Em 40 anos, os evangélicos deixaram de ser um mero traço estatístico no panorama demográfico brasileiro e, agora, caminham para se tornar a comunidade religiosa majoritária no país.
É o que indica o mais recente estudo do Data-Makers, do grupo HSR Specialist Researchers, especializado em pesquisas de mercado para negócios.
De acordo com as projeções feitas com base nos dados do último Censo e em outros indicadores, a expectativa é de que os evangélicos já serão 35% dos brasileiros em 2026.
É o que indica o mais recente estudo do Data-Makers, do grupo HSR Specialist Researchers, especializado em pesquisas de mercado para negócios.
De acordo com as projeções feitas com base nos dados do último Censo e em outros indicadores, a expectativa é de que os evangélicos já serão 35% dos brasileiros em 2026.
Análise estatística
Apesar da população de evangélicos no Brasil ter atingido o maior patamar histórico, com 26,9% da população, o crescimento do número de pessoas protestantes foi menor que o esperado, perdendo ritmo no país.
A proporção de evangélicos no Brasil chegou a 26,9% da população em 2022. As informações são do Censo Demográfico 2022, que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).
Em 1991, esse percentual era de 9,0%, o que indica que a parcela de evangélicos no país praticamente triplicou em 30 anos.
A proporção de evangélicos no Brasil chegou a 26,9% da população em 2022. As informações são do Censo Demográfico 2022, que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).
Em 1991, esse percentual era de 9,0%, o que indica que a parcela de evangélicos no país praticamente triplicou em 30 anos.
Em relação ao Censo anterior, realizado em 2010, o avanço foi de 5,2 pontos percentuais. Naquele ano os evangélicos somavam 21,6% da população com 10 anos ou mais.
Em números absolutos, são 47,4 milhões de pessoas que se declaram evangélicas. A tendência de crescimento já havia sido observada no Censo de 2010, quando os evangélicos representavam 21,6% da população.
Perfil religioso populacional
O IBGE traçou o perfil religioso da população a partir de uma amostra de residente no país com perguntas como
"Qual a sua religião ou culto?",destinadas a pessoas com 10 anos ou mais, e
"Qual a sua crença, ritual indígena ou religião?",
aplicadas apenas em terras e setores censitários indígenas.
Depois disso, os dados são agrupados por grandes grupos:
Depois disso, os dados são agrupados por grandes grupos:
- Católico Apostólico Romano;
- evangélicas;
- umbanda e candomblé;
- espírita;
- não tenho religião; e outros.
Indicativos censitários
Reproduçao Gazeta do Povo |
O Censo indica que o país segue com maioria de católicos. No entanto, a quantidade de adeptos do catolicismo teve queda de 8,4 pontos percentuais em 12 anos, alcançando o menor nível já registrado desde 1872, data do primeiro censo realizado no Brasil.
Os dados também apontam crescimento de adeptos da umbanda e do candomblé; pessoas sem religião; e outros segmentos religiosos (judaísmo, islamismo, budismo, etc).
Os católicos ainda representam a maior parte da população brasileira, com 56,7% (100,2 milhões de pessoas), mas seguem em queda. Em 2010, eram 65,1%, e em 2000, 74,1%.
Os dados também apontam crescimento de adeptos da umbanda e do candomblé; pessoas sem religião; e outros segmentos religiosos (judaísmo, islamismo, budismo, etc).
Os católicos ainda representam a maior parte da população brasileira, com 56,7% (100,2 milhões de pessoas), mas seguem em queda. Em 2010, eram 65,1%, e em 2000, 74,1%.
- Evangélicos
Em 2022, os evangélicos registraram sua menor taxa de evolução desde 2000. O avanço neste ano foi de 5,3 pontos percentuais.
Nas duas edições anteriores do Censo essa taxa foi maior do que 6. Em 1991, 9% da população brasileira afirmou fazer parte de alguma vertente evangélica. Agora, são 26,9%.
De acordo com os dados, o crescimento da parcela de brasileiros que se declaram evangélicos perdeu força pela primeira vez desde 1960.
No Brasil, há 244 municípios com predomínio de evangélicos, sendo que em 58 há maioria (mais da metade da população) que se identifica com alguma vertente religiosa desse tipo.
- Católicos
Por outro lado, os católicos mantiveram a trajetória de queda que vem se acentuando desde 1980, quando 89% da população afirmou que professava essa fé.
Em 2022, a proporção caiu para 56,7%, o que corresponde a 8,4 pontos percentuais a menos que 12 anos atrás.
Em 2022, a proporção caiu para 56,7%, o que corresponde a 8,4 pontos percentuais a menos que 12 anos atrás.
Em termos regionais, o catolicismo permaneceu majoritário em todas as grandes regiões, com destaque para o Nordeste (63,9%) e o Sul (62,4%). Já os evangélicos se concentram mais no Norte (36,8%) e no Centro-Oeste (31,4%).
Em termos etários, os católicos lideram em todas as faixas, variando de 52% entre os jovens de 10 a 14 anos a 72% entre os idosos com 80 anos ou mais.
- Umbanda e candomblé
O número de adeptos de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, triplicou em dez anos.
A proporção desse grupo subiu de 0,3%, em 2010, para 1% da população naquele ano.
O Rio Grande do Sul é o estado com maior população adepta a essas religiões, com 3,2%.
O número é bem maior do que em estados com predominância de pessoas pretas ou pardas, como a Bahia e o Rio de Janeiro, que possuem 1% e 2,5%, respectivamente.
A proporção desse grupo subiu de 0,3%, em 2010, para 1% da população naquele ano.
O Rio Grande do Sul é o estado com maior população adepta a essas religiões, com 3,2%.
O número é bem maior do que em estados com predominância de pessoas pretas ou pardas, como a Bahia e o Rio de Janeiro, que possuem 1% e 2,5%, respectivamente.
- Espíritas
A religião espírita teve leve queda, de 2,2% para 1,8%, enquanto umbanda e candomblé somaram crescimento conjunto de 0,7 pontos percentuais, saltando de 0,3% para 1,0%.
Os espíritas têm maior presença no Sudeste (2,7%), enquanto umbandistas e candomblecistas aparecem com mais força no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%).
A maior proporção de pessoas sem religião também está no Sudeste (10,5%).
- Sem religião
A categoria de pessoas sem religião no Brasil chegou a 9,3% da população, um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao último Censo, atrás apenas de católicos e evangélicos.
Nesse grupo, estão ateus, agnósticos e pessoas que não professam qualquer crença.
No Chuí (RS), 37,8% da população se definiu sem religião, sendo a única cidade onde esse grupo prevalece entre todos os outros.
O município faz fronteira com o Uruguai, país com o maior percentual de pessoas sem filiação religiosa na América Latina.
Nesse grupo, estão ateus, agnósticos e pessoas que não professam qualquer crença.
No Chuí (RS), 37,8% da população se definiu sem religião, sendo a única cidade onde esse grupo prevalece entre todos os outros.
O município faz fronteira com o Uruguai, país com o maior percentual de pessoas sem filiação religiosa na América Latina.
Perfil etário
Reprodução Gazeta do Povo
Em termos etários, os católicos lideram em todas as faixas, variando de 52% entre os jovens de 10 a 14 anos a 72% entre os idosos com 80 anos ou mais.
Os dados do Censo 2022 indicam que os evangélicos têm, na média, um perfil etário mais jovem em comparação com os católicos.
A presença de católicos é relativamente menor entre os mais jovens (52% no grupo de 10 a 14 anos) e maior entre os mais velhos (72% no grupo de 80 anos ou mais).
Já entre os evangélicos ocorre o oposto: a maior proporção está entre os jovens de 10 a 14 anos (31,6%), e a menor, entre os que têm 80 anos ou mais (19%).
Números estatícos X qualidade espiritual
O crescimento do segmento evangélico no Brasil, sobretudo entre as denominações de matriz pentecostal e neopentecostal, é um fenômeno sem paralelo no mundo contemporâneo.
Enquanto, na Europa — berço da Reforma Protestante e das igrejas de presença global —, o cristianismo luta contra a debandada de fiéis movida pelo secularismo e pelo relativismo e, nos Estados Unidos, apresenta crescimento mais modesto, no Brasil, o avanço da fé evangélica é evidente.
No intervalo de apenas uma década – de 2010 a 2020 –, o número de crentes evangélicos cresceu 62%, acrescentando às suas fileiras 16 milhões de pessoas.
Além da influência social e política exercida por esse estrato da sociedade, chama a atenção também seu poderio econômico.
A pesquisa O Brasil evangélico, divulgada no fim do ano passado pela Data-Makers, revelou algumas características desse grupo no que se refere ao consumo: nada menos que 47% do que se declaram evangélicos pretendem consumir mais nos próximos 12 meses, contra 32% entre os que não têm esse pertencimento.
Para o diretor-executivo do instituto, Fabricio Fudissaku, esse movimento revela uma tendência comportamental. “As igrejas evangélicas não coíbem o consumo. Em muitos casos, o ato de consumir está relacionado à demonstração de virtude, sucesso e valor. Essa questão está intrínseca à sua crença”, avalia.
Para o diretor-executivo do instituto, Fabricio Fudissaku, esse movimento revela uma tendência comportamental. “As igrejas evangélicas não coíbem o consumo. Em muitos casos, o ato de consumir está relacionado à demonstração de virtude, sucesso e valor. Essa questão está intrínseca à sua crença”, avalia.
...Cujo Deus é mesmo o Senhor?
A mentalidade de que crescimento numérico é evidência do favor de Deus domina o meio evangélico há várias décadas.
Tanto é assim, que a qualidade do ministério de um pastor ou o suposto grau de aprovação de uma igreja diante de Deus são medidos, muitas vezes, exclusivamente com base nesse critério.
Por causa disso, se a gente apontar para os desvios doutrinários absurdos, o mundanismo, a falta de real devoção e os escândalos tão comuns nas megaigrejas que há por aí, logo aparece um "santarrão espiritualóide" dizendo:
Tanto é assim, que a qualidade do ministério de um pastor ou o suposto grau de aprovação de uma igreja diante de Deus são medidos, muitas vezes, exclusivamente com base nesse critério.
Por causa disso, se a gente apontar para os desvios doutrinários absurdos, o mundanismo, a falta de real devoção e os escândalos tão comuns nas megaigrejas que há por aí, logo aparece um "santarrão espiritualóide" dizendo:
"Se esse pastor e essa igreja são tão ruins como você fala, por que Deus os tem abençoado tanto? Você já viu como seus cultos são lotados?".
É evidente que falta a muitas dessas pessoas o discernimento espiritual necessário para aprovar as coisas excelentes (Filipenses 1:9,10).
Falta-lhes também o conhecimento bíblico que realça que, nos últimos dias, os homens buscariam mestres "segundo as suas próprias cobiças" (2 Timóteo 4:3).
Esse versículo, diga-se de passagem, deixa evidente por que quem prega a velha e apodrecida doutrina do sucesso financeiro sempre tem seguidores aos milhares!
Esse versículo, diga-se de passagem, deixa evidente por que quem prega a velha e apodrecida doutrina do sucesso financeiro sempre tem seguidores aos milhares!
Falta, porém, algo mais àqueles que associam crescimento numérico à bênção de Deus. Desculpem a sinceridade, mas, a meu ver, falta-lhes também capacidade de percepção ou de raciocínio.
Digo isso porque não é preciso ter um cérebro de Einstein para perceber que muitos movimentos absolutamente contrários à fé crescem numericamente num ritmo assustador.
Isso é tão evidente que eu fico até com medo de dar alguns exemplos e ser acusado de gastar tempo dizendo obviedades.
A grande realidade que se depreende das Escrituras é que o crescimento numérico em si não significa muita coisa.
Na verdade, conforme visto, o mero crescimento numérico de um partido ou mesmo de uma igreja pode ter como causa fatores ruins, capazes de atrair um número imenso de homens maus.
Por isso, é necessário que o crescimento de uma igreja esteja associado a outros elementos para que seja considerado saudável e também seja visto como resultado da ação graciosa de Deus. Que outros elementos são esses?
A resposta a essa pergunta está em Atos 9:31:
"A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número".
Note que o crescimento saudável da igreja primitiva era uma bênção de Deus associada ao viver digno e santo de crentes que andavam no temor do Senhor e que eram edificados enquanto viviam assim.
Ora, é evidente que a vida vivida sob o temor do Senhor se afasta de escândalos, imoralidades, palavreado sujo, desonestidades, mentiras, fraudes e hipocrisias.
O texto indica, portanto, que a igreja primitiva em geral tinha um testemunho maravilhoso, sendo encorajada pelo Espírito Santo (a palavra traduzida como "conforto" pode significar também encorajamento ou assistência) que lhe dava ousadia, direção, sabedoria e disposição para o serviço. Então, como resultado disso tudo, a igreja "crescia em número".
Eis aí o crescimento numérico desejável, decorrente da aprovação de Deus. Por isso, é preciso destacar que, se uma igreja cresce enquanto seus membros não andam e nem são edificados no temor do Senhor, há, sem dúvida, algo muito errado com essa igreja.
Talvez ela esteja oferecendo coisas ruins e, por isso, esteja atraindo homens ruins; talvez esteja proclamando ideias e realizando programações que se harmonizam com as expectativas perversas dos incrédulos; talvez tenha mestres que anunciam doutrinas em total sintonia com a cobiça dos iníquos; ou talvez esteja usando meras estratégias de marketing, adotando técnicas que nada têm a ver com a construção de uma igreja realmente bíblica.
Lembrem-se: onde estiverem os cadáveres do falso ensino e dos artifícios humanos, aí se ajuntarão os abutres, saltando alegremente em meio à carniça.
Conclusão
Reprodução Gazeta do Povo
O fenômeno do crescimento no Brasil do grupo religioso chamado genericamente de "evangélicos", que reúne fiéis de igrejas protestantes, pentecostais e neopentecostais, tem levado estudiosos a elaborarem a hipótese de que o país está passando por uma "transição religiosa", deixando de ser uma nação predominantemente católica para dar lugar a uma hegemonia evangélica, o que poderia se consumar nas próximas décadas.
Embora a alta histórica no número de evangélicos no Brasil seja evidente, o docente pondera que o pentecostalismo e o neopentecostalismo ainda pregam essencialmente para um espectro específico da sociedade brasileira, e carecem de um projeto abrangente para os problemas nacionais.
Além disso, na hipótese de a transição religiosa estar em curso, o evangélico também teria de fazer inúmeras concessões para se tornar hegemônico.
Tenhamos, pois, cuidado. Avaliemos as coisas com mais precisão e inteligência. Também supliquemos ao Senhor que sua igreja aumente mais e mais suas fileiras. Peçamos, porém, que esse aumento não ocorra a qualquer custo.
Que o Santo Cordeiro da verdade e da pureza não seja sacrificado no altar do crescimento numérico. Que os salões lotados durante os cultos sejam reflexos de igrejas que andam no temor do Senhor e não de comunidades que criam atrações para o entretenimento religioso, proporcionando apenas conforto emocional e oferecendo placebo espiritual.
Se não for assim, então que continuemos a ser, nas palavras de Jesus, um "pequenino rebanho", tentando ajustar a vida ao que ele quer, a fim de que o aumento saudável e verdadeiro aconteça no tempo devido.
[Fonte: ICL Notícias, original via redação; Gazeta do Povo, original por Leonardo Desideri; Ongrace, original por Carlos Fernandes]
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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E nem 1% religioso.

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