"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto" (Isaías 55:6).
Existe tanto valor estampado quando dedicamos tempo a algo. Seja em conversas, cuidado, momentos que aprendemos ou ensinamos, livros que lemos ou séries que assistimos… Independente do que seja, todos somos transformados por aquilo que investimos nosso tempo.
Devocional é um tempo que você separa para estar com Deus, de preferência no começo do dia. Alguns fazem um culto breve em família com uma leitura bíblica. Pode-se também cantar hinos e/ou estudar algum livro que lhe aproxime de Deus. Algumas pessoas apreciam ler um trecho de um livro de reflexões.
Devocional como legado
Quando se está ao lado de crianças é melhor haver um tempo breve em família e um tempo maior em particular. Isso para que as crianças percebam o exercício devocional como algo alegre.
Deus é vida. E aqueles que tomam tempo para estar com Ele, passam a conhecê-lO e amá-lO mais. O amor a Deus é a base para a religião verdadeira e resulta em vida eterna:
"E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3).
O devocional diário é uma maneira do cristão estar ligado a Jesus, a Fonte da vida. A Bíblia é a Palavra de Deus e, portanto, deve ser lida diariamente, com oração e desejo sincero de conhecer e praticar as orientações divinas.
Quando paro para refletir sobre o propósito de um devocional percebo que é mais do que um momento de meditação. Trata-se de uma troca, a qual ninguém sai perdendo.
Ele me captura com Sua beleza enquanto a minha fraqueza exposta não O assusta. Devocional não é só um compromisso na agenda. Devocional é o que sustenta um relacionamento íntimo com o Senhor, é a formula secreta daqueles que amam a Deus.
Dias bons e ruins não são o bastante para definir nossa devoção; no dia bom é a Ele nossa gratidão, já no dia mau, Ele é no nosso socorro. Ele é a porção diária necessária para vivermos.
O que devo fazer?
O melhor disso tudo é que não existem regras. Não existe um padrão exato para seguir ou um protocolo a cumprir. Esse relacionamento íntimo e individual que temos com Deus nos permite adaptarmos nosso estilo de devocional. Ler, ouvir, escrever e falar são formas de comunicação. Isso é o devocional: estabelecermos um tempo de comunicação simples e exclusiva com Deus.
Ao gastarmos — ou, melhor dizendo, ao inverstirmos — esse tempo nas Escrituras veremos nossa realidade e cultura serem confrontadas. Nelas estão o início e o fim de toda revelação que podemos ter, enquanto nós lemos a Palavra. Ela também nos lê e nos conduz ao caminho de volta para o verdadeiro sentido que fomos criados.
Esse tempo investido em conhecer as verdades bíblicas nos dirige para conhecermos o Autor. Assim, conheceremos e provaremos dos Seus atributos, Seu amor e Sua soberania. Como em 1 Coríntios 13:12 afirma, por enquanto O vemos através de um espelho sujo.
Ainda assim seremos conquistados ao olhar para Ele através da Sua escritura. Se hoje é apenas isso que temos de possibilidade, por quê não pular nas profundezas do conhecimento sobre Ele? Por que não investir um pequeno tempo hoje que será a realidade de toda minha eternidade?
Como fazer um devocional?
A vida devocional é um privilégio extraordinário para os que creem. Na antiga aliança, só o sumo sacerdote, uma vez por ano, tinha acesso à presença de Deus no Santo dos Santos, no templo de Jerusalém. Porém, no momento em que Jesus Cristo morre na cruz, o Evangelho relata que o véu que dava acesso ao Senhor foi rasgado de alto a baixo — e lemos na epístola aos Hebreus que, agora, podemos entrar confiadamente na sala do trono pelo novo e vivo caminho no sangue de Cristo (4:16,16).
Deus não está mais no templo de Jerusalém, edificação feita por mãos humanas. Agora, Ele habita no coração do homem e da mulher que nEle creem (Atos 7:48, 49) e, assim, nosso corpo se tornou o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19). Este é o mistério de Cristo em nós; assim foi abolido o sacerdócio como privilégio dos levitas e, no Filho de Deus, o sacerdócio se tornou universal e inclui todos os crentes.
Apesar disso, o que temos visto na Igreja é um retrocesso, pois o lugar do encontro com Deus se tornou o templo no domingo; a adoração é intermediada pelo ministério e pelo dirigente do louvor, e Deus fala através de pregadores ungidos. Além disso, levamos nossas orações para intercessores que, supostamente, têm poder.
O resultado é uma geração de crentes que dependem de intermediários na sua relação com Deus. Ao invés da leitura bíblica pessoal, ouvimos sermões, e no lugar da oração pessoal, aquela que se desnuda diante do Senhor, fazemos nossos pedidos na reunião de oração.
É por isso que existem tão pouco santos e profetas entre nós, e tantos crentes imaturos e instáveis. Santo não é aquele que não peca mais, mas o que sabe que é um grande pecador e vive quebrantado e na dependência do Espírito Santo. E profeta não é aquele que adivinha o futuro, mas denuncia o mal e anuncia o juízo, sem preocupação em agradar aos outros.
Infelizmente, a vida devocional ficou em segundo plano, e sem uma relação pessoal com Deus a ênfase recai na vida comunitária, no programa, no culto — em parte porque nos tornamos pessoas inquietas e agitadas que não conseguem parar, e em parte porque achamos que Deus só fala conosco através de pastores.
Mas também negligenciamos a vida devocional porque, devido ao nosso imediatismo, a achamos improdutiva e perda de tempo e buscamos experiências espirituais eufóricas e entregamo-nos ao ativismo religioso.
Quando o cristão entende que este momento é um encontro com Deus, ele não vai desistir e nem abrir mão de fazer diariamente o seu devocional.
Ao manter um relacionamento íntimo com Deus, o cristão pode experimentar as maravilhas que o Senhor tem para cada um de seus filhos. Todo soldado precisa estar bem equipado para a guerra, com as armas certas e bem alimentado para vencer a batalha.
A vida cristã é uma constante guerra, na qual o inimigo não dorme e nos ataca a todo instante. Por isso, aconselho àqueles que querem ter uma vida vitoriosa a buscar mais a Deus; a se apresentar em vida devocional ao Senhor; e a se alimentarem da Palavra, para ter maior experiência com o Pai. A Palavra de Deus é viva e produz efeitos na vida do cristão.
Comece seu devocional
Embora, como já disse anteriormente, não exista uma técnica para o devocional, por ser algo que tem a ver com o relacionamento individual e pessoal com Deus, voi citar aqui, aqui algumas dicas para começar para ajudar você a fazer o seu estudo bíblico diário:
- Escolha o momento do dia que seja mais tranquilo. Durante a manhã, tarde, ou noite;
- Separe um local da casa que seja silencioso e reservado;
- Comece com um período curto de tempo, entre 5 a 7 minutos do seu dia, e aumente gradativamente. Desta forma, você não ficará ansioso ou decepcionado caso não consiga cumprir o tempo estipulado;
- Tenha sempre à mão seu material de estudos: Bíblia, devocionais e hinários;
- Em seu período devocional, aproveite o tempo da forma que se sentir mais à vontade;
- Não há uma regra ou cronograma para o que tem que ser feito. Cante, ore, leia a Palavra, encontre o ritmo que mais lhe agrada;
- Não se deixe distrair com telefone ou outro aparelho eletrônico, se possível, desligue-os.
Aproveite o tempo que tem com o Senhor!
O maior exemplo!
A oração e o constante estudo da Palavra são fundamentos para o crescimento espiritual de cada cristão. O estudo diário da Palavra, ou devocional, é o momento em que o crente se coloca atento àquilo que o Pai tem para ensinar, e não deve ser encarado como um ritual, ou como mais uma atividade em sua rotina diária.
O momento do devocional deve ser tranquilo, prazeroso e de completa entrega ao Senhor. Jesus sempre buscava orientação junto ao Pai, em momentos de oração e intimidade. Veja abaixo alguns trechos da Bíblia que relatam os momentos em que Jesus orava:
- Jesus orou ao ser batizado (Lucas 3:21);
- Em Lucas 6:12,13, Jesus ora durante uma noite antes de escolher seus discípulos;
- Orou antes de fazer uma importante pergunta aos discípulos (Lc 9:18);
- No túmulo de Lázaro, Jesus orou (João 11:41,42);
- Jesus se retirava para orar quando a multidão o procurava apenas pelos milagres (Lc 5:15-17);
- Jesus também orou antes de ensinar a seus discípulos a
"Oração do Senhor" (Lc 11:1);
- Orou por Pedro antes da negação (Lc 22:32-34);
- Jesus orou antes de ser crucificado (Lc 9:28);
- Orou na cruz (Jo 17:1);
- Orou após a ressurreição (Lc 24:30).
Conclusão
Eternidade sem fim
De fato, ao buscarmos um relacionamento com Deus hoje nós provamos uma pequena fatia da eternidade sem fim. Existem homens que provaram dessa realidade.
Davi, por exemplo, viveu uma jornada íntima com Deus. Da sua juventude até o fim dos seus dias, em momentos de escassez e em momentos de reinado. Independente das suas fraquezas, a sua intimidade com o Senhor é o que o fez ser conhecido como alguém que carregava um coração segundo o do seu Deus.
Nós podemos ser aqueles que vivem um relacionamento íntimo com o Senhor. O convite já foi feito e nós temos livre acesso a Ele, basta apenas uma iniciativa nossa.
Sabemos que Deus habita o mais alto e santo lugar nos céus, mas também habita o coração do contrito e do abatido de espírito. Procuramos o Altíssimo nos mais altos céus — mas Ele está muito mais perto de nós, no nosso coração.
Encontramos o Senhor mais facilmente quando descemos, e não quando subimos; descemos ao nosso coração para encontrá-lO por trás da nossa maldade e da nossa agitação. A casa do Pai é o nosso próprio coração: por isso, voltar para à casa do Pai é retornar ao nosso próprio coração.
Ali, ouvimos sua palavra e lhE respondemos com nossas orações. Esta é uma descrição da vida devocional. Em outras palavras, podemos dizer que é o cultivo de uma amizade com Deus no recôndito do nosso coração. Nossa vida se torna, então, um caminho com Cristo até Cristo, um caminho em direção ao nosso próprio coração, onde o Senhor nos aguarda apesar das nossas agitações e preocupações. Aquietamo-nos para encontrá-lO e, quando o encontramos, estamos prontos para encontrar outros.
Sabemos da importância dos frutos na vida cristã: fruto de arrependimento, fruto do Espírito e fruto de boas obras. Todavia, a parte mais importante de uma árvore é a raiz. A árvore pode ter um tronco magnífico e folhas viçosas, mas se a raiz estiver afetada, seus frutos serão ruins e ela pode até morrer.
Pois a vida devocional é raiz que precisa estar coberta, no escuro, nas profundezas. Se ela é saudável, alimentando-se da seiva viva e bebendo dos mananciais de águas puras, então não precisamos nos preocupar com os frutos — eles, certamente, virão e serão bons.
Precisamos resgatar o ensino e a prática do sacerdócio universal dos crentes e o vinculo de intimidade com Deus através da leitura bíblica e da oração no secreto.
[Fonte: Base Missionária; Comunhão]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia
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