O carnaval acaba… A semeadura já foi realizada, basta esperar a colheita que para muitos será representada em cinzas. Cinzas que levam sonhos, alegria, a vida e a esperança embora.
Agora, só restaram cinzas, que pelos religiosos “apagam todas as ações da carne” – loucura, utopia, imbecilidade!
Alguns cristãos tentam apagar as obras da carne através das cinzas. É o defunto querendo ressuscitar o falecido.
O padre marca a testa dos ex-foliões que vão até a missa simbolizando o arrependimento dos pecados perante Deus. E onde está o verdadeiro arrependimento? Por acaso é possível marcar a consciência de alguém com cinza, água benta ou óleo ungido?
Muitas pessoas realizam as obras da carne nestes dias sem ter ao menos um pouco de arrependimento! Muito antes pelo contrário, seus corações já palpitam pelo próximo ano que nem sabe se terão.
Já registra um antigo, porém eterno manual em seus escritos:
“A impureza, a lascívia, a prostituição, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, as bebedices, orgias e coisas semelhantes são praticadas sem nem um pingo de arrependimento, esquecem que aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:19-21).
Para muitos, as cinzas é a mediadora entre Deus e os homens.
Cinzas que representam pó. O sacrifício vicário de Cristo vira pó nestes dias. Hipocrisia religiosa. É ou não é tratar o Deus Todo Poderoso com desdém e acreditar que Ele se permite escarnecer? Contudo,
“não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7).
E a consequência? Quem vai apagar? As cinzas?
O grande problema é que as cinzas não vão impedir os amplos problemas colhidos pela suposta “alegria do povo”.
As cinzas não vão impedir que os bebês que foram fecundados em momentos de euforia carnavalesca venham a nascer, as cinzas não vão impedir que muitos destes fetos enrolados em uma toalha com seu cordão umbilical sejam deixados nas beiras dos rios e vielas escuras da cidade.
As cinzas não vão segurar o índice de gravidez em meninas que ainda brincam de bonecas subam nos gráficos do nosso Brasil. As cinzas não irão impedir o crescimento no número de pessoas contaminadas com as doenças sexualmente transmissíveis.
As cinzas não vão ressuscitar os que perderam a sua vida nestes dias de bacanais, não vão trazer de volta a virgindade das meninas embriagadas que tiveram suas relações sexuais fora do tempo, as cinzas não vão pagar a dívida de quem não tem o que comer durante todo o ano, mas gasta o seu dinheiro na entrada do carnaval para ver os carros alegóricos passarem. As cinzas não devolverão os mortos nas estradas.
As cinzas não vão substituir o filho que saiu para pular o carnaval, mas nunca mais vai voltar. As cinzas não vão segurar as lágrimas dos pais que foram rasgados pela violência carnavalesca.
As cinzas lembram tristeza, o fim de algo, a destruição e o “nada”. A cinza não pode apagar o pecado, pois só o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado (1 João 1:6-8).
Conclusão
Significado de Cinza
- Substantivo feminino - O pó que sobra de uma combustão completa; o resíduo que fica após algo ser completamente consumido pelo fogo: cinza de cigarro; cinza da queimada.[Por Extensão] Desolação; o que pode incitar a tristeza, o sofrimento: a cinza da escuridão. A cor cinza está entre o branco e o preto, o que sugere indefinição, incerteza.
O carnaval se foi, a alegria também, agora, só restam cinzas… Basta esperar que a lei da semeadura venha a se cumprir?
O que você semeou neste carnaval?
Existe uma lei que não cessa: “Aquilo que o homem semear, ele vai colherá” (Gl 6:7b). E, todo aquele que semeia na carne, colherá corrupção (6:8). É colheita em espécie.
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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