acho que Lutero também acabou tirando o texto fora do contexto. Em Atos 10:34, a questão é que Deus não faz acepção entre judeus e gentios, mas recebe pessoas que temem seu nome de qualquer nacionalidade. Em Romanos 2:11, a questão é que Deus irá julgar tanto judeus, quanto gentios, sem ser parcial com os judeus por serem o povo de Deus. Em Efésios 6:9, a questão é fazer acepção de "classe social", escravos e senhores de escravos. Em 1 Pedro 1:17, é sobre Deus julgar a obra de todos sem parcialidade. Então, por favor, leia o contexto antes de levantar a bandeira "acepção de pessoas".

Conclusão

Um conforto para a alma


É preciso que saibamos separar as coisas. O fato de eu ser responsável pelas minhas escolhas, em absolutamente nada interfere no cumprimento da vontade soberana de Deus. Como diria um "bom filósofo", uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa. Deus, mesmo sendo soberano, não nos manipula, somos os agentes e não os juízes dos nossos atos. Crê em algo diferente disso é anular por completo e essencialmente o efeito da graça sobre nós.

Por fim, entender que nossa salvação não depende em última instância da nossa vontade, mas da graça de Deus é um conforto para a alma. Você sinceramente confia tanto na sua vontade que acha que pode se manter como cristão pelo resto da sua vida? Mas se você está confiando em si mesmo, você não está confiando em Deus! E isso é vaidade e idolatria! Veja o que Lutero diz:
"Confesso que eu não gostaria de possuir 'livre-arbítrio' ainda que o mesmo me fosse concedido! Se a minha salvação fosse deixada ao meu encargo, eu não conseguiria enfrentar vitoriosamente todos os perigos, dificuldades e demônios contra os quais teria de lutar. 
Porém, mesmo que não houvesse inimigos a combater, eu jamais poderia ter a certeza do sucesso. Eu jamais poderia ter a certeza de haver agradado a Deus, ou se haveria ainda mais alguma coisa que precisaria fazer. 
Posso provar isso mediante a minha própria dolorosa experiência de muitos anos. Porém, a minha salvação está nas mãos de Deus, não nas minhas. Ele será fiel à sua promessa de salvar-me, não com base no que eu faço, mas em conformidade com a sua grande misericórdia. 
Deus não mente, e não permitirá que o meu adversário, o diabo, me arranque de suas mãos. Por meio do 'livre-arbítrio', ninguém poderá ser salvo. Mas, por meio da 'livre graça', muitos serão salvos. 
E não somente isso, mas também alegro-me por saber que, como um cristão, agrado a Deus, não por causa daquilo que faço, mas por causa de sua graça. Se trabalho muito pouco ou errado demais, Ele, graciosamente, me perdoará e me fará melhorar. Essa é a glória de todo cristão".
No Éden, o primeiro casal, Adão e Eva, foi criado santo e justo, mas desobedeceu e caiu em pecado. A partir daí, todos os homens nascem sob as correntes do pe­cado, tendo sua vontade sempre cativa pelo mal e por este são influenciados; nessa condição, não conseguem por si mesmos voltar-se para Deus. 

No entanto, quando, por meio da ação sobrenatural do Espírito, Deus transforma um pecador e o resgata, este passa a ter o privilégio de obedecer e fazer a vontade do Criador. A nossa esperança, que se encontra fortalecida pela promessa de Deus, é que um dia seremos totalmente transformados e nunca mais pecaremos.

A Deus, o Único Autor e Consumador da minha fé, toda glória. 
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

OS DESAFIOS NO INGRESSO DOS NEGROS ÀS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

Toda a questão que envolve o negro brasileiro merece uma maior atenção, devido ao histórico de suas origens no período dos quatro séculos da escravidão. Essas questões também vieram para dentro do ambiente acadêmico. 

Existe legislação que hoje também obriga, nos cursos de graduação, a fazer a discussão das questões étnico-raciais. Por que discutir essa temática?

Os fatos 


Por inúmeras razões. Se observarmos, a maioria dos analfabetos é negra; a maioria das pessoas com menores rendimentos no Brasil é negra; o maior número de assassinatos envolvendo a juventude brasileira tem como vítimas jovens negros; e por aí vai. Desse modo, tem que se discutir essas questões e, com a chegada dos estudantes negros às universidades federais, houve uma mobilização nesse sentido. É o que veremos no texto desse artigo.

A realidade hoje


Cada vez mais são intensificados os debates acerca da necessidade de ampliação das estratégias de combate ao racismo no país. A população brasileira é composta majoritariamente por negras e negros, que somam 51% dos brasileiros. 

No entanto, historicamente, têm sido excluídos das instâncias deliberativas, seja no setor público ou no privado, e dos extratos socioeconômicos mais elevados.

No âmbito das universidades públicas, um dos instrumentos de inclusão e de reparação histórica é a reserva de vagas ou cotas.

O que é o sistema de cotas


Temos, atualmente, duas leis específicas sobre cotas que incluem a temática racial: a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, e a Lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014. A primeira refere-se ao acesso às universidades públicas federais, e a outra, aos concursos públicos no âmbito federal.

O Conselho Superior (Consu) aprovou a reserva de vagas em 2004, oito anos antes da publicação da Lei de Cotas, que entrou em vigor em 2012.

O dispositivo jurídico – Lei 12.711/12, atualizada para Lei 13.409/16 – reserva aos negros e indígenas que cursaram integralmente o Ensino Médio em escolas públicas, no mínimo, 25% das vagas ofertadas nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Desse percentual, 12,5% dos candidatos negros e indígenas também devem comprovar renda familiar per capita inferior a 1,5 salário mínimo. A outra metade das vagas é ofertada sem exigência da comprovação de renda.

A primeira coisa que é importante destacar é que não existe um sistema de reserva de vagas específico só para negros ou indígenas ou pessoas com deficiência. O que existe é uma reserva de vagas, envolvendo, no mínimo, 50% das vagas das instituições federais de ensino superior, para estudantes de escolas públicas. Dentro dessa reserva, há diferentes critérios para subdivisão dessas vagas: renda, raça e pessoas com deficiência.

O desafio da permanência


Mas os desafios do negro não terminam com seu ingresso ao ensino superior. Manter-se lá até a conclusão é uma segunda parte dessa empreitada, uma vez que o assédio de cunho étnico-racial é uma situação frequente no ambiente acadêmico.

São frequentes as denúncias de casos de assédio, principalmente contra estudantes cotistas, por conta de questões econômicas e étnico-raciais nos campi universitários. Estratégias como a criação de ouvidorias especializadas e a oferta de atendimento psicológico são indispensáveis para que os cotistas permaneçam na Universidade.

Por isso, há a necessidade de oferta também de acompanhamento psicológico, visando o combate a quaisquer tipos de discriminação e violência, atendendo um dos principais anseios da comunidade acadêmica.

A realidade hoje


Recente estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, nos últimos quinze anos, houve um aumento gradual da inserção de negros nas universidades. 

Entre 2012 e 2015, o número de vagas reservadas aos afrodescendentes passou de 140.303 para 247.950. Isso porque 31% das universidades públicas, que não haviam aderido a qualquer modalidade de reserva de vagas, foram obrigadas a implantá-la. 

A lei de cotas uniformizou, estabeleceu metas e tornou obrigatória a adoção de programas de ações afirmativas na rede federal de ensino. O Boletim de Políticas Sociais é uma publicação do Ipea, coordenado pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc). 

Contudo, mesmo com a legislação de cotas, a Universidade não reflete o percentual de negros da população brasileira. Somos metade da população brasileira e, na universidade, o percentual de vagas reservadas para negros é de 25%. No entanto, esse percentual ainda não é totalmente preenchido. 

Para os sociólogos, há dois caminhos a serem seguidos, visando ao efetivo acesso da população negra às universidades federais: investimentos em comunicação, em estratégias e em programas de permanência estudantil.

Conclusão


Uma das funções primordiais das universidades federais é o fomento à democratização da sociedade brasileira. Isto porque estamos em uma sociedade extremamente racista e a universidade reflete um pouco esse ambiente. 

A Universidade Pública tem, dentre suas funções, estimular a democratização da sociedade, pensando e propondo ações que incluam todos os grupos minoritários, para desfazer essa cultura elitista que ainda a caracteriza.

O debate sobre as cotas raciais intensificou-se no Brasil após a sanção da lei de cotas. De um lado, movimentos sociais, ONGs, intelectuais e juristas defendem a necessidade das cotas sociais e raciais para solucionar os problemas de desigualdade no país. De outro, há o grupo ainda reticente quanto a efetividade do sistema, por considerá-lo ambíguo e controverso em seu propósito.

Bom, mas mesmo considerando todo o avanço conseguido com o sistema de cotas, eu, pessoalmente, não sou de todo favorável a ele. Acredito que não se deveria pensar em cota, mas em melhorar o sistema de educação básica público, dando a todos as mesmas chances de ingressar na universidade.

Sei que, como contra-argumento, os favoráveis às cotas dizem que as ações afirmativas são uma primeira resolução do problema, que deve estar acompanhada de investimentos na educação básica pública, para que, futuramente, com uma educação básica de qualidade e pessoas negras inseridas no ensino superior, as cotas não sejam mais necessárias.

E você, meu caro leitor, qual sua opinião sobre esse polêmico assunto (cujo debate está longe de acabar)?

A Deus, toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

LENDA URBANA - AS SERINGAS/AGULHAS INFECTADAS COM O VÍRUS HIV


seringa lenda das agulhas infectadas
Você já ouviu essa lenda urbana? Ela dizia que, ao sentar numa poltrona de cinema ou de teatro, você "sentia uma agulhada". Ao verificar o que houve, achava uma seringa com sangue ao lado de uma mensagem: 
"Bem-vindo ao mundo da aids"… 
A armadilha seria planejada por supostos revoltados que teriam contraído o HIV, o vírus da doença.

Onde, quando e como surgiu a lenda?


Nos anos 90, a população entrou em pânico com a notícia de que agulhas infectadas com o vírus HIV estavam sendo colocadas em assentos de cinemas e teatros. 

Como toda lenda urbana, essa também tinha várias versões. Cada um contava de um jeito. Em uma das versões, a história era que uma mulher desavisada havia sentado em uma das poltronas e sentiu uma picada. Ao olhar para o assento, encontrou uma agulha com o seguinte bilhete: 
"Bem vindo ao mundo real! Agora você também é portador do HIV positivo".
O tal bilhete era digitado e escrito todo em letra maiúscula, para "dar mais veracidade" e causar mais impacto.

Mas seria possível contrair o vírus da aids com uma agulha utilizada por um portador? De acordo com a medicina, essa chance é praticamente inexistente, pois o vírus HIV sobrevive por pouquíssimo tempo fora do organismo. Mas, vamos falar sobre isso mais adiante.

Terror alimentado pelo preconceito e pela desinformação


Um dos maiores problemas  senão o maior deles enfrentados pelos pacientes soropositivos sempre foi, sem dúvida, o preconceito. Hoje, talvez, não tanto, já que devido aos avanços conseguidos pela medicina no tratamento e controle da doença. Mas, certamente, o preconceito, somado à desinformação e o medo de contrair a doença que tem um histórico tão devastador, ajudou muito na disseminação dessa lenda urbana.

Outra versão


Em outra versão, a lenda dizia que um rapaz entrou em um teatro e, ao sentar-se, sentiu uma espetada. Quando passou a mão na cadeira, achou uma agulha e um bilhete que dizia:
"Bem vindo ao mundo real, agora você também faz parte do mundo da aids".
O rapaz, desesperado, faz os testes e realmente fica confirmado que ele tinha contraído o vírus HIV, a agulha estava mesmo contaminada. 

Assim como as versões, também as cidades e as circunstâncias onde teriam ocorrido os supostos ataques eram as mais diversas e mudavam segundo o idioma e a versão.

Um cinema em Dallas no Texas, outro em Denver, no Colorado. Em Escondido, Califórnia, um estudante teria sido atacado numa boate. Outras cidades como Toronto, Vancouver e Montreal no Canadá; San Diego, Oakland, Seattle, Nova Iorque e Filadélfia nos EUA; Bombaim, na Índia; Paris e Issy-Les-Moulineaux na França; Cidade do México e São Paulo também eram mencionadas. 

Algumas vezes, a mensagem é mais imprecisa e fala na Inglaterra, Havaí, Austrália, Equador e Alemanha sem dizer o nome da cidade onde teria ocorrido o suposto atentado. Apesar da diversidade de versões e dos supostos locais onde teria ocorrido o ataque, o texto da mensagem contida num pedaço de papel deixado com vítima é quase sempre o mesmo: 
"Bem vindo ao mundo da AIDS!" 
Ou algo semelhante. 
"Onde há fumaça, há fogo",
diz um velho e conhecido ditado popular. Se as mensagens são a fumaça, onde está o fogo? 
 

A origem da lenda 


Em dezembro de 1996, no estado de Louisiana, EUA, um homem sentou numa agulha que estava na cadeira de um teatro ou cinema. No entanto, não havia nenhum bilhete nem tampouco o homem contraiu o vírus da AIDS. 

Nova Orleans, EUA Em 1939, na cidade de Nova Orleans, EUA, surgiu um boato, talvez o precursor dessa lenda. Recomendava-se às garotas para terem cuidado com o Homem da Agulha. Esse monstro entrava no cinema sempre acompanhado de um ou de uma ajudante. Essa dupla de monstros procurava uma jovem sozinha de modo que as duas poltronas à direita e à esquerda dela estivessem vazias. 

Cada um dos monstros sentava de um lado da vítima e um deles aplicava uma injeção de morfina na jovem desprevenida. Quando a pobre jovem pegava no sono, ela era retirada do cinema e, a partir daí, jamais se tinha notícia dela. Ninguém tinha notícia dela, mas todos sabiam que ela havia sido levada para a vida. Para a chamada vida fácil ou de vergonha, seguida por muitas mulheres: era contrabandeada para como escrava sexual para o mercado da prostituição.

Na Austrália, em 1990, um prisioneiro portador do vírus da AIDS atacou um guarda com uma seringa infectada. O guarda foi contaminado e morreu sete anos depois do ataque.

No zap-zap  na era das Fake News


No entanto, o terror não acaba por aí. Nos últimos meses, uma história similar virou assunto em todo o Brasil. Os usuários do aplicativo WhatsApp começaram a receber uma mensagem que alertava sobre um homem vestido de enfermeiro que estava em determinados locais oferecendo teste de diabetes. 

Na verdade, ele estaria utilizando agulhas infectadas com o vírus HIV para infectar outras pessoas. Um retrato falado do suspeito era divulgado junto à mensagem, que pedia para que fosse repassada para o maior número possível de pessoas. Alguns dias depois, as autoridades asseguraram que a mensagem era apenas um boato e o retrato falado era de um estuprador procurado pela polícia de Manaus.

Conclusão


Você pode notar – mais uma vez – que o fato aconteceu com "uma pessoa" que ninguém nunca soube quem era. As lendas urbanas caracterizam-se pela inexatidão dos fatos: acontece sempre com um amigo do meu amigo, ou com uma pessoa, nunca se sabe o nome da vítima. As tais mensagens também não explicam em qual cinema ou teatro aconteceu a espetada.

Mais uma dúvida vem à mente: Como seria essa agulha com um bilhete na ponta? Será que o bilhete estava na ponta que furou a bunda da "pessoa"? Ou será que o bilhete estava na outra ponta?

Mas a verdade é que, se algum maluco de fato chegou a preparar tal armadilha, ela certamente deu errado. 

De acordo com os infectologistas, o vírus HIV é muito fraco e é um parasita. Ele precisa de uma célula sanguínea para sobreviver, e o sangue fora do corpo coagula em alguns minutos. Para que o atentado desse certo, a seringa precisaria ser trocada constantemente. Além disso, a agulha teria que penetrar as roupas e os músculos da vítima até chegar à corrente sanguínea. Sem contar que seria preciso injetar muito sangue para contaminar alguém. Ou seja, chances de sucesso praticamente nulas. Sendo, portanto, a tal lenda urbana uma – mesmo que aterrorizante – enorme mentira.

A Deus, toda glória. 
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domingo, 15 de dezembro de 2019

DISCOS QUE EU OUVI 58 - "HOUSE REMIX - VOL. 1", VÁRIOS


Além de lembrar um período interessante do dance music, que agitou a maioria das baladas de parte do Brasil entre as décadas de 80/90 - aqui, faço menção saudosa e especial das grandes noitadas de sábado na quadra do Centro Esportivo Chiodi, localizado na Vila São Paulo, divisa entre os municípios de Belo Horizonte e Contagem, bons tempos aqueles... -, este disco também pode deixar muitos internautas e colecionadores surpresos pelo redescobrimento.

Sim, caro leitor! Para muitas pessoas este disco é visto
como "novidade" em meio ao abandono, muito em prol da desmemoriação crônica de muitos entre nós e do desdenho por aqueles que não querem ou não conseguem ouvir nada mais que seu gosto musical particular. Só que, meus caros, esse disco foi um estupendo sucesso e era presença obrigatória nas mais badaladas pistas de dança nas boates mais descoladas e em qualquer festinha que se prezasse nesse biênio tão quente e diverso. Mas antes de falar do disco, farei um breve resumo do que foi a


House Music.


Muita gente acha que House Music foi coisa de playboy. Ledo engano. A verdade é que a origem da House Music é underground, negra e gay! A House Music é o som do amor, som que democratizou a pista de dança e redefiniu a noção sobre música. 

O movimento House Music nasceu em clubes underground em Chicago e suas raízes estão fincadíssimas na cultura LGBTQ afro-americana! Os clubes como o Warehouse, The Power Plant e Paradise Garage eram lugares onde grupos marginalizados pela sociedade podiam se encontrar, se divertir e se sentir bem, e a música era paixão compartilhada por todos!

House Music teve a habilidade de juntar pessoas de culturas diferentes, foi um dos ritmos que ajudou a democratizar a pista de dança, um gênero importantíssimo que representa e marca um momento da historia dos EUA... A Cultura evoluiu da Disco Music, que teve seu apogeu na década de 1970, e haviam muitos DJs na época procurando impulsionar as melodias funk com mais energia e até mais peso, um som mais pra frente sabe? Com essa influência foi se revelando uma batida de 4/4 que se tornaria o ritmo básico do gênero, a base (leia-se "beise").

Nos anos 70, muitos latinos negros e africanos imigrantes estavam em NY e a cultura negra estava tendo uma ascensão no mainstream, mas esses grupos ainda eram muito marginalizados e super pobres... nos anos 70 o jornal New York Times reportou que 311,864 pessoas negras viviam em áreas de pobreza, número que depois avançaria pra 452,030 mil. A comunidade gay estava lutando por liberação, e a desigualdade social gritava muito mais do que agora! E foram justamente esses grupos rejeitados pela sociedade que deram inicio a cena underground incluindo o House Music, que só seria reconhecida pelo mundo mais tarde.

The Warehouse


Warehouse foi uma casa noturna de Illinois/Chicago que deu origem ao termo "House". Em Chicago surgiu o The Warehouse, club que tinha como residente Frankie Knuckles (1955/2014). De maneira espetacular, no comando de suas pick ups ele conseguiu desenvolver suas habilidades e o estilo, que caminhava do Disco, Indie, Synth Disco europeu e muitas outras raridades que levaram a etiquetar o estilo como House Music

Knuckles é hoje considerado um dos pais do House e era tão popular que o Warehouse, inicialmente um club exclusivo para homossexuais negros, começou a atrair multidões mais heterossexuais e brancas, levando seu dono, Robert Williams, a abrir o club ao público em geral. Era o único lugar da cidade em que se poderia ouvir esse estilo de música.

Em 86 o House já tava bombando em Londres e Ibiza, alias, os artistas de House ficaram chocados quando descobriram o tanto que as pessoas gostavam de House nesses lugares. A música deles estava a milhão nas paradas de sucesso do Reino Unido, e o House e todas as suas vertentes eram adoradas nesses lugares!

"House Remix - Vol. 1 - Internacional"

O disco


Lançado em 1990 pela gravadora WEA e distribuído pela BMG Ariola, o disco apresenta remixes de canções de artistas como Kon Kan, Depeche Mode, Erasure e Noel Pagan. 

"House Remix", apesar do título explicar o conteúdo, esse álbum fez bastante barulho na época de seu lançamento já no finzinho dos anos 80 e merece entrar para a galeria "Coletâneas". Basta lembrar que a vida de DJ não era nada fácil: sem internet, MP3, plataforma de streamings e todas as facilidades de divulgação que temos hoje, apenas quem pilotava pick ups em casas noturnas muito badaladas tinha acesso às versões 12" - as cultuadas "extendend versions"  - dos hits do momento.

A outra alternativa, um pouco mais dolorosa, era ir até lojas de importados nas galerias de São Paulo e comprar a peso de ouro cada novo single. Se você que não era DJ, então o jeito era mesmo se contentar com uma gravação da rádio, tipo Jovem Pan FM, que na época era uma das que mais executavam em sua programação esse estilo de música.

Aliás, nessa época as rádios estavam quase à beira de um ataque de nervos, tamanha a ansiedade sobre qual seria a nova "onda" e por pouco o Brasil não embarcou na Newbeat que para variar já chegava atrasada. Eis que atropelando tudo e com uma estrutura pra lá de sedimentada no exterior, chega por terras Brasilis, quebrando tudo, a House Music. Esse álbum foi mais do que tocado, e podemos dizer que uma boa parte de qualquer festa sempre estava a salvo se o DJ tivesse esse disco na ponta da agulha. Vamos às pérolas:

Faixa a Faixa



1/A) "I Beg Your Pardon" - Kon Kan


O nome dessa banda é bem curioso, vem de Can Con (Canadian Content) uma lei que obriga às rádios canadenses a tocarem no mínimo 30% de música nacional. O duo Barry Harris e Kevin Wynne não durou muito, no começo dos anos 90 eles tomaram rumos diferentes e o único que continuou a dar seus pulinhos musicais foi Harris que chegou a gravar até um álbum solo. Hit de pista até hoje, é mais uma naquele esquema: não há quem não tenha dançado, cantado ou no mínimo escutado. Eu fiz tudo isso!

2/A) "Like A Child" - Noel


Hit dos hits da "era House". Mais tarde inserido num movimento chamado "freestyle", Noel era obrigatório em qualquer festa house, e era bem comum ouvir ao menos 3 hits dele na mesma noite. Apesar de "Silent Morning" ter feito sucesso primeiro, "Like A Child" aproveitou o vácuo do sucesso anterior e não deixou a bola quicar no chão, manteve Noel nas programações das rádios por um looooongo tempo.

3/A) "Yo No Se" - Pajama Party


Com um nome sugestivo destes era de se esperar que as 3 meninas do Pajama Party fossem fazer um bom sucesso por aqui. House Music de primeira com batida perfeita para fazer qualquer mixagem. Vale cada minuto dessa versão 12".

1/B) "A Little Respect" - Erasure


Para os desavisados, a dupla Vince Clark e Andy Bell já estavam no seu terceiro álbum quando esta música estourou nas rádios. Com um pouquinho a mais de história, vale lembrar que Vince Clark foi fundador do Depeche Mode (também presente na coletânea) e fazia par com Alison Moyet no Yazoo. "A Little Respect" ficou semanas no top das rádios e quem tinha essa versão 12" literalmente fazia a festa.

2/B) "Strange Love" - Depeche Mode


Single arrasador, em um remix pra lá de dançante. Escancarou de vez as portas para o Depeche no Brasil que já possuía uma considerável legião de fãs. Apesar do Depeche não ser uma banda de House no sentido mais "Warehouse" da palavra, essa música estourou no momento certo e quem ouvia nas rádios não fazia muita questão de diferenciar estilos.

3/B) "That's The Way Love Is" - Ten City


A menos conhecida da coletânea, mas no fiel estilo House Music, não deixa nada a deseja: ouça e experimente no mínimo não se pegar balançando o pé.

Conclusão


Depois desse álbum, que trazia na sua capa o alegre símbolo que ficou conhecido como smyle e se tornou a marca registrada do movimento House, uma centena de outros vieram - inclusive, um volume 2, tão bom quanto o primeiro (eu tive os dois em minha coleção de vinis) -, mas no estilo 12" vale lembrar que esse foi pioneiro por reunir de uma só vez os melhores hits das pistas nessas versões exclusivas, e o melhor de tudo, acessível aos mortais em qualquer loja de discos. Quem ainda tem o seu exemplar, pode guardar com carinho que este disco fez história.

O House gerou diversos subgêneros desde o seu surgimento, fez a música eletrônica aparecer para o mundo inteiro nas suas mais diversas variações e fez a cultura clubber chegar a um patamar nunca antes visto. O House enfrentou diversos obstáculos ideológicos na sua trajetória, preconceitos por ser tocado em locais frequentados em sua maioria por negros e homossexuais, com protestos, proibições, mas no underground nunca deixou de se acreditar na sua continuidade e evolução. 

Transformou-se num movimento mainstream e fez com que todos se unissem para fazerem parte de algo que estava dominando as pistas do mundo inteiro, independente se eram negros ou brancos, heterossexuais ou homossexuais. Vários clubs, gravadoras e DJs que surgiram naquela época ainda continuam em pleno funcionamento hoje em dia e carregam consigo as histórias marcantes daquela época.
[Fonte: Projeto Autobahn - A Balada dos Anos 80, por Gabriel Front; Expensive $hit]

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

E ENTÃO É NATAL!... UAI, É?!

Estamos em poucos dias de 2019 e há poucos de 2020. Todo ano, nas rodas de conversa, é recorrente o clichê de que os meses "voaram", já é dezembro e "parece que foi ontem" a despedida do ano anterior. Neste ano não seria diferente e eu ainda acrescentaria que, devido à ocorrência de tantas tragédias, esse ano já está é demorando. 

O fato é que grande parte das pessoas ainda não estão no tal "clima – e/ou 'espírito' – de Natal", porque o ano passou tão rápido. Mas será que é só a rapidez na passagem do tempo que tem feito com as pessoas arrefeçam seu entusiasmo quanto à data, antes, tão iluminada, inspiradora e envolvente? 

Acendam as luzes, por favor


Natal é sempre um período de consumismos, festas, harmonia, comemorações e encanto de crianças e adultos com a decoração natalina. No entanto, este ano a cidade de Belo Horizonte está um tanto quanto "apagada", se comparado com anos anteriores, com uns poucos enfeites que estão sendo providenciados de última hora e restritos aos chamados pontos turísticos, como as praças da Estação e Liberdade, ambas na região central da capital mineira. 

Será falta de "espírito natalino"? Será que as pessoas perderam a sensibilidade nesta época do ano? O que antes era montado em novembro está sendo feito de forma "atropelada" e com qualidade que deixa bastante a desejar.

Estamos a poucos dias do Natal e nem parece. As pessoas não estão tão entusiasmadas como em anos anteriores e o comércio, com algumas exceções, não decorou suas lojas para a data, que, impulsionada por eventos como a famigerada Black Friday, é considerada a melhor do calendário lojista. 

Apesar do pouco envolvimento com a decoração de Natal, o movimento na região central e nos shoppings é crescente e a projeção é que as vendas sejam superiores às previsões iniciais que era de incremento de 8% a 10% neste período. Mas, persiste a pergunta que não quer calar: porque as coisas não são mais como antes?

Sobra incertezas e faltam expectativas


Natal. Ano Novo. Dezembro. Aqui no Brasil, essas palavras normalmente remetem ao calor, às festas e celebrações. Mas o tempo fechado traz, junto com a necessidade de usar os casacos mais grossos, uma sensação confusa, de que ainda tem muito 2019 pela frente. 

De fato, fatores externos do ambiente influenciam na percepção das pessoas com relação à época vivida. Somos eminentemente animais mamíferos e o nosso cérebro é regulado pelo clima, pelo tempo, explica cientificamente a psicologia. Ainda de acordo com a psicologia, a presença de pouca chuva e mais de sol, do misto entre calor e frio vai norteando o nosso organismo, biologicamente, como estratégia de sobrevivência. Essa modulação do nosso comportamento pelo clima é inconsciente.

Além do tempo, outro fator que determina a mudança de perspectiva sobre o final do ano é a crise econômica que o país enfrenta. A recessão e as ainda incertezas quanto aos rumos que as coisas no Brasil tomaram, causa estranheza com relação ao período – característico de muitas compras – se comparado a anos anteriores. 

O Natal sempre é bom pra todo mundo, mas com esse sistema que nós estamos vivendo na parte política, com tudo aumentando [de preço] e o salário não aumenta, existe uma incerteza sobre o futuro, sobre os próximos anos, que a gente sabe que ainda serão sinalizados por essa crise que, de acordo com os números e com os especialistas econômicos, está longe de acabar. A gente fica receoso. Estou sentindo esse ano diferente dos outros, por causa da crise que está atingindo todo mundo. A euforia do clima natalino está diferente, isto é fato inquestionável.

A percepção menos entusiasmada sobre a época também está relacionada a acontecimentos que abalaram o país como: a tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, no distrito de Córrego do Feijão, município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), que vitimou 258 pessoas e ainda segue com 13 desaparecidos (25 de janeiro), o massacre na escola em Suzano (SP), que vitimou 08 pessoas (13 de março); além das mortes de muitas personalidades do meio artístico nacional – como o ator, diretor e produtor Jorge Fernando (27 de outubro), o empresário, produtor e apresentador Augusto Liberato (22 de novembro) – e internacional – como a recente morte da vocalista do duo Roxette, Marie Fredriksson (09 de dezembro). 

Infelizmente, principalmente devido às notícias dessa tragédia em Brumadinho, parece que a gente ainda nem pensou no Natal direito, nesse sentimento de nascimento, de amor. E a gente tem estado muito triste.

Conclusão


A conclusão do ano motiva as pessoas a refletirem sobre o passado e o futuro e também sobre os significados das celebrações. Na festividade cristã, o nascimento é sempre uma felicidade, um acontecimento, uma esperança. Acho que as pessoas entram muito no campo dessa perspectiva que vai se abrindo para elas. Por outro lado, olham para trás e pensam no que elas fizeram durante o ano, refletem e, se o resultado que fica é desfavorável, somado a estes acontecimentos fatídicos, é esse sentimento de apatia e desânimo.

No geral, apesar das notícias de 2019 não terem sido as melhores, o balanço do sentimento de fim de ano é positivo. Vendo as decorações que enfeitam o comércio – ainda que poucas e tímidas – e os pontos turísticos das cidades, passeando pela cidade, o sentimento natalino acaba começando a acender nos corações dos que têm esse período como tão significativo. 

O ano está acabando e vamos comemorar ainda mais a vida junto à família, aos amigos, às comunidades cristãs depois de tudo isso que aconteceu. Afinal, a vida continua, a esperança de um Brasil melhor também precisa ser renovada e continuar.

Enfim, o significado esperançoso do Natal e do Ano Novo, apesar de mais discreto, permanece. O final de ano, por si só, já traz esse conforto, essa alegria de viver e de gratidão ao Senhor, pois, afinal, mesmo em meio a tanta coisa ruim, prevalecemos:
"EBENÉZER! Até aqui nos ajudou o Senhor!" (1 Samuel 7:12b)
  • A palavra hebraica "Ebenézer" literalmente significa "pedra de Ajuda" [uma referência profética a Jesus (conforme Salmo 118:22 e 1 Pedro 2:6-8)] e aparece três vezes na Bíblia. Portanto, dentro do contexto, Ebenézer é também o nome dado a uma pedra memorial erigida por Samuel para marcar o local onde Deus ajudou Israel a derrotar os filisteus ao norte de Jerusalém.
A Deus, toda glória. 
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