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domingo, 13 de abril de 2025

PRONTO, FALEI! — A VERDADE X AS FÁBULAS

"Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, a nossa esperança, a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé. Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, o nosso Senhor. 
Partindo eu para a Macedônia, roguei que você permanecesse em Éfeso para ordenar a certas pessoas que não mais ensinem doutrinas falsas e que deixem de dar atenção a mitos e genealogias intermináveis, que causam controvérsias em vez de promoverem a obra de Deus, que é pela fé" (1 Timóteo 1:1-4).
Certamente você já leu (ou assistiu) à aclamada e sempre referida e muito recomendada série literária "As Crônicas de Nárnia":
  • 'O Sobrinho do Mago'
  • 'O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa'
  • 'O Cavalo e seu Menino'
  • 'Príncipe Caspian'
  • 'A Viagem do Peregrino da Alvorada'
  • 'A Cadeira de Prata'
  • 'A Última Batalha',
do apologeta, professor universitário, autor de literatura fantástica, escritor e filósofo britânico, C. S. Lewis (✰1898/✞1963), que já serviu de inspiração para diversas vertentes artísticas, como o teatro, o cinema, a televisão e a música.

"As Crônicas de Nárnia" é uma série de livros de fábulas, a mais famosa do autor britânico Clive Staples Lewis, tendo vendido mais de 120 milhões de cópias mundialmente.

Pois é meus caros, e além disso é uma das obras literárias mais conhecidas de todos os tempos, tendo sido traduzida para 41 idiomas diferentes.

As crônicas já foram adaptadas para televisão, rádio, peças de teatro e claro, para o cinema, e eu acho que é dai que muita gente, assim como este que vos escreve, conheceu a obra! E tenho dito:
"Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um Narniano, mesmo que Nárnia não exista."
As Crônicas de Nárnia nos contam as aventuras fabulosas de diferentes crianças ao longo das histórias, que acabam por entrar no Reino de Nárnia, um lugar onde a magia é algo totalmente normal e aceitável, os animais falam, e óbviamente batalhas entre o bem e o mal se desevolvem a todo o tempo.

Essas crianças, do nosso mundo ou de Nárnia, recebem e ajudam o Grande Leão, Aslam, criador de Nárnia.

O Mundo


O mundo criado por Lewis nada mais é do que um mundo de fantasia, onde a magia reina. Existe no mundo de Lewis uma forte influência dos acontecimentos mundiais, tais como a Guerra Fria, pois o livro foi terminado nessa época, fatos tais que também refletiram na vida do autor e por consequencia na criação de seu mundo.

É possível encontrar também influências da mitologia grega e nórdica com seus seres ficcionais, como os centauros, faunos, dragões e sátiros por exemplo. Ainda temos influência de literatura cristã, onde especialistas fazem uma comparação de Aslam com Jesus.

Mas o fato aqui é que: "As Crônicas de Nárnia" é genial, confesse, quem nunca se imaginou lá? Não mente!

Então, fazendo essa análise de "As Crônicas de Nárnia", quando acreditamos que Nárnia nos alude ao Céu, o Paraíso e o grande leão Aslam, seja uma alusão à figura de Jesus (o Leão da Tribo de Judá), seria uma discrepância a fala do apóstolo Paulo ao seu jovem discípulo e futuro pastor, o jovem Timóteo, contra, justamente à crença em fábulas? De maneira nenhuma e é o que explico na sequência

À fábula o que é da fábula, a Deus o que é de Deus


A palavra “fábula” é empregada no Novo Testamento e não se encontra no Antigo Testamento. Ela é usada para traduzir a palavra grega “mythos“. Essa mesma palavra grega também foi traduzida como “ficção” (Goodspeed), “mito” (NEB), “conto de fadas” (Phillips, Tito 1:14), entre outros.

Nos tempos anteriores ao Novo Testamento, essa palavra costumava ser quase sinônima das palavras gregas “lagos” e “rhema”, que significam “palavra” (cf. Trench, p. 337).

Antes da era do Novo Testamento, “fábula” chegou a significar algo fictício em contraposição a “logos” — a verdadeira expressão ou pronunciamento (João 1:1). No Novo Testamento, essa palavra mantém esse sentido em todas as suas ocorrências (1 Tm 1:4; 4:7; 2 Tm 4:4; Tt 1:14; 2 Pedro 1:16).

Importante a compreensão de que, na citação nestas cartas, a palavra provavelmente se refere a histórias fictícias inventadas por mestres judeus (Tito 1:14), baseadas no Antigo Testamento e criadas com o propósito de desviar os cristãos da verdade.

"Fábulas" no Antigo Testamento


Há relatos no Antigo Testamento que possuem características de fábulas, embora o termo em si não seja usado para descrevê-los dessa maneira.

Um exemplo é a fábula de Jotão sobre as árvores escolhidas o seu rei (Juízes 9:7-21), e outro é a fábula de Jeoás envolvendo o cardo e o cedro do Líbano (2 Reis 14:8-10).

Nenhuma fábula — por "mais bíblica" que seja — se sobrepõe à pregação da Bíblia


Essa é a questão que pesa na mente de um líder fora do padrão bíblico. Ele observa igrejas que pregam a verdade e nota que, muitas vezes, não estão lotadas, não possuem templos imensos, e seus líderes não ostentam bens materiais. Então surge o dilema em seu coração:
❓“Devo pregar a verdade ou agradar ao povo com fábulas, fantasias, heresias, sicretismos, misticismos, curandeirismos e simpatias?”
Por outro lado, o líder segundo o padrão das Escrituras não é abalado por essa dúvida. Ele vive e prega a verdade porque tem plena convicção de seu chamado divino e da suficiência do Evangelho.

Esse líder é o que prega a verdade que:
➬ Liberta (João 8:32),
➬ Cura (Isaías 53:5),
➬ Transforma (Romanos 12:2),
➬ Restaura (Joel 2:25),
➬ e Salva (Rm 1:16).
No Evangelho de Jesus Cristo não há espaço para fábulas, pois Ele é real, verdadeiro e suficiente. Não há heresias, pois as doutrinas vêm diretamente do Senhor. Não há misticismos, pois a luz da Palavra dissipa as trevas da ignorância.

Não há curanderismos ou simpatias, pois não confiamos em objetos consagrados, dias especiais como “sexta-feira da libertação”, ou “campanhas de sete dias para quebra de maldição” e crendices correlatas, cujas práticas são tão comuns em algumas vertentes do cristianismo.

Cremos no Deus soberano que realiza milagres segundo a Sua vontade, em Jesus Cristo, o único mediador (1 Timóteo 2:5), e no Espírito Santo, que nos santifica e nos conduz à comunhão com o Pai.

Cabe a cada um de nós decidir de que lado estaremos:
  • ⚠ Pregar a verdade que confronta e salva, ou
  • ⚠ Pregar fábulas que agradam, mas condenam.

Referências bíblicas:

📖1 Timóteo 4:7 — “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te na piedade.”

📖2 Timóteo 4:3,4 — “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. E se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas.”

📖2 Pedro 1:16 — “Porque não seguimos fábulas engenhosamente inventadas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas fomos testemunhas oculares da sua majestade.”

📖Gálatas 1:8  “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo vindo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.”

Conclusão


Vivemos tempos em que muitas igrejas buscam encher templos, mas esvaziam o Evangelho. A tentação de pregar o que agrada aos ouvidos é real. Porém, a fidelidade a Deus exige coragem para proclamar a verdade, ainda que isso custe popularidade ou reconhecimento humano.

Eu e você fomos chamados(as) para sermos fiéis ao Evangelho, não para agradarmos multidões. Rejeitemos, pois, os atalhos da mentira e abracemos o caminho estreito da verdade. Ainda que para isso, paguemos o preço da impopularidade midiática e de sermos até vozes clamando em meio ao deserto.

Sejamos alguém que vive e prega com integridade, confiando que a Palavra de Deus nunca volta vazia (Is 55:11) e que Cristo, e não os métodos humanos, é o verdadeiro atrativo da igreja.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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E nem 1% religioso.

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