"Porque (somente) vemos, agora, através de um espelho, obscuramente; mas, então, veremos face voltada em direção a face. Agora conheço proveniente de dentro de (somente) uma parte, mas então conhecerei plenamente, assim como também fui conhecido plenamente" (1 Corintios 13:12 ).
Reconhecido como um dos grandes autores cristãos do século XIX, seus ensinamentos e orientações continuam a inspirar gerações de pais e mães na busca por uma vida centrada em Deus e na formação espiritual de seus filhos, disse um de seus livros, Céu, o trecho abaixo transcrito:
"O conhecimento nos é agradável agora? O pouco que conhecemos de Deus, de Cristo e da Bíblia é precioso para nossas almas, de forma de que ansiamos conhecer mais?
Nós teremos o perfeito conhecimento lá na glória. Que diz a Escritura? - “...mas então conhecerei como também sou conhecido”. (1 Co 13:12). Bendito seja Deus, não mais haverá desavenças entre os crentes!
Episcopais e Presbiterianos, Calvinistas e Arminianos, Milenaristas e Anti-Milenaristas, amigos do sistema Estabelecido e amigos do Voluntariado, defensores do batismo infantil e defensores do batismo na idade adulta... — e todos terão, finalmente, uma só forma de pensar.
A antiga ignorância terá passado. Haveremos de nos maravilhar ao descobrir quão infantis e cegos fomos."
O que é o conhecimento bíblico
O conhecimento bíblico refere-se à compreensão e interpretação dos textos sagrados da Bíblia, que é considerada a palavra de Deus por milhões de pessoas ao redor do mundo (1 Timóteo 3:16,17).
Este conhecimento abrange não apenas a leitura dos versículos, mas também a análise de seu contexto histórico, cultural e teológico. Aprofundar-se no conhecimento bíblico é essencial para aqueles que desejam entender melhor a fé cristã e suas doutrinas fundamentais com um mínimo de hermenêutica.
A hermenêutica é a ciência da interpretação de textos, e desempenha um papel crucial no conhecimento bíblico. Ela fornece as ferramentas necessárias para entender o significado original dos textos bíblicos, considerando fatores como o contexto histórico, a cultura dos autores e a intenção comunicativa.
A aplicação de princípios hermenêuticos ajuda a evitar interpretações errôneas e a extrair lições relevantes para a vida contemporânea. Portanto, estudar hermenêutica é vital para quem deseja aprofundar seu conhecimento bíblico.
Os desafios do conhecimento bíblico na contemporaneidade
Os desafios enfrentados na construção de uma visão de mundo bíblica são diversos. Em um mundo cada vez mais secularizado e pluralista, as pessoas podem se deparar com a resistência e a oposição de uma cultura que muitas vezes se afasta dos valores e princípios bíblicos.
Além disso, a complexidade dos problemas sociais, políticos e éticos pode parecer esmagadora, exigindo uma compreensão profunda e uma aplicação cuidadosa dos ensinamentos das Escrituras.
Apesar desses desafios, o ensino bíblico continua sendo essencial para enfrentar os problemas da sociedade e promover uma transformação positiva. Ao cultivar uma visão de mundo bíblica, as pessoas têm a oportunidade de se tornarem agentes de mudança, aplicando os princípios das Escrituras em suas vidas e em suas comunidades.
Laicidade, sim; laicismo, não
Aqui no Brasil, sempre que se levante a relevância do ensinamento bíblico para o contexto social, logo vêm as vozes de protestos evocando o princípio constitucional da laicidade.
De modo bastante sucinto, a laicidade é característica dos Estados não confessionais que assumem uma posição de neutralidade perante a religião, a qual se traduz em respeito por todos os credos e inclusive pela ausência deles (agnosticismo, ateísmo).
Já o laicismo, igualmente não confessional, refere-se aos Estados que assumem uma postura de tolerância ou de intolerância religiosa, ou seja, a religião é vista de forma negativa, ao contrário do que se passa com a laicidade.
A Constituição Federal de 1988, como de resto a maioria das anteriores, não permite nem mesmo que se cogite ou suspeite de laicismo no Estado brasileiro. Com efeito, qualquer ideia de laicismo é repudiada ab ovo, pois já no preâmbulo de nossa Carta é solenemente declarado:
"...promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil" (g.n.).
Obviamente, um Estado que se constitui sob a proteção de Deus pode ser tudo, menos um Estado ateu ou antirreligioso.
Decerto, porém, que o apreço e o reconhecimento dos valores religiosos não ficaram somente no preâmbulo. Longe disso, a Constituição de 1988 foi bastante zelosa ao dispor sobre estes valores.
Nossa Constituição Federal, a carta magna brasileira, em uma de suas cláusulas pétreas, diz:
Art. 5º… — (…) VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII — é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII — ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Art. 210.…§ 1º — O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
Além disso, a Bíblia não apenas apresenta princípios éticos, mas também proporciona uma visão de mundo abrangente que pode ajudar as pessoas a compreender a complexidade da existência humana.
Seus relatos históricos, ensinamentos proféticos e verdades espirituais oferecem uma compreensão profunda da condição humana, capacitando as pessoas a navegar com sabedoria pelos desafios éticos e morais que enfrentam em suas vidas diárias.
O ensino bíblico é fundamental para enfrentar os desafios morais e éticos da sociedade atual.
À medida que a humanidade se depara com dilemas cada vez mais complexos, envolvendo temas como aborto, eutanásia, relações familiares, justiça social e muito mais, a Bíblia oferece uma perspectiva única e atemporal que pode iluminar o caminho a ser seguido.Não se trata de uma doutrinação, mas sim de uma compreenção para tomada de decisões que sejam concernentes ao indivíduo e à sociedade.
No fim, as escolhas são individuais e cada um terá que assumir a prestação de contas por seus atos.
Seus ensinamentos sobre o valor da vida, a dignidade humana, a compaixão e a responsabilidade social fornecem uma bússola moral para orientar as pessoas em meio à confusão e à incerteza do mundo moderno.
Conclusão
Cultivar uma visão de mundo bíblica envolve desafios, mas também oferece oportunidades significativas para enfrentar os problemas da sociedade e promover uma transformação positiva.
Com o avanço da tecnologia e o acesso à informação, o futuro do conhecimento bíblico parece promissor. A internet oferece uma vasta gama de recursos que facilitam o estudo das Escrituras, tornando-o mais acessível a pessoas de todas as idades e origens.
No entanto, é importante que os indivíduos desenvolvam um senso crítico ao consumir informações, buscando sempre fontes confiáveis e respeitáveis. Assim, o conhecimento bíblico pode continuar a ser uma luz orientadora em um mundo em constante mudança.
Portanto, conclui-se que em um mundo cada vez mais complexo e desafiador, o ensino bíblico se torna cada vez mais relevante e necessário. A sociedade contemporânea enfrenta uma série de questões morais e éticas que exigem respostas sólidas e orientação confiável.
Nesse contexto, a Bíblia se destaca como uma fonte inesgotável de princípios e valores que podem guiar as pessoas em meio à turbulência do mundo moderno.
[Fonte: Escola OBPC Educação Cristã; Glossário Bíblico, original por Thiago Rogério]
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.
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