| Foto: Reprodução Internet |
A maioria dos criminólogos diz que não existe o crime perfeito, uma vez que, ainda de acordo com eles, os criminosos sempre deixam vestígios.
É, pode ser, mas há controvérsias quanto a essa afirmação, isso porque a sensação de que não exista um crime perfeito, na prática, não significa que o crime perfeito não exista.
É, pode ser, mas há controvérsias quanto a essa afirmação, isso porque a sensação de que não exista um crime perfeito, na prática, não significa que o crime perfeito não exista.
Porque, quando há aquele crime que ninguém consegue resolver (ou sequer reconhecer que é um crime), pode ser sim considerado como sendo um crime perfeito.
É o caso que veremos em mais um capítulo da nossa série de artigo especial, Eu Não Me Esqueci.
Relembre o caso
Contém imagens fortes — Reprodução YouTube
O dia era 07 de julho do ano de 2013, Daniel Pedreira Sena Pellegrini, que tinha o nome artístico de MC Daleste, um jovem artista do chamado "funk onstentação", foi assassinado com tiro no tórax, durante uma apresentação em Campinas.
Era um show para cinco mil pessoas em uma festa julina no CDHU do bairro San Martin. Após muitas investigações e reviravoltas, até hoje, ninguém foi preso pelo crime.
Era um show para cinco mil pessoas em uma festa julina no CDHU do bairro San Martin. Após muitas investigações e reviravoltas, até hoje, ninguém foi preso pelo crime.
Daleste morreu aos 20 anos, no auge da sua carreira.
Na época, o funkeiro se destacava dentro do estilo "funk ostentação" na periferia de São Paulo.
Na época, o funkeiro se destacava dentro do estilo "funk ostentação" na periferia de São Paulo.
Ele foi atingido por dois tiros quando estava em cima do palco e cantava para uma multidão. O primeiro disparo o atingiu de raspão na altura do braço.
O cantor não percebeu o ferimento e continuou com o show. Na sequência, acabou atingido com um segundo tiro que o acertou no tórax.
O MC foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Paulínia onde morreu durante uma cirurgia.
O laudo divulgado pelo IML (Instituto Médico Legal) apontou que disparo o atingiu no tórax e perfurou o estômago, o fígado e o pulmão direito.
O laudo divulgado pelo IML (Instituto Médico Legal) apontou que disparo o atingiu no tórax e perfurou o estômago, o fígado e o pulmão direito.
Quem foi MC Daleste?
| Foto: Reprodução Internet |
O cantor começou sua carreira artística aos 16 anos, em 2008, e alguns de seus primeiros sucessos foram "Bonde dos Menor", "Bonde dos Menor 2" e "Apologia".
No entanto, pouco tempo depois, MC Daleste passou a fazer funk ostentação, se tornando um dos primeiros e principais artistas a popularizar o gênero.
Suas músicas mais conhecidas são dessa época: "Ostentação Fora do Normal", "Angra dos Reis", "+ Amor, — Recalque", "Gosto Mais do Que Lasanha", "Menina de Vermelho" e "São Paulo".
Suas músicas mais conhecidas são dessa época: "Ostentação Fora do Normal", "Angra dos Reis", "+ Amor, — Recalque", "Gosto Mais do Que Lasanha", "Menina de Vermelho" e "São Paulo".
O que é o funk ostentação
O tal funk ostentação surgiu em São Paulo, com letras que exaltam o consumo e a ostentação de bens e dinheiro.
Os MCs cantam sobre carros de luxo, joias, viagens, bebidas caras e mulheres. O assassinato de Daleste, inclusive, ajudou a popularizar o gênero, já que ele foi uma das personalidades mais buscadas no ano de sua morte.
O jovem MC, oriundo da periferia paulista, estava, portanto, no auge de sua popularidade quando foi assassinado.
Investigação da morte
| Foto: Reprodução Internet |
Segundo estudos técnicos do Instituto de Criminalística (IC), os tiros que mataram Daleste foram feitos a mais de 40 metros de distância do palco, local onde havia uma casa em construção.
Os tiros teriam sido dados a uma altura de 1,70m a 1,80m do solo.
A polícia também não conseguiu precisar qual arma foi usada no crime, porque não foi encontrado nenhum projétil.
| Foto: Reprodução Internet |
De acordo com a polícia, o crime foi praticado por um "profissional", que sabia manusear a arma, estava longe de testemunhas, atingiu o funkeiro em movimento e não deixou vestígios.
O intervalo estimado em 40 minutos entre o fato e a comunicação recebida pela PM também comprometeu a preservação do local.
| Foto: Reprodução Internet |
Na época uma testemunha ouvida pela polícia afirmou que o funkeiro foi assassinado por ter se envolvido com a namorada de um integrante de uma facção criminosa. O que também não foi comprovado.
O caso passou a ser apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo a partir de 2014, mas também não obteve resultados.
No entanto, devido à falta de provas, em junho de 2016, a Secretaria Estadual da Segurança Pública encerrou as investigações sobre o crime sem que houvesse qualquer conclusão de autoria ou motivação.
Em julho de 2020 a família da vítima pediu reabertura do inquérito, no entanto, como não foi apresentada nenhuma nova informação ao fato, a solicitação foi indeferida pelo Poder Judiciário.
Documentários
| Reprodução Goboplay |
Em quatro capítulos, o documentário investiga o assassinato.
A produção traz entrevistas com testemunhas importantes ao caso — que, vale ressaltar, prossegue sem solução mais de uma década depois.
Conforme repercutido pelo G1, a produção ainda traz à tona pistas que nunca foram encontradas pela polícia.
A obra ainda conta com participações de artistas como Gloria Groove, Mc Livinho, Mc Hariel, Mc Davi, Mc Kauan e os irmãos Carol e Rodrigo Pellegrini. A direção é de Eliane Scardovelli e Guilherme Belarmino, com roteiro de Scardovelli e Caio Cavechini.
A obra ainda conta com participações de artistas como Gloria Groove, Mc Livinho, Mc Hariel, Mc Davi, Mc Kauan e os irmãos Carol e Rodrigo Pellegrini. A direção é de Eliane Scardovelli e Guilherme Belarmino, com roteiro de Scardovelli e Caio Cavechini.
Outro documentário, "MC Daleste Por Todas as Quebradas" (abaixo na íntegra), por sua vez, relembra a trajetória de Daleste, desde sua infância empobrecida até a carreira de sucesso estrondoso, que, contudo, foi interrompida de maneira precoce pelo acontecimento trágico.
Conclusão
O drama da família de Daleste vai além da perda do jovem funkeiro. Até hoje, o crime não foi solucionado pela Polícia Cívil de Campinas sem que o autor e suposto(s) mandante(s) do crime tenham sido descobertos e presos.
O caso do MC Daleste, infelizmente, corre o risco de cair no esquecimento, justamente pelo fato de não ter sido apurado. Mas ele está aqui, porque eu, Eu Não Me Esqueci.
O caso do MC Daleste, infelizmente, corre o risco de cair no esquecimento, justamente pelo fato de não ter sido apurado. Mas ele está aqui, porque eu, Eu Não Me Esqueci.
[Fonte: IstoÉ Gente; Aventuras na História; CNN]
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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