Nessa semana, na terça-feira, 13, no início da noite do último dia do aclamado carnaval da capital de Minas Gerais, enquanto muitos se divertiam na despedida oficial do reinado de Momo, uma tragédia chocava os moradores do bairro Mangueiras, periferia localizada na região do Barreiro.
Um coletivo da linha 305, que liga o bairro Mangueiras à Estação Diamante, caiu em um córrego, em frente ao número 8 da rua José Luiz Raso, matando cinco pessoas - o motorista e mais quatro passageiras. Outras 18 pessoas, todas ocupantes do veículo, ficaram feridas.
O coletivo sai da estação Diamante e faz o retorno no ponto onde aconteceu o desastre. O ônibus perdeu o controle e desceu a rua em alta velocidade. Após bater no meio-fio, o veículo "decolou" e acabou indo parar dentro do córrego Mangueiras, na rua José Luiz Raso, ficando com a frente escorada em um muro do outro lado do curso d'água e a traseira dentro do leito.
As causas do acidente ainda serão esclarecidas, mas já existe indícios de ter ocorrido mesmo uma falha mecânica. Em 1999, há 19 anos, um outro grave acidente envolvendo um veículo do transporte coletivo público, assustava a capital mineira.
19 anos atrás...
Em 16 de julho de 1999 é registrado um grave acidente envolvendo um ônibus urbano da linha 1505 (Alto dos Pinheiros/Tupi) que caiu no ribeirão arrudas, centro da capital. O trabalho de resgate das vítimas, realizado pelos militares do Corpo de Bombeiros, foi feito em meio a muitas adversidades, tendo em vista o grande volume d’água do ribeirão, a posição em que o veículo caiu e o número de pessoas a serem socorridas.
Várias guarnições de bombeiros foram empenhadas nessa operação de salvamento que exigiu muita cautela e agilidade. Infelizmente houve o registro de nove vítimas fatais e cinquenta e dois feridos.
Pelo menos nove pessoas morreram devido à queda do ônibus, que estava lotado no rio Arrudas, em pleno horário de pico. O acidente aconteceu às 19h20, em um cruzamento da avenida dos Andradas com a rua dos Tupinambás, na região central de Belo Horizonte (próximo à Praça da Estação), envolvendo uma motocicleta, um veículo de passeio Tempra e um outro veículo de passeio Gol. O ônibus segui no sentido centro - bairro Tupi.
As causas do acidente
Após uma colisão, o ônibus ficou desgovernado e despencou de uma altura de aproximadamente 15 metros até o leito do rio, caindo com as rodas para cima. Inicialmente, a polícia ainda não tinha informações precisas sobre os motivos que provocaram o acidente, e inicialmente pensava-se que houve imprudência por parte do motorista, que, segundo testemunhas, passou o sinal vermelho na rua Tupinambás, sendo atingido pelo Tempra e pela motocicleta que trafegavam na avenida dos Andradas. Com a colisão, o motorista do ônibus acabou fazendo uma manobra brusca, perdendo o controle do veículo.
Entretanto, um detetive da Polícia Civil, que trafegava na avenida dos Andradas na hora do acidente, deu um testemunho contrário. Segundo ele, foram os motoristas do Tempra e o piloto da motocicleta que passaram o sinal, causando o acidente.
As vítimas do acidente
No local da batida, 19 ambulâncias e outros veículos da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros faziam o transporte dos passageiros feridos até o pronto-socorro do Hospital João 23. 63 passageiros do ônibus deram entrada no hospital com ferimentos graves e leves.
Mais de cem pessoas, entre bombeiros, policiais e médicos, trabalharam na operação de resgate. Todos os 63 feridos tiveram de ser retirados do Rio Arruda puxados por cordas. Cerca de 60 agentes dos bombeiros e da PM foram deslocados até o local do acidente para auxiliar no trabalho de salvamento dos passageiros, que estavam presos dentro do ônibus.
Os passageiros eram retirados pelos bombeiros e colocados no leito do rio para serem puxados por cordas até o nível da avenida. Comerciantes e moradores da região doaram cobertores para aquecer as vítimas, muitas delas receberam os primeiros socorros lá mesmo, no leito do rio. Elas foram encaminhadas para cinco hospitais da cidade, grande parte delas em estado considerado grave.
O trabalho de salvamento dos passageiros foi dificultado pela correnteza do rio e pelo tráfego intenso de veículos no local do acidente. As nove vítimas fatais tiveram morte instantânea no local, por afogamento ou presas às ferragens do veículo que ficou completamente destruído.
À época, testemunhas disseram ter visto quatro corpos sendo arrastados pelas águas imundas do ribeirão Arrudas, mas isso não foi confirmado pela polícia. Segundo os depoimentos, das quatro pessoas arrastadas pela correnteza, três homens conseguiram chegar até o leito do rio e uma mulher teria desaparecido. Entre os mortos confirmados pela polícia estavam dois homens e cinco mulheres - uma delas grávida.
Conclusão
O local desse acidente hoje não existe mais. O leito do rio foi coberto dando lugar ao alargamento da avenida dos Andradas, o Boulevard Arrudas, entretanto, certamente as lembranças desse horrível acidente jamais irá sair da memória de todas as pessoas que presenciaram e que estiveram envolvidas na tragédia revivida agora, 19 anos depois, com o acidente no bairro Mangueiras.
Apesar das diferenças entre os locais e as circunstâncias, as semelhanças e o impacto causado por essas duas tragédias são inevitáveis e nos leva a fazer a seguinte indagação: quando o poder público irá atuar de maneira urgente e eficaz para melhorar as condições do transporte público em nossa capital?
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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