Total de visualizações de página

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

PAPO RETO — DEVO DIZER A SENHA DE MINHAS REDES SOCIAIS AO MEU CÔNJUGE?

O texto deste artigo é em atendimento à solicitação de uma irmã em Cristo, moradora em Maceió, AL, que é seguidora do blog e me pediu para não ser identificada. Devo confessar, que, como não sou casado (por opção e por convicção), para mim foi um desafio falar sobre esse assunto e, para sair do campo subjetivo das hipóteses, eu fiz uma pesquisa do tema com especialistas no assunto.
  • Se for possível, leia este artigo junto com seu cônjuge e definam, se ainda não definiram, os limites e regras da privacidade no seu relacionamento.

Há limites da individualidade na área conjugal?


Respondendo de forma geral, sim, com certeza há, afinal, amar não significa sufocar seu cônjuge, espionar, ou, desrespeitar total e completamente a individualidade do outro ser humano. O fato de duas pessoas estarem casadas não acaba com a individualidade que já estava ali antes mesmo do casamento.

Entretanto, adquirir uma privacidade no casamento não significa que você passa a ter o direito concedido em guardar segredos, flertar com outras pessoas, ofender e denegrir seu cônjuge através de mensagens, conversas ou outras formas.

Então, onde está o limite dessa tão solicitada privacidade no casamento?

Falar sobre o matrimônio dos vizinhos é fácil, mas se a situação é dentro de nossas casas a cena não é nem um pouco amena. Não existe fórmula humana para o relacionamento conjugal bem-sucedido. Esposo e esposa devem conversar e entrar em acordo sobre como proceder, quando a situação não tem uma regra bíblica. Se houver disposição para amar de ambos os lados, haverá um consenso em como agir em todas as situações. 

O casamento ideal e normal é o que Deus planejou para nós. Defeitos todos nós temos, ninguém é perfeito nessa vida, consequentemente não existe o tão sonhado casamento perfeito (nem mesmo os casamentos entre crentes). O que o casal deve fazer é conviver um com o outro respeitosamente, e se esforçando para a cada dia errar menos. 

Estabelecendo limites, sem perder a unidade conjugal


É preciso que exista a clareza de limites das duas partes, dizer até onde ele ou ela pode ir e agir, sendo que este limite não pode ser exagerado, acabando com a liberdade e violentando a personalidade do companheiro ou companheira. A pessoa tímida deve respeitar o jeito expansivo da pessoa com que se casou... E a pessoa extrovertida procurar entender o desejo do marido ou esposa retraída. 

É importante considerar que muita gente não tem uma chance mínima de conhecer o que é o estado ideal da vida de casado porque é apegado há defeitos péssimos. É individualista e não pensa em mudança de comportamento. 

É preciso dosar bem tudo para que haja convivência feliz das duas partes. Diz 1 Pedro 4:8 que o amor cobre uma multidão de pecados (entenda-se erros, defeitos). Que amemos segundo a Bíblia ensina, perdoando a nossa companhia de casamento em suas falhas e nos esforçarmos para não falharmos com ela.

O dilema das mídias digitais


Sem sombra de dúvida o advento da grande rede em muito contribuiu para o desenvolvimento e aprofundamento das relações humanas, isso sem falar é claro na disseminação do Evangelho que ganhou proporções gigantescas. E as chamadas redes sociais? Pois é, mídias como o Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp em muito têm colaborado para a formação de novas amizades.

Ora, ninguém discute os benefícios da Internet, até porque devido a ela, pessoas das mais variadas culturas têm tido acesso à informação. Todavia, também é inquestionável o fato de que com a multiplicação dos que vivem no chamado "mundo virtual" (e/ou online), aumentaram também a intolerância, o desrespeito e o ódio entre as pessoas, principalmente através das chamadas "redes sociais". Ademais, para nossa tristeza, o acesso às redes sociais contribuiu, em parte, para o aumento de conexões erradas resultando, por exemplo, em adultério.

Diante disso exposto, pergunto: 
  1. Você permitiria que seu cônjuge tivesse acesso à sua internet, ou suas redes sociais? 
  2. Você concederia à sua esposa (ou ao esposo) as senhas do seu smartphone, WhatsApp ou demais redes sociais?
Se você respondeu negativamente a uma dessas perguntas, penso que precise rever os seus conceitos; mesmo porque, o casamento não permite segredos e esconderijos.

Ora, eu sei que privacidade é importante, e vamos combinar uma coisa, eu não estou querendo defender o patrulhamento alheio, longe disso! Mesmo porque, quando começa o patrulhamento é porque já faltando um dos pilares principais na sustentação do relacionamento conjugal: a confiança!

Na verdade, o meu questionamento se dá àqueles que deliberadamente escondem suas senhas, com medo, talvez, de que seu cônjuge descubra alguma coisa, foto ou contato comprometedor.

Estas 4 dicas a seguir podem ajudar a você que deseja possuir sua privacidade mesmo depois de estar casado:

1. Individualidade e espaço para respirar sozinho

"Não há duas pessoas iguais no universo, a individualidade deve existir, pois ela é o alicerce da personalidade" (Augusto Cury).
O "eu", o ego, a personalidade da pessoa com quem você se casou já estava ali antes, muito antes de você chegar. Essa personalidade será adaptada? Sim, claro, com certeza, mas as escolhas e adaptações ainda também permanecem individuais.

Os homens precisam de mais espaço, as mulheres normalmente precisam de mais conversas, cada um possui sua necessidade, mas manter o espaço, a liberdade do cônjuge em realizar tarefas sozinho é importantíssimo em um casamento feliz.

2. Amigos X Amigos, casamentos à parte!

"Permita-se rir e conhecer outros corações, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida" (Mario Quintana — ✰1906/✞1994).
De acordo com a psicologia, as amizades são escolhas pessoais ou algumas adquiridas ao acaso, e podem ter efeitos sociais extremamente benéficos, e ainda mais podem melhorar sua saúde e seu casamento.

Seu melhor amigo pode e é bom que seja seu cônjuge, mas isso não quer dizer que você não possa compartilhar com outras pessoas suas dores, conquistas e dúvidas.

Os/as amigos/as do meu/minha marido/esposa podem ser meus amigos, ou não, o mais importante é que sempre tenhamos respeito um pelo outro, quer estejamos juntos ou separados em uma roda de futebol com amigos ou em uma mesa de chá com as amigas.

3. Meu hobby favorito pode ser estranho, mas ainda é meu!


Hobby adquirido é voto vencido! Algumas pessoas possuem hobbies comuns, simples, que não atrapalham em nada os relacionamentos; já outras podem querer fazer coisas estranhas, perigosas, aventureiras. Mas gosto é gosto, e isso faz parte da personalidade adquirida pelo ser humano, e precisa ser respeitada. Ninguém precisa fazer tudo sempre junto e grudado só porque se casou.

4. Acima da privacidade vem a total confiança


Quando nos referimos às senhas de alguma rede social, celulares, e outras, tocamos em algumas feridas de alguns casamentos, não é mesmo? Se esse é o seu caso, analise comigo:
  • Quando seu cônjuge lhe deu acesso a sua senha do Facebook (e/ou outra), o que você fez com esse privilégio?
  • Quando seu cônjuge lhe deu acesso à senha da conta do banco e cartão, como você se comportou?
  • Quando você olha o celular do seu cônjuge, qual é a sua reação sempre? O que você comenta?
Muitas vezes nós perdemos alguns privilégios concedidos no casamento, assim como um adolescente que fica de castigo por ter mentido a seus pais. Isso acontece porque não soubemos usar o privilégio que nos foi concedido, "avacalhamos" com nosso cônjuge, mexemos onde não devíamos, gastamos o que não precisávamos, ofendemos, etc.

Então essa regalia nos é tirada, mas, podemos nos reconciliar, antes precisamos adquirir bom senso e percebermos que a confiança que nosso cônjuge necessita sentir em nós deve ser maior do que esse receio que possuímos, e isso só depende de você adquirir!

Conclusão


Para concluir, vale a pena lembrar que a base de toda relação amorosa e harmônica precisa ser a confiança, e que seguindo essa premissa, a vida de um casal deve ser uma espécie de livro aberto, o que inclui, a liberdade de acesso, por parte do cônjuge, à sua internet, às suas redes sociais e ao seu WhatsApp.

Os que fazem isso, além de desenvolverem um relacionamento transparente, protegem a relação impedindo contatos, fotos e imagens que não glorificam a Deus. Fica meu conselho:
Não faça ao CÔNJUGE o que você não gostaria que ele fizesse com você (Regra de ouro para todos os relacionamentos!).
Pense nisso!

[Fonte: Pleno News, por Renato Vargens (pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes); Família]

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

2 comentários:

  1. O casamento foi constituído por Deus, logo então quando um casal"de um homem e uma mulher"se unem em um laço matrimonial tem que haver confiança mútua ou seja, não pode haver desconfiança nenhuma,então ambos devem compartilhar tudo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Com certeza, pr. Válter, eu acho incompreensível que haja esse tipo de restrições entre cônjuges. O que teria marido e mulher de esconder um do outro sobre o conteúdo que acessa em redes sociais? Te agradeço por sua contribuição.

      Excluir