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sexta-feira, 5 de junho de 2015

JESUS, O UNGIDO DE DEUS

Nosso Salvador é conhecido no Novo Testamento, como Jesus Cristo. O primeiro nome que significa "Ajuda de Deus", o nome de nascimento. O segundo, é um título profético, que significa "O Ungido" ['O', artigo definido, diferente de 'um', que indica indefinição e generalização]. É profético, porque lhe foi dado em virtude de ter vindo em cumprimento das profecias, como as de Isaías. Ungido é aquele que foi designado para uma missão especial, para a qual foi investido de autoridade. Por exemplo, Saul e Davi, foram ungidos por ordem de Deus, para serem reis de Israel (1 Samuel 10:1-16:1-13). Jesus veio para ser Rei do Reino de Deus. Foi investido de autoridade para o desempenho de sua missão de reconciliar o homem com Deus, daí seu título.

Entendendo a profecia

Isaías 61:1-4

"O ESPÍRITO do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus a consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado. E edificarão os lugares antigamente assolados e restaurarão os de antes destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração."

Mateus 11:27-30

"Todas as coisas me foram entregues por meu Pai: e ninguém conhece o Filho, senão o Pai e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve."

O Ungido profetizado – A profecia de Isaías no capítulo 61 de seu livro refere-se ao Ungido de Deus, e tem dois sentidos: Um, a respeito de Israel e Judá. Isaías declarava-se escolhido de Deus, e ungido de Deus, tendo sobre si o Seu Espírito, para proclamar a mensagem de Deus, com sua promessa de restauração do povo de seu cativeiro. Com este sentido a profecia se cumpriria na historia de seu povo. Outro sentido da profecia, era universal. Apontava a vinda de um profeta, modelo, perfeito, da parte de Deus, para anunciar ao povo o Evangelho. Esse profeta seria Jesus, e Isaías, no caso, aparece como seu tipo.

A missão do Ungido é definida na profecia. Viria anunciar as boas novas da implantação do reino messiânico, e realizaria, em seu ministério as obras desse reino (Isaías 61:1-4). Do ponto de vista temporal, Isaías previa uma nova era para o povo de Deus, de cura de suas enfermidades, livramento do cativeiro, era em que os homens viveriam de maneira agradável a Deus, era de vingança de Deus contra as nações opressoras de Israel e de consolação para os tristes. Do ponto de vista universal, essas promessas se referem a acontecimentos do ministério de Jesus, e ao seu completo domínio, quando vier pela segunda vez.

A profecia cumprida – A profecia de Isaías sobre o Ungido de Deus foi cumprida em Jesus, e disto temos, pelo menos, três evidências no Novo Testamento:

Primeira – Quando Jesus foi batizado Deus se manifestou sobre ele. O Espírito Santo desceu sobre ele como pomba, e Deus falou, declarando-o Seu Filho.

Segunda – Em seu ministério Jesus realizou exatamente as obras anunciadas nas profecias a seu respeito. Quando João Batista, da prisão, mandou mensageiros perguntarem se era ele mesmo o Messias, respondeu mandando que os mensageiros anunciassem suas obras que viam. Elas atestavam estar ele de acordo com as profecias:

Mateus 11:1-6
"E, aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles. E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos, a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos veem, e os coxos andam os leprosos são limpos, e os surdos ouvem os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim."

Terceira - Jesus mesmo se declarou ser o Ungido, como por exemplo, quando visitava Nazaré. Tendo lido no rolo Isaías 61, fechou-o e disse: ‘Hoje se cumpriu entre vós esta profecia (Lucas 4:21)’.

A autoridade do Ungido 


Depois de responder aos discípulos de João, Jesus lamentou sorte de três cidades manifestamente incrédulas, e censurou os homens pela sua incoerência. A João, rejeitaram por causa de sua autoridade e esquisitice. A Jesus, que era diferente dele, rejeitaram exatamente porque não fazia como João. A incredulidade é mesmo incoerente; por isso, Jesus depois de censurá-los declarou sua autoridade e sua firmeza como Messias. Ainda que João tivesse dúvidas, ainda que algumas cidades o rejeitassem por serem incoerentes, ele estava consciente de sua relação com Deus, e de sua missão. 

Sua autoridade e ânimo não estavam na opinião dos homens mas na sua experiência pessoal com o Pai, de que tinha toda autoridade (Mateus 11:27). Além de declarar sua autoridade, Jesus esclareceu ser o único capaz de revelar Deus aos homens, e por isso, terminou fazendo um convite amigável aos pecadores. Desde que tem autoridade, como Messias; desde que é o único que pode conduzir o homem a Deus, aqueles que se sentem decepcionados, e oprimidos, e desejosos de justiça e de paz de espírito, os que anseiam pela salvação, devem vir a ele com confiança, porque ele está em condições de satisfazê-los.

Entendendo a unção do Ungido


A missão do crente é bem honrosa, e até se assemelha à do profeta Isaías. Este anunciou a vinda do Ungido de Deus, que se cumpriu setecentos anos depois. O crente tem a incumbência de testemunhar do Ungido, que já veio, há mais de dois mil anos.

Segundo a profecia de Isaías, o Ungido veio para restaurar. Pensava na restauração do seu povo, mas o fato é que Jesus veio restaurar toda a raça. Livrá-la da escravidão do diabo, da prisão das trevas espirituais, levantar o homem e levá-lo a se reconciliar com Deus. Esta obra não se completou ainda. Está em desenvolvimento, e somos seus cooperadores, como instrumentos. Por isso depende de nós, também, o êxito da obra messiânica. Qualquer negligência será de consequências eternas.

A obra missionária é a atuação do Ungido de Deus através dos seus servos, em todo o mundo, cumprindo sua missão de formar um reino ideal para Deus. O que as igrejas estão fazendo, de real esforço por esta obra?

Para formar um povo santo para Deus, o Messias convida a si os pecadores e os regenera tornando-os novamente semelhantes a Ele e essência, ou seja, com a mesma unção. A garantia que oferece, é sua autoridade recebida do Pai. A exigência que faz é que haja sujeição à sua vontade. Se já fomos a ele, confiemos em seu poder, e sejamos, de fato, obedientes.

"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas (Mateus 11:29)". Jugo é peça de madeira para prender dois animais pelo pescoço, para andarem juntos. A figura usada por Jesus ensina:

1) que o discípulo verdadeiro se caracteriza por sujeição ao seu ensino. Quer que o homem se coloque ao seu lado, para andar segundo seu ensino. O jugo dos judeus era pesadelo. Os que se submetiam aos ensinos dos rudes e vaidosos mestres, continuavam desesperados. Por um lado tinham o peso de muitas exigências de cerimonialismo a cumprirem. Ao declarar-se manso e humilde, Jesus se contrastava com os arrogantes mestres de seus dias.

2) Que a sujeição a Ele, invés de trazer sofrimento e angústia, trazia descanso verdadeiro. A liberdade do mundo não dá descanso ao pecador, que vive cercado de temores e pela sombra da morte. A sujeição a sistemas religiosos humanos sobrecarregam o pecador de deveres, sem contudo dar-lhe paz espiritual. Somente a sujeição ao Ungido de Deus traz a felicidade verdadeira.

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