Aretha Louise Franklin foi uma rainha. Não daquelas que usam coroa na cabeça (se bem que ela merecia uma coroa de honra ao mérito). Foi uma rainha da música. Nesses tempos onde as mídias digitais elevam ao estrelato figuras artisticamente pedantes tamanha a extensão da mediocridade - principalmente aqui no Brasil onde as tais se espalham feito erva daninha -, Aretha é hors-concours, ou seja, acima ou antes do primeiro lugar. Excelência à parte, seja em grau ou nível em questão.
Ela foi um gênio das cordas vocais. A Rainha do Soul. De Barack Obama a Donald Trump. De Oprah Winfrey a Christina Aguilera. De Elton John a Paul McCartney. A morte de Aretha Franklin, na quinta-feira (16), aos 76 anos, comoveu grandes personalidades do mundo da música, do entretenimento e da política americana.
Apagam-se as luzes, mas continua o brilho
Ela foi um gênio das cordas vocais. A Rainha do Soul. De Barack Obama a Donald Trump. De Oprah Winfrey a Christina Aguilera. De Elton John a Paul McCartney. A morte de Aretha Franklin, na quinta-feira (16), aos 76 anos, comoveu grandes personalidades do mundo da música, do entretenimento e da política americana.
No dia 26 de março, Aretha completou seus 76 de anos de vida. Muitos são os adjetivos pelos quais a cantora de talento inigualável foi chamada durante sua brilhante carreira. Também conhecida como Dama, Diva e Musa do Soul, ela sempre foi celebrada como uma mulher que conquistou respeito mundial por meio da música. Literalmente.
Muito respeito, por favor!
Há 51 anos, após regravar a música "Respect" (Respeito, em inglês), de Otis Redding, a norte-americana nascida em Memphis praticamente tomou para si a propriedade da canção, tamanho o brilhantismo que acrescentou à versão original, como o próprio autor reconheceu.
Ela também entrou para a história ao ser a primeira mulher a fazer parte do Rock & Roll of Fame e a primeira a figurar 100 vezes na lista semanal de sucessos da revista Billboard com a performance de "Rolling in the Deep", da britânica Adele, bem mais jovem que Aretha.
Em 6 décadas de carreira, Aretha Franklin ultrapassou a marca de 75 milhões de discos vendidos e faturou 18 vezes o Grammy, 8 somente na categoria R&B, que lhe renderam o apelido de Rainha do Soul.
Em 1968, Aretha voltou a quebrar barreiras ao ser a primeira mulher negra da história a estampar a capa da revista Time. O álbum Amazing Grace, de 1972, vendeu 2 milhões de cópias e bateu o recorde de disco gospel mais vendido da história.
Estrela radiante
A morte de Aretha Franklin foi a primeira notícia em todo o mundo na quinta-feira (16). Exceto, porém - porque será? -, no Brasil. Era um dia frio, meio cinzento e resolvi ir para estudar. Liguei a televisão à procura de notícias sobre o acontecimento, e para minha surpresa, um programa no meio da tarde, pertencente a uma grande emissora, deu importância de aproximadamente 15 segundos. Fiquei frustrado e pensativo. Como poderia um grande canal de televisão dar tão pouca importância para uma pessoa de grande competência?! Ainda mais levando-se em conta que essa mesma emissora desperdiça programas inteiros dando visibilidade aos atuais "ícones" da música (não vou citar nomes para evitar problemas).
Em outros poucos jornais, e até mesmo digitais, era a primeira notícia a ser dada. Então conclui que no Brasil existia alguma inconsistência na mídia sobre o assunto. Primeiramente pensei: ela foi uma das protagonistas no último século no que diz respeito à luta pelos direitos das mulheres, então o público deveria revelar tristeza e respeito, e relembrar seus feitos, mas não foi o que aconteceu.
Então me veio uma ideia: a grande maioria dos canais de televisão ocultam características – e até mesmo pessoas! – pelo fato de terem formas de pensar diferentes. Basta observar quando foi relembrada a morte do reverendo Martin Luther King Jr.. Veja: eu escrevi "reverendo", palavra que é quase impronunciável nas redes de telecomunicações. Assim, cogitei a possibilidade de não revelarem que algumas obras de Aretha Franklin (assim como a de Elvis Presley) serem de origem cristã. Sendo que a trajetória da sua vida foi marcada por essas manifestações de pensamento.
Qual o problema em uma pessoa revelar o que pensa? Qual o problema um canal televisivo revelar o que ela pensava? E mais! Ela era filha de pastor. Porque a dificuldade em se revelar a origem cristã protestante de Aretha?
Ser filho de pastor não é nenhuma vergonha, é um grande privilégio que concede grandes oportunidades para aprender novos conhecimentos e conhecer novas pessoas. As pessoas acham que a família pastoral deve dar exemplo, mas na verdade os filhos são iguais a quaisquer outros, pois quando crianças, adolescentes e jovens, precisam passar pelas mesmas fases de crescimento. Não vejo diferença entre filhos de pastores e filhos de não-pastores. Afinal, somos todos filhos!
Não compreendo o motivo pelo qual os meios de comunicação social procuram ocultar os fundamentos tão importantes na vida de grandes pessoas. Se Aretha aprendeu a cantar em uma igreja quando era pequena, isto deve ser motivo de alegria, e não de vergonha. Sempre devemos ser gratos pelos nossos fundamentos, pois foi a partir deles que nós somos o que somos hoje. Talvez se não tivéssemos aquelas bases, não seriamos ou não teríamos o hoje. Restariam outros caminhos e outras oportunidades.
É importante destacar que a imprensa é livre para manifestar as notícias e suas opiniões, disso não tenho dúvida. Mas não permitir publicar notícias tão importantes motivados por preconceitos irracionais, isso é um absurdo total. Muito se fala nos dias atuais sobre preconceitos, direitos femininos, respeito e etc., sou a favor dessa nova visão, sou a favor do respeito. Contudo há contradições, pois está-se propagando a falta de respeito para com aqueles que professam sua fé e aqueles que tem origens religiosas, principalmente se forem cristãs e especificamente se forem da vertente protestante.
Carreira (e gravidez) precoce
Longe dos holofotes, Aretha teve uma vida de altos e baixos. Ela deixa quatro filhos. O primeiro, Clarence, nasceu quando ela tinha apenas 15 anos. O segundo, Edward, nasceu dois anos depois. Ambos foram criados pela avó. O terceiro filho, Teddy Richards, veio em 1984. O quarto, Kecalf, nasceu em 1970.
Aretha foi casada três vezes. O primeiro relacionamento, com Ted White, terminou com denúncias de espancamento. O segundo casamento foi com o ator Glynn Turman. O último parceiro, Willie Wilkerson, foi com quem teve a relação mais duradoura: ficaram juntos da década de 80 até 2012.
"Num dos momentos mais tristes das nossas vidas, nós não conseguimos encontrar palavras certas para expressar a dor em nossos corações. Perdemos uma matriarca e a base da nossa família",disse a família em comunicado.
A Rainha do Soul gravou seu primeiro álbum já aos 14 anos com as músicas estilo gospel que cantava na igreja do pai, o pastor Clarence LeVaugh Franklin, amigo de Martin Luther King e que era conhecido como "A voz de 1 milhão de dólares".
O dom musical também veio da mãe, Barbara Franklin, que era cantora gospel e abandonou a família quando Aretha ainda era pequena.
Sucesso mundial, mas sem visitas ao Brasil
A voz da Rainha do Soul ultrapassou fronteiras. Aretha ficou duas semanas no topo das 100 mais quentes da Bilboard nos Estados Unidos, foi a 10ª na lista de singles mais vendidos no Reino Unido, 7ª na Itália e 2ª no Canadá.
A cantora também fez shows ao redor do planeta até o ano passado, quando chegou a anunciar sua aposentadoria dos palcos (deixando a agenda aberta apenas para eventos beneficentes), mas jamais veio ao Brasil, para tristeza dos fãs.
A última vez que subiu ao palco foi em 7 de novembro do ano passado, em Nova York, no aniversário de 25 anos da Elton John AIDS Foundation.
"Foi um espetáculo milagroso, pois Aretha já lutava contra a exaustão e a desidratação",escreveu o jornalista Roger Freidmann.
As homenagens de políticos e celebridades do alto escalão sublinham o legado incomensurável da cantora negra que revolucionou a música americana incorporando elementos do gospel ao mainstream. Foram mais de 60 anos de carreira, coroados com nada menos que 21 Grammys (três deles honorários).
Em março, mês, em que completou 76 anos, Aretha tinha compromissos marcados em New Jersey e New Orleans, mas cancelou por problemas de saúde que culminariam com seu falecimento. Aretha morreu em decorrência de um câncer no pâncreas.
Funeral
Fãs de Aretha Franklin faziam longas filas nesta terça-feira (28) para homenagear a lendária cantora americana, que é velada com seu caixão aberto em Detroit, no início de uma cerimônia que durará quatro dias. Amada por milhões de pessoas em todo o mundo, a Rainha do Soul morreu, concluindo uma extraordinária carreira de seis décadas que a transformou em uma das artistas mais célebres dos Estados Unidos, igualmente admirada por seu trabalho em favor dos direitos civis.
Nesta terça-feira, um cortejo de homens com luvas brancas trasladou seu caixão de ouro ao Museu de História Afro-americana Charles H. Wright, onde fãs acamparam a noite toda para dar o último adeus a Aretha. A cantora foi vestida com roupas e sapatos vermelhos, com as pernas cruzadas, o que simboliza uma posição de descanso.
Espera-se que milhares de pessoas desfilassem ante a diva entre 9h e 21h da terça e de quarta-feira (29), ao que seguirá uma homenagem na Igreja Batista de New Bethel, de seu pai, na quinta-feira. O ato final da homenagem será realizado na sexta-feira (31). Também em Detroit, a cerimônia de sepultamento contará com apresentações especiais de artistas como Stevie Wonder, Jennifer Hudson, Chaka Khan, entre outros. O evento só poderá ser acessado por convidados, mas terá transmissão ao vivo por streaming (realizado pela agência AP) e dos canais americanos CNN e Fox News.
Conclusão
Aretha Franklin imortalizou a clássica canção gospel "Oh Happy Day", que já ganhou inúmeras versões e já foi interpretada por inúmeros cantores, cantoras, grupos, bandas e corais no mundo inteiro
No século passado Aretha Franklin lutou valentemente contra a falta de respeito que era cometido contra as mulheres. E, hoje, a grande maioria concorda que para uma vivência social harmoniosa, as pessoas devem ser respeitadas pelo que os são.
Entretanto, estão esquecendo que existem pessoas que pensam diferente e que não concordam com o que é pronunciado pela mídia. Nisto, ao invés das pessoas respeitarem outras que possuem opiniões divergentes, estão as crucificando. Obviamente, não temos que dar espaço para pensamentos que desrespeitem a dignidade humana, tal como religiões que utilizam de violência para "converter" pessoas.
Mesmo assim, tenho esperança que verei todas as pessoas que pregam seus ideais, mesmo que religiosos, vivendo harmoniosamente e com muito respeito em uma mesma civilização.
[Fonte: Huffpost Brasil, O Globo]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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