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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

PAPO RETO — A BÍBLIA, A LIBERDADE DE PENSAMENTO OU O EFEITO MANADA?

Efeito Manada e Economia da Atenção na Internet | Blog Cidadania & Cultura
"Não seguirás a multidão para fazer o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer direito" (Êxodo 23:2).
Certamente, com o advento da tecnologia e a popularização das redes/mídias digitais/sociais, você já deve ter ouvido falar sobre o tal "efeito manada". Mas, o você sabe ao certo o que é isso? Será que você já não fez parte de algumas das muitas manadas que hoje controlam comportamentos e manipulam mentes? É o que veremos no texto deste artigo.

O que é o efeito manada?


O efeito manada costuma ser algo que vemos em documentários sobre a vida animal. No entanto, é também um movimento que está muito perto da nossa vida cotidiana, especialmente, mas não especificamente, através das mídias digitais. Nos últimos anos, foram muitos os exemplos de situações nas quais o efeito manada apareceu. Nesses casos, o comportamento em grupo. 

O efeito manada é um fenômeno psicológico coletivo que estimula as pessoas a repetirem as ações de seus pares. Originalmente, o efeito teve grande valor para o desenvolvimento humano.

Por exemplo, caso um grupo de pessoas visse alguém correndo em desespero, poderia assumir que havia algo errado. Portanto, o efeito manada ajudou na sobrevivência na selva.

Para funcionar, o efeito manada depende da ativação de certos gatilhos mentais na nossa psique. Existem quatro grandes gatilhos que ativam o surgimento do efeito manada. São eles:
  • a necessidade de se adequar ao comportamento de grupo;
  • a tendência de crer que há uma boa razão para as pessoas agirem como estão agindo;
  • a falsa sensação de segurança ao agir em grupo;
  • o medo de ser deixado para trás.

O Efeito manada no contexto religioso


Acredito que o grande exemplo de efeito manada na Bíblia, foi o que ocorreu com Jesus, no episódio sobre Barrabás (Mateus 27:20-25). 

O relato da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo nos quatro Evangelhos relaciona diversos personagens como Pedro, Judas Iscariotes, Chefes dos Sacerdotes, Chefes dos Anciãos e Pilatos. Entre estes diversos personagens, surge a figura de Barrabás que é posto em relação com Jesus Cristo. 

Nessa passagem, fica evidenciado este emblemático personagem posto em relação com Jesus durante a sua paixão. Naquela ocasião, o povo Judeu preferiu libertar Barrabás — criminoso, ao invés de Jesus — inocente. 

Conforme as referidas escrituras, Pôncio Pilatos — Prefeito (praefectus) da província romana da Judéia entre os anos 26 e 36 —, teria sido o juiz que "lavou suas mãos" após atender ao clamor público do povo Judeu para condenar Jesus a morrer na cruz, apesar de não ter, nEle, encontrado nenhuma culpa.

Observe-se que, de acordo com o teor do texto bíblico-cristão, a interferência especulativa gerou uma situação de "clamor público" onde o "justo" ou o "injusto" consistiu na preferência de conceder o indulto a um "criminoso" que ao próprio "salvador".

Então, dentro do contexto bíblico-cristão, será mesmo que o atendimento ao "clamor público" — um dos fatores que caracterizam o efeito manada — pode mesmo ser considerada uma "nova" compulsão punitiva, já que, no mínimo, é fato existente desde os tempos de Cristo?

Quem foi Barrabás


O nome Barrabás vem do antigo aramaico, cuja tradição Bar Abbas, o que foi traduzido para Barrabás, do mesmo modo o nome de Joshua de Abar do arameu para Jesus Cristo, que vem da tradução latina e grega.

Barrabás nasceu na cidade de Jopa, ao sul da Judeia, tinha como profissão remador de botes, ele foi contemporâneo de Jesus Cristo.

Ficou famoso entrando para história pelo fato de ser personagem citado no Novo Testamento, no episódio do julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos, caso contrário, seria uma figura desconhecida, como tantos outros lutadores para libertação de Israel. 

Mas quem foi essa pessoa enigmática, Um herói nacional possivelmente, o que sabemos é que incomodava o governo de Roma, na verdade nunca fora bandido, ele sempre teve muita credibilidade tanto para com o povo Judeu, como para o governo de Israel. A ponto de o povo escolher que Jesus fosse crucificado e não Barrabás, diante da imposição imposta por Pilatos. 

Mas por que o povo tomou exatamente esse posicionamento, basicamente por dois motivos: primeiro Barrabás era um grande líder político, pertencente a um grupo revolucionário zelote, cujo objetivo era libertar Israel do domínio opressivo da exploração romana.

A segunda ideia é o que povo não tinha Jesus Cristo como Deus, sendo que posteriormente, quem produziu Jesus como Deus foram os soldados romanos e seus discípulos.

Tanto é verdade essa proposição que Jesus nunca foi uma pessoa de relevância para os Judeus, ainda hoje é desconsiderado na história de Israel.

Politicamente ou biblicamente correto

"Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmia" (Mateus 15:19).
Nas ultimas décadas temos visto que muitos pastores têm se esforçado para ser politicamente correto em vez de biblicamente correto. Quando a Igreja abandona as verdades bíblicas, ela entristece o Espírito de Deus, e perde a capacidade de guiar os pecadores a um novo viver com/em Cristo.

Por exemplo, sugerir que Jesus aprovou certos pecados, simplesmente porque não os citou e/ou os denominou, significa dizer que Ele também aprovou práticas pecaminosas, tais como a pedofilia, o incesto e muitos outros.

As leis "morais" do Antigo Testamento, como matar, roubar, mentir, adulterar, imoralidade sexual e assim por diante, são todas válidas hoje. Embora muitas das leis "cerimoniais" do Antigo Testamento não se apliquem hoje, as leis morais sim, pois, as leis morais, estão essencialmente atreladas ao princípio divino da santidade.

Elas são tão importantes hoje como foram ao longo da história. Hoje não se apedreja aqueles que cometem adultério, isso não significa que o adultério seja aceitável aos olhos de Deus. Jesus se referiu ao A.T. quando condenou "toda" pratica sexual fora do casamento entre um homem e uma mulher.

Ele disse que desde o começo da criação, Deus os criou macho e fêmea para que eles fossem unidos e se tornassem uma só carne (Mt 19:4,5). Por isso, a imposição da famigerada ideologia de gênero, tão efusivamente preconizada pelas celebridades midiáticas, em suas bravatas nos discursos falaciosos tão amplamente ecoados pela maioria da imprensa e das vozes altissonantes dos veículos de comunicação, por mais politicamente correto que seja, não pode em absoluto fazer calar a voz profética da Igreja, cuja base é a insofismável Palavra de Deus:
"Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes disse: 'Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra' (....) Homem e mulher os criou, e os abençoou e lhes deu o nome de Humanos no dia em que foram criados" (Gênesis 1:27,28; 5:2). 
"Mas no princípio da criação Deus 'os fez homem e mulher. Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe" (Marcos 10:6-9).
O casamento entre um homem e uma mulher é o plano de Deus desde a criação. Não importa quantas leis sejam aprovadas em favor de outras formas de casamento, isso não mudará a mente de Deus.

Precisamos ser biblicamente e não politicamente corretos, porque a Bíblia é clara em relação aos pecados sexuais e morais. Aqueles que acreditam na Bíblia e na vontade de Deus em relação ao comportamento sexual também acreditam no amor e no perdão de Deus.

Jesus costumava falar contra o pecado, mas Seu amor e misericórdia também se estendiam àqueles que se arrependiam
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11:28).

Seguir a manada vs. pensar por si mesmo

O que é mais perigoso?


Muitos pensam que a Bíblia é um livro religioso que traz dogmas, doutrinas e coisas difíceis de entender, mas a Bíblia não se resume a doutrinas religiosas. Aliás, a doutrina da Bíblia é para a vida e não para uma religião. Ela é um manual que fala de tudo. 

Não é porque todo mundo faz uma coisa que você deve fazer, porque a multidão pode estar tomada por um pensamento de manada. O animal que está em meio a uma manada não tem muita escolha, a não ser seguir o embalo dos outros. 

Há muitas pessoas que vivem assim, infelizmente, sem raciocinar, sem pensar por si. Deus não nos criou como manada, mas como indivíduos únicos, singulares, Ele nos deu um cérebro para pensarmos por nós mesmos.

Você é o responsável pelo resultado de tudo o que acontece em sua vida. A Salvação também é uma escolha individual, ninguém vai entrar no "de carona" ou com carta de recomendação, sua vida depende de você e você tem que executar a sua capacidade de pensar, para que não se junte à multidão e seja apenas mais um, perdendo a oportunidade não de ser diferente, mas de fazer a diferença.

Conclusão

"Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dEle que a nossa fé começa, e é Ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que Ele desistisse. 
Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus. 
Pensem no sofrimento dele e como suportou com paciência o ódio dos pecadores. Assim, vocês, não desanimem, nem desistam" (Hebreus 12:2,3).
Você precisa de um referencial do que é certo ou errado. O que, ou Quem é esse referencial? Deus é o nosso único referencial. Não é pensar por si como se você fosse um deus, é pensar por si sujeito a um padrão de Deus.
"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça" (João 7:24).
Quem é que julga a reta justiça? Atendamos à orientação do apóstolo Paulo:
"Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo" (1 Coríntios 11:1).
Entenda que em momento algum aqui, Paulo estava pedindo que alguém o imitasse, mas, sim, num inteligente jogo de palavras, assumindo diante de todos os compromisso de ser ele próprio um seguidor de Cristo.

Se você não quer ser influenciado pela maioria, fazendo o mal e achando que está fazendo o bem, você tem que sair da manada e se reportar à Palavra de Deus. Você foi criado por um Criador e Ele deixou um manual. Se a sua vida está torta, provavelmente você não está agindo conforme o manual. Pense nisso!
  • Escrevi mais sobre este tema ➫ aqui.
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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