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terça-feira, 17 de setembro de 2024

BÍBLIA ABERTA — A ALEGRIA DA SALVAÇÃO

Essa conhecida parábola narrada por Jesus, contém várias curiosidades e contrastes que abrem nossos olhos para grandes verdades espirituais concernentes a perdição e a salvação.

Nesse jogo de palavras precisamos entender que, dentro do contexto da narrativa,  "perdido" quer dizer pecado, e a palavra "achado" quer dizer salvo. O filho mais novo via o pai como um homem bom (por isso quis voltar para ser seu empregado), mas o filho mais velho o via como carrasco (porque achava que trabalhava como um escravo sem poder ao menos festejar com seus amigos). 

O filho mais novo tinha consciência da sua perdição, e voltou para a casa, mas o filho mais velho ainda não, e nem quis entrar numa festa que também era para ele.

Analisando a experiência de Davi


Antes de darmos sequência ao entendimento da parábola, é salutar que nos remetamos à experiência vivida pelo rei Davi, dentro do mesmo contexto, respeitadas as especificidades temporais. 

Houve um momento em que Davi havia perdido a alegria de viver, estava sendo consumido pelo remorso e pela culpa e a sua oração foi apenas uma, dizendo assim: 
"Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário" (Salmo 51:12). 
Restitui-me a alegria, o prazer, o gozo da salvação, foi o pedido do rei.

É possível perceber quando um casamento está doente pelo fato de um dos cônjuges se entristecer no momento de voltar para a casa. Isso pode ser um dos motivos de os bares estarem quase sempre muito cheios.

Algumas pessoas que ainda não tiveram um encontro com Cristo; em vez de irem para a casa ao fim de um dia de trabalho, preferem ir para os bares, e permanecem lá até um horário em que não mais encontrarão com aquele(a) que as aborrecem, pois, certamente, já estará dormindo.

Tudo isso porque a casa deixou de ser prazerosa, e escolhem ficar ao lado dos colegas do que com a família. E por quê? Porque a alegria na família terminou para elas.

Se perdemos a alegria, ir aos cultos passa a ser enfadonho, automático, ofertar torna-se algo terrível, mas, quando o nosso coração passa a viver o contentamento da salvação, a alegria extravasa não somente em palavras, mas por meio dos atos. 

Em toda a nossa vida haverá um brilho no olhar, e só de ouvirmos o nome "Jesus", a adoração será intensa e a leitura da Bíblia um prazer. A reunião de culto será sempre uma experiência renovadora.

Redefinindo o pecado


Voltando à análise da Parábola do Filho Pródigo, muitos filhos se rebelam contra Deus desobedecendo suas regras, como o filho mais novo, outros se rebelam obedecendo, como o filho mais velho. Algumas pessoas obedecem aos mandamentos e são religiosas não por causa da piedade, mas com interesses pessoais, que de alguma forma tentam controlar Deus estabelecendo um jogo de trocas "santas".

Acreditam que por serem religiosas merecem coisas boas. Tanto o filho mais novo, como o filho mais velho amavam mais a riqueza do pai do que ele em si. Ambos queriam controlar as coisas do pai. E isso nos mostra que pecado é se colocar no lugar de Deus, e não apenas errar o alvo. Existem duas maneiras das pessoas se colocarem no lugar do Salvador.

Uma é seguindo suas próprias regras e a outra e usando as regras morais para se autopromover. Jesus está nos mostrando que um homem que nunca violou a lista dos maus comportamento morais pode estar tão perdido espiritualmente quanto o mais imoral de todos os homens.

Timothy Keller, pastor de uma igreja em Nova York define a vida com Cristo assim:
"O Evangelho representa uma espiritualidade completamente diferente. Não é religião nem falta dela, moralidade ou imoralidade, moralismo ou relativismo, conservadorismo ou liberalismo".

Redefinindo a perdição


O filho mais velho, que era obediente, também estava perdido. Assim como o mais novo carecia do amor do pai. O mais novo estava aberto para receber essa graça, mas será que o mais velho também? Ou será que sua "retidão" o impedia de experimentar o amor do pai? 

O único pré-requisito para receber a graça de Deus é reconhecer a falta dela. Enquanto o ser humano não reconhecer a necessidade da graça de Deus sobre sua vida estará perdido. O nesse caso o irmão mais velho poderia estar ainda mais distante do que o irmão mais novo. 

O farisaísmo do irmão mais velho não dá origem apenas ao racismo e ao classicismo, mas pode acabar criando um espírito julgador que não perdoa. O filho mais velho não conseguia perdoar seu irmão mais novo por ele ter desgraçado o nome da família e ter diminuído a riqueza deles. 

É impossível perdoar alguém quando você se sente superior a essa pessoa. Se o filho mais velho conhecesse seu próprio coração, teria dito: sou tão egoísta e causo tanta dor ao meu pai da minha própria maneira, quanto meu irmão da sua. Não tenho direito nenhum de me sentir superior. Então ele teria a liberdade de dar o seu irmão o mesmo perdão concedido pelo pai.

A alegria da salvação!


O espírito do irmão mais velho vive presente dentro das religiões. Irmãos mais velhos vivem a vida correta por causa do medo, não por alegria e amor. A festa não é apenas para o filho mais novo, mas para todos que estão perdidos e podem ser achados. 

Precisamos saber se não somos o "filho mais velho", hoje. Seus sintomas podem aparecer: quando a crítica alheia devasta seus sentimentos, quando a noção do amor de Deus é apenas abstrata, quando necessita da aprovação dos outros para reforçar sua autoimagem, quando seus erros o atormentam mesmo depois de ter se arrependido, e principalmente a falta de paixão pela oração.

Porque quando você ama o Pai deseja ardentemente estar com Ele e conversar por todo o tempo. O interessante é que o pai vai ao encontro de ambos os filhos e expressa amor por eles. Isso nos mostra que não é o arrependimento que gera o amor, mas o contrário.

Jesus sempre ofereceu amor primeiro, antes de alguém lhe oferecer qualquer coisa. Jesus não é farisaico com os fariseus, nem orgulhoso com os orgulhosos. Ele ama as pessoas com espírito libertário e também as religiosas. O pai ama os dois filhos mesmo que sejam tão diferentes.

Como viver a alegria da salvação? É preciso perseverança. Perseverança é a nossa condição de estarmos seguros em Cristo Jesus até que Ele volte, ou até que tenhamos o privilégio de irmos ao encontro dEle. É sempre, todos os dias, e não apenas aos domingos.

Deus é perseverante, é constante. Ele não mudará jamais as suas promessas, e, sim, cumpre cada uma delas, está escrito que 
"...nem uma promessa falhou de todas as suas boas promessas..." (1 Reis 8:56).
Muitas vezes, achamos que as promessas do Senhor estão demorando a serem cumpridas, mas Deus não retarda as suas promessas, ainda que o tempo dEle seja diferente do nosso. Não adianta você querer ser avô hoje se seu filho tem apenas 8 anos de idade, ou seja, há um tempo de maturação. 

Todas as promessas do Senhor têm o "sim" e o "amém", mas existe também o tempo do Senhor. Tome posse desta declaração para a sua vida, para a sua família: 
"Porque eu, o Senhor, falarei, e a palavra que eu falar se cumprirá e não será retardada" (Ezequiel 12:25). 
"Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um 'i' ou um 'til' jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra" (Mateus 5:18).

Conclusão


Mas neste capítulo Jesus contou três parábolas. Um pastor perdeu uma ovelha, porém não desistiu dela. Saiu a sua procura e quando achou deu uma grande festa. Uma mulher perdeu uma moeda, mas procurou até encontrá-la, e quando achou festejou com seus vizinhos. 

Nesta parábola esperava-se que alguém saísse a procura do filho mais novo, perdido, para salvá-lo. Quem deveria fazer era o filho mais velho, mas ele não fez. Devemos ser o irmão mais velho no sentido de ir buscar os filhos perdidos do nosso pai. 

Mas ainda que falhemos temos um outro irmão que jamais falhará, Jesus. Nosso verdadeiro irmão mais velho pagou nossa dívida na cruz. Deu a sua vida pela nossa. Ele bebeu o cálice amargo para que pudéssemos beber o cálice da alegria da salvação.

Deus nos guarda em meio à tribulação. Todos nós estamos sujeitos a passar por tribulação, por um tempo de provas. E muitas vezes diante da prova muitos têm tendência a desanimar. É muito fácil perseverar num tempo cheio de abundância, mas o desafio é perseverar também no tempo de tribulação.

Deus cumpre o que promete. Mas a confiança não deve estar na nossa capacidade de fazer obras que nos mantém salvos, mas a nossa perseverança na capacidade de vivermos com Jesus. É confiarmos que Deus não nos enganará de maneira alguma, pois não Ele não é como os seres humanos.

Do início ao fim do livro de Jó parece que há somente provas e tribulações. Quando olhamos para a vida dele, vemos que perseverou até o fim, e tudo que perdeu foi restituído em dobro, até mesmo a quantidade de filhos (Jó 42:10-17).
    • No momento em que abrimos o nosso coração e proclamamos Jesus como Senhor e Salvador, Ele entra na nossa vida e recebemos salvação. Viva essa realidade! Deus os abençoe!
Fonte: Primeira Igreja Batista de Itaperuna, original acessado em 17 de setembro de 2024.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

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