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domingo, 1 de janeiro de 2023

PAPO RETO — ANO NOVO, VIDA NOVA(?)

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5:17).
A celebração do ano novo é uma tradição em muitas partes do mundo. No Brasil, comemoramos a véspera do ano-novo com muita festa e animação — e nosso calendário marca como feriado nacional o 1º de Janeiro.

A celebração do Ano-Novo em nosso atual sistema de contagem de dias foi estabelecido na Roma antiga, sob uma explicação pagã. Contudo, com o tempo, vários países cristãos adotaram a celebração. A celebração do Ano-Novo para os judeus ocorre em setembro no nosso calendário. Também é um período de muita festa e regozijo.

Contudo, independente da origem da comemoração — o que na minha opinião é algo secundário — o ano novo é uma oportunidade de refletir sobre o passado e traçar metas para o futuro. E mesmo que as resoluções que fizemos em 2022 não tenham se concretizado, isso não deve nos impedir de fazer novas para 2023.

É verdade que nossas resoluções para o próximo ano podem ser bem diferentes das dos anos anteriores. Mesmo mudando-se o ano, muitos são os sonhos de precisão ficar em segundo plano por enquanto, isto é fato. Mas tudo bem também  — de que adianta uma resolução de ano novo se não incorporarmos nada de novo a ela?

Se você estámos buscando resoluções inspiradas para entrar em sua lista de 2023, tenho como sugestões algumas que podem ser perfeitas e possivelmente alcançáveis a todos nós.

1 — Construa amizades


O ano de 2022 nos mostrou como as amizades são inestimáveis. Somos muito gratos pelas pequenas coisas como bate-papos — não os virtuais — frente a frente, sair para tomar um café, comer uma pizza, "jogar conversa fora", falar sobre as maravilhas do Reino de Deus... 

O afastamento social, o isolamento e as quarentenas no período mais tenso da pandemia, nos mostraram o quanto a convivência física, o abraço, o estar juntos nos é fundamental para um bem estar.

Deixemos e aproveitemos as possibilidades virtuais, para nos reconectar com amigos de longa distância. A confraternização muito comum no Réveillon, famosa virada do ano, é um dos momentos mais esperados. Com o evento, as pessoas têm a tradição não só de se reencontrar, como de enviar mensagens de felicitações para alguém querido.

Então, por que não levar isso para o cotidiano ano novo? As Escrituras dizem que dois são melhores do que um (Eclesiastes 4:9-10) e não há nada mais precioso do que amizades genuínas (Provérbios 17:17).

Pense em alguém com quem você gostaria de conversar e estar perto para almoçar (ou simplesmente ligar, siim, ligar, nada de mensagem por aplicativo), mas não pare nisso! Mantenha contato por alguns dias depois para ver como essa pessoa está. 

Seja intencional, e comprometa-se a orar por seu/sua amigo(a) durante todo o ano. As amizades não são cultivadas da noite para o dia, mas crescerão e florescerão sobre cada mensagem enviada, refeição compartilhada e tempo investido.

Em 2023, vamos trocar o ritmo de amizades aceleradas por mais intencionais e centradas em Cristo!

2 — Seja solidário


Vimos em primeira mão como comunidades e organizações de caridade se uniram para ajudar os menos afortunados no auge da pandemia. 

Na verdade, nós mesmos podemos ter sido beneficiários de uma generosa cesta de alimentos ou de uma doação gentil!

Esta é uma maneira prática de obedecer às Escrituras, que nos dizem para nos preocuparmos com os interesses dos outros, e cuidar das viúvas e dos órfãos (Filipenses 2:4, Tiago 1:27). Quando doamos, estamos indicando o mundo para um Deus cujo amor e generosidade por nós supera em muito tudo o que podemos oferecer.

Neste novo ano, por que não considerar apoiar uma ONG local? Não importa a quantia, será um longo caminho para apoiar as instituições de caridade (e as pessoas que recebem apoio por meio delas). Porque não aderir ao volutariado no serviço social da sua comunidade? 

Se não temos muito dinheiro, mas temos energia e saúde o suficiente, poderíamos arrecadar fundos através de uma corrida ou outro jogo enquanto incentivamos nossos amigos a doarem para uma instituição de caridade de nossa escolha!

3 – Planeje recarregar


Antes da Covid-19 nós teríamos lotado um monte de passeios sociais em nossa programação de fim de semana, e se fôssemos honestos, isso nos deixaria bastante irritados. 

Mas restrições rígidas nos fizeram cancelar todos esses planos, ficar dentro de casa, e antes que percebamos…

Na verdade, aproveitamos os nossos fins de semana pacíficos cuidando da casa, lendo um livro ou testando um ritmo mais lento em nossa caminhada diária. Vimos como foi bom não estar correndo de um compromisso para o outro. O superativismo — inclusive, o ministerial (tem gente que acha vantagem ficar dia e noite enfiado dentro de igrejas...) —, é prejudicial em qualquer âmbito de nossas vidas. 

Válido nos lembrar que Jesus advertiu à Marta, irmã de Lázaro e Maria, acerca do superativismo (Lucas 40:40-42). O descanso é de Deus. Ele nos projetou para precisar do descanso, e Ele mesmo deu um exemplo ao descansar após criar o mundo (Gênesis 2:2)!

Neste novo ano, vamos planejar um ritmo regular de finais de semana tranquilos e organizados para recarregar. Isso nos deixará com mais energia para alcançar adequadamente as pessoas com quem nos conectamos, em vez de nos queimarmos, tentando fazer muito.

4 – Desconecte-se!


O tempo prolongado gasto isoladamente provavelmente nos transformou em pequenos Zumbis, com a gente passando mais tempo em chamadas de vídeo, rolando infinitamente as mídias sociais ou assistindo compulsivamente os serviços de streaming
 
(há quem consiga passar madruda adentro, maratonando séries, mas não consegue passar 10 minutos de joelhos em oração, ou ler um livro inteiro da Bíblia). 

Nossos olhos estão doendo, e estamos sofrendo de uma crise de fadiga tecnológica.

Para 2023, não seria bom dar um tempo da tela, pois desfrutamos de uma vida vibrante offline, definindo nossos pensamentos (e visão) em coisas que são puras, nobres e admiráveis (Filipenses 4:8,9)? 

Em vez de nos perdermos para o esgotamento das reuniões virtuais, vamos praticar aproveitar o tempo na presença de amigos ou familiares, saborear nosso almoço ou observar a natureza em nosso parque local, tornando o "sem tela" um hábito de tempo semanal.

Esses três últimos anos nos mostraram que os melhores planos podem dar errado num piscar de olhos, mas também que a soberania de Deus e sua capacidade de nos guiar através de qualquer crise. À medida que estamos de olho em 2023 e nos planos que temos para o novo ano, podemos também lembrar de buscar primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e tudo o mais será acrescentado (Mateus 6:33).

Conclusão


Para os servos do Senhor as coisas velhas podem sempre se tornar em coisas novas. Como cidadãos do reino do céu, nossa presença no reino da terra pode contribuir para um mundo novo, menos violento, menos injusto, menos desonesto, menos mentiroso, menos hipócrita, menos opressor, menos discriminador. Podemos "ser mais sal" e "mais luz" para o mundo em 2023?

Entre a avaliação do "Ano-Velho" e a construção do novo ano, passamos pela consciência da finitude e do pecado, pela necessidade do arrependimento, pela busca da santificação.

Mas como construir o novo em uma Igreja tão marcada pelo velho: o divisionismo, o isolacionismo, o caciquismo, o sectarismo, o moralismo, o legalismo, os cismas, as heresias...? Um mundo novo e sadio a partir de uma Igreja enferma?

Entre a pessoa nova e o mundo novo, há a Igreja nova, a família nova, a comunidade nova, o trabalho novo, o país novo, os hábitos novos e, tantas vezes, pessoas novas ou relacionamentos renovados (feitos novos outra vez!).

Toda a nossa vida se move no tempo. Há um passado com suas gratas memórias, que nos fazem bem à lembrança, cuja acumulação de experiências constrói o nosso ser e nos edifica; e memórias ingratas, que é melhor esquecer, especialmente as memórias das nossas falhas e das falhas dos outros em relação a nós. Quanto ao passado — aos "Anos Velhos" —, vivemos entre as memórias da graça e a memória das desgraças.

Nosso tempo de hoje é o resultado desse tempo de ontem, mas é também uma breve passagem em direção ao tempo do amanhã, com seus sonhos e seus temores, seus alvos e suas dúvidas, suas aspirações e suas inseguranças. Se não podemos fazer mais nada em relação ao passado, apesar do seu caráter de imponderável e da soberania de Deus, podemos fazer algo pelo futuro: pensar, planejar, decidir, comprometer.

Na mera troca de calendário, se vai o "ano velho" e chega o ano novo, em seu ciclo periódico, até a nossa morte (Ec 1:4-10).

Porém, o ano novo pode vir a ser um novo ano, um ano qualitativamente diferente, abençoado e abençoador, em nossas respostas à voz de Deus em nossa vida e nos relacionamentos e empreendimentos de que participarmos, como novos objetivos, novos valores, novas prioridades.

Não sejamos meros espectadores do virar do calendário do Ano-Novo, mas, em Cristo, construtores do novo ano. Um abençoado 2023 para todos! São os meus votos, com as minhas orações.

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

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