O mundo acompanha com apreensão a escalada do confronto entre Israel e Irã, iniciada com ataques israelenses contra alvos estratégicos no território iraniano na sexta-feira (13), seguida por bombardeios iranianos contra cidades israelenses.
Para especialistas, as origens do conflito entre Israel e Irã estão na disputa pela ampliação das esferas de influência no Oriente Médio.
Para especialistas, as origens do conflito entre Israel e Irã estão na disputa pela ampliação das esferas de influência no Oriente Médio.
De um lado, um país cercado de inimigos que tem colonizado territórios de palestinos e é acusado de cometer genocídio na Faixa de Gaza.
O impacto imediato já se faz sentir em todo o Oriente Médio, mas a mobilização rápida de potências globais em torno do assunto reacendeu o debate sobre a possibilidade de o conflito sair do controle regional e envolver diretamente Estados Unidos, Rússia ou China.
Um jogo de xadrez com peças marcadas
Uma análise sobre o caminho percorrido pelos dois países nas últimas décadas permite entender como as duas nações passaram de alianças a hostilidades, e chegaram mais uma vez a uma crise.
Os ataques entre Irã e Israel, levaram a uma escalada da tensão ainda maior no Oriente Médio.
O presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, afirmou que o país está preparado para ajudar o aliado (Israel) a se defender dos ataques iranianos.
Por quê? Israel é o maior porta-aviões americano, é inafundável, não carrega nenhum soldado americano e está localizado numa região crítica para a segurança nacional dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, afirmou que o país está preparado para ajudar o aliado (Israel) a se defender dos ataques iranianos.
Por quê? Israel é o maior porta-aviões americano, é inafundável, não carrega nenhum soldado americano e está localizado numa região crítica para a segurança nacional dos EUA
A relação pouco amistosa entre Irã e Israel, que perdurava desde 1979, é frequentemente descrita como uma "guerra nas sombras", caracterizada por ataques mútuos e operações clandestinas.
Ambos os países já realizaram ações ofensivas um contra o outro, muitas vezes sem que qualquer governo (envolvido direta ou indiretamente) tenha assumido oficialmente a responsabilidade. A guerra na Faixa de Gaza, iniciada em 2023, levou o conflito para outro patamar.
Israel e Palestina na Guerra de Gaza
Embora a ideia de uma solução pacífica tenha sido discutida amplamente por décadas, com a proposta de dois Estados sendo uma das mais debatidas, o conflito permanece sem um desfecho possível e a população palestina já vê a proposta como obsoleta.
A criação de dois Estados atualmente dependeria de uma mudança significativa nas perspectivas dos principais envolvidos: os palestinos, a comunidade internacional e, sobretudo, os israelenses.
Para que esse cenário se concretize, seria necessário que as demandas e expectativas de todas as partes convergissem para um objetivo em comum, com os palestinos buscando soluções viáveis, a ONU exercendo um papel de facilitadora e os israelenses reconsiderando suas posições em relação ao território e à segurança.
Enquanto isso, a população palestina é massacrada. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é o homem que lidera o país há mais tempo desde a criação do Estado de Israel em 1948 e prefere a guerra do que a paz. Mesmo após os mais de 40 mil mortos, ele disse que o trabalho de Israel "ainda não terminou".
A impaciência internacional por uma resolução diplomática do conflito — que ainda parece distante —, mostra que o cenário é cada vez mais perigoso e os olhos do mundo devem estar voltados para o conflito.
Dessa forma, a solução para a guerra no Oriente Médio permanece incerta, mas não impossível se houver vontade política e diplomática de todas as partes.
Entenda os interesses
O Irã, sendo uma república islâmica de maioria xiita, considera Israel não apenas um rival regional, mas um inimigo ideológico, em parte devido à sua oposição ao Estado judeu e ao seu apoio a grupos militantes como o Hezbollah no Líbano e grupos em Gaza.
A política externa iraniana tem sido fortemente moldada por esse antagonismo, reforçado pela percepção de que Israel e seus aliados, como os EUA, ameaçam a soberania e a segurança do Irã.
Por outro lado, Israel enxerga o programa nuclear iraniano como uma ameaça direta.
A possibilidade de que o Irã desenvolva armas nucleares é uma das maiores preocupações para a segurança de Israel, já que o regime iraniano frequentemente faz declarações que desafiam a legitimidade do Estado judeu.
Isso levou Israel a considerar a possibilidade de uma ação militar preventiva contra instalações nucleares iranianas, o que aumentaria drasticamente as tensões regionais.
A Rússia e a China, apesar de não compartilharem do confronto direto entre Irã e Israel, têm interesses estratégicos no Irã. Ambos os países veem o Irã como um parceiro-chave para contrabalançar a influência dos EUA no Oriente Médio.
A Rússia tem oferecido apoio militar e político ao regime iraniano, enquanto a China se interessa pelos vastos recursos energéticos do Irã, bem como por sua localização estratégica nas rotas comerciais globais.
Essa relação cria um desafio adicional para os EUA e seus aliados, que mantêm bases militares na região, como no Catar, na Arábia Saudita e no Iraque, locais que poderiam ser alvos de retaliações em um conflito envolvendo o Irã.
O Irã também é conhecido por sua rede de aliados não estatais, que podem ser mobilizados em caso de conflito. Isso inclui o uso de ataques cibernéticos, sabotagens e operações de guerrilha, o que representa uma ameaça assimétrica que Israel e outros países da região devem levar em consideração.
Conclusão
Em resumo, a religião é um fator importante nos conflitos do Oriente Médio, mas não é o único.
A região é o berço de três grandes religiões monoteístas — Judaísmo, Cristianismo e Islamismo — e as tensões entre elas, bem como divisões internas dentro do Islamismo, contribuem para a instabilidade.
Entretanto, questões territoriais, disputas de poder, interferência externa e outros fatores se combinam para criar um cenário complexo e volátil na região.
Em resumo, a religião é um fator importante nos conflitos do Oriente Médio, mas não é o único. Questões territoriais, disputas de poder, interferência externa e outros fatores se combinam para criar um cenário complexo e volátil na região.
[Fonte: Jornal Opção, original por Giovanna Campos]
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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