Total de visualizações de página

sexta-feira, 20 de junho de 2025

CONFLITO ENTRE ISRAEL E IRÃ: QUESTÕES GEOPOLÍTICAS

O mundo acompanha com apreensão a escalada do confronto entre Israel e Irã, iniciada com ataques israelenses contra alvos estratégicos no território iraniano na sexta-feira (13), seguida por bombardeios iranianos contra cidades israelenses.

Para especialistas, as origens do conflito entre Israel e Irã estão na disputa pela ampliação das esferas de influência no Oriente Médio. 

De um lado, um país cercado de inimigos que tem colonizado territórios de palestinos e é acusado de cometer genocídio na Faixa de Gaza.

O impacto imediato já se faz sentir em todo o Oriente Médio, mas a mobilização rápida de potências globais em torno do assunto reacendeu o debate sobre a possibilidade de o conflito sair do controle regional e envolver diretamente Estados Unidos, Rússia ou China.

Um jogo de xadrez com peças marcadas


Uma análise sobre o caminho percorrido pelos dois países nas últimas décadas permite entender como as duas nações passaram de alianças a hostilidades, e chegaram mais uma vez a uma crise.

Os ataques entre Irã e Israel, levaram a uma escalada da tensão ainda maior no Oriente Médio.

O presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, afirmou que o país está preparado para ajudar o aliado (Israel) a se defender dos ataques iranianos.

Por quê? Israel é o maior porta-aviões americano, é inafundável, não carrega nenhum soldado americano e está localizado numa região crítica para a segurança nacional dos EUA

A relação pouco amistosa entre Irã e Israel, que perdurava desde 1979, é frequentemente descrita como uma "guerra nas sombras", caracterizada por ataques mútuos e operações clandestinas. 

Ambos os países já realizaram ações ofensivas um contra o outro, muitas vezes sem que qualquer governo (envolvido direta ou indiretamente) tenha assumido oficialmente a responsabilidade. A guerra na Faixa de Gaza, iniciada em 2023, levou o conflito para outro patamar.

Israel e Palestina na Guerra de Gaza


Embora a ideia de uma solução pacífica tenha sido discutida amplamente por décadas, com a proposta de dois Estados sendo uma das mais debatidas, o conflito permanece sem um desfecho possível e a população palestina já vê a proposta como obsoleta. 

A criação de dois Estados atualmente dependeria de uma mudança significativa nas perspectivas dos principais envolvidos: os palestinos, a comunidade internacional e, sobretudo, os israelenses.

Para que esse cenário se concretize, seria necessário que as demandas e expectativas de todas as partes convergissem para um objetivo em comum, com os palestinos buscando soluções viáveis, a ONU exercendo um papel de facilitadora e os israelenses reconsiderando suas posições em relação ao território e à segurança.

Enquanto isso, a população palestina é massacrada. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é o homem que lidera o país há mais tempo desde a criação do Estado de Israel em 1948 e prefere a guerra do que a paz. Mesmo após os mais de 40 mil mortos, ele disse que o trabalho de Israel "ainda não terminou".

A impaciência internacional por uma resolução diplomática do conflito — que ainda parece distante —, mostra que o cenário é cada vez mais perigoso e os olhos do mundo devem estar voltados para o conflito. 

Dessa forma, a solução para a guerra no Oriente Médio permanece incerta, mas não impossível se houver vontade política e diplomática de todas as partes.

Entenda os interesses


O Irã, sendo uma república islâmica de maioria xiita, considera Israel não apenas um rival regional, mas um inimigo ideológico, em parte devido à sua oposição ao Estado judeu e ao seu apoio a grupos militantes como o Hezbollah no Líbano e grupos em Gaza. 

A política externa iraniana tem sido fortemente moldada por esse antagonismo, reforçado pela percepção de que Israel e seus aliados, como os EUA, ameaçam a soberania e a segurança do Irã.

Por outro lado, Israel enxerga o programa nuclear iraniano como uma ameaça direta. 

A possibilidade de que o Irã desenvolva armas nucleares é uma das maiores preocupações para a segurança de Israel, já que o regime iraniano frequentemente faz declarações que desafiam a legitimidade do Estado judeu. 

Isso levou Israel a considerar a possibilidade de uma ação militar preventiva contra instalações nucleares iranianas, o que aumentaria drasticamente as tensões regionais.

A Rússia e a China, apesar de não compartilharem do confronto direto entre Irã e Israel, têm interesses estratégicos no Irã. Ambos os países veem o Irã como um parceiro-chave para contrabalançar a influência dos EUA no Oriente Médio. 

A Rússia tem oferecido apoio militar e político ao regime iraniano, enquanto a China se interessa pelos vastos recursos energéticos do Irã, bem como por sua localização estratégica nas rotas comerciais globais. 

Essa relação cria um desafio adicional para os EUA e seus aliados, que mantêm bases militares na região, como no Catar, na Arábia Saudita e no Iraque, locais que poderiam ser alvos de retaliações em um conflito envolvendo o Irã.

O Irã também é conhecido por sua rede de aliados não estatais, que podem ser mobilizados em caso de conflito. Isso inclui o uso de ataques cibernéticos, sabotagens e operações de guerrilha, o que representa uma ameaça assimétrica que Israel e outros países da região devem levar em consideração.

Conclusão


Em resumo, a religião é um fator importante nos conflitos do Oriente Médio, mas não é o único.

A região é o berço de três grandes religiões monoteístas — Judaísmo, Cristianismo e Islamismo — e as tensões entre elas, bem como divisões internas dentro do Islamismo, contribuem para a instabilidade.

Entretanto, questões territoriais, disputas de poder, interferência externa e outros fatores se combinam para criar um cenário complexo e volátil na região.

O fato é que enquanto essa guerra que coloca todo o mundo sob tensão, ficar fazendo análises meramente sob o contexto do viés religioso é muito raso.

Em resumo, a religião é um fator importante nos conflitos do Oriente Médio, mas não é o único. Questões territoriais, disputas de poder, interferência externa e outros fatores se combinam para criar um cenário complexo e volátil na região.

[Fonte: Jornal Opção, original por Giovanna Campos]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

terça-feira, 10 de junho de 2025

🧠PAPO DE PSICANALISTA🧠 — QUAL A RELAÇÃO DA PSICANÁLISE COM A ONDA DE FEMINICÍDIO?

Estamos, homens e mulheres, assustados e perplexos com a significativa presença de feminicídios na atualidade e, frequentemente, nos perguntamos: foi sempre assim? Os números, aumentaram? Se sim, por quê?

Dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025, lançado pelo Ministério das Mulheres, em Brasília, apontam que, em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos (com a intenção de matar) de mulheres e lesões corporais seguidas de morte.

Os registros representam uma diminuição de 5,07% em todos os casos de violência letal contra as mulheres, em relação aos registros de 2023, quando foram contabilizados 1.438 casos de feminicídio e outros 2.707 casos de homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte de mulheres.

Ainda sobre formas de violência contra as mulheres, o relatório anual mostra que o Brasil registrou o equivalente a 196 estupros por dia, em 2024, o que totalizou 71.892 casos de estupro de mulheres em todo o ano passado. Apesar do alto número de registros, houve uma queda de 1,44% em relação ao ano de 2023.

O feminicídio no divã


Diante desse tema, o primeiro aspecto a ser observado pela psicanálise é o fato desse crime ter sido qualificado e tipificado pelas mulheres.

Nesse contexto de intensa dramaticidade psicossocial em que vivemos há algo peculiar à nossa época: as mulheres, ao legislarem e julgarem, passam também a ocupar o lugar de quem faz a lei nas sociedades.

Assim, dividem com o pai o lugar da autoridade e da ordem. Isso pode significar que além do que Freud fez no começo da psicanálise — que creditou as falas, reais e imaginárias, das mulheres utilizando o método de associação livre na escuta de suas vozes — somos chamados, hoje, a reconhecer as novas vozes vindas das mulheres.

Freud, ao longo da sua obra, associa o masculino e o feminino com as posições ativa e passiva, presentes nas subjetividades quer seja do homem ou da mulher.

A flexibilidade para alternar entre essas posições favorece a integração destes aspectos no sujeito e torna mais provável o estabelecimento de boas relações.

Vemos, na nossa cultura, a valorização do ativo, aquele que assume o lugar de potência, que comanda e que age. O passivo, em sua possibilidade de acolhimento, capacidade de espera e de processamento é, em geral, pouco valorizado.

O engajamento das mulheres no mundo do trabalho não garantiu a elas uma posição de igualdade nas relações amorosas e sexuais, em especial, nos relacionamentos heteroafetivos.

A violência física contra mulheres e o assassinato delas perpetrado por seus parceiros aparecem como a ponta do iceberg de uma violência que se mantém a maior parte do tempo invisível para os outros.

Aqueles que não fazem parte da relação abusiva quase não percebem a gravidade do que se passa.

Além do crime


A violência física contra as mulheres geralmente aparece quando a violência simbólica falhou em manter o controle, a submissão desejada pelo homem, conforme a Dra. Marie-France Hirigoyen, psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta especializada em assédio moral, uma forma de bullying, no livro "A violência no casal. Da coação psicológica à agressão física" (Editora Bertrand Brasil, 2006).

Essa busca da submissão faz pensar em um excesso do ativo, em uma busca do controle sobre o outro, que é percebido como um objeto e não como um sujeito de desejos.

Trata-se de uma perversão da agressividade e uma tentativa de negação do outro como sujeito desejante. Negação de seu lugar como sujeito separado e portador de desejos. A transformação em objeto caracteriza sua absoluta negação, o que pode inclusive se dar pelo assassinato.

Uma questão que se coloca é no porquê as mulheres submetidas à violência têm dificuldade de sair dessa posição de passividade extrema. A questão da dependência financeira está presente em muitos casos, mas não esgota o problema.

Ressalto o "dispositivo amoroso", conforme posposto por Valeska Zanello —Psicóloga clínica, doutora em Psicologia pela UnB, com estudos na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, ela vem mostrando os efeitos negativos das desigualdades de gênero na saúde mental das mulheres — em "Saúde mental, gênero e dispositivos. Cultura e processos de subjetivação", 2017, em que ter sido escolhida e ser objeto de investimento amoroso tem sobre a mulher, muitas vezes, um papel identitário. 

Nesse sentido, envolve a percepção de si como objeto de valor. Esta pode se tornar uma armadilha em que mulheres se mantém em relações violentas porque não estar com um homem é percebido como algo insuportável para sua autoimagem. Seria ocupar um lugar desqualificado e esvaziado. 

Muitas se mantém nessas relações violentas, contém a própria agressividade e deslocam-na para si mesmas e percebem a manutenção da relação como forma de refúgio narcísico. Algumas delas morrem nesse jogo desesperado, enquanto não percebem a iminência da morte.

Em meio a uma cultura marcada pela misoginia, o desmantelamento das políticas e dos serviços públicos de apoio às mulheres vítimas de violência por seus parceiros levou ao aumento de feminicídios no Brasil nos últimos anos.

Talvez, somos conclamados pela realidade a nos distanciar sempre mais de qualquer posição de controle, para nos agregarmos radicalmente a uma posição epistemológica de observação, investigação e diálogo com as mulheres, como aquelas que ocupam o lugar da lei, considerando que esse fenômeno as posicionam em um lugar múltiplo relacional, ou seja, de onde suas falas estabelecem relação com a vida psíquica dos indivíduos e com a vida da coletividade, portanto, com a vida dos sujeitos implicados com a ordenação da sociedade. 

Arriscamos dizer que há mudanças em curso em relação ao lugar que homens e mulheres ocupam na sociedade, os sujeitos, enquanto indivíduos, passam a dever obediência também às mulheres. 

Os esforços da psicanálise no sentido de compreender o sofrimento psíquico da destrutividade devem ir mais além do que abrir espaço para o diálogo com as mulheres nos consultórios e delegacias. 

Terão de alcançar, possivelmente, uma discussão política em que as mulheres se organizem em coletivos para questionar, no mesmo nível, as leis do pai.

Cultura patriacal e o ego no altar


Por esse caminho, precisamos primeiro esclarecer o que nós, psicanalistas, entendemos por patricarcado. Na Cultura Ocidental, desde a antiguidade, a mulher é colocada em uma posição social inferiorizada com relação ao homens.

Podemos considerar que sobre esse alicerce o patriarcado se ergueu como forma de organizar as sociedades e que, sob tal condição existencial, as mulheres estavam muito mais sujeitas a terem suas vidas violadas. 

Nessa posição de precariedade existencial, a mulher é objeto da submissão: deve ser escolhida, pois ao escolher fere o lugar de dominação daquele que exerce o poder e o controle sobre ela. 

Aqui não existe alternância entre ser sujeito e objeto de amor. Os papéis são definidos e definitivos.

Observemos, então, que o feminicídio está inserido nas dinâmicas de controle e poder do patriarcado. 

No Brasil, apenas em 2015 ele foi qualificado como crime. Vários são os tipos de violência que anunciam o feminicídio: psicológica, verbal, patrimonial, física etc. Trata-se de um crime paulatinamente anunciado! É um crime de ódio. 

A violência psicológica é a mais difícil de ser reconhecida, é uma estratégia de desvalorização que mina a autoestima e compromete a identidade, enquanto processo reducionista. Daí os agressores se apossam dos lugares capturados, infantilizando as mulheres.

O aporte freudiano propicia uma contribuição da psicanálise na compreensão do feminicídio ao ter a capacidade de se ocupar do sofrimento psíquico relacionado à destrutividade.

Quando a mulher não aceita ficar submetida, ela ameaça a ordem do dia. A luta é antiga e nos remete à sabedoria da cura, e aos primórdios da medicina, quando as mulheres tratavam as pessoas com ervas manuseadas e eram queimadas como bruxas. 

Nada mais do que uma estratégia destrutiva para transferir esse poder aos homens. São táticas de dominação que, quando falham, geram comportamentos violentos. O objetivo é destituir o lugar e tomar posse. Quando isso não é possível, o ódio destrutivo mata.

O feminicídio e o narcisismo


No feminicídio, o mito de Narciso é um importante aspecto, sobretudo porque reflete a paralisação na própria imagem, presente em frases como: 
"Você discordou de mim na frente de todos".
É importante ressaltar o investimento libidinal e narcísico do amor dos pais. Este pode gerar recursos por toda a vida. 

Se não existe, pode gerar falhas identitárias que perpetuam déficits significativos e impeditivos para a alteridade.

Conclusão


Não pretendo fechar as motivações em torno do feminicídio a partir de uma explicação científica. 

Contudo, lançar mão do olhar psicanalítico nos permite explorar uma série de fatores inconscientes que norteiam comportamentos que estão social e culturalmente instalados, principalmente no Brasil.

Volto ao início do texto para reforçar que este é um modelo que pretende explicar um fenômeno. 

Fato é que estamos lidando com uma questão de cunho social, cultural e, claro, de saúde pública, pois desvaloriza a vida humana e traz prejuízos físicos e psíquicos às vítimas. 

O acolhimento, a aceitação do diferente, a não perpetuação de preconceitos são os primeiros passos para, como indivíduos e sociedade, abolirmos esse e outros tipos de violência.

Dica de leitura:


  • Feminicídio & Psicanálise — Uma Questão Atual

  • Autor: Marcell Felipe Alves dos Santos

  • Editora: Artesã

  • Ano: 2019

  • Número de páginas: 156

  • Categoria Principal: Teoria Psicanalítica
[Fonte: Sociedade Psicanalitica do Recife (SPRPE), original por Sandra Paraíso Sampaio; Academia Médica, original por Felipe Dalvi; Federação Brasileira de Psicanálise (Febra Pis). original por Daniela Yglesias de Castro Prieto (SPBsb); Agência Brasil, original por Daniela Almeida]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

domingo, 8 de junho de 2025

TRIBUTO — DR. MYLES MUNROE (☆1854/✞2014)

Inicio aqui outra série temática especial de artigos. Esta série não é uma novidade aqui no meu blogue. 
Ela tinha um outro nome, Personagens Religiosas e consiste numa biografia sobre pessoas que têm relevância no contexto histórico religioso.
  • O que continua — nessa retomada da série continuarei falando não só de personalidades evangélicas, mas também de outras vertentes religiosas.
  • O que muda — o titulo da série. Tributo torna a série mais expositiva e menos segmentada.

Porque tibuto?

O que é um tributo a uma pessoa?


Em português, "tributo" pode ter significados distintos, dependendo do contexto. 
  • Homenagem:
No sentido de prestar reconhecimento e respeito a alguém, seja vivo ou falecido. 

Pode ser uma homenagem pública, como um discurso ou um evento, ou uma homenagem mais informal, como um gesto de admiração. 

Um tributo a uma pessoa é, essencialmente, uma forma de honrar, homenagear ou reverenciar alguém, geralmente por seus feitos, contribuições ou características notáveis. 

Pode manifestar-se de diversas formas, desde eventos públicos, como cerimónias de homenagem e a atribuição de títulos honorários, até homenagens mais íntimas, como a dedicação de um trabalho criativo ou a criação de uma fundação em seu nome.

Para dar início a série o nome escolhido é

Myles Munroe:

Mais que um nome, um legado



Mundialmente conhecido pelos seus muitos talentos, o Dr. Myles Munroe foi um pastor, palestrante motivacional, autor, conferencista, consultor governamental, conselheiro e homem de negócios. 

Ele abordou temas polêmicos, que afetam todos os aspectos do desenvolvimento humano, social e espiritual.

O Dr. Myles Munroe foi fundador e presidente do Bahamas Faith Ministries International, uma ampla rede de ministérios com sede em Nassau, Bahamas e CEO da Associação Internacional de Líderes do Terceiro Mundo (ITWLA) e do Instituto Internacional de Desenvolvimento em Liderança.

Foi bacharel em Educação, Belas Artes e Teologia pela Universidade Oral Roberts, com mestrado em Artes e Administração pela Universidade de Tulsa e Doutor honoris causa pela Universidade Oral Roberts.

Sua contribuição


Autor de best-sellers e palestrante motivacional internacional das Bahamas. 

O Dr. Munroe escreveu cerca de sessenta livros, sendo quarenta e nove são best-sellers

O Dr. Munroe foi um requisitado palestrante motivacional global, visitando mais de cento e trinta países. 

Munroe também causou seu maior impacto no mundo como coach de negócios para empresas da Fortune 500, ensinando os princípios de liderança sob uma perspectiva bíblica. 

Sua história



Nascido em 1954, Munroe cresceu em uma das cidades mais pobres das Bahamas. 

Munroe morava com seus pais e 10 irmãos em uma casa de dois quartos. 

Nos primeiros anos, Munroe e seus irmãos dormiam no chão entre ratos e baratas. 

Aos treze anos, ele leu os quatro livros do Evangelho do Novo Testamento, ou seja, Mateus, Marcos, João e Lucas, e começou a questionar se Deus era preconceituoso. 

Naquela época, as Bahamas eram uma colônia britânica do Reino Unido e, embora a população fosse majoritariamente negra, todo o poder e influência econômica estavam nas mãos da minoria branca, composta principalmente por cidadãos do Reino Unido. 

Aos quatorze anos, Munroe memorizou os livros do Novo Testamento, o que o ajudou a ter uma nova perspectiva de vida, de que nada era impossível.

Munroe recontou a história de que, aos quatorze anos, descobriu quem era depois que um professor, chamado Sr. Robertson, do Reino Unido, o chamou de "macaco preto". 

De fato, Munroe acrescentou que o referido professor o insultou, dizendo que ele era "retardado" e que "negros não conseguem aprender coisas sofisticadas". 

Sentindo-se humilhado e desumano, Munroe foi para casa e contou à sua mãe sobre os insultos. Imediatamente, ela pegou uma Bíblia e o instruiu a ler Efésios 3:20, que diz:
"Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera".
Esse novo pensamento mudou a vida de Munroe para melhor e ele começou a prosperar. 

Depois de perceber que o poder não estava em seu professor, mas sim dentro dele, Munroe se educou e se formou como o melhor da escola. 

Munroe frequentou a universidade e obteve três títulos de bacharel, um mestrado e cinco doutorados, concedidos por cinco universidades diferentes.

Há um final grandioso, redentor e emocionante para o encontro com o Professor, o Sr. Robertson. 

Munroe contou que certa vez, quando visitou a Inglaterra para facilitar uma conferência de treinamento de liderança, e em uma sessão de autógrafos no hotel, conheceu o Sr. Robertson, que queria que ele autografasse dois de seus livros que havia comprado. 

O Sr. Robertson, que já era muito velho, apresentou-se a Munroe e pediu desculpas pela maneira como o tratara como aluno. Munroe disse que respondeu a ele com estas palavras: 
"Sr. Robertson, nunca mais subestime um ser humano."
Ambos os cavalheiros se abraçaram e se beijaram. 

O final deste triste episódio inicial demonstrou várias lições de vida, incluindo um espírito redentor, o poder do perdão e que, sendo bem-sucedido, você pode silenciar seus críticos.

O ministério do Dr. Munroe baseava-se principalmente na visão de que todos nascem com um propósito e dons a serem usados ​​para o bem da humanidade. 
"A maior tragédia da vida não é a morte", 
escreveu ele, 
"mas uma vida sem propósito".
Ele também enfatizou o Reino de Deus e destacou que toda a Bíblia, incluindo a mensagem de Jesus, gira em torno do Reino de Deus e não de uma religião.

Conclusão

O Dr. Myles Munroe e sua esposa Ruth Munroe, juntamente com outras oito pessoas, morreu tragicamente em um acidente de avião em 9 de novembro de 2014. O casal deixou dois filhos, Charissa e Myles Munrue Jr.

A ascensão do Dr. Munroe à fama foi incrível e é uma história verdadeiramente inspiradora para pessoas comuns imitarem ou aspirarem a ser.

Sua história de vida resume o ditado que diz que as pessoas não devem permitir que sua hereditariedade determine seu destino.

Em outras palavras, não importa o quanto a humanidade tente reprimi-la, ela não terá sucesso porque a promoção vem de Deus.

A história de Munroe dá esperança e insentivo a todos nós que viemos de origens humildes.
Dr. Myles Monroe ministrando no Brasil, um ano antes de sua morte, na sede da
Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADEVEC), do pastor Silas Malafaia

Bibliografia


Dr. Munroe foi autor e coautor de vários livros e guias de estudo bíblico, além de palestrante em gravações motivacionais e de estudo bíblico.

Além disso, foi editor colaborador de várias edições da Bíblia, incluindo The Believer's Topical Bible, The African Cultural Heritage Topical Bible, e redator colaborador da Charisma Life Christian Magazine e Ministries Today. Myles Munroe sobre Relacionamento:
  • Passe
  • Adiante; Princípios do Reino: Preparando-se para a Experiência e Expansão do Reino;
  • Redescobrindo o Reino;
  • A Pessoa Mais Importante da Terra;
  • Compreendendo o Seu Potencial;
  • Esperando e Namorando;
  • O Espírito de Liderança;
  • Os Princípios e o Poder da Visão;
  • Compreendendo o Propósito e o Poder da Oração; 
  • Compreendendo o Propósito e o Poder das Mulheres;
  • Compreendendo o Propósito e o Poder dos Homens;
  • A Grande Ideia de Deus;
  • Superando a Crise;
  • Princípios e Benefícios da Mudança;
  • Liberando o Seu Potencial;
  • Propósito e Poder do Amor e do Casamento.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

sábado, 7 de junho de 2025

🧠PAPO DE PSICANALISTA🧠 — O QUE HÁ POR TRÁS DA FEBRE DOS BEBÊS REBORN?

Imagem: Canva
Dou início aqui, a mais uma série especial de artigos. Nesta série, irei trazer assuntos gerais em exposição sob o viés especificamente psicanalítico. 
No primeiro capítulo, trago uma exposição sobre o fenômeno em relação aos tais bebês reborn, que, mesmo não sendo uma novidade, tomou mais visibilidade por causa — e não podia ser diferente — de influenciadores digitais.
A vida em sua maior plenitude sempre fez o maior sentido para todo mundo. Mesmo com desilusões e problemas à parte, viver é a melhor coisa do mundo, pois participamos das transformações diárias do planeta e da própria história da humanidade.

Claro, uma grande parte da população mundial sobrevive ou vive como verdadeiros zumbis, seja pelo excesso de trabalho que não lhe dá tempo para ver ao seu redor, nem que sejam as coisas mais simples do mundo, como uma flor que desabrocha ou um pássaro que passa a sua frente, ou pela constante alienação submetida pelas diversas telas que estão à nossa disposição desde as primeiras horas da manhã até as altas horas da madrugada. 

Sem falarmos da miséria absoluta, da fome, na invisibilidade ou de outros fatores que chocam a sociedade nos dias de hoje ao redor do planeta.

​Mas nesta mesma sociedade desenfreada em que vivemos com mudanças diárias de tecnologias, pensamentos, política, economia, redes sociais, costumes, manias, neuroses, loucuras e tantos outros que vão surgindo, vale a pena pensar um pouco sobre o que acontece ao nosso redor, nas telas da televisão, ou na insegurança psicológica que a sociedade moderna vive.

Nos últimos anos, os chamados bebês reborn — bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos em mínimos detalhes — se tornaram objeto de fascínio, colecionismo e também de controvérsia.

Embora para muitos sejam apenas obras de arte ou itens colecionáveis, para outras pessoas, esses bonecos assumem um papel afetivo profundo, muitas vezes preenchendo vazios emocionais.

Isto porque, além de apenas "colecionar" esses brinquedos, muitas pessoas Brasil afora têm demonstrado um hábito peculiar: cuidam dessas bonecas como se fossem filhos reais.

As situações são as mais variadas: pessoas trocando fraldas, levando os bebês para passear, educando-os e até fazendo "partos reborn".

Tem ainda quem chegue ao extremo de levar esses brinquedos ao pediatra. Houve um caso em São Paulo, que uma mulher deu o maior piti em um posto de saúde, porque o médico se recusou a atender o boneco dela.

O que são bebês reborn?


Os bebês reborn são bonecos confeccionados artesanalmente com materiais como vinil ou silicone, cuidadosamente pintados, com cabelos implantados fio a fio e detalhes que simulam veias, manchas e expressões reais de um bebê.

O realismo é tal que, à distância, muitos são indistinguíveis de uma criança de verdade.

Além de artistas e colecionadores, há um público crescente que os utiliza como forma de afeto, companhia ou até como substitutos simbólicos de filhos perdidos.

Redes sociais, de novo elas


Nas últimas semanas, as redes sociais têm sido tomadas por um único assunto: os bebês reborn, bonecas hiper-realistas, com corpos articulados e feições quase humanas.

O que há por trás dessa febre?


Bebê reborn não é novidade no mercado. Eles se popularizaram mundialmente nos anos 1990, a partir de sua criação nos Estados Unidos.

Desde então, eles são comercializados no mundo todo e muitos colecionadores começaram a se mostrar nas redes sociais, principalmente na época da pandemia de Covid-19. 

Com o mercado aquecido pela febre e pela polêmica que gira em torno dela, é grande a oferta de bonecos e de serviços que envolvem o mundo reborn.

Mas foi, recentemente, no Brasil que eles ganharam muito destaque nas redes sociais e na mídia em geral, com influenciadoras postando suas rotinas de cuidados com o boneco, como trocar fraldas e colocar para dormir.

A partir daí, apareceram colecionadoras reivindicando atendimento médico para seus "bebês", pediatras comunicando que não atendem bebê reborn e uma série de outras situações que gerou polêmica e debates.

No Rio de Janeiro, a Câmara Municipal aprovou, em 8 de maio, o projeto de lei que institui o "Dia da Cegonha Reborn". O PL foi vetado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD).

Diante dessa crescente popularidade — potencializada por influencers e subcelebridades midiáticas, em suas famigeradas redes sociais, insanas caçadoras de curtidas, likes e visualições —, muitos acabam se perguntando até que ponto isso deixa de ser um hobby exótico e passa a se tornar algum fenômeno psíquico.

Esse fenômeno tem despertado debates importantes sobre saúde mental, vínculos emocionais e estratégias de enfrentamento do sofrimento psíquico.

A relação com um bebê reborn é, muitas vezes, uma forma simbólica de cuidar de si mesma — de partes frágeis, feridas ou não elaboradas da própria história emocional.

Freud explica?


Sob a ótica da psicanálise, o uso dessas bonecas pode ativar mecanismos como projeção, identificação e tentativas inconscientes de reparar experiências de perda ou abandono.

O que um bebê reborn nos mostra é que o desejo de amar e de ser amado encontra caminhos complexos e, por vezes, silenciosos.

Cabe a nós reconhecer que, mesmo nos vínculos com o inanimado, há algo pulsando: um pedido de acolhimento.

Não fosse o bastante, os brinquedos podem acabar se tornando um "espelho" dos próprios desejos, medos ou traumas não simbolizados.

O problema aparece quando o vínculo com o bebê reborn passa a substituir as relações humanas.

Quando há um apego excessivo, pode ser sinal de sofrimento psíquico, isolamento afetivo e dificuldade de lidar com a realidade emocional.

O lado emocional

  • Companhia e luto
Algumas pessoas criam vínculos profundos com os bebês reborn, atribuindo a eles nomes, roupinhas, rotinas e cuidados diários.

Em certos casos, esse vínculo tem um papel terapêutico: mulheres que passaram por perdas gestacionais, mães enlutadas ou pessoas com quadros depressivos relatam encontrar conforto emocional no cuidado com o boneco.

O reborn, nesses contextos, funciona como uma figura transicional, semelhante ao que acontece com objetos afetivos na infância, como os paninhos ou bichos de pelúcia.

No entanto, o uso dos bebês reborn como substituto simbólico pode, em algumas situações, apontar para questões não elaboradas emocionalmente.

Em vez de processar o luto, a perda ou o vazio, a pessoa pode buscar no boneco uma fuga da dor real.

Embora essa função simbólica possa ser momentaneamente útil, psicólogos e psiquiatras alertam para o risco de perpetuar um estado de negação ou de impedir o avanço de processos saudáveis de elaboração emocional.

A controvérsia

  • Filas, consultas médicas e o uso de serviços destinados a bebês reais
Um dos pontos mais polêmicos envolvendo os bebês reborn é a atitude de algumas pessoas que os levam a consultas pediátricas fictícias ou os utilizam para obter prioridade em filas destinadas a mães com crianças de colo.

Essas ações geram forte reação pública, levantando debates éticos e legais. Muitos consideram um abuso da boa-fé e um uso indevido de direitos garantidos por lei a mães e bebês reais.

Já outras pessoas alegam que o boneco representa um vínculo afetivo legítimo e que o cuidado simbólico com ele também merece respeito.

Contudo, quando o uso dos reborns ultrapassa o âmbito privado e passa a interferir em serviços públicos ou em políticas de atendimento prioritário, surgem questionamentos importantes.

Há o risco de banalização de direitos e de prejudicar quem realmente necessita de prioridade — como mães em situação de vulnerabilidade ou bebês com necessidades médicas reais.

O desafio, nesse caso, é reconhecer o valor simbólico desses objetos para quem os utiliza, sem que isso comprometa o bom funcionamento de espaços coletivos e direitos sociais fundamentais.

Esse debate reforça a necessidade de mais diálogo entre o campo da saúde mental e as esferas sociais e jurídicas, para que se compreenda a complexidade do fenômeno sem recorrer a julgamentos simplistas ou estigmatizantes.

A polêmica

  • Saúde mental e patologização
A linha entre uma prática afetiva inofensiva e um indicativo de sofrimento psíquico é tênue.

Nem todo vínculo com bebês reborn indica um transtorno; no entanto, quando o boneco passa a ocupar o lugar de um relacionamento humano real ou impede a pessoa de enfrentar questões emocionais importantes, o uso pode ser um sinal de alerta.

O debate se intensifica nas redes sociais, onde vídeos de pessoas tratando os bebês reborn como filhos reais — dando mamadeira, passeando com carrinho ou levando ao pediatra fictício — geram tanto empatia quanto julgamentos.

Enquanto algumas pessoas enxergam essa prática como uma forma legítima de lidar com a dor, outras a consideram um sinal de desequilíbrio emocional.

A patologização desses vínculos, no entanto, exige cuidado: o que pode parecer estranho aos olhos de muitos pode ser, para o sujeito, uma estratégia de enfrentamento que precisa ser compreendida e respeitada.

Estabelecer limites e considerar riscos


Em entrevista ao Portal iG, a psicóloga Angelita Traldi, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, afirma que a rotina com os bebês reborn pode ser uma brincadeira saudável para algumas pessoas, especialmente aquelas que o fazem como uma forma de expressão criativa ou terapêutica.
Reprodução 
"Mas, como qualquer atividade, é importante estabelecer limites e considerar os possíveis riscos. 
A brincadeira pode passar do aceitável quando interfere com as relações reais. 
Se a pessoa começa a priorizar o relacionamento com o boneco sobre as relações com pessoas reais, pode ser um sinal de que a brincadeira está passando do aceitável".
Angelita Traldi aponta como ponto problemático da brincadeira com o bebê reborn quando ela afeta a saúde mental e social.
"Se a pessoa começa a experimentar sintomas de ansiedade, depressão ou outros problemas de saúde mental relacionados à brincadeira, é importante buscar ajuda".
Ainda segundo a psicóloga, outro sinal de alerta que denota a necessidade de a pessoa receber ajuda de um especialista é quando há perda de contato com a realidade.
"A pessoa começa a acreditar que o boneco é real ou a tratá-lo como se fosse uma pessoa real de forma excessiva. 
E também se a pessoa começa a priorizar o relacionamento com o boneco sobre as relações com pessoas reais, isso pode ser um sinal de que a brincadeira está passando do aceitável".

Uso terapêutico


Para muitos colecionadores, essas bonecas são itens de valor emocional, representando uma conexão especial com a infância ou com a ideia de maternidade.

Mas algumas pessoas utilizam as bonecas reborn como parte de terapias para lidar com a perda ou a solidão.

A psicóloga Angelita Traldi destaca o uso positivo do bebê reborn como ferramenta terapêutica.
"A terapia com bebês reborn pode ser aplicada em vários contextos, como, por exemplo, a terapia para lidar com o luto. 
Nesse caso, ele pode ajudar as mães que perderam um filho a lidar com o luto e a processar suas emoções".
Um trabalho apresentado no 10º Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, em 2023, mostrou que a terapia com bonecos hiper-realistas pode auxiliar idosos com Alzheimer.

A pesquisa comprovou a contribuição desta terapia para a recuperação da capacidade emocional dos idosos submetidos à intervenção e manuseio das bonecas. Há desenvolvimento de afeição, socialização e sentimento de utilidade que resgatam a memória afetiva dos pacientes.
"Nesse caso, a terapia com o boneco reborn pode ser usada para estimular a memória e a emoção em pessoas com Alzheimer".
Para além da utilização terapêutica, os especialistas concordam que a linha entre o significado lúdico e o transtorno psicológico é tênue e requer atenção.

Conclusão

Reflexões finais


Apesar de, em alguns casos, parecer algo comum, os cuidados excessivos com os bebês reborns podem se tornar um motivo de alerta.

A febre dos bebês reborns é um fenômeno complexo, que envolve arte, memória, afeto, perda e saúde mental.

Mais do que julgar, é necessário compreender os significados subjetivos que esses bonecos assumem para cada indivíduo.

Em alguns casos, o acompanhamento psicológico pode ajudar a esclarecer se esse vínculo está promovendo alívio emocional ou mascarando dores profundas.

O mais importante é garantir que cada pessoa tenha espaço para expressar suas emoções de maneira saudável e, quando necessário, buscar apoio profissional para isso.

Em resumo, a psicanálise considera a febre dos bebês reborn como uma manifestação de diversos fatores, que podem variar de pessoa para pessoa, e ressalta a importância de compreender a motivação por trás desse comportamento para evitar riscos à saúde mental e social.

[Fonte: NeuroConhecimento, original por Alex Ribeiro — Com formação em Psicologia pela Faculdade Ciências da Vida e Especialização em Neuropsicologia pela PUC Minas, possui uma sólida experiência abrangendo diversas áreas, como Neuropsicologia, Psicologia Clínica, Psicologia em Saúde, Psicologia Social e Saúde Mental. Portal 6, original por Thiago Alonso; Jornal Bom Dia, original por Carlos da Silveira, Jornalista e Historiador. Portal Ig]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

AUMENTA O NÚMERO DE EVANGÉLICOS NO BRASIL, MAS, HÁ ALGO PARA SE COMEMORAR?

Em 40 anos, os evangélicos deixaram de ser um mero traço estatístico no panorama demográfico brasileiro e, agora, caminham para se tornar a comunidade religiosa majoritária no país.

É o que indica o mais recente estudo do Data-Makers, do grupo HSR Specialist Researchers, especializado em pesquisas de mercado para negócios.

De acordo com as projeções feitas com base nos dados do último Censo e em outros indicadores, a expectativa é de que os evangélicos já serão 35% dos brasileiros em 2026.

Análise estatística


Apesar da população de evangélicos no Brasil ter atingido o maior patamar histórico, com 26,9% da população, o crescimento do número de pessoas protestantes foi menor que o esperado, perdendo ritmo no país.

A proporção de evangélicos no Brasil chegou a 26,9% da população em 2022. As informações são do Censo Demográfico 2022, que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).

Em 1991, esse percentual era de 9,0%, o que indica que a parcela de evangélicos no país praticamente triplicou em 30 anos.

Em relação ao Censo anterior, realizado em 2010, o avanço foi de 5,2 pontos percentuais. Naquele ano os evangélicos somavam 21,6% da população com 10 anos ou mais.

Em números absolutos, são 47,4 milhões de pessoas que se declaram evangélicas. A tendência de crescimento já havia sido observada no Censo de 2010, quando os evangélicos representavam 21,6% da população.

Perfil religioso populacional


O IBGE traçou o perfil religioso da população a partir de uma amostra de residente no país com perguntas como 
"Qual a sua religião ou culto?",
destinadas a pessoas com 10 anos ou mais, e 
"Qual a sua crença, ritual indígena ou religião?", 
aplicadas apenas em terras e setores censitários indígenas.

Depois disso, os dados são agrupados por grandes grupos:
  • Católico Apostólico Romano;
  • evangélicas; 
  • umbanda e candomblé;
  • espírita;
  • não tenho religião; e outros.
Foram ouvidos 10% das residências do país, algo em torno de 7,8 milhões de lares.

Indicativos censitários

Reproduçao Gazeta do Povo
O Censo indica que o país segue com maioria de católicos. No entanto, a quantidade de adeptos do catolicismo teve queda de 8,4 pontos percentuais em 12 anos, alcançando o menor nível já registrado desde 1872, data do primeiro censo realizado no Brasil.

Os dados também apontam crescimento de adeptos da umbanda e do candomblé; pessoas sem religião; e outros segmentos religiosos (judaísmo, islamismo, budismo, etc).

Os católicos ainda representam a maior parte da população brasileira, com 56,7% (100,2 milhões de pessoas), mas seguem em queda. Em 2010, eram 65,1%, e em 2000, 74,1%.

  • Evangélicos

Em 2022, os evangélicos registraram sua menor taxa de evolução desde 2000. O avanço neste ano foi de 5,3 pontos percentuais. 

Nas duas edições anteriores do Censo essa taxa foi maior do que 6. Em 1991, 9% da população brasileira afirmou fazer parte de alguma vertente evangélica. Agora, são 26,9%.

De acordo com os dados, o crescimento da parcela de brasileiros que se declaram evangélicos perdeu força pela primeira vez desde 1960. 

No Brasil, há 244 municípios com predomínio de evangélicos, sendo que em 58 há maioria (mais da metade da população) que se identifica com alguma vertente religiosa desse tipo.

  • Católicos

Por outro lado, os católicos mantiveram a trajetória de queda que vem se acentuando desde 1980, quando 89% da população afirmou que professava essa fé.

Em 2022, a proporção caiu para 56,7%, o que corresponde a 8,4 pontos percentuais a menos que 12 anos atrás.

Em termos regionais, o catolicismo permaneceu majoritário em todas as grandes regiões, com destaque para o Nordeste (63,9%) e o Sul (62,4%). Já os evangélicos se concentram mais no Norte (36,8%) e no Centro-Oeste (31,4%).

Em termos etários, os católicos lideram em todas as faixas, variando de 52% entre os jovens de 10 a 14 anos a 72% entre os idosos com 80 anos ou mais.

  • Umbanda e candomblé

O número de adeptos de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, triplicou em dez anos.

A proporção desse grupo subiu de 0,3%, em 2010, para 1% da população naquele ano.

O Rio Grande do Sul é o estado com maior população adepta a essas religiões, com 3,2%.

O número é bem maior do que em estados com predominância de pessoas pretas ou pardas, como a Bahia e o Rio de Janeiro, que possuem 1% e 2,5%, respectivamente.

  • Espíritas

A religião espírita teve leve queda, de 2,2% para 1,8%, enquanto umbanda e candomblé somaram crescimento conjunto de 0,7 pontos percentuais, saltando de 0,3% para 1,0%.

Os espíritas têm maior presença no Sudeste (2,7%), enquanto umbandistas e candomblecistas aparecem com mais força no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%). 

A maior proporção de pessoas sem religião também está no Sudeste (10,5%).

  • Sem religião

A categoria de pessoas sem religião no Brasil chegou a 9,3% da população, um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao último Censo, atrás apenas de católicos e evangélicos.

Nesse grupo, estão ateus, agnósticos e pessoas que não professam qualquer crença.

No Chuí (RS), 37,8% da população se definiu sem religião, sendo a única cidade onde esse grupo prevalece entre todos os outros.

O município faz fronteira com o Uruguai, país com o maior percentual de pessoas sem filiação religiosa na América Latina.

Perfil etário


Reprodução Gazeta do Povo
Em termos etários, os católicos lideram em todas as faixas, variando de 52% entre os jovens de 10 a 14 anos a 72% entre os idosos com 80 anos ou mais.

Os dados do Censo 2022 indicam que os evangélicos têm, na média, um perfil etário mais jovem em comparação com os católicos. 

A presença de católicos é relativamente menor entre os mais jovens (52% no grupo de 10 a 14 anos) e maior entre os mais velhos (72% no grupo de 80 anos ou mais). 

Já entre os evangélicos ocorre o oposto: a maior proporção está entre os jovens de 10 a 14 anos (31,6%), e a menor, entre os que têm 80 anos ou mais (19%).

Números estatícos X qualidade espiritual


O crescimento do segmento evangélico no Brasil, sobretudo entre as denominações de matriz pentecostal e neopentecostal, é um fenômeno sem paralelo no mundo contemporâneo. 

Enquanto, na Europa — berço da Reforma Protestante e das igrejas de presença global —, o cristianismo luta contra a debandada de fiéis movida pelo secularismo e pelo relativismo e, nos Estados Unidos, apresenta crescimento mais modesto, no Brasil, o avanço da fé evangélica é evidente. 

No intervalo de apenas uma década – de 2010 a 2020 –, o número de crentes evangélicos cresceu 62%, acrescentando às suas fileiras 16 milhões de pessoas.

Além da influência social e política exercida por esse estrato da sociedade, chama a atenção também seu poderio econômico. 

A pesquisa O Brasil evangélico, divulgada no fim do ano passado pela Data-Makers, revelou algumas características desse grupo no que se refere ao consumo: nada menos que 47% do que se declaram evangélicos pretendem consumir mais nos próximos 12 meses, contra 32% entre os que não têm esse pertencimento.

Para o diretor-executivo do instituto, Fabricio Fudissaku, esse movimento revela uma tendência comportamental. “As igrejas evangélicas não coíbem o consumo. Em muitos casos, o ato de consumir está relacionado à demonstração de virtude, sucesso e valor. Essa questão está intrínseca à sua crença”, avalia.

...Cujo Deus é mesmo o Senhor?


A mentalidade de que crescimento numérico é evidência do favor de Deus domina o meio evangélico há várias décadas.

Tanto é assim, que a qualidade do ministério de um pastor ou o suposto grau de aprovação de uma igreja diante de Deus são medidos, muitas vezes, exclusivamente com base nesse critério.

Por causa disso, se a gente apontar para os desvios doutrinários absurdos, o mundanismo, a falta de real devoção e os escândalos tão comuns nas megaigrejas que há por aí, logo aparece um "santarrão espiritualóide" dizendo:
"Se esse pastor e essa igreja são tão ruins como você fala, por que Deus os tem abençoado tanto? Você já viu como seus cultos são lotados?".
É evidente que falta a muitas dessas pessoas o discernimento espiritual necessário para aprovar as coisas excelentes (Filipenses 1:9,10). 

Falta-lhes também o conhecimento bíblico que realça que, nos últimos dias, os homens buscariam mestres "segundo as suas próprias cobiças" (2 Timóteo 4:3).

Esse versículo, diga-se de passagem, deixa evidente por que quem prega a velha e apodrecida doutrina do sucesso financeiro sempre tem seguidores aos milhares!

Falta, porém, algo mais àqueles que associam crescimento numérico à bênção de Deus. Desculpem a sinceridade, mas, a meu ver, falta-lhes também capacidade de percepção ou de raciocínio. 

Digo isso porque não é preciso ter um cérebro de Einstein para perceber que muitos movimentos absolutamente contrários à fé crescem numericamente num ritmo assustador. 

Isso é tão evidente que eu fico até com medo de dar alguns exemplos e ser acusado de gastar tempo dizendo obviedades.

A grande realidade que se depreende das Escrituras é que o crescimento numérico em si não significa muita coisa. 

Na verdade, conforme visto, o mero crescimento numérico de um partido ou mesmo de uma igreja pode ter como causa fatores ruins, capazes de atrair um número imenso de homens maus. 

Por isso, é necessário que o crescimento de uma igreja esteja associado a outros elementos para que seja considerado saudável e também seja visto como resultado da ação graciosa de Deus. Que outros elementos são esses? 

A resposta a essa pergunta está em Atos 9:31: 
"A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número".
Note que o crescimento saudável da igreja primitiva era uma bênção de Deus associada ao viver digno e santo de crentes que andavam no temor do Senhor e que eram edificados enquanto viviam assim. 

Ora, é evidente que a vida vivida sob o temor do Senhor se afasta de escândalos, imoralidades, palavreado sujo, desonestidades, mentiras, fraudes e hipocrisias. 

O texto indica, portanto, que a igreja primitiva em geral tinha um testemunho maravilhoso, sendo encorajada pelo Espírito Santo (a palavra traduzida como "conforto" pode significar também encorajamento ou assistência) que lhe dava ousadia, direção, sabedoria e disposição para o serviço. Então, como resultado disso tudo, a igreja "crescia em número".

Eis aí o crescimento numérico desejável, decorrente da aprovação de Deus. Por isso, é preciso destacar que, se uma igreja cresce enquanto seus membros não andam e nem são edificados no temor do Senhor, há, sem dúvida, algo muito errado com essa igreja. 

Talvez ela esteja oferecendo coisas ruins e, por isso, esteja atraindo homens ruins; talvez esteja proclamando ideias e realizando programações que se harmonizam com as expectativas perversas dos incrédulos; talvez tenha mestres que anunciam doutrinas em total sintonia com a cobiça dos iníquos; ou talvez esteja usando meras estratégias de marketing, adotando técnicas que nada têm a ver com a construção de uma igreja realmente bíblica. 
Lembrem-se: onde estiverem os cadáveres do falso ensino e dos artifícios humanos, aí se ajuntarão os abutres, saltando alegremente em meio à carniça.

Conclusão

Reprodução Gazeta do Povo
O fenômeno do crescimento no Brasil do grupo religioso chamado genericamente de "evangélicos", que reúne fiéis de igrejas protestantes, pentecostais e neopentecostais, tem levado estudiosos a elaborarem a hipótese de que o país está passando por uma "transição religiosa", deixando de ser uma nação predominantemente católica para dar lugar a uma hegemonia evangélica, o que poderia se consumar nas próximas décadas.

Embora a alta histórica no número de evangélicos no Brasil seja evidente, o docente pondera que o pentecostalismo e o neopentecostalismo ainda pregam essencialmente para um espectro específico da sociedade brasileira, e carecem de um projeto abrangente para os problemas nacionais. 

Além disso, na hipótese de a transição religiosa estar em curso, o evangélico também teria de fazer inúmeras concessões para se tornar hegemônico.

Tenhamos, pois, cuidado. Avaliemos as coisas com mais precisão e inteligência. Também supliquemos ao Senhor que sua igreja aumente mais e mais suas fileiras. Peçamos, porém, que esse aumento não ocorra a qualquer custo. 
Que o Santo Cordeiro da verdade e da pureza não seja sacrificado no altar do crescimento numérico. Que os salões lotados durante os cultos sejam reflexos de igrejas que andam no temor do Senhor e não de comunidades que criam atrações para o entretenimento religioso, proporcionando apenas conforto emocional e oferecendo placebo espiritual.
Se não for assim, então que continuemos a ser, nas palavras de Jesus, um "pequenino rebanho", tentando ajustar a vida ao que ele quer, a fim de que o aumento saudável e verdadeiro aconteça no tempo devido.

[Fonte: ICL Notícias, original via redação; Gazeta do Povo, original por Leonardo Desideri; Ongrace, original por Carlos Fernandes]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.