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quinta-feira, 25 de abril de 2019

PERSONALIDADE RELIGIOSA - JOYCE MEYER

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Pauline Joyce Hutchison Meyer nasceu em St. Louis, Missouri, Estados Unidos, no dia 4 de junho de 1943. Nesse mesmo ano, seu pai foi para o Exército e serviu na Segunda Guerra Mundial. Teve uma infância problemática, pois sofreu abusos de seu próprio pai - ela mesma relatou que chegou a ser abusada sexualmente por ele "umas de 200 vezes".

Formação


Após se graduar na O'Fallon Technical High School, em St. Louis, ela se casou com um vendedor de carros, mas seu casamento durou apenas cinco anos. Depois do divórcio, Pauline conheceu Dave Mayer, com quem se casou em 7 de janeiro de 1967, e teve quatro filhos.

Conforme informação em seu site oficial - o Joyce Meyer Ministries -, ela tem o "doutorado em divindade", feito na Universidade Oral Roberts em Tulsa, Oklahoma, e é Phd em Teologia da Universidade da Vida Cristã em Tampa, Flórida.

Em fevereiro de 2005 foi honrada sendo incluída pela Revista Time entre os 25 líderes evangélicos mais influentes nos EUA.

Equívocos doutrinários


Joyce é uma das palestrantes e escritoras mais lidas no seguimento evangélico. Muitos de seus livros são citados como referência por muitos pastores e líderes das mais variadas vertentes e denominações. Mas nem tudo são flores nos ensinamentos doutrinários de Joyce Meyer.

Durante muito tempo ela ficou conhecida como uma das expoentes da famigerada Teologia da Prosperidade, a qual como a maioria dos seus mestres, tem transformado o sangue de Cristo em um líquido viscoso e dourado e este, por sua vez, é cunhado em barras de ouro para enriquecer os pregadores e embalar em sonhos dourados dos que acreditam nessa teologia.

Infelizmente, nem tudo que reluz é ouro… Conforme o provérbio popular, e os ensinos de Joyce Meyer contêm algumas heresias embutidas e disso vamos dar alguns exemplos, antes de delinear a vida faustosa da qual ela tem usufruído graças aos ensinos que agradam os ouvintes e lhe rendem altos dividendos.

Assim como os Kenneth Copeland e Haggin, Joyce não crê que Jesus tenha efetuado na cruz a completa reparação dos nossos pecados, conforme a Bíblia ensina. Ela acredita e ensina que Jesus precisou ir ao inferno e ser ali atormentado durante três dias, a fim de completar a reparação dos pecados da humanidade:
"Durante o tempo em que Ele permaneceu no inferno, o lugar para onde você e eu deveríamos ir, por causa dos nossos pecados… Ele ali pagou o preço… Nenhum plano seria extremo demais… Jesus pagou na cruz e no inferno… 
Deus levantou do Seu trono e disse aos poderes demoníacos que atormentavam o Seu Filho impecável: 'Deixem-no ir'. Foi então que o poder da ressurreição do Deus Todo Poderoso entrou no inferno e encheu Jesus… E ressuscitou dos mortos o primeiro homem nascido de novo" ("The Most Important Decision You Will Ever Make: A Complete And Thorough Understanding of What It Means To Be Born Again" - "A decisão mais importante que você jamais fará: uma compreensão completa e completa do que significa nascer de novo", em livre tradução -, 1991, páginas 35-36 do original de Joyce Meyer - grifos meus).
Joyce continua: 
"Não existe esperança alguma para ir ao céu, a não ser que se acredite de todo o coração nesta verdade… Que Jesus tomou o nosso lugar. 
Ele se tornou o nosso substituto e sofreu todo o castigo por nós merecido. Ele carregou todos os nossos pecados. 
Ele pagou o débito… Jesus foi ao inferno em nosso lugar. Ele morreu por nós" (página 45 do mesmo livro - grifo meu).
Joyce Meyer declara ostensivamente que não existe esperança alguma para se chegar ao céu, a não ser que se acredite nesta "verdade" que ela está ensinando, ou seja, que Jesus desceu ao inferno, sofreu nas mãos dos demônios e ali nasceu de novo. 

Mas, de acordo com a hermenêutica bíblica, isso é pura heresia. Mas vejamos outra heresia contida em sua obra. Joyce se considera impecável, conforme podemos escutar em sua fita de áudio intitulada: "What Happened from the Cross to the Throne?" ("O que aconteceu da cruz ao trono?" em livre tradução).
"…Eu não deixei de pecar, até que finalmente entrou em minha cabeça dura que eu já não sou uma pecadora… 
Ora, a Bíblia diz que sou justa e não posso ser justa e pecadora ao mesmo tempo. Tudo que me ensinaram a dizer foi: 'Sou uma pobre e miserável pecadora'.  
Ora, eu não sou pobre, nem miserável pecadora. Isso é uma mentira das profundezas do inferno. Isso é o que eu era, antes de nascer de novo, e se continuo sendo isso, então Jesus morreu em vão" (grifos meus).
Contudo, a Bíblia ensina na 1 João 1:8: 
"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós". 
Quem está mentindo: O apóstolo João ou Joyce Meyer?

Como todo pregador de heresias, Joyce admite que recebe parte dos seus ensinos dos próprios anjos. Para ela e outros visionários a Palavra de Deus não é suficiente…
"Ora, os espíritos não têm corpos e, portanto, não podemos vê-los. Mas eu creio que existem vários anjos aqui, esta manhã, pregando para mim. 
Creio exatamente que, antes de fazer qualquer declaração, eles se inclinam para mim e me dizem ao ouvido o que eu devo transmitir a vocês" ("Witchcraft and Related Spirits" – Feitiçaria e espíritos relacionados em livre tradução - Disponível em áudio, Parte 1, 2A-27).

Ministério


Durante algum tempo, Joyce Meyer foi membro da Igreja do Nosso Salvador, em St. Louis, uma congregação da Igreja Luterana – Sínodo de Missouri. Em 1976, tornou-se professora da Bíblia e em 1980 começou a se dedicar integralmente ao ministério. Em 1981 tornou-se pastora auxiliar da Igreja Life Center em St. Louis, onde realizava reuniões semanais.

Em 1985, Joyce Meyer renunciou ao cargo de pastora auxiliar e fundou seu próprio ministério, inicialmente intitulado "A Vida na Palavra". A Igreja tornou-se uma das principais igrejas da região. Mayer começou a se apresentar diariamente em um programa de rádio durante 15 minutos. Depois, o programa passou a ser transmitido em mais seis estações de Chicago.

Em 1993, por sugestão de seu marido, Meyer começou um ministério na Televisão denominado "Enjoying Everyday Life" ("Apreciando a Vida Cotidiana, em livre tradução). Ela também publica uma revista com o mesmo título do programa da TV.

Ações


Joyce Meyer que se considera professora da Bíblia, tem estabelecimentos no Brasil, Canadá, Austrália, Estados Unidos, Índia, Inglaterra, Rússia e África do Sul, onde oferece ajuda espiritual para os fieis que estão em locais hostis e auxilia em trabalhos sociais.

Joyce também se juntou a um grupo de jovens com o objetivo de fazer doações de alimentos aos mais necessitados. Esses trabalhos são realizados em orfanatos, e cadeias, onde faz doação de kits de higiene aos presos.

Algumas Obras de Joyce Meyer


Joyce Meyer é autora de diversos livros de autoajuda no seguimento cristão, dentre os quais, destacam-se:
  • A Formação de um Líder (1991)
  • Campo de Batalha da Mente (1994)
  • Eu e Minha Boca Grande (1996)
  • Conhecendo Deus Intimamente (2003)
  • Como Ouvir a Voz de Deus (2003)
  • O Vício de Agradar a Todos (2005)
  • Pareça Maravilhosa (2006)
  • 100 Maneiras de Simplificar Sua Vida (2007)
  • Nunca Desista (2009)
  • Pensamentos Poderosos (2010)
  • Ouvindo Deus a Cada Manhã (2010)
  • Vivendo Além de Seus Sentimentos (2011)
  • Faça um favor a si mesmo... Perdoe (2012)

  • Mentes Tranquilas, Almas Felizes (2018)

Uma de suas mais recentes obras é o livro "Mentes Tranquilas, Almas Felizes". Nele Joyce pretende ensinar o leitor como desenvolver o equilíbrio interior. Deixando de lado os conflitos dos relacionamentos.

Joyce Meyer orienta o leitor como afastar a discórdia dos relacionamentos e a assumir o controle das suas emoções. Nesse processo é possível restaurar a paz no casamento, nas amizades ou na família.

Segundo ela, ninguém está livre de passar por esses problemas. Mas, o conflito é capaz de destruir o amor, a alegria e a comunhão entre as pessoas que se amam. Por isso, Joyce Meyer mostra como desenvolver o equilíbrio interior para afastar a discórdia de seus relacionamentos.

Em "Mentes Tranquilas, Almas Felizes" a autora dá dicas para o leitor assumir o controle de suas emoções e assim restaurar a paz em seus relacionamentos.

Conclusão

Novos rumos


Joyce Meyer renunciou aos ensinamentos da Teologia da Prosperidade durante uma ministração recente, na qual ela disse que acreditava que suas ideias de prosperidade bíblica haviam crescido em "desequilibro" com as Escrituras.

Em vez disso, Meyer diz que a Bíblia promete que teremos problemas – independentemente de quanta fé um indivíduo tenha – e os crentes não podem simplesmente acreditar em seu caminho para o sucesso.
"No movimento Palavra e Fé, nos anos 60 e 70, havia muito ensino sobre prosperidade"
diz Meyer. 
"Eu agradeço a Deus por isso. Deus tocou a minha vida naquela época de uma forma poderosa porque eu sabia que fui salva pela graça, mas eu não sabia nada sobre usar a minha fé para outra coisa senão a salvação. 
A fé é algo que Deus lhe dá que você precisa usar e liberar em sua vida. É uma força poderosa, mas não é apenas automática. Você coloca sua confiança em Deus. Você coloca sua fé nEle".
Ela continua: 
"Fico feliz pelo que aprendi sobre prosperidade, mas fiquei desequilibrada. Fico feliz pelo que aprendi sobre a fé, mas fiquei desequilibrada. 
Então toda vez que alguém teve um problema em sua vida. Foi porque eles não tiveram fé suficiente Se você ficou doente, você não teve fé o suficiente Se seu filho morreu, você não teve fé suficiente? 
Bem, isso não está certo. Não há lugar algum na Bíblia em que promete que nunca teremos nenhum problema. Não importa quanta fé você tem. Você não vai evitar nunca ter problemas em sua vida" (Ênfase e grifos meus).
Bom, antes tarde do que nunca para se chegar à razão, né? O problema será ela desfazer os inúmeros "equívocos" que ficaram registrados em sua obra e que ainda servem como fonte de orientação para um sem número de pessoas mundo afora - essas tais as mesmas que não têm o hábito de consultar a inerrância da Bíblia. 


A Deus, o Pai, toda glória! 
E nem 1% religioso.

Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

FILMES QUE EU VI - 48: "OS EMBALOS DE SÁBADO À NOITE"


Quando fazemos menção a este filme, dois tópicos são sempre que abordados. O primeiro é "filmes de discoteca"; o segundo é a música da banda inglesa estrelada pelo trio de irmãos Gibb – Barry, Robin (✰1949/2012) e Maurice (1949/2003) – Bee Gees. Não se pode pensar num sem que o outro nos venha à mente.

Assim, a união desses dois assuntos fez ou faz surgir "Os Embalos de Sábado à Noite" - um filme que retrata bem a adolescência daquela época e que, à sua maneira, traz um intenso sentimento de nostalgia. O retrato de uma geração sob luzes estroboscópicas, em meio ao sexo irrefreado, à dança e às suas músicas: estes são [ou foram] "Os Embalos de Sábado à Noite".

Ah, aquelas noites de sábado...


A sensação nostálgica a que me refiro não é literal: o filme faz com que queiramos vivenciar aquele momento. Tal como o personagem vivido por John Travolta, o espectador também sente aquela vontade quase incontrolável de dançar em torno daquela multidão que o observa.

Digo isso porque o filme apresenta algo que já não acontece mais. Hoje as coreografiazinhas de baladas são bem bregas e na maioria das vezes somente pessoas que vivenciaram as épocas áureas das discotecas - quando o filme foi lançado, eu estava com apenas 10 aninhos de idade - se arriscam a ir dançá-las, mas é bem interessante quando vemos várias pessoas dançando a mesma coreografia, ao som de uma música legal e de muitas luzes piscantes. Ao som de Bee Gees e da música "Disco Inferno", do The Trammps, muitos chegam a pensar que nasceram na época errada!

Falando assim, vocês pensam que eu tenha o considerado um grande filme. Na verdade, achei-o um pouco acima de mediano. Quando o vi - aluguei a fita de VHS em uma vídeo locadora e assisti num aparelho de vídeo cassete -, buscava ver bastantes cenas na discotecas, muitas danças, etc. Gostaria de chamá-lo de dispersivo e afirmar que ele perde tempo nos mostrando informações incoerentes com o tema proposto, mas não é isso que acontece.

É importante ressaltar que esse é um filme sobre um rapaz que gosta de dança e não um filme sobre dança. Logo, o enfoque do filme é correto ao mostrar as situações e emoções pelas quais passa e vive Tony Manero – juventude complicada numa família que não aceita bem suas opções e que insiste em fazer comparações; como se não bastasse, há ainda uma garota que não sai de cima e outra que não lhe sai da mente.

Assim, misturando algumas cenas na discoteca, que é o templo de Tony, e a sua vida fora dela, "Os Embalos de Sábado à Noite" nos traz uma obra interessante, mas definitivamente não era aquilo que eu buscava.

A sinopse

Ou se, preferir, spoiler


O longa conta a história do bacanudo Tony Manero, vivido por Travolta – em seu primeiro grande papel no cinema –, na época com 23 anos. O rapaz divide seu tempo como vendedor em uma loja de tintas durante o dia, e suas noites no clube 2001 Odyssey, onde é conhecido como O Rei das Pistas. Além de seus ternos claros e camisas e cordões cintilantes, Manero precisa conviver com seu amargo pai e o peso da comparação com seu irmão padre – fardo imposto por sua mãe.

O fantasma deste santo irmão Frank Jr. (Martin Shakar) já começa no nome do homem; quem foi digno de herdar a alcunha do pai foi exatamente o filho mais velho, que decidiu seguir a carreira do celibato e da batina. Tony, por outro lado, vai para o extremo oposto: sua vida noturna inclui revezar o espaço do carro para suas transas e de seus amigos, e seu total descaso com as mulheres é uma das pontas de preconceito que o filme retrata.

Manero e seus amigos demonstram serem racistas (mesmo usando a execrada expressão "nigger" quando falando de seu pênis), machistas e xenófobos em relação aos latinos – apesar deles mesmos serem somente a segunda geração de imigrantes italianos, visto que sua avó não fala inglês no filme.
Se a mãe de Tony o empurra para a noite, é por causa de seu pai que ele é tão bem sucedido. Frank Sr. (Val Bisoglio), desempregado há meses, vê seu filho sustentando a sua casa, e aproveita todas as oportunidades possíveis para massacrar e menosprezar o garoto. Em um dado momento, Tony recebe um aumento por seu ótimo trabalho na loja de tintas, e Frank Sr. o despreza devido ao aumento ser de somente quatro dólares. Tony, enfurecido, grita de volta: 
"Um aumento diz que você é bom. Sabe quantas vezes me disseram que eu era bom? Duas prras de vezes! Com este aumento hoje, e quando eu dançava na discoteca!"
Em outras palavras, Tony não vê seu futuro por um caminho pio, como seu irmão, porém ojeriza se tornar um fracasso, como vê seu pai.

Além de encontrar nas pistas a admiração e o amor que não tem em casa, vê nela sua possibilidade de crescimento e futuro. Não é à toa, então, a citação destacada no início deste texto: para Tony, não há nada mais íntimo do que dançar. Enquanto sexo é somente o momento, o presente que ele rejeita, na dança ele vê seu amanhã – e isso ele não está disposto a dividir com qualquer uma.

Crítica social


E esse é outro elemento muito interessante do longa. Tony e seus amigos estão no Brooklyn, e usam a ponte que liga o bairro suburbano à rica Manhattan como lugar de escárnio, onde se penduram e mijam, literalmente, na estrutura que liga os pobres e os ricos. Ainda assim, quando exposto, Tony demonstra saber todos os detalhes da ponte, demonstrando como anseia cruzar e seguir seu sonho de dançar, que persegue com tanto afinco, dentre a outra classe de Nova Iorque.

Todos esses alicerces ajudam a configurar uma estrutura riquíssima num filme excelente, dadas as devidas proporções. Como se isso não fosse o bastante, a cena icônica do número solo de Manero é apenas um dos ótimos atos de dança no filme. As músicas originais, compostas pelos saudosos Bee Gees, acrescentam outra camada de carisma ao já instigante roteiro, e daí entendemos o sucesso estrondoso de bilheteria e a marca que este filme deixou na sociedade estadunidense – e mundial.

Starring John Travolta


A interpretação de John Travolta lhe rendeu uma indicação ao Oscar e não vi nenhuma injustiça em apenas indicá-lo. Sua performance é boa e bastante correta, mas acredito que os seus concorrentes pudessem estar melhores - só para constar, ele competiu com o elogiado Woody Allen no famosíssimo "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa". Karen Lynn Gorney está bem num papel de apoio, mas sua personagem é um pouco complicada e acho que a atriz não encontrou o tom ideal ao compô-la e isso fez com que eu simplesmente não simpatizasse totalmente com Stephanie, a paixão de Tony.

Só na última cena que senti a densidade da personagem, que deveria ser assim o tempo todo, já que demonstra com afirmações em todas as cenas que ela não é tão fútil como Tony. Talvez fosse necessário que não parecesse haver química entre os atores para que o tom do relacionamento de seus personagens fosse certo e coerente com a cena final; mas também é possível pensar que os atores não tinham mínima vontade de gravarem juntos, porque dá pra perceber que não estão à vontade totalmente em cena - e isso se mostra um ponto negativo para o filme.

Conclusão

Entre estupros, uso de drogas, danças, brigas, xenofobia e sonhos despedaçados sob o peso de uma realidade insuportável, não se deixe enganar: "Os Embalos de Sábado à Noite" está mais para um "Trainspotting" mais palatável do que para "Dirty Dancing". Dos primeiros acordes de "Stayin’ Alive", com Tony e o contraste de suas roupas com sua lata de tinta, até seu abrupto final (traço de filmes da época), "Saturday Night Fever" (título original) vai te fazer suar frio, seja de excitação, nojo ao testemunhar o nascimento de uma geração única – e de um estilo destinado à marginalização que se recusa a morrer.

De um modo geral, dá pra ver esse filme sem problemas. É uma obra mediana, apenas. Não há grandes picos nas atuações nem no desenvolvimento da história. Começa e termina como imaginávamos que fosse acontecer e não nos surpreendemos com nada nem nos descontentamos a ponto de considerá-lo de menos do que mediano. Se você busca uma boa obra que retrate a dança, não veja essa. Mas se busca apenas diversão ao som de uma boa trilha sonora -que inclui as famosas e dançantes "Night Fever"
e a romântica "How Deep is Your Love" - , 
invista seu tempo em conferir essa produção.

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Ficha Técnica 
"Saturday Night Fever"
Data de lançamento 3 de julho de 1978 (1h 58min)
Direção: John Badham
Elenco: John Travolta, Karen-Lynn Gorney, Joseph Cali
Gêneros: Musical, Drama, Romance
Nacionalidade: EUA

A Deus, o Pai, toda glória! 
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O QUE A IGREJA TEM FEITO AOS SEUS "SOLDADOS FERIDOS"?


"Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente" (2 Timóteo 2:3-5).
A segunda epístola do apóstolo Paulo ao seu discípulo, o jovem pastor Timóteo revela o coração do apóstolo diante da realidade da sua morte iminente. Foi uma das últimas, talvez a última, das epístolas desse apóstolo influente. O autor estava preso por causa da fé em Cristo, aguardando sua execução pelo crime de pregar o evangelho de Jesus. As palavras que Paulo dirigiu a Timóteo refletem os sentimentos de um soldado velho prestes a morrer no campo de batalha incentivando outro soldado jovem a continuar firme na luta contra o inimigo.

A linguagem e a mentalidade de guerra são evidentes ao longo da carta. Além de termos militares como "soldado", "arregimentar" (2:3,4) e "combate" (4:7). O propósito de Paulo nesta abordagem vai muito além do mero registro de fatos sobre o conflito entre dois exércitos. Paulo investiu sua vida nessa guerra e escreveu para fortalecer a determinação de Timóteo em dar continuidade à batalha (1:7,8; 2:1-3; 4:1,2).

Ele chama esse filho espiritual a persistir na batalha, aceitando sofrimento com confiança no Senhor. Ele usa ilustrações de soldados, atletas e agricultores e cita o exemplo vitorioso de Jesus para encorajar Timóteo na sua batalha. É notável que, no meio de instruções sobre serviço como soldado, Paulo frisa a atitude do servo que não busca contendas e sim, a salvação daqueles que se opõem a Cristo e apresenta descrições dos soldados dos dois lados.

Não deixe o soldado ferido morrer!


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Acompanhando a analogia hermenêutica dos escritos de Paulo nesta epístola, entendemos que durante essa batalha espiritual e ministerial, existe a possibilidade do soldado vir a ser ferido. Neste campo de batalha, a Igreja figura como o quartel general, o front de batalha do Exército de Cristo. Um soldado ferido, não pode continuar na batalha e também não deve ser abandonado no campo de batalha. Antes, deve ser levado ao quartel para receber os devidos cuidados.

Há um clássico hino bem antigo que não canso de ouvir. A letra traz uma mensagem muito bonita:
"Soldado Ferido" - Júnior

Este hino é simplesmente maravilhoso. A parte que mais me chama atenção diz assim:
"...Seguindo Sua ordem 
Lutaram na frente para o Rei 
E o forte inimigo puderam vencer 
Mas por este esforço satã intentou 
Suas vidas matar 
Não deixes um soldado ferido morrer 
 
Verta o bálsamo 
E a ferida sarará 
Protege-o com o Seu manto de amor 
O pão partiremos sim 
Descanso lhes dará 
E toda angústia sairá 
Não deixe os fiéis soldados feridos morrer 
 
Não podes olhar, sem socorrer 
O amor é mais forte, e faz viver 
Não podes deixar um soldado ferido morrer..."
A mensagem do cântico traz um verdadeiro clamor. E muitos são os soldados que feridos na batalha são abandonados, mas não pelo General que os arregimentou, mas sim pelos companheiros que deveriam cuidar dele nesse momento de dor.

Abandonar um soldado ferido no campo de batalha é mesmo uma das mais terríveis demonstrações de covardia, egoísmo e falta de amor, em especial quando a atitude parte dos "coronéis", ou seja, daqueles que têm o comando maior da tropa.

Certa vez ouvi um alto líder eclesiástico dizer em uma reunião para pastores: 
"A Igreja é o único exército na terra que abandona seus feridos no campo de batalha". 
E ele está correto. É triste ver como esta prática tem sido comum entre aqueles que professam seguir o Deus de Amor apresentado na Bíblia Sagrada dos cristãos!

Muitos destes "soldados feridos" dão seu testemunho revelando as angústias que passam em seu coração, quando um pastor (um "oficial do exército") o abandonou para morrer à míngua. E o que mais provoca mágoa é o fato de que muitas vezes estes tais líderes nunca sequer fazem uma visita que seja para tentar trazer o "soldado" de volta ao combate. Aliás, nenhum outro líder se dignifica a visitar o "soldado ferido". Simplesmente o abandonam! É triste... mas é rotineiro.

Disciplinar ou matar?


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Há algum tempo eu assumi com Deus um propósito de nunca levantar minha mão para disciplina ou punição de um irmão da Igreja, sem antes visitá-lo, pessoalmente, para ouvi-lo e orar com ele. Mesmo que o pecado seja aberto, declarado, todos têm o direito de serem ouvidos e de serem tratados como uma ovelha ferida. Não é para isso que serve a Igreja? Veja o exemplo de Jesus com Pedro, após o discípulo ter cometido o grave pecado de negá-lo (João 18:15-18; 21:15-17).

Pena que na maioria das vezes só queremos procurar a maior pedra para ser atirada. Tenho certeza que muitos de nós teriam sido hipócritas o suficiente para atirarem as pedras na mulher adúltera de João 8. Teríamos sido legalistas a tal ponto de interpretar as palavras de Jesus como sendo uma "autorização divina" para punir a transgressora. Afinal, não temos que chamar o pecado pelo nome? 

Hipocrisia... só hipocrisia.


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Penso que muitos líderes, em especial pastores e administradores, não teriam condição ética e moral para pregarem sobre amor, arrependimento, perdão... pois no dia-a-dia tais pessoas demonstram um profundo desconhecimento do que estes temas significam... NA PRÁTICA.

Nossas congregações estão cheias de "ex-irmãos" que foram abandonados feridos, soldados que um dia dedicaram suas vidas à causa do Evangelho, alguns chegaram até mesmo a serem pastores do rebanho, mas por um erro, por um pecado, foram abandonados, descartados... relegados ao ostracismo hipócrita dos que um dia os chamaram de "irmãos".

Tenho um amigo, ex-colega de seminário e de ministério, que hoje vive assim: magoado. Ele deixou seu conforto e vida tranquila, porque queria ser um ministro do Evangelho do Senhor. Preparar esta geração de últimos arautos do Evangelho. Liderar os jovens no caminho da salvação.

Devido a uma queda - à qual TODOS nós estamos iminentemente sujeitos (1 Coríntios 10:12) -, ele foi exposto a uma humilhante situação por outros líderes que tinham muito de "administradores", mas quase nada de "pastores", e ele acabou por abandonar o exercício do ministério pastoral.

Hoje, este meu amigo sente-se triste e ressentido por ter sido tratado de forma tão "ímpia" por aqueles que se rotulavam de "ungidos do Senhor". Tenho orado por ele, pois é uma excelente pessoa, e um excelente cristão... mais um "soldado ferido deixado para morrer no campo de batalha". Tenho pedido para que o Senhor "verta o bálsamo" sobre este meu amigo, e cure suas feridas, assim como Ele tem me ajudado a curar as minhas próprias.

Conclusão


Com estas três ações a pessoa que ainda não está com seu testemunho fortalecido poderá encontrar meios para estruturar sua fé evitando que se afaste das atividades. Quando o testemunho não tem força é preciso agir para que possa nutrir-se novamente e assim se fortalecer.

Curando um soldado ferido

  1. Procure pela pessoa, demonstre interesse e evite julgamentos e questionamentos sobre os motivos de seu afastamento.
  2. Comprometa-se com a responsabilidade assumida. Resgatar é muito mais trabalhoso do que converter. Esteja disposto a apoiar a pessoa, pondo-se a seu lado em todos os momentos possíveis.
  3. Envolva a pessoa em atividades e pequenas responsabilidades com outras pessoas ou grupos, para que ela sinta o desejo de ser útil e de se envolver com as atividades da igreja.
  4. Nutrir com a boa palavra significa não julgar, mas estender as mãos em sinal de boas vindas; significa ajudar a entender e buscar a compreensão das doutrinas e princípios da igreja, para que aos poucos compreenda por si próprio o que a doutrina ensina e com esta compreensão encontre razões para adquirir um testemunho.
Quando se está focado no fortalecimento de um irmão menos ativo, na verdade se está fortalecendo o próprio testemunho e fé. Ao auxiliar na conversão, valida-se o próprio conhecimento e aumenta-se o desejo de servir e seguir o exemplo do Salvador que veio a esta terra para cumprir a missão de resgatar a humanidade e dar-nos a oportunidade de voltarmos a viver com Deus.

Da próxima vez que você se deparar com a oportunidade de levantar sua mão para punir um irmão ferido, um soldado ferido, antes de dizer "sim", vá até este filho de Deus, ore com ele, ouça seu clamor... e verta o bálsamo restaurador.
"Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem desviou de mim a Sua graça" (Salmo 66:20). 
Não desista de ninguém, talvez nunca venha a saber a dimensão de seus esforços, mas pelo menos fez sua parte - e o próximo a precisar de ajuda pode ser justamente você - e deu a oportunidade para que uma pessoa possa fazer novamente sua escolha de permanecer no caminho de volta ao lar celestial.

A Deus, o Pai, toda glória!
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segunda-feira, 22 de abril de 2019

PAPO RETO: OS CRISTÃOS E AS DSTs (DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS)






"Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" (1 João 2:16).
Poucos problemas afetam tanto a vida espiritual de adolescentes, jovens e adultos, principalmente homens, mas infelizmente, em um crescimento preocupante entre as mulheres, como a pornografia tem afetado. Com o advento da internet, TV por assinatura, propagandas comerciais extremamente sensualizadas e os padrões comportamentais da sociedade atual, o contágio pelo "vírus da pornografia" acontece cada vez mais precocemente e a cada dia amplia exponencialmente seu campo de alcance. 

A maioria de pastores(as) e líderes enfrenta o problema de jovens que enfrentam esta luta. Muitos confessam, mas o grande número, por medo e/ou vergonham, acabam por ocultar, o que aumenta ainda mais os danos causados por esse problema. Pesquisas recentes afirmam que 50% dos jovens confessam ter problemas com a pornografia. 

Assim, considerando que há uma grande parcela que não tem coragem de confessar a alguém, mas também sofre silenciosamente, estamos diante de um grave problema. Imagino, assim, que neste momento muitos dos que estão lendo este artigo estão combatendo este mesmo combate, uns perdendo sem ao menos se esforçar e outros lutando com todas as suas forças para conseguirem manter a pureza sexual. Sabendo disso, penso que fornecer subsídios e armas para esta guerra deve ser uma das nossas prioridades para este tempo. 

Ilustração 


Um homem foi abordado no meio da rua por uma pesquisadora que perguntou se costumava usar camisinha. 
Ele respondeu que não.
Ela insistiu: Nunca usou?
Ele: Nunca usei. Nem vou usar.
Ela: Não sabe que sexo sem camisinha é perigoso? 
Ele: Perigoso? Por que?
Ela: Tá brincando? Não sabe que ela oferece proteção contra o flagelo das Doenças Sexualmente Transmissíveis?
Ele: Sei, mas não preciso da proteção de camisinha. Tenho um método mais seguro.
Ela: Um método mais seguro? Como é?
Ele: Não cometer adultério. 
11 em cada 10 cristãos estão carecas de saber que a prática sexual fora do casamento caracteriza pecado. Mas será que ao menos 5 em cada 4 jovens solteiros que enfileiram as inúmeras denominações evangélicas se guardam sexualmente para o matrimônio?

A pureza sexual - antes e depois do matrimônio - é o caminho mais seguro para superar a proliferação da AIDS e de outras DSTs. Mas o mundo está em outra. Até cristãos não respeitam o sexto mandamento 
"Ouvistes que foi dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração" (Mateus 5:27,28 - grifo meu). 
Diante da propaganda de caminhos mais atraentes e fáceis, não se pode esperar que todos venham andar por caminhos que exigem renúncias e autodomínio. 

De acordo com dados em pesquisas oficiais dos órgãos de saúde, no mundo existem mais de 30 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV e a cada ano este número aumenta, metade na África, onde 25 milhões já morreram contaminadas pelo vírus HIV. Tal tragédia mundial vem provocando muita polêmica. Os resultados limitados dos investimentos bilionários na procura por remédios deixam mais evidente que prevenir é melhor que remediar. 

Os preservativos são apresentados como solução segura e única contra as DSTs, e também para evitar a gravidez indesejada e o recurso a práticas abortivas. Mas a propaganda oficial já não fala tanto em sexo seguro. Nenhum cientista sério afirma que a camisinha oferece proteção total. No entanto, ter 90%, ou até 99% de proteção é melhor que ter nenhuma. Mas não é honesto esconder a possibilidade de falhas. 

Confira a entrevista com André Villela Lomar, infectologista do Hospital Albert Einstein, sobre a importância do uso do preservativo.




A responsabilidade da Igreja Cristã com a informação correta 

O cristão e o uso dos preservativos 


"O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus"
(Oséias 4:6 - grifo meu). 
Um dos maiores erros da Igreja é omissão do conhecimento. Em muitos casos, há igrejas que por tabu e ignorância, preferem não tocar em determinados assuntos. Sexo e sexualidade, por mais incrível que parece, ainda são temas praticamente proibidos em muitos círculos cristãos. Não estou aqui fazendo apologia à liberdade sexual. Para tanto, valho-me da Bíblia:
"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. 
Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne. Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. 
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia... Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito" (Gálatas 5:1, 13, 16, 17, 19, 25). 
Ou seja, é óbvio que esse problema da disseminação de DSTs/AIDS não pode ser resolvido somente com a distribuição de camisinhas. Pelo contrário, isso, em certo ponto, até piora o problema. 

Tal afirmação é tradicional na Igreja que vê na obediência ao mandamento de se manter a pureza sexual e não cometer adultério a melhor maneira de evitar a AIDS e outras DSTs. 

Entretanto, uma intromissão negligente da Igreja prejudica o trabalho nos campos sexual e reprodutivo, quando não aceita o uso do preservativo, expondo as pessoas ao risco de adoecer ou morrer, ou quando não aceita que as mulheres usem métodos anticoncepcionais. 

São acusações gravíssimas que não se resolvem com o recurso à autoridade e condenações dogmáticas contra posições divergentes da pregação da Igreja. Há o extremo de que existe até igreja [dita] cristã fazendo distribuição de preservativos. Será que é só para ganhar pontos na opinião pública? 

Não é fácil entender e aceitar certas proibições da Bíblia. Alguns tentam facilitar o combate aos ensinamentos da Palavra falsificando suas posições. Não é verdade que a Igreja consciente de suas responsabilidades não apenas no âmbito espiritual, mas também no social, não aceita que as mulheres usem métodos anticoncepcionais. 

Pelo contrário, ela recomenda a paternidade responsável baseada em métodos naturais de controle. O problema é que tais métodos são mais exigentes que o recurso fácil aos métodos artificiais de pílulas e camisinhas. 

Diante da dificuldade dos argumentos da teologia moral baseados na obrigação de respeitar a dupla finalidade do sexo como ato de amor e abertura para a geração de filhos, os doutores da lei e da moral deveriam repensar o assunto. Relações sexuais praticadas apenas em dias inférteis também estão excluindo a geração de filhos e são renúncias que podem ser recomendadas, mas não podem ser impostas a todos. 

A questão da camisinha para diminuir o risco de AIDS é mais complicada ainda. No maior país católico do mundo a Igreja condena seu uso, mas o Governo distribui dez milhões de camisinhas no carnaval e o presidente joga preservativos para o povo no sambódromo. Pelo jeito, os foliões não levam a sério a gravidade da ameaça da AIDS, ou não confiam na proteção das camisinhas, para precisar recebê-las como brindes pagos pelo contribuinte. Outra vez botaram camisinhas até nas cestas básicas. A meninada curiosa procurava saber para que servia aquilo e queria experimentar. 

Muitos cristãos, também não levam a sério os ensinamentos da Palavra. A questão é mais grave. O pecado não está na camisinha. O pecado está no adultério e na fornicação que a camisinha potencializa e/ou favorece. 

Se um cristão não respeita um claro mandamento bíblico e comete adultério, porque iria respeitar o pormenor de uma proibição da Igreja e deixar de recorrer à proteção da camisinha? Quanto aos ateus (o que é o caso de muitos médicos), não adianta argumentar com a Palavra de Deus. Vão ligar para os ensinamentos da Palavra? Nem jovens cristãos não aceitam mais proibições sem entender as razões. 

É possível que o número de pessoas contaminadas por confiar na camisinha, que na hora H falhou ou não estava ao alcance da mão, seja maior que o número de pessoas que deixaram de usar camisinha para atender um preceito da Palavra. Ou seja, o fato é que quem obedece aos mandamentos não precisa de camisinha e muito menos de proibições dogmáticas, isto porque:
"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento. Pois por meu intermédio os seus dias serão multiplicados, e o tempo da sua vida se prolongará" (Provérbios 9:10,11 - grifo meu). 
Ou seja, assim, o fato é que, mesmo sendo reconhecidamente um método de prevenção à infecção por DSTs. - isto não se discute aqui - o preservativo é incompatível com a realidade do cristão consciente de seus compromissos diante de Deus por favorecer traições que minam a estabilidade da família e por facilitar a promiscuidade entre jovens de idade cada vez menor que atrapalha a construção de uma grande história de amor. Nosso tempo tem excesso de sexo e falta de amor. Dinheiro pode comprar até mulher, mas não pode comprar amor. 

A Igreja tem toda razão de estar preocupada com a proliferação do "sexo livre" que corrompe uma das maiores conquistas do cristianismo, a família construída sobre o fundamento sólido de um grande amor entre um homem e uma mulher, amor que transborda na geração de filhos e na sua educação no aconchego do lar protegido pela fidelidade. 

Numa perspectiva de fé, não vejo porque um adultério com camisinha seja pior que um adultério sem camisinha. Por que é que um marido infiel não devia procurar evitar pelo menos a contaminação que pode estragar a vida familiar não só no plano espiritual da convivência, mas também no plano material da saúde? 

O problema da pornografia 


Estudos afirmam que a pornografia funciona como uma combinação de múltiplas drogas, interferindo radicalmente no metabolismo cerebral. Há um prejuízo reconhecido do estado de humor, considerável prejuízo na memória, lentificação do raciocínio, interferência negativa em relacionamentos e compromissos, entre outros efeitos deletérios a curto, médio e longo prazo. O maior problema cerebral, no entanto, é que, assim como no uso de múltiplas drogas, há uma forte dependência da prática, popularmente conhecida como vício, tão difícil de ser abandonado quanto às famosas substâncias psicoativas. 

Porém, mesmo diante de tantos efeitos cerebrais, o maior e mais doloroso sintoma da pornografia é espiritual. O principal órgão acometido pela "doença" é o espírito. A sensação de culpa costuma ser esmagadora e a consequência é um efeito devastador e afastador de Deus e de Sua paz. Quantos jovens perdem sua juventude consumindo todas as suas forças nesta luta, quando poderiam usar este tempo de força para produzir muito para o Reino de Deus. 

Comparo o que a pornografia faz na vida de um cristão com o que aconteceu na vida de Salomão: um homem com um potencial imenso, uma sabedoria incomparável, um futuro incrível, que se perdeu em meio a impulsos sexuais que não foram controlados. A Bíblia nos conta que Salomão teve 700 mulheres e 300 concubinas (1 Reis 11), ou seja, pelo menos 1000 parceiras sexuais. O grande problema foi que os deuses destas 1000 mulheres entraram em seu coração. Entendo com o texto bíblico de Mateus 19.5 
"… E serão dois numa só carne…"
que toda relação sexual é também uma relação espiritual. 
Quando há uma relação sexual há uma união de dois espíritos em uma carne. Mais do que isso, o texto de 1 Coríntios 6:16 diz: 
"Porventura não sabeis que aquele que se une com a prostituta, faz-se um corpo com ela? porque, disse, os dois serão uma só carne". 
Diante deste texto, entendo que o espírito que atua na prostituição estando em um dos parceiros passa para o outro. 

Sendo assim, uma relação sexual dentro do casamento é um encontro com Deus, ao passo que uma relação sexual fora do casamento é um encontro entre as pessoas que a praticam e demônios que se entrelaçam entre os dois. Pior do que contrair uma DST (doença sexualmente transmissível) é contrair um DST (demônio sexualmente transmissível). 

Isto aconteceu com Salomão, inúmeros falsos deuses (demônios) entraram em seu coração. Mas talvez você esteja se perguntando: 
"O que isto tem a ver com a pornografia"? 
Jesus afirma que se você olhar para uma mulher com intenção impura, no seu coração já houve uma relação com ela (isto também vale para mulheres em relação aos homens). Pergunto a você, existe alguma outra forma de olhar para uma mulher ou homem de forma tão impura quanto através da pornografia? Eu não conheço. 

E através desta prática, demônios que habitam em atrizes, atores, modelos, e até mesmo cidadãos comuns que se vestem (ou se despem) de forma sensual e ou pornográfica podem entrelaçar-se à vida de vítimas que cobiçam e desejam estas pessoas, fazendo com elas uma relação sexual de intenção, como Cristo ensina que há, e que é tão grave quanto uma relação física. 

Quantas pessoas não têm sido afetadas por esta prática, e quantos espíritos maus não tem circulado entre estes jovens? Isto é mais sério do que pensávamos! A pornografia é o sexo virtual, o que espiritualmente é tão sério quanto o sexo real. A pornografia real de Salomão destruiu sua vida e a pornografia virtual tem destruído milhões de vidas espirituais, famílias e futuros abençoados ao lado do Senhor. 

Salomão não soube resolver o problema, talvez porque não teve o privilégio de ter o que temos hoje, conhecer Aquele a quem podemos copiar e vencer qualquer que seja o pecado: Jesus. Entendo que é muito difícil vencer a pornografia e os outros pecados sexuais, mas ao mesmo tempo, concluo que é perfeitamente possível. 

Se não o fosse a Bíblia não nos recomendaria repetidas vezes e não destacaria de forma tão clara que nos abstivéssemos da prostituição e da impureza sexual. Para exemplificar a importância da pureza, em Atos 15, quando há uma polêmica com respeito ao que a Igreja gentia (nós) deveria incorporar da lei de Moisés, dentre tantos pecados apenas quatro são citados, e entre eles está a impureza sexual. Sendo assim, concluo que é possível. O Senhor não nos pediria algo que não pudéssemos realizar. Mas como vencer esse mal? 

Campo minado 


Gosto do texto de Colossenses 3:5, Paulo afirma que precisamos fazer morrer a nossa natureza terrena e o texto inclui entre os componentes da natureza terrena, também, os pecados sexuais. Entendi este versículo como uma verdadeira declaração de guerra à nossa natureza pecadora, terrena. Tratando então de guerra à natureza, compararei os pecados sexuais com animais ferozes, agressivos e perigosos (verdadeiros monstros) que necessariamente precisam entrar em extinção. Precisamos caçar e destruir estes animais antes que eles nos destruam. Utilizando uma expressão comum: 
"precisamos almoçá-los antes que eles nos jantem". 
Sabendo disso, a melhor forma de exterminar um animal perigoso é atacando-o enquanto ele não é tão perigoso assim. É preciso aproveitar oportunidades de matá-los logo, enquanto ainda são pequenos filhotes, poucos, antes que cresçam e se reproduzam. 

Os pecados sexuais precisam ser detonados antes que cresçam. A melhor forma de exterminá-los então é ainda na fase dos primeiros pensamentos, do primeiro olhar, da primeira cogitação. Quanto mais precoce for o nosso combate a eles maiores as nossas chances de vitória. O grande problema é que a grande maioria não mata estes terríveis animais ferozes logo, e ainda os alimenta, tornando-os assim quase imbatíveis. 

Além do tempo de nossa resposta a eles é importante que saibamos quais armas podem matá-los. Armas carnais não podem derrotar a natureza carnal, elas são equivalentes, precisamos de armas superiores. As únicas armas capazes de derrotar estes animais ferozes são as armas espirituais, poderosas em Deus para destruição de fortalezas, e acredite, a pornografia é uma baita fortaleza (2 Co 10:4). 

E obviamente, armas espirituais são adquiridas através do Espírito Santo. Como lemos acima, em Gálatas 5:16, Paulo afirma que se andarmos no Espírito jamais satisfaremos aos desejos da carne. Uma vida que não faz as vontades da carne não pode ser outra vida senão uma vida no Espírito. Paulo também afirma na primeira carta aos Tessalonicenses (4:3) que a vontade do Pai é a nossa santificação, e a santificação consiste também em abster-se dos pecados sexuais, mas na segunda carta aos mesmos Tessalonicenses (2:13) mostra a origem, onde encontrar, como chegar à santificação: o caminho é o Espírito Santo. Só o Espírito Santo e as armas que Ele nos fornece pode fazer-nos vencer.

Dentre as muitas armas espirituais que o Espírito nos disponibiliza é importante destacar que todas elas não funcionam em seu total potencial se utilizadas esporadicamente. É necessário disciplina, compromisso e aperfeiçoamento contínuo em seu uso. As principais armas são: 
  1. Oração constante; 
  2. Leitura da Palavra constante; 
  3. Jejum constante; 
  4. Supervisão constante (isto é muito importante); 
  5. Vigilância constante.
Estas armas combinadas e bem manejadas através do Espírito Santo podem garantir a vitória não só contra a pornografia, mas contra qualquer pecado. É possível vencer! 


Conclusão


Do jeito que as coisas são apresentadas pode ficar a impressão que se condena mais a camisinha que o adultério. Acho que a Igreja não devia perder tanto tempo na luta inglória contra preservativos. Devia concentrar suas energias na luta contra o pecado sexual e do adultério. Melhor, a favor da castidade dos solteiros e da fidelidade dos casados.

O mundo não precisa tanto de proibições e condenações, mas de motivações. A contribuição maior da Igreja para um mundo melhor não é falar contra o pecado e excluir o pecador. A Igreja precisa ajudar o jovem a descobrir a beleza do caminho apontado por Jesus que resumiu toda lei no amor a Deus e ao próximo. 

Não é hora de recair na mentalidade farisaica de querer enquadrar a vida toda nos pormenores de leis e proibições. É hora de cuidar da solidez dos fundamentos da fé e da vida cristã e deixar cada um tirar as consequências na sua vida pessoal, com liberdade e responsabilidade.

Se o sexto mandamento proíbe o adultério aos amantes, é para proteger um amor maior. Os mandamentos só podem ser entendidos em relação ao amor. Quem ama não mata. Quem ama não trai. Quem ama sabe esperar. O primeiro requisito do amor é a luta pela justiça. E a justiça começa em casa. 

Não desanime em sua luta. É importante que saiba que você não está sozinho, há muita gente guerreando a mesma guerra que você. Faça guerra contra os pecados sexuais, porque eles fazem guerra contra Deus e contra sua alma. Como está escrito na carta aos Hebreus, capítulo 12, versículo 4, nesta luta contra o pecado vá até o ponto de derramar o próprio sangue. Que Deus te arme com o Espírito Santo e Suas armas e que você consiga dizer não aos mínimos impulsos que possam te roubar a presença de Deus. Jesus vem buscar uma noiva pura sexualmente, que você esteja lá! 

A Deus, o Pai, toda glória!
E nem 1% religioso.

Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.

domingo, 21 de abril de 2019

OS VINTE ANOS DO MASSACRE DE COLUMBINE/EUA

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20 de abril de 1999 - coincidentemente o 110º aniversário de Hitler -, era um dia comum para a maioria dos estudantes, funcionários e professores da Columbine High School, em Colorado, mas não para Eric Harris e Dylan Klebold. Os dois estudantes, fortemente armados, abriram fogo contra alunos e professores de uma escola norte-americana, deixando como um rastro de sangue de 15 pessoas mortas e 23 feridas antes de colocarem fim às próprias vidas. Eis o caso que ficou conhecido como "O massacre de Columbine" e que deixou o mundo perplexo.

Roteiro do terror



Foto dos alunos de Columbine em 1999

Faltavam apenas 17 dias para o fim do ano letivo. Com 1.965 alunos, Columbine é uma instituição de ensino altamente qualificada, tanto que muitas famílias se mudam para Littleton, perto de Denver, com o objetivo de matricular os filhos na escola. Em torno de 82% de seus alunos são aceitos em universidades (nos Estados Unidos não há vestibular, o que conta é o desempenho do aluno no segundo grau). Columbine também se orgulhava de não registrar casos de violência. O policial de plantão se limitava a multar alunos que estacionavam os carros nas vagas destinadas a professores. Columbine era famosa por ser conservadora e privilegiar os jogadores dos times de futebol americano, basebol e basquete.

Eric Harris e Dylan Klebold ingressaram na Columbine High School, situada na cidade de Littleton, no estado americano do Colorado, e após cometerem o massacre (matando 12 colegas e um professor) cometeram suicídio. A tragédia ganhou a atenção do mundo por ter sido transmitida, em grande parte, ao vivo, pelas redes de televisão dos Estados Unidos.

As investigações deram conta de que influências neonazistas e vingança pessoal foram os motivos que impulsionaram os jovens a cometerem esses graves atos criminosos. Ambos não eram populares e preferiam a interação virtual à interação real, encontrando amparo e acolhimento em um grupo chamado Máfia da Capa Preta.

Depois de planejarem a execução do massacre, deram início aos fatos por volta das 11h20min do dia 20 de abril de 1999, ocasião em que os jovens, vestidos com roupas escuras, ingressaram no colégio com bombas artesanais e armas letais.

Os primeiros alunos alvejados estavam na cantina da escola, local onde se iniciou o massacre. Posteriormente, alunos e professores encerraram-se na biblioteca onde ficaram orando por suas vidas, enquanto os dois jovens prosseguiam em sua jornada sanguinária.

O desespero e o terror dos estudantes e funcionários da escola perdurou por aproximadamente 40 minutos, quando, por volta das 12h08min, os assassinos se suicidaram, colocando um ponto final ao macabro episódio que tornou a Columbine High School mundialmente famosa.

O mapa do massacre



O plano macabro havia sido meticulosamente planejado há meses. 
"Hoje é o dia em que o mundo acaba"
Eric disse a Dylan.

A dupla invadiu a escola e abriu fogo contra outros estudantes, professores e funcionários. O pânico se instalou e a ação chamou atenção da mídia. O mundo inteiro acompanhou, estarrecido, imagens de jovens saindo aos prantos ou ensaguentados do colégio, enquanto pais desesperados, agentes da lei e ambulâncias os aguardavam do lado de fora. Mesmo após a morte dos carrascos, ainda havia estudantes escondidos nos armários da escola. Eles estavam paralisados de pavor.

No infográfico acima, cada cruz indica uma das vítimas. Os números ordenam o avanço dos assassinos e correspondem às legendas abaixo:
  • 1) 11h14 - A dupla coloca bombas na cafeteria e vai para o estacionamento. O plano é esperar a explosão e, na sequência, atirar nos estudantes e funcionários que fugissem correndo pela porta.
  • 2) 11h19 - Previstas para serem detonadas às 11h17, as bombas falharam. Os dois decidem voltar para a cafeteria. No caminho, atiram aleatoriamente em pessoas que estavam do lado de fora.
  • 3) 11h24 - Com Eric no comando, os atiradores entram na escola e ficam zanzando pelos corredores. Um professor é atingido e se arrasta para uma sala de ciências, onde morre.   
                    
  • 4) 11h29 - Os assassinos chegam à biblioteca. Enquanto os alunos tentam se esconder embaixo das mesas, eles atiram várias vezes em cada vítima. Dez das 13 mortes acontecem aqui.
  • 5) 11h36 - Eric e Dylan voltam à cafeteria e tentam, desta vez com sucesso, detonar uma das bombas. Enquanto isso, tomam água, apoiam as armas em uma mesa e conversam calmamente.
  • 6) 12h08 - Enquanto a polícia começa a cercar o edifício, os atiradores voltam para dentro da biblioteca. A partir da janela, lançam uma descarga de balas na direção de agentes da SWAT e paramédicos que estavam do lado de fora. Por fim, acuados, Eric e Dylan colocam a arma dentro da boca e atiram, tombando um ao lado do outro. A escola só é declarada totalmente segura às 16h30.

Os assassinos


Ambos os adolescentes, Eric Harris e Dylan Klebold, cursavam o 3º ano do Ensino Médio e teriam planejado o atentado com antecedência. Há informações de que os adolescentes eram introvertidos e não gozavam de prestígio entre os mais populares. Ainda, constam indicativos de que os atiradores tiveram como alvo principal estudantes hispânicos e negros.
  • Eric David Harris: Diagnosticado depois do incidente como um típico psicopata e como o teria liderado o massacre, nasceu em Wichita, Kansas, filho de um piloto da Força Aérea americana. Sociável, cuidava do visual e não perdia uma festa.
  • Dylan Bennet Klebold: Educado por uma família luterana de Lakewood, Colorado, era um estudante tímido, mas participativo, que ajudava a fazer manutenção no servidor dos computadores da escola.

O desfecho do massacre


O tiroteio já havia terminado, quando forças especiais fortemente armadas invadiram a escola. Os jovens desequilibrados mataram 12 estudantes e deixaram 25 gravemente feridos. O 13ª morto foi um professor da escola.

Quando as balas pararam de soar, uma pergunta soou, ensurdecedora: por quê? De particular importância para os investigadores foi toda uma série de vídeos próprios, com os quais os assassinos quiseram controlar como a posteridade deveria perceber tanto a eles quanto seus motivos.

A maioria desses vídeos foi gravada no porão da casa dos pais de Harris, por isso as imagens ficaram conhecidas como "basement tapes" ou "fitas do porão". Como as autoridades não queriam arriscar que servissem de inspiração para imitadores, as fitas foram destruídas após uma avaliação completa.

Anteriormente, os repórteres da revista Time puderam ver trechos delas. Em sua reportagem, escreveram que a primeira fita era "quase insuportável de assistir". Citando uma declaração de Harris do vídeo, a revista resumiu a mensagem central: 
"Não pense que estávamos tentando imitar alguém". 
Eles diziam ter se inspirado em outros assassinos em escolas, e que seu plano seria melhor,
"não como aqueles idiotas de Kentucky [...] que só tentaram ser aceitos pelos outros".

O dia após o crime


O massacre teve uma repercussão tão grande que no dia seguinte o Presidente dos Estados Unidos à época, Bill Clinton, afirmou, em entrevista, que o país estava em choque. O colégio ficou fechado por um grande período até o momento em que apurou que o prédio não havia mais bombas escondidas.

Crimes semelhantes


Em nenhum outro país há mais chacinas escolares do que nos EUA. Mas em 1999 o tiroteio de Columbine estabeleceu novos parâmetros de horror. Também ficou gravado na memória o horror de Sandy Hook 13 anos depois, em 2012, quando um homem matou 20 alunos do ensino fundamental e sete adultos. Ou na faculdade técnica Virginia Tech, onde um atirador assassinou 32 pessoas em 2007. 

Ainda em 2012, um atirador mascarado matou 12 pessoas e feriu diversas outras que estavam inocentemente assistindo a estreia do filme "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", em uma sala de cinema da cidade de Denver.

Passadas duas décadas, ainda há diversas questões em aberto. Só em 2019 já morreram 112 em massacres no país. Embora Columbine tenha sido um massacre escolar especialmente terrível, não foi o primeiro e nem de longe, o último.

Conclusão


As vitimas fatais do massacre em Columbine
Em muitos casos de ataques cometidos a escolas por alunos, ou ex-alunos, os agressores são, ou foram, alunos que sofriam algum tipo de perseguição por parte de outros alunos. Em muitos casos esses jovens possuíam dificuldades de se relacionar com os colegas, pelo menos esse é o estereótipo que criamos para esse tipo de maníaco que resolve fazer chover chumbo em uma escola. 

Porém esse é um cenário que não se encaixa para Columbine. Os jovens responsáveis pela matança em Columbine, Eric  e Dylan, não eram o tipo de jovens que acabavam sendo intimidados pelos colegas fortões, tampouco eram o tipo de jovens que se fecham no seu próprio mundo, bem pelo contrário, eram alunos que costumam perseguir os mais fracos, sendo que ambos se gabavam de serem sujeitos intimidantes.

Num dos vídeos, Harris citou "A tempestade", de Shakespeare:
"Good wombs hath borne bad sons" ("Bons ventres geraram filhos maus"). 
O cineasta Michael Moore abordou o massacre no documentário "Tiros em Columbine", pelo qual recebeu um Oscar em 2003.

Apesar do caso ter sido uma macabra inspiração para acontecimentos semelhantes aqui mesmo no Brasil (como os dos massacres em Realengo/RJ em 07 de abril de 2011 e Suzano/SP em 13 de março de 2019) a "geração Columbine", dos estudantes nascidos após o massacre de 1999, mostrou que não quer mais tolerar o perigo de estar constantemente sujeita à violência armada em suas escolas. 


[Fonte: Superinteressante - Filme Tiros em Columbine, de Michael Moore, 2002, e livro Columbine, de Dave Cullen, 2010; Jus Brasil - Canal Ciências Criminais, por Cezar de Lima e Felipe Faoro Bertoni]

A Deus, o Pai, toda glória! 
E nem 1% religioso.

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