Nem sempre o dia termina da maneira como planejamos. Por mais organizados e sistemáticos que sejamos, tendo toda a confiança de que o Senhor está conosco para nos ajudar a vencer, existem fatores que se antepõem como obstáculo para alcançarmos um objetivo, uma necessidade ou desejo. Muitas vezes, não conseguimos compreender as circunstâncias que nos cercam ou nos sentimos injustiçados por não atingirmos determinadas satisfações materiais ou psíquicas. É o sentimento de frustração. Ele pode causar conflito, desencadear comportamentos agressivos - tanto aos outros como a si próprio - na procura de aliviar a tensão.
A frustração, essa reação da natureza emocional que surge frente a um obstáculo, varia de uma pessoa para outra. Uma pessoa tranquila e feliz demonstra reações diferentes de uma perturbada e insegura. O grau de frustração está diretamente ligado á forma como interpretamos os fatos do nosso dia-a-dia. Devemos levar em consideração não apenas a nossa vontade, sonhos e desejos, mas a soberana vontade de Deus, lembrando que algumas coisas não acontecem como gostaríamos porque investimos de maneira inadequada para sua realização. Outras, o próprio Pai não permite que se concretize para o nosso bem.
Uma decepção interpretada corretamente é capaz de gerar forças para realizações excepcionais derivadas. Neste poto está a diferença entre a consciência normal e a neurótica, que acumula frustrações e não encontra saídas para ações derivadas que satisfaçam. Se prevalecer a consciência neurótica, nossa personalidade é levada a "pane" total ou parcial.
Quando ocorrem em quantidade e intensidade normais, as frustrações resultam numa experiência necessária ao bom desenvolvimento individual. Desde o princípio, a criança passa por inúmeras frustrações que contribuem para a sua educação. O desmame, a aprendizagem da limpeza e outras interdições, tidas como regras de educação, ajudam a criança a aumentar a capacidade para resistir aos desapontamentos que encontrará no decorrer da vida, bem como a capacidade para tomar inciativas e desenvolver o autocontrole.
Todos nós, em algum momento, estamos sujeitas a sofrer frustrações. Às vezes podemos até pensar que a vida seria bem diferente se cada desejo nosso fosse satisfeito. Entretanto, como filhos de Deus, amados, sabemos que isto não é o mais importante. O Senhor pode satisfazer todos os nossos desejos é necessidades, mas Ele sabe o que é melhor para nós e também o momento certo para nos dispensar bênçãos. "Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e a minha ansiedade não te é oculta", Salmo 38:9.
As situações que vivenciamos a cada dia podem causar desgostos, mas podem também proporcionar aprendizagem, se tornado fonte de alegria. Se permitirmos que o Espírito Santo controle as nossas reações, com certeza, Ele os ajudará a interpretá-las para o nosso próprio aprendizado. Em consequência, teremos alegria e paz.
Deus é fiel e nunca nos decepciona. "O Senhor te guiará mansamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam", Isaías 58:11.
Através da oração e da fé em Jesus, aprendemos que circunstâncias adversas não embaraçam os propósitos divinos. Toda pessoa que vive em intimidade com Jesus desfruta de uma nova vida sob Seu governo no que diz respeito aos seus pensamentos, projetos, palavras e práticas. A temperança, como fruto do Espírito, é refletida no domínio sobre os próprios apetites e desejos.
O segredo para uma vida feliz está em permanecer em Cristo. "Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim", João 15:4.
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