"Portanto, não há distinção entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam. Pois todos quantos em Cristo fostes batizados, de Cristo vos revestistes. Não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e plenos herdeiros de acordo com a Promessa" (Romanos 10:12; Gálatas 3:28,29).
Biblicamente dizendo, pelos versículos acima, fica evidente e inquestionável o fato de que racismo e qualquer tipo de preconceito é essencialmente contrário a todos os ensinamentos e frontalmente contra a doutrina cristã. Mas, infeliz e vergonhosamente essa prática hedionda é mais comum do que se possa imaginar dentro dos círculos cristãos.
Entretanto, não irei valer-me de argumentos bíblicos - apesar de eles serem bem robustos - para abordar esse tema aqui. Irei ater-me a uma abordagem de cunho mais sociológico e histórico. O racismo é qualquer pensamento ou atitude que separam as raças humanas por considerarem algumas superiores a outras.
Preto, branco, amarelo...
Quando se fala de racismo, o primeiro pensamento que aparece na mente das pessoas é contra os negros, mas o racismo é um preconceito baseado na diferença de raças das pessoas.
Pode ser contra negros, asiáticos, índios, mulatos, e até com brancos, por parte de outras raças. Por terem uma história mais sofrida com o preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema racismo.
O racismo em uma pessoa tem diversas origens, depende da história de cada um. Em alguns casos, pode ser por crescerem ouvindo as diferenças e superioridade de determinadas raças, em outros, alguma atitude que moldou seu pensamento. Não importa como o racismo cresceu na mente das pessoas, mas vale ressaltar que se ele for provado, é um crime inafiançável, com pena de até 3 anos de prisão.
Igualdade, ainda que tardia
Além disso, algumas pessoas valorizam tanto a superioridade de raças que acreditam na purificação delas, onde dominariam o meio em que vivem. Essa justificativa apareceu na escravidão, em que os negros trabalhavam em condições precárias e eram vendidos como objetos. No nazismo, o foco principal eram os judeus, mas também perseguiam negros, homossexuais, entre outras minorias, para serem executados nos campos de concentração.
Com isso, percebe-se como o racismo fez parte da história, e como alguns grupos sofreram muito com isso.
Embora no Brasil haja uma forte mistura de raças, a incidência de racismo pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Em alguns casos, ele ocorre de forma sutil, em que nem é percebido pelas pessoas. Pode acontecer em forma de piadas, xingamentos, ou simplesmente evitar o contato físico com a pessoa. A verdade é que nenhum lugar está protegido do racismo.
É estranho pensar que o Brasil seja um país onde o racismo tenha tanto destaque, diante de uma população de maioria negra, que ainda é chamada de minoria discriminada. A realidade não condiz com os discursos.
Enquanto a mídia veicula milhares de imagens de um Brasil com estilo europeu, nas ruas a diversidade estética é enorme, o que nada se assemelha aos loiros de sangue azul. Como pode uma ideia ser mais forte do que a realidade?
Uma ideia que parece ser doentia. Que força o povo a seguir um padrão inalcançável, torturando milhares de pessoas na busca incansável de ser alguém externamente que elas nunca serão. E em buscar uma vida de ostentação sem grandes responsabilidades. Afirmando que a estética física e um bom discurso, é mais importante do que o caráter e o trabalho diário para se ter uma vida melhor.
E com esse cenário, o fato dos negros terem sido escravizados para algumas pessoas é apenas um acontecimento do passado que não influência o nosso presente. A sensação é que participamos de um enorme #mannequinchallenge. Como se os acontecimentos parassem no tempo e não gerassem consequências nas gerações futuras. Os manifestos contra o racismo não são apenas a favor do negro. É uma discordância com o sistema escravocrata vigente. É a busca pela igualdade social. Um basta aos falsos privilégios.
Diferenças entre Raça e Etnia
Embora seja dito muitas vezes como sinônimos, existem certas diferenças entre raça e etnia. Raça se expressa nas características visíveis da pessoa, ela engloba as características físicas, tais como tonalidade de pele, formação do crânio, rosto e tipo de cabelo.
A etnia também refere-se a isso, mas ela vai além das características físicas da pessoa, ela inclui a cultura, nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e tradições.
Dentre as várias raças humanas, as quatro principais são:
- Caucasianos: De origem europeia, norte-americana, árabes e até indiana. Com exceção dos mediterrânicos, tem nariz estrito, lábios delgados e cabelos ondulados ou lisos. Tem como principais características pele e olhos claros.
- Mongoloides: De origem asiática, apresentam a tonalidade de pele amarelada, cabelos lisos, rosto achatado ou largo e nariz de forma variada. Variaram dessa raça os esquimós e índios americanos.
- Australóides: Tem como características os olhos escuros, cabelo encaracolado e nariz largo. A tonalidade da pele é escura, quase negra.
- Negros: De origem africana, apresentam as características de pele escura, olhos escuros, lábios grossos, nariz achatado e cabelos crespos.
Como no Brasil há uma mistura de raças muito forte, algumas se tornaram principais no país, além das quatro citadas acima. São elas:
- Mestiços: Mistura de duas ou mais raças.
- Mulato: Descendente de branco com negro.
- Caboclo: Descendente de branco com índio.
- Cafuzo: Descendente de negro com índio.
Racistas são pessoas que acreditam que características inatas, herdadas biologicamente, determinam o comportamento humano. A doutrina do racismo afirma que o sangue é o marcador da identidade étnica nacional. O racismo, incluindo o anti-semitismo racial (preconceito ou ódio contra os judeus baseados em teorias biológicas errôneas e falsificadas), sempre foi uma parte essencial do Nacional-Socialismo Alemão (Nazismo).
Os nazistas acreditavam que toda a história humana era a história de uma luta biologicamente determinada entre povos de diferentes raças [para que os mais fracos fossem subjugados pelos mais fortes]. Depois que os nazistas subiram ao poder, em 1935 eles aprovaram as Leis de Nuremberg, as quais codificavam uma definição biológica, sem validade científica, do que era ser judeu.
Os nazistas acreditavam que toda a história humana era a história de uma luta biologicamente determinada entre povos de diferentes raças [para que os mais fracos fossem subjugados pelos mais fortes]. Depois que os nazistas subiram ao poder, em 1935 eles aprovaram as Leis de Nuremberg, as quais codificavam uma definição biológica, sem validade científica, do que era ser judeu.
A estupidez nazista
Segundo as teorias nazistas, os alemães e outros europeus do norte daquele continente eram "arianos", que eles consideravam uma raça superior. Durante a Segunda Guerra Mundial, os "médicos" nazistas efetuaram inúmeras experiências "médicas" para tentar provar a superioridade ariana e a inferioridade dos não arianos. Apesar de assassinarem cruelmente inúmeros prisioneiros no curso daquelas experiências, os nazistas não foram capazes de encontrar nenhuma prova de suas teorias de diferenças raciais biológicas [e hierárquicas] entre os seres humanos.
O racismo nazista foi responsável por mortandades em uma escala sem precedentes na história humana. Durante a Segunda Guerra Mundial, a liderança nazista iniciou o que eles denominaram "limpeza étnica" [matando e escravizando os eslavos] nos territórios orientais por eles ocupados na Polônia e na União Soviética.
Aquela política incluía o assassinato e extermínio das chamadas "raças" inimigas, incluindo o genocídio de judeus europeus e a destruição das lideranças dos povos eslavos. Os racistas nazistas viam os doentes mentais e físicos como um risco biológico à pureza da raça ariana. Após um planejamento cuidadoso, os "médicos" alemães iniciaram o assassinato de deficientes internados em instituições especializadas por toda a Alemanha, em uma operação eufemisticamente chamada de "eutanásia".
Conclusão
Voltando a nossa realidade, para concluir (se é que isso é possível...), como se não bastasse a exclusão do negro, existem outras formas de exclusão ocorrendo no meio corporativo no momento da admissão de novos funcionários, em que favorecem os que tem "QI" - Quem Indica. Geralmente, os que tem "Quem Indique" são pessoas que nem sempre atendem os requisitos da vaga ou é alguém ligado a chefia do departamento, continuando o cenário de privilégios aos familiares ou amigos aduladores.
O sistema de privilégios ainda existe. E escraviza moralmente todos aqueles que se esforçam em estudar e trabalhar para ter uma vida melhor e que não tem um "padrinho". E muitas vezes, nem a cor da pele favorece para conseguir uma melhor colocação.
Por esse motivo é importante pensar nas consequências que a escravidão nos deixou de herança. Pois o racismo e outras formas de preconceito e injustiças continuarão ocorrendo na nossa sociedade.
O que aconteceu no passado nunca será desfeito, já virou história. Quem pensa que o racismo é um problema somente dos negros se engana. Esse é um problema a ser resolvido por todos os brasileiros. O sistema que escraviza moralmente ainda está vigente. Pra provar que o racismo gera danos para todos!
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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