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sábado, 24 de setembro de 2016

A SÃ DOUTRINA - O AMOR


"Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus" (1 João 4:7 - Almeida Corrigida Fiel).

O amor é o sentimento mais falado em todos os tempos. Livros, romances, filmes, telenovelas, teatros etc. No entanto, por mais que tanto se fale sobre o amor, pouco ou quase nada, se tem visto dos benefícios de sua prática no mundo. Muitos prometem o amor em muitas formas e não são poucos os que se perdem em enganos e desilusões à procura de seu grande amor. A conhecida canção de Lulu Santos diz: "consideramos justa toda forma de amor" e essa frase bastante emblemática tem servido de slogan para os defensores da diversidade de gêneros. 

Consideramos justa toda forma de amor? 


♫♫ E a gente vive junto; E a gente se dá bem; Não desejamos mal a quase ninguém; E a gente vai à luta; E conhece a dor; Consideramos justa toda forma de amor ♫♫ ('Toda Forma de Amor' - Lulu Santos, 1988, RCA Victor)

Partindo desse pressuposto, entende-se que entre brancos, negros, índios, amarelos, xadrezes, listrados, mulheres, homens, gays, deficientes físicos, anões e mais uma infinidade de classificações que existem no mundo. Amor é amor e toda forma de amar é justa. Não existe condições ideais de amor, ou para o amor. Existe amor e ponto. Certo?

Se eu fosse psicólogo e tivesse dando uma consultoria psicológica, diria que sim. Existem infinitas formas de amor, de amar e de ser amado, cada qual com sua importância. Diria que a insensata tentativa de padronizar, rotular e ditar o amor é na verdade uma tentativa de controle daquilo que é incontrolável. Como sentir amor controlando? 

Como alguém pode dizer para o outro aquilo que não pertence a ele? Como dizer o que é certo ou errado se não são as mesmas pessoas que sentem? Cada um ama a sua maneira porque o amor é grande demais para ser pensado de forma tão pequena como alguns pensam por aí. É triste dizer isso, mas é a realidade que vivemos. 

Essa intolerância a diversidade do amor, retrata de forma clara a deficiência de quem atribui ao outro, um padrão próprio de ser no mundo. Como se todos tivessem a mesma cabeça, vivessem na mesma família, tivessem os mesmos problemas, o mesmo emprego, adoecessem pelos mesmos motivos e tivessem as mesmas histórias de vida. Isso não existe! E graças ao divino nunca existirá, porque se assim fosse morreríamos cedo, pois a vida é uma constante evolução e é justamente a diferença, o novo, é que a deixa ser assim, deixando-nos "mais vivos" a cada dia, semana, ano, década... 

Assim, eu te perguntaria, o que é o amor para você? 

Com certeza você responderia de acordo com sua experiência, com sua vivência afetiva ou de acordo com aquilo que você acredita que seja o amor. Pode ser uma resposta totalmente diferente da pessoa que esteja ao seu lado neste momento que você lê este texto. 

Mas seria a SUA forma de pensar não é? Então, você gostaria que essa pessoa tentasse te convencer do contrário, pedindo para você deixar de amar quem você ama ou desconstruir tudo aquilo que você acredita? 

O amor é tolerância, respeito, companheirismo, fé, entrega, bem-estar e um monte de outras coisas positivas das quais se eu fosse escrever, hoje não terminaria esse texto. Por isso, cabe cada um pensar como sente o amor consigo mesmo e principalmente entenda o significado do respeito ao outro por sentir de forma diferente, pois é forma do outro e não sua. 

Amor não se compra em uma prateleira de supermercado, amor não tem etiqueta de preço ou manual de utilização, apenas se sente! E acredite, senti-lo hoje em dia está cada vez mais raro. Por isso ame como for, mas ame. E se você encontrar com a felicidade no meio do caminho, em um abraço, um beijo ou simplesmente na presença de alguém, ah… Não tenha dúvidas você encontrou o amor! 

Pronto. Sem qualquer pretensão, acredito ter definido bem o conceito sobre o amor sob um viés mais racional, psicológico. Mas, deixemos de lero-lero e vejamos o significado do amor sob o viés dAquele que tem o amor como sua própria essência. Vamos, então, à sã doutrina. 

O Amor, essência de Deus 


Os efeitos benéficos da prática do amor estão descritos no clássico texto da primeira epístola do apóstolo Paulo aos coríntios, capítulo 13, versos do 1 ao 13: doação, paciência, bondade, humildade, justiça, mansidão, eternidade. Mas, espere, onde está o item "diversidade"? Isso mesmo. Não está. 

O que NÃO É o amor no ponto de vista divino 


Não se trata de algo sentimental, ou meramente sentimental, humano, racional, carnal. O amor não é um sentimento subjugado a condições, a intempéries das diversidades dos relacionamentos. Ele não tem origem no homem, ou seja, o ser humano não "produz" o amor.
  • Dois tipos de amor: Eros - o termo vem da mitologia grega, onde Eros e Afrodite eram cultuados como os deuses do amor. Por isso, estão ligados no amor no contexto carnal, humano. Ágape - é o termo que define o amor divino. Origina-se na refeição comunitária realizada pelos cristãos primitivos (Atos 2:42,46).

O que É o amor no ponto de vista divino 


O amor é um dom que vem do alto, é doado pelo Criador ao homem. O amor é uma virtude do fruto do Espírito (Gálatas 5:22). Porque "caridade" - vem do grego "ágape" e significa o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Efésios 5:1,2).

O amor é um dom de Deus


"E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. "E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição" (Romanos 5:5; Colossenses 3:14, A.C.F., grifos meus).

A origem do amor 


O amor origina-se em Deus, pois o amor é sua própria essência, seu próprio núcleo e a base do seu relacionamento conosco. Para que o Senhor derramasse seu amor sobre nós, foi preciso que Ele estabelecesse um sublime plano de redenção: 
  • A) Primeiro criou todas as coisas; 
  • B) Depois criou o homem à sua imagem e semelhança e; 
  • C) Em seguida, por causa do pecado que deformou tudo, Ele enviou seu Filho para nos salvar. E essa foi a maior expressão do amor de Deus pela humanidade (Romanos 5:8; Efésios 5:2). 

Praticando o amor 


Amor não é simplesmente uma palavra bonita que enfeita versos, poemas e canções. Não é algo de simplesmente se dizer. O amor é algo que devemos expressar na prática cotidiana. É algo que devemos compartilhar, semear com todos quantos nos cercam. 

Todos os que dizem amar a Deus, precisam desenvolver esse amor em seu interior e demonstrá-lo através de suas atitudes em relação a si próprio e em mesma proporção, aos outros, ao próximo. 

A única forma de desenvolvermos esse amor é tendo Deus, sendo de Deus. Quem não é de Deus, não consegue amar nem a si mesmo, muito menos aos outros. É preciso receber Deus para se ter o amor, pois Ele é uma semente divina. Precisa germinar, criar raízes, desenvolver-se e prosperar em frutos. Ele inunda a nossa existência e transforma uma vida estéril e improdutiva numa vida bastante produtiva e frutífera. Ou seja, Deus é amor, logo, um não pode viver separado do outro. Assim, quanto mais Deus estiver presente em nossa vida, tanto mais teremos o seu amor em nós e o manifestaremos aos outros. 

  • 1. O Amor na (em) prática - Romanos 12:9,10 


Praticar o amor significa negar-se a si mesmo. Nosso maior exemplo está na vida e morte de Jesus Cristo, que entregou-se voluntariamente, negou-se a si mesmo e dedicou-se a servir a humanidade (Filipenses 2). A obra de Jesus Cristo na cruz do calvário, foi um ato extremo do amor de Deus por nós. 

  • 2. Amando a si mesmo, para amar ao próximo - João 13:34,35 


Como você ama a si próprio? Jesus declara que devemos amar ao próximo da mesma maneira, na mesma proporção, com a mesma intensidade. Provavelmente você se lembrou dos cuidados pessoais que envolvem o seu corpo, os seus bens e interesses. Portanto, por mais absurdo, fantasioso ou difícil que possa parecer, é exatamente dessa mesma forma que você deve amar ao seu próximo. Da manhã até a hora de dormir! 

  • 3. Discipulado, uma forma de praticar o amor 


Discípulo é aquele que recebe o ensino de alguém ou segue as ideias e doutrinas de outro. Jesus nos chamou para sermos discípulos que fazem discípulos (Mateus 28:18-20)!
Jesus priorizou seu ministério em fazer discípulos! Devemos fazer discípulos! Fazer discípulos significa investir em sua vida em outras vidas! Da mesma forma devemos também ser um discípulo dEle!

A Bíblia, no Novo Testamento, mostra claramente que Jesus é o exemplo máximo de preparação dos seus sucessores, os discípulos. Jesus, durante três anos, treinou e discipulou doze pessoas para que o evangelho fosse propagado até os confins da Terra. Jesus estava consciente que o seu tempo ministerial terminaria um dia, e por isso treinou os discípulos: para que continuasse o trabalho que Ele iniciou. A Bíblia não mostrou esse grande exemplo de sucessão por mera historicidade. Não, Deus quis dar um exemplo vivo de como deve ser feita uma sucessão. Deu um exemplo de como deve acontecer o discipulado. Portanto, discipular é amar (João 8:31b,32; 15:1-8).

Conclusão

Os frutos do amor


A Palavra de Deus nos revela que tudo o que plantarmos, colheremos na mesma medida, espécie e proporção. Então, quando semeamos o amor, consequentemente colheremos amor. Como já vimos, o amor é bom, portanto, logicamente seus frutos também são bons.

No mundo não há nada que provoque mais efeito do que o amor. No entanto, a humanidade ainda não experimentou a sua capacidade total. Parece que hoje só prevalece os efeitos do ódio. Ou seja, o mundo só tem colhido os amargos frutos do ódio: as guerras, os preconceitos, as desigualdades, as violências, as imoralidades, as injustiças, a corrupção...

Mas quando as barreiras da inimizade são desfeitas, a unidade é edificada, a generosidade e os atos de bondade, praticados, então, observamos o amor em ação e podemos colher os seus frutos.

Dentre os frutos do amor podemos citar alguns que podem ser classificados como principais para todo o gênero humano: a paz, a igualdade, o respeito, a comunhão, a união, a doação, a honestidade, a comunhão e a justiça.

"Essência de Deus" - Intérpretes: João Alexandre & Tirza (faixa do álbum "Simplesmente João", 1991, Gospel Records)

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